terça-feira, 31 de outubro de 2017

Lutero no Inferno: a visão da Beata Serafina Micheli



Em 1883 a Bem-aventurada Sóror Maria Serafina Micheli (1849-1911), fundadora do Instituto das Irmãs dos Anjos, passava pela cidade de Eisleben, na Saxônia, Alemanha.

Eisleben é a cidade natal de Lutero. E, naquele dia comemorava-se o quarto centenário do nascimento daquele grande heresiarca (10 de novembro de 1483).

Lutero dividiu a Igreja e a Europa. Dessa divisão adviram crudelíssimas guerras de religião que duraram décadas a fio.

A população aguardava o imperador alemão Guilherme I que devia presidir as solenidades.

A futura beata não se interessou pela agitação e seu único desejo era encontrar uma igreja onde pudesse rezar e visitar a Jesus Sacramentado.

As igrejas estavam fechadas e já era noite.

Na escuridão localizou uma com as portas trancadas, mas se ajoelhou nos degraus de acesso.




Pela falta de luz não percebeu que a igreja não era católica, mas protestante.

Enquanto rezava lhe apareceu o anjo da guarda e lhe disse:

‒ ”Levante porque este é um templo protestante”.


E acrescentou:

‒ ”Eu quero te fazer ver o lugar aonde Martinho Lutero foi condenado e a pena que sofre como castigo de seu orgulho”.

Depois destas palavras, a santa religiosa viu uma horrível voragem de fogo, na qual era cruelmente atormentado um número incalculável de almas.

No fundo dessa voragem via-se um homem: Martinho Lutero.

Ele se distinguia dos outros porque estava rodeado de demônios que o obrigavam a ficar de joelhos.

Todos esses espíritos imundos equipados com martelos se esforçavam, em vão, para enfiar-lhe na cabeça um grande prego.

Bem-aventurada Sóror Maria Serafina Micheli

A freira achou que se o povo que estava na festa visse aquela cena dramática, certamente não tributariam honras, lembranças, comemorações e festejos a semelhante personagem.

Desde então, Sóror Serafina sempre que aparecia a ocasião exortava suas irmãs de religião a viverem na humildade e no esquecimento dos outros.

Ela estava convencida que Martinho Lutero foi condenado ao Inferno, sobretudo por causa do primeiro pecado capital: a soberba.

O orgulho fez que ele caísse no pecado capital e o levou para a aberta rebelião contra a Igreja Católica.

A sua péssima conduta moral, sua atitude de revolta contra o Papado e a sua pregação de más doutrinas pesaram muito no desvio de muitas almas superficiais e mundanas que caíram na perdição eterna.

Sóror Serafina foi beatificada na diocese de Cerreto Sannita, província de Benevento, em 28 de maio de 2011.

Fonte: https://aparicaodelasalette.blogspot.com.br/2012/05/lutero-no-inferno-visao-da-beata.html

domingo, 29 de outubro de 2017

29 de Outubro - Memória da Beata Chiara Luce Badano



Não há nada de extraordinário ou prodigioso na vida de Chiara Badano. No entanto, nesta jovem que gostava de nadar, esquiar, ouvir música e estar com os amigos, Deus esteve sempre presente.

A começar pelo nascimento, que Ruggero e Maria Teresa Badano pediram a Deus durante 11 anos e que obtiveram, surpreendentemente, no dia 29 de outubro de 1971, em Sassello, cidade do interior da Província de Savona, na Itália.

Chiara é persistente, “fora dos esquemas” e atenta aos “mais necessitados”. Em 1981, com nove anos, participa do “Familyfest”, um grande encontro do Movimento dos Focolares. É uma revelação: «Passei a ter uma nova visão do Evangelho – escreve a Chiara Lubich – agora quero fazer deste livro o único objetivo da minha vida!».

Mas ainda cedo Chiara experimenta o sofrimento. Principalmente quando, por uma incompreensão com a professora e apesar dos seus esforços, deve repetir o primeiro ano do ensino médio. É a primeira vez que ela precisa confiar a Deus não só as alegrias, mas também os sofrimentos. Escreve a uma amiga: «De imediato eu não conseguia entregar esta dor a Jesus. Precisei de um pouco de tempo para me recuperar».

Aos dezessete anos, durante uma partida de tênis, uma dor aguda no ombro leva à trágica descoberta: um tumor dos mais graves, um osteossarcoma.

Um veredito difícil de aceitar. Quando volta para casa, depois das primeiras terapias, Maria Teresa a espera: «Chiara, como foi?». Mas ela, sem olhar para a mãe, joga-se na cama, por muito tempo, tomada por uma grande luta interior. Somente após intermináveis 25 minutos, com o seu sorriso de sempre, diz: «Mamãe, agora você pode falar!». Chiara disse o seu sim a Deus, e desde então nunca voltou atrás.

«Por ti, Jesus. Se tu queres eu também quero!». As terapias são dolorosas, mas a oferta é sempre decidida. E Chiara não perde nem uma ocasião para amar. «No início tínhamos a impressão de ir ao encontro dela para sustentá-la – conta um amigo seu – mas logo percebemos que entrando no seu quarto sentíamo-nos projetados na aventura maravilhosa do amor de Deus. E não é que Chiara dissesse frases extraordinárias, ou escrevesse páginas e páginas de diário. Ela simplesmente amava».

Quanto mais a doença progride mais a experiência de Chiara torna-se intensa. Chega a rejeitar a morfina porque «tira a lucidez, e a dor é a única coisa que eu posso oferecer a Jesus. É só o que me restou».

Chiara Lubich a acompanha passo a passo: «O seu semblante tão luminoso – escreve-lhe – demonstra o amor que tem por Jesus. Não tenha medo, Chiara, de dar a Ele o seu amor, momento por momento. Ele lhe dará a força, esteja certa! “Chiara Luce” é o nome que escolhi para você; gosta dele?». (Chiara Luce = Clara Luz, ndt.).

No dia 7 de outubro de 1990 Chiara Luce deixa este mundo. Um último sorriso ao pai, Ruggero, e depois uma palavra à mãe, Maria Teresa: «Mamãe, seja feliz, porque eu o sou!». Uma grande multidão participa do funeral, e, como ela mesma havia pedido, Chiara é sepultada com um vestido branco, «como uma esposa que vai encontrar Jesus».

«Os jovens são o futuro. Eu não posso mais correr, mas quero passar a tocha para eles, como nas olimpíadas. Os jovens tem uma única vida e vale a pena usá-la bem!», ela havia dito pouco antes de morrer. Os 25 mil jovens presentes na cerimônia de sua beatificação, dia 25 de setembro de 2010, demonstram que, com a sua vida, Chiara Luce Badano testemunhou um modelo de santidade que todos podem viver.

Fonte: http://www.focolare.org/pt/news/2012/10/29/beata-chiara-luce-badano

quarta-feira, 25 de outubro de 2017

25 de Outubro - Memória de Santo Antônio de Sant'Ana Galvão

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Celebramos hoje a memória de um santo brasileiro e exemplo de piedade mariana: Santo Antônio de Sant’Ana Galvão, conhecido popularmente como Frei Galvão, cuja filial entrega à Nossa Senhora nos permite recordar que se a devoção à Virgem Maria é, de um lado, necessária para a nossa salvação, é-o ainda mais, de outro, para a nossa santificação, de sorte que podemos afirmar, sem medo de exageros, que é impossível na prática chegar aos cumes da perfeição cristã sem o socorro de nossa Mãe bendita. De fato, tamanha era a confiança de Frei Galvão em Nossa Senhora que ele fez questão de assinar com sangue, arrancado do próprio peito, o testemunho de sua consagração à Virgem Imaculada. E a razão dessa confiança, que todos deveríamos esforçar-nos por imitar, reside em que Maria, mais do que uma grande e poderosa intercessora, desempenha também uma função salvífica: se foi por ela que o Filho de Deus veio ao mundo, é também por ela que o Cristo entrará em nossas vidas, e é por intermédio dela, enfim, que nós encontraremos o caminho para chegar a Jesus. Consagrar-se a Maria, nesse sentido, nada mais é do que, reconhecendo esse seu papel na economia da salvação, prometer que recorreremos constantemente ao seu auxílio, querido por Deus como meio de chegarmos logo à pátria definitiva. Donde se vê que a consagração é mais do que um rito formal e externo; é, antes de tudo, uma disposição interior de confiança amorosa, que nos leva a invocar sempre a Virgem Maria como seguro refúgio contra os perigos e socorro oportuno na hora das necessidades. — Que a exemplo de São Frei Galvão possamos também nós, cativados pelo zelo maternal de Nossa Senhora, entregar-nos por inteiro a ela, na qualidade de escravos necessitados e com a docilidade de filhos obedientes.

Fonte: Padre Paulo Ricardo


quarta-feira, 18 de outubro de 2017

18 de Outubro - Festa de São Lucas, Evangelista

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São Lucas mostrando uma pintura da Virgem Maria, por Guercino


São Lucas era uma figura simpática do Cristianismo primitivo, homem de posição e qualidades

Estamos em festa na liturgia da Igreja, pois lembramos a vida e o testemunho do evangelista São Lucas.

Nasceu em Antioquia da Síria, médico de profissão foi convertido pelo apóstolo São Paulo, do qual se tornou inseparável e fiel companheiro de missão. Colaborador no apostolado, o grande apóstolo dos gentios em diversos lugares externa a alta consideração que tinha por Lucas, como portador de zelo e fidelidade no coração. Ambos fazem várias viagens apostólicas, tornando-se um dos primeiros missionários do mundo greco-romano. Tornou-se excepcional para a vida da Igreja por ter sido dócil ao Espírito Santo, que o capacitou com o carisma da inspiração e da vivência comunitária, resultando no Evangelho segundo Lucase na primeira história da Igreja, conhecida como Atos dos Apóstolos.

No Evangelho segundo Lucas, encontramos o Cristo, amor universal, que se revela a todos e chama Zaqueu, Maria Madalena, garante o Céu para o “bom” ladrão e conta as lindas parábolas do pai misericordioso e do bom samaritano. Nos Atos dos Apóstolos, que poderia também se chamar Atos do Espírito Santo, deparamos com a ascensão do Cristo, que promete o batismo no Espírito Santo, fato que se cumpre no dia de Pentecostes, e é inaugurada a Igreja, que desde então vem evangelizando com coragem, ousadia e amor incansável todos os povos.

Uma tradição – que recolheu no séc. XIV Nicéforo Calisto, inspirado numa frase de Teodoro, escritor do séc. VI – diz-nos que São Lucas foi pintor e fala-nos duma imagem de Nossa Senhora saída do seu pincel. Santo Agostinho, no séc. IV, diz-nos pela sua parte que não conhecemos o retrato de Maria; e Santo Ambrósio, com sentido espiritual, diz-nos que era figura de bondade. Este é o retrato que nos transmitiu São Lucas da Virgem Maria: o seu retrato moral, a bondade da sua alma. O Evangelho de boa parte das Missas de Maria Santíssima é tomado de São Lucas, porque foi ele quem mais longamente nos contou a sua vida e nos descobriu o seu Coração. Duas vezes esteve preso São Paulo em Roma e nos dois cativeiros teve consigo São Lucas, “médico queridíssimo”. Ajudava-o no seu apostolado, consolava-o nos seus trabalhos e atendia-o e curava-o com solicitude nos seus padecimentos corporais. No segundo cativeiro, do ano 67, pouco antes do martírio, escreve a Timóteo que “Lucas é o único companheiro” na sua prisão. Os outros tinham-no abandonado. O historiador São Jerônimo afirma que Lucas viveu a missão até a idade de 84 anos, terminando sua vida com o martírio. Por isso, no hino das Laudes rezamos: “Cantamos hoje, Lucas, teu martírio, teu sangue derramado por Jesus, os dois livros que trazes nos teus braços e o teu halo de luz”. É considerado o Padroeiro dos médicos, por também ele ter exercido esse ofício, conforme diz São Paulo aos Colossenses (4,14): “Saúda-vos Lucas, nosso querido médico”.

São Lucas, rogai por nós!



Fonte; Canção Nova

domingo, 15 de outubro de 2017

O que é a transverberação?

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Famosa representação do fenômeno místico vivido por Santa Teresa de Jesus


O fenômeno da transverberação ficou conhecido principalmente por causa da famosa escultura de Gian Lorenzo Bernini, chamada "O Êxtase de Santa Teresa", que está na Igreja de Santa Maria della Vittoria, em Roma. Essa magnífica obra barroca retrata uma experiência relatada pela própria Santa Teresa de Jesus, em sua autobiografia:

"Quis o Senhor que eu tivesse algumas vezes esta visão: eu via um anjo perto de mim, do lado esquerdo, em forma corporal, o que só acontece raramente. Muitas vezes me aparecem anjos, mas só os vejo na visão passada de que falei. O Senhor quis que eu o visse assim: não era grande, mas pequeno, e muito formoso, com um rosto tão resplandecente que parecia um dos anjos muito elevados que se abrasam. Deve ser dos que chamam querubins, já que não me dizem os nomes, mas bem vejo que no céu há tanta diferença entre os anjos que eu não os saberia distinguir.
Vi que trazia nas mãos um comprido dardo de ouro, em cuja ponta de ferro julguei que havia um pouco de fogo. Eu tinha a impressão de que ele me perfurava o coração com o dardo algumas vezes, atingindo-me as entranhas. Quando o tirava, parecia-me que as entranhas eram retiradas, e eu ficava toda abrasada num imenso amor de Deus. A dor era tão grande que eu soltava gemidos, e era tão excessiva a suavidade produzida por essa dor imensa que a alma não desejava que tivesse fim nem se contentava senão com a presença de Deus. Não se trata de dor corporal; é espiritual, se bem que o corpo também participe, às vezes muito. É um contato tão suave entre a alma e Deus que suplico à Sua bondade que dê essa experiência a quem pensar que minto."


De acordo com a descrição de Santa Teresa, está a se falar, sobretudo, de uma experiência extraordinária do amor de Deus. Como muitos não acreditaram no que ela relatou – a própria santa faz referência "a quem pensar que minto" –, o próprio Deus fez questão de mostrar a veracidade do que ela dizia. Em 1591 – dez anos após a sua morte e vinte após a sua transverberação –, exumaram o seu corpo e perceberam que estava incorrupto. Então, a pedido de um bispo, o coração de Teresa foi retirado, a fim de que fosse exposto na cidade de Alba de Tormes, onde ela morreu. Para espanto geral, havia em seu coração uma ferida cicatrizada, com sinais de cauterização – o que se encaixa perfeitamente com a experiência da transverberação, quando foi penetrada por um "dardo de ouro comprido" em cuja ponta de ferro "parecia que tinha um pouco de fogo": o atestado divino de que esse fenômeno é verdadeiro e a santa não estava mentindo.

A própria Igreja, porém, tem critérios muito rigorosos para aprovar esses tipos de milagres. O padre Quevedo, no livro "Os Milagres e a Ciência", fala, por exemplo, do cardeal Prospero Lambertini – Papa Bento XIV –, que, com bastante cuidado científico, investigou o caso da transverberação de Santa Teresa e defendeu a fé católica contra embustes e falsificações, aprovando esse fato extraordinário.

Mas, em que consiste, de fato, a transverberação? Trata-se de uma experiência que, antes de qualquer coisa, acontece na alma. Santa Teresa mesma diz que a dor causada pelo dardo místico do anjo "não é dor corporal, mas espiritual". No caso dela, bem como no caso de São Pio de Pietrelcina e de São Francisco de Assis, a transverberação teve efeitos também corporais. Mas eles não são necessários, como explica São João da Cruz:

"Se Deus, por vezes, permite que se produza algum efeito exterior, nos sentidos, semelhante ao que se passou no espírito, aparece a chaga e ferida no corpo. Assim aconteceu quando o serafim feriu a São Francisco: chagando-o de amor na alma com as cinco chagas, também se manifestou o efeito delas no corpo, ficando as chagas impressas na carne, tal como foram feitas na alma ao ser chagada de amor. Em geral, não costuma Deus conceder alguma mercê ao corpo, sem que primeiro e principalmente a conceda no interior, à alma."

No processo de santificação, o mais importante é o que acontece no espírito, não no corpo. Por isso, adverte ainda São João da Cruz, "quanto mais intenso é o deleite, e maior a força do amor que produz a chaga dentro da alma, tanto maior é também o efeito produzido na chaga corporal, e crescendo um, cresce o outro". Ou seja, a medida verdadeiramente extraordinária desse fato não está senão no interior, no que acontece à alma.

Santa Teresinha do Menino Jesus também passou por essa realidade mística, mas sem receber chagas corporais. Em um relato do dia 7 de julho de 1897, recolhido no "Caderno Amarelo", de Madre Inês de Jesus, é possível ler:

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"Começava a minha Via Sacra quando, de repente, fui tomada por um amor tão violento pelo Bom Deus, que não posso explicar isso senão dizendo que era como se me tivessem mergulhado toda no fogo. Oh! Que fogo e que doçura ao mesmo tempo! Eu ardia de amor e sentia que um minuto, um segundo a mais, e não conseguiria mais suportar tal ardor sem morrer. Compreendi, então, o que dizem os Santos sobre esses estados que eles experimentaram tantas vezes."

Mas, afinal, o que acontece à alma transverberada? Ela é completamente invadida pelo amor divino. É Deus mesmo quem age na alma para aumentar nela a caridade.

Isso é feito no sentido de aumentar a comunhão da alma com Deus. Algumas pessoas têm uma visão equivocada de santidade: acham que é um "moralismo", em que se seguem os mandamentos e, com as próprias forças, se chega à perfeição. Mas a santidade não é isso. Ela é, ao invés, o progresso no amor: Deus derrama em nossos corações o Seu Espírito e purifica o nosso amor, até chegarmos à caridade perfeita, às últimas moradas do nosso "castelo interior".

Como se dá esse processo? Primeiro, acontece a conversão, quando se deixa a vida de pecado e se trilha a "via purgativa", com oração e mortificações. Então, não havendo mais o que se purificar ativamente, Deus prova a alma pela "noite escura dos sentidos" e pela "noite escura da alma", depois das quais ela se encontra em um estágio elevado de santificação.

Santa Teresa recebeu o dom da transverberação quando estava na sexta morada. Tendo passado pela "união árida" (também chamada "noite escura"), não tinha ainda chegado à perfeição. Ela encontrava-se em um estágio intermediário, chamado de "união extática", em que alma recebe os fenômenos extáticos, é tocada pelo amor, mas ainda existem muitos altos e baixos. Faltava-lhe passar pela "união transformante", na qual a alma se configura definitivamente a Cristo – o que aconteceu quando ela entrou na sétima morada.

São João da Cruz, ainda em seu "Chama Viva de Amor", descreve com detalhes a transverberação:

"Acontece-lhe, então, sentir que um serafim investe sobre ela, com uma flecha ou dardo todo incandescente em fogo de amor, transverberando esta alma que já está inflamada como brasa, ou, por melhor dizer, como chama viva, e a cauteriza de modo sublime. No momento em que é cauterizada assim, e transpassada a alma por aquela seta, a chama interior impetuosamente irrompe e se eleva para o alto com veemência, tal como sucede num forno abrasado ou numa fogueira quando o fogo é revolvido e atiçado, e se inflama em labareda. A alma, então, ao ser ferida por esse dardo incendido, sente a chaga com sumo deleite. Além de ser toda revolvida com grande suavidade, naquele incêndio e impetuosa moção que lhe causa o serafim, provocando nela grande fervor e amoroso desfalecimento, ao mesmo tempo sente a ferida penetrante e a força do veneno com que vivamente estava ervada aquela seta, qual uma ponta afiada a enterrar-se na substância do espírito, a traspassar-lhe o mais íntimo da alma."

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São João da Cruz, o "Doutor Místico"


Em resumo, a transverberação é Deus agindo na alma para purificar o amor humano e levar à paz definitiva com Cristo já nesta terra. Assim conduzida, a alma santificada pode finalmente dizer: "Eu vivo, mas já não sou eu; é Cristo que vive em mim".

Fonte: https://padrepauloricardo.org/episodios/o-que-e-a-transverberacao

15 de Outubro - Memória de Santa Teresa de Ávila (de Jesus), Doutora da Igreja

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Um dos retratos mais fiéis da santa

Santa Teresa de Ávila, conseguiu recuperar o fervor de muitas carmelitas

Com grande alegria lembramos, hoje, da vida de santidade daquela que mereceu ser proclamada “Doutora da Igreja”: Santa Teresa de Ávila (também conhecida como Santa Teresa de Jesus). Teresa nasceu em Ávila, na Espanha, em 1515 e foi educada de modo sólido e cristão, tanto assim que, quando criança, se encantou tanto com a leitura da vida dos santos mártires a ponto de ter combinado fugir com o irmão para uma região onde muitos cristãos eram martirizados; mas nada disso aconteceu graças à vigilância dos pais.

Aos vinte anos, ingressou no Carmelo de Ávila, onde viveu um período no relaxamento, pois muito se apegou às criaturas, parentes e conversas destrutivas, assim como conta em seu livro biográfico.

Certo dia, foi tocada pelo olhar da imagem de um Cristo sofredor, assumiu a partir dessa experiência a sua conversão e voltou ao fervor da espiritualidade carmelita, a ponto de criar uma espiritualidade modelo.

Foi grande amiga do seu conselheiro espiritual São João da Cruz, também Doutor da Igreja, místico e reformador da parte masculina da Ordem Carmelita. Por meio de contatos místicos e com a orientação desse grande amigo, iniciou aos 40 anos de idade, com saúde abalada, a reforma do Carmelo feminino. Começou pela fundação do Carmelo de São José, fora dos muros de Ávila. Daí partiu para todas as direções da Espanha, criando novos Carmelos e reformando os antigos. Provocou com isso muitos ressentimentos por parte daqueles que não aceitavam a vida austera que propunha para o Carmelo reformado. Chegou a ter temporariamente revogada a licença para reformar outros conventos ou fundar novas casas.

Santa Teresa deixou-nos várias obras grandiosas e profundas, principalmente escritas para as suas filhas do Carmelo : “O Caminho da Perfeição”, “Pensamentos sobre o Amor de Deus”, “Castelo Interior”, “A Vida”. Morreu em Alba de Tormes na noite de 15 de outubro de 1582 aos 67 anos, e em 1622 foi proclamada santa. O seu segredo foi o amor. Conseguiu fundar mais de trinta e dois mosteiros, além de recuperar o fervor primitivo de muitas carmelitas, juntamente com São João da Cruz. Teve sofrimentos físicos e morais antes de morrer, até que em 1582 disse uma das últimas palavras: “Senhor, sou filha de vossa Igreja. Como filha da Igreja Católica quero morrer”.

No dia 27 de setembro de 1970 o Papa Paulo VI reconheceu-lhe o título de Doutora da Igreja. Sua festa litúrgica é no dia 15 de outubro. Santa Teresa de Ávila é considerada um dos maiores gênios que a humanidade já produziu. Mesmo ateus e livres-pensadores são obrigados a enaltecer sua viva e arguta inteligência, a força persuasiva de seus argumentos, seu estilo vivo e atraente e seu profundo bom senso. O grande Doutor da Igreja, Santo Afonso Maria de Ligório, a tinha em tão alta estima que a escolheu como patrona, e a ela consagrou-se como filho espiritual, enaltecendo-a em muitos de seus escritos.

Santa Teresa de Ávila, rogai por nós!


Fonte: Canção Nova


sexta-feira, 13 de outubro de 2017

Estão terminando os 100 anos concedidos por Deus a Satanás?

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Durante uma visão de 1820, foi revelada à Beata Anna Catarina Emmerich que Satanás seria libertado das correntes cerca de oitenta anos antes do ano 2000. Este período de liberdade para o anjo caído duraria um século.

Isto foi confirmado por uma mensagem de Medjugorje dada aos videntes, em 24 de abril de 1982, em que Nossa Senhora disse:

“Queridos filhos! vocês precisam saber que Satanás existe. Ele apresentou-se diante do trono de Deus e pediu permissão para tentar a Igreja por certo tempo, com a intenção de destruí-la. Deus lhe permitiu colocar a Igreja à prova por um século, mas acrescentou: ‘Não a destruirás!’. Este século no qual vocês estão vivendo está sob o poder de Satanás. Mas, quando forem realizados os segredos que lhe foram confiados, o seu poder será destruído. Ele já começou a perder o seu poder e, portanto, tornou-se ainda mais agressivo: destrói os casamentos, suscita discórdia entre as almas consagradas, causa obsessões, provoca homicídios. Protejam-se, portanto, com o jejum e a oração, especialmente com a oração comunitária. Levem com vocês objetos bentos e coloquem-nos também em suas casas. E retomem o uso da água benta”.


O tempo que Satanás tem à disposição para tentar destruir a Igreja está chegando ao seu final.
Outra confirmação vem de uma visão do Papa Leão XIII, descrita da seguinte forma:

“Na manhã de 13 de Outubro de 1884, no final da Santa Missa, o Papa Leão XIII encontrava-se diante do Santíssimo, por cerca de 10 minutos. Subitamente, seu semblante se transformou num estado de preocupação e angústia. Ele disse que tinha visto uma "conversa" entre Nosso Senhor e Satanás. Este último declarou com orgulho que ele poderia facilmente destruir a Igreja, se lhe fosse dado mais poder e liberdade, durante 100 anos. O Senhor disse a Satanás que lhe seria concedido mais tempo, se necessário. Leão XIII ficou tão chateado por esta ‘conversa’ que recitou a famosa oração a São Miguel Arcanjo, para a proteção da Igreja, e queria que fosse recitada, de joelhos, depois de cada Santa Missa”.

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Papa Leão XIII

Infelizmente, com a pós-reforma litúrgica, este dom que Cristo deu, por meio de seu Vigário, foi colocado na gaveta.

Anna Catarina falou que seria cerca de 80 anos antes do ano 2000. Portanto, no final da primeira década do Século XX (1910 e 1920). Leão XIII teve a sua visão em 13 de outubro.
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Beata Anna Catarina Emmerich
Pense nisto: Satanás pode ter sido libertado das correntes em 13 de outubro de 1917, no último dia da aparição de Nossa Senhora em Fátima, quando houve o Milagre do Sol, e que Ela prometeu: “O Meu Imaculado Coração triunfará!”

Além destas coincidências de datas, as confirmações vêm de dois outros elementos: O Papa Bento XVI, durante a sua visita Apostólica a Fátima (11-14 maio de 2010), lembrou a importância do centenário das aparições.

Teresa Neumann (1898-1962), a "alemã estigmatizada", que teve do céu o dom da profecia, em uma das últimas profecias, antes de sua morte, disse que o período de maior dominação do mundo por Satanás - poder este que usaria para lançar um ataque mortal contra a Igreja e, em particular, ao papado - duraria cerca de 18 anos: de 1999 a 2017.

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Teresa Neumann
Será que é verdade? Vejam a confirmação na mensagem abaixo estraída do Livro Azul - Padre Gobbi - Página 650

Hong Kong, 13 de outubro de 1987:

70º Aniversário da última aparição, em Fátima

EU POREI FIM À VOSSA ESCRAVIDÃO.

“Neste dia, filhos prediletos, recordais o septuagésimo aniversário da minha última aparição em Fátima, confirmada pelo milagre do sol. Hoje, meu pequeno filho, encontra-se aqui para concluir uma viagem maravilhosa a estas nações do extremo Oriente, onde o meu Coração Imaculado foi amado, invocado, consolado e glorificado em toda a parte, com particular intensidade. FAZ SETENTA ANOS QUE O MEU ADVERSÁRIO, SATANÁS, SUBIU DO ABISMO ATÉ VOCÊS, para se manifestar como o dragão vermelho, com todo o seu terrível poder. De fato, ele conseguiu estender o seu domínio em muitas nações e difundir em toda a parte da Terra o seu gesto de negação e de rebelião contra Deus. Assim, durante o período destes setenta anos, o dragão vermelho prendeu os homens com a corrente da sua escravidão. Tornou-lhes escravos do orgulho e da soberba, com a miragem enganadora de llevar-lhes a prescindir de Deus, de lhes colocarem, vocês mesmos, no lugar de Deus, a fim de que ele pudesse renovar, em vocês, o seu gesto de rebelião e de desafio ao Senhor. Assim, difundiu por toda a parte o erro do ateísmo e levou a humanidade a construir uma nova “civilização”, sem Deus. Tornou-lhes escravos do prazer e da impureza, para substituir o verdadeiro Deus por novos ídolos, hoje seguidos e adorados por muitos: o sexo, o divertimento, o dinheiro, o bem-estar. Assim, o pecado estendeu o seu tenebroso véu de gelo e de morte sobre o mundo. Tornou-lhes escravos do egoísmo e da avareza, conduzindo-os à exasperada busca da auto-afirmação, do predomínio sobre os outros; tornaram-se, assim, insensíveis às grandes necessidades dos pobres, dos pequeninos, dos doentes e dos necessitados. Deste modo, o mundo tornou-se um verdadeiro deserto de amor e, neste imenso deserto, quantos dos meus filhos são, cada dia, arrastados, vilipendiados e derrotados. Viveram setenta anos como escravos do meu adversário, que conseguiu transformar o mundo na cidade da Babilónia, perversa e pecadora, que seduziu, com a taça dos prazeres e da luxúria, todas as nações da terra. Mas, agora, o período desta escravidão babilônica está prestes a acabar. Eu porei fim à sua escravidão. Neste ano mariano, a Mãe Celeste abre a porta à nova era da vossa libertação. Por isso, em breve, verão os sinais extraordinários que Eu darei, a fim de que possam preparar para o maior milagre que já está para se realizar. O milagre do sol, que aconteceu durante a minha última aparição, foi apenas um sinal profético para levá-los todos a olhar para o Livro ainda selado. Hoje, Eu sou enviada por Deus para abrir este Livro, a fim de que os segredos lhes sejam revelados. Assim, todos poderão compreender, finalmente, a que incomparável profundidade e universalidade de renovação os levará a vitória do Amor Misericordioso de Jesus, que se realizará por meio do triunfo do Meu Coração Imaculado no mundo”.

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Padre Gobbi

CONCLUSÃO:

13 outubro de 1987 - 70 anos = 13 de outubro de 1917 + 100 anos = 13 de Outubro de 2017 (Data que completa 100 anos que Satanás está solto). Os cem anos devem ser concluídos com o centenário das aparições de Fátima, isto é, em 2017.

Oremos, que Deus, o Senhor do Futuro, nos guie e que a Virgem Santíssima nos auxilie!


Fonte: Medjugorje Urgente

13 de Outubro - Memória da Beata Alexandrina Maria da Costa

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Nascida no meio católico e rural de Balasar, para frequentar a escola primária Alexandrina mudou-se em 1911 para o meio urbano de Póvoa de Varzim, onde viveu na pensão de um marceneiro, na Rua da Junqueira. Ao fim de dezoito meses, regressou à freguesia natal, para o lugar do Calvário, freguesia esta de Santa Eulália de Balasar onde, desde o tempo da sua quarta avó materna Tereza Maria da Costa Carneira - bisneta do Morgado Pedro Carneiro da Gram - é a terra onde viveu toda a sua família.

Começou a trabalhar cedo na lavoura, como era usual na altura. Era uma menina vigorosa, a ponto de afirmar na Autobiografia que a equiparavam aos homens no que diz respeito ao rendimento do trabalho. Aos 12 anos adoeceu, provavelmente de febre tifoide, ficando a sua saúde, a partir desse momento, algo comprometida.
Com 14 anos, no dia de Sábado Santo (antes da Páscoa) de 1918, estando a trabalhar em costura com a sua irmã Deolinda e outra menina, deu um salto do quarto onde estava para se defender de agressores que invadiram a casa, numa atitude semelhante à de Santa Maria Goretti que morreu em defesa da sua virgindade.
Até aos seus 19 anos ainda se conseguia movimentar sofrivelmente, tendo gosto em ir à igreja. Contudo, a paralisia foi-se agravando até 14 de abril de 1925, data em que ficou, definitivamente de cama durante trinta anos.
A sua intenção inicial era tornar-se missionária e por isso orava à Santíssima Virgem Maria para que ficasse curada. Em 1928, chegou à conclusão de que a sua vocação era compartilhar misticamente o sofrimento de Cristo, oferecendo-se então como vítima pelos pecadores.
De 3 de outubro de 1938 a 24 de março de 1942, todas as sextas-feiras, alegou viver os sofrimentos da Paixão de Cristo: superando a paralisia, descia da cama e, dando mostras de sofrimento físico, repetia, por três horas e meia, as etapas da Via Sacra. Existe um registo filmado de um destes êxtases e um circunstanciado relato de um outro, publicado pelo Padre José Alves Terças nas páginas de "A Paixão Dolorosa" (este escrito, ilustrado com alguns desenhos, pôs pela primeira vez a Alexandrina nas bocas do mundo, para grande mágoa sua).
O padre jesuíta Mariano Pinho, seu diretor de 1933 a 1942, exortou-a a ditar as suas vivências místicas. A sua obra escrita (autobiografia, cartas, diário) enche cerca de 5.000 páginas.
Em 1936, por intermédio do mesmo diretor, fez vários pedidos à Santa Sé no sentido de que o mundo fosse consagrado ao Imaculado Coração de Maria, o que fez despertar o interesse do Vaticano pelo seu caso (houve, mesmo, contatos com o Arcebispo de Braga). A 31 de outubro de 1942, o Papa Pio XII satisfez esse desejo, numa mensagem transmitida a partir de Fátima (celebravam-se os 25 anos das Aparições), repetindo-se este ato na Basílica de São Pedro, no Vaticano, no dia 8 de dezembro do mesmo ano.
A partir 27 de março de 1942 deixou de se alimentar nos seguintes 13 anos de vida, vivendo exclusivamente da comunhão diária. Para verificar a inédia, em 1943, foi internada no Refúgio de Paralisia Infantil, na Foz do Douro. Foi aí submetida à vigilância de um grupo de médicos, dirigidos pelo Dr. Henrique Gomes de Araújo, membro da Sociedade Portuguesa de Química e da Real Academia de Medicina de Madrid, por um período de 40 dias. No final, asseguraram que era "absolutamente certo" que durante aquele tempo não tinha comido, bebido, defecado ou urinado.
O mesmo Dr. Henrique Gomes de Araújo, a quem o Dr. Azevedo pedira "o estudo das faculdades mentais da doente", descreveu-a nestes termos: “A expressão de Alexandrina é viva, perfeita, afetuosa, boa e acariciadora; atitude sincera, sem pretensões, natural. Não há nela ascetismo, nada untuoso, nem voz tímida, melíflua, rítmica; não é exaltada nem fácil a dar conselhos. Fala de modo natural, inteligente, mesmo subtil; responde sem hesitações, até com convicção, sempre em harmonia com a sua estrutura psíquica e a construção sólida de juízos bem delineados em si e pelo ambiente, mas sempre, repetimo-lo, com ar de espontânea bondade que o clima místico que desde há tempos a circunda e que, parece, não foi por ela provocado, não modificaram”.
Sobretudo nos anos finais da sua vida, começou a desenvolver-se em torno da Alexandrina um fenômeno de popularidade, que levou muita gente em peregrinação até ao seu leito em busca de aconselhamento espiritual.

Promessas de Jesus

Nas Suas aparições e revelações à Beata Alexandrina de Balasar, Jesus apresentou-lhe duas grandes e prodigiosas promessas:

Devoção das 6 Primeiras Quintas-feiras

«Minha filha, minha esposa querida, faz com que Eu seja amado, consolado e reparado na Minha Eucaristia. Diz, em Meu nome, que todos aqueles que comungarem bem, com sinceridade e humildade, fervor e amor em seis primeiras quintas-feiras seguidas e junto do Meu sacrário passarem uma hora de adoração e íntima união coMigo, lhes prometo o Céu. É para honrarem pela Eucaristia as Minhas Santas Chagas, honrando primeiro a do Meu sagrado ombro tão pouco lembrada. Quem isto fizer, quem às Santas Chagas juntar as dores da Minha Bendita Mãe e em nome delas nos pedir graças, quer espirituais, quer corporais, Eu lhas prometo, a não ser que sejam de prejuízo à sua alma. No momento da morte trarei coMigo Minha Mãe Santíssima para defendê-lo».

Divulgação e defesa da beatificação

Entre os estudiosos da sua vida e escritos, que tornaram viável a abertura, desenvolvimento e conclusão do Processo Diocesano para a beatificação e canonização, destacam-se, além do já citado Padre Mariano Pinho, o italiano Padre Humberto Pasquale e o Casal Signorile. Os livros escritos por este casal (os professores Chiaffredo e Eugênia) são referência importante para o conhecimento da obra de Alexandrina (alguns deles, como a recorrentemente citada “Figlia del Dolore Madre di Amore” estão disponíveis on-line).
A beatificação de Alexandrina Maria da Costa assentou numa cura ocorrida em Estrasburgo com uma emigrante oriunda da freguesia de Esmeriz, Vila Nova de Famalicão; esta cura foi declarada inexplicável à luz dos atuais conhecimentos da medicina.

Fonte: http://heroinasdacristandade.blogspot.com.br/2012/10/beata-alexandrina-maria-da-costa-13-de.html

100 anos da sexta aparição de Nossa Senhora em Fátima - 13 de Outubro de 1917

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Neste dia 13 de outubro, celebramos o centenário da última aparição de Nossa Senhora em Fátima, que prometera aos três pastorinhos um grande milagre que confirmaria a veracidade de suas aparições em Portugal. Trata-se do conhecido milagre do Sol, testemunhado na Cova da Iria por mais ou menos 70 mil pessoas. Depois de uma chuva torrencial, o céu abriu-se de repente, os que se haviam molhado de um momento para o outro ficaram secos, muitos doentes, cegos e paralíticos foram curados e o Sol, durante cerca de dez minutos, ziguezagueou espantosamente pelo firmamento. A Virgem Santíssima se apresentou, assim, como Mãe solícita pelo bem de seus filhos, os quais, como digna descendência de tão poderosa Rainha, têm permanecer em batalha contra o Dragão infernal e os erros e maldades que ele vem espalhando mundo afora. Maria é, sim, aquela Mulher vestida de Sol de que nos fala o Apocalipse, e a grande batalha ali é descrita não é senão a guerra espiritual em que todos nos devemos engajar. Hoje, a Igreja nos oferece a oportunidade de lucrarmos uma indulgência plenária e, diante da imagem de nossa Mãe bendita, de sulcarmos ainda mais o nosso coração para que nele se enraíze, cresça e floresça a mensagem de Fátima. Precisamos, sem demora, assumir o nosso sacerdócio batismal, rezar muito, fazer sacrifícios pela conversão dos pecadores e oferecer-nos a Deus como vítimas de expiação pelos nossos pecados e pelos de nossos irmãos e de reparação pelos ultrajes aos doces Corações de Jesus e de Maria. Que Nossa Senhora de Fátima rogue por todos nós e nos conceda, por sua poderosíssima mediação, as graças necessárias para vencermos dia após dia os nossos três grandes inimigos — a carne, o demônio e o mundo.

A APARIÇÃO

No dia 13 de Outubro de 1917, as crianças saíram de casa bastante cedo, contando com as demoras do caminho. O povo era em massa. A chuva, torrencial. A Mãe da Lúcia, temendo que fosse o último dia de sua vida, com o coração apertado pela incerteza do que poderia acontecer, acompanhou a filha.

Lucia e a multidão de pessoas chegando à Cova de Iria, junto da carrasqueira. Levada por uma intuição, a Pastorinha pediu ao povo que fechasse os guarda-chuvas para rezarmos o terço. Pouco depois, viram o reflexo da luz e, em seguida, Nossa Senhora sobre a carrasqueira.

Lucia perguntou: “– Que é que Vossemecê me quer?”

A Senhora respondeu: “– Quero dizer-te que façam aqui uma capela em Minha honra, que sou a Senhora do Rosário, que continuem sempre a rezar o terço todos os dias. A guerra vai acabar e os militares voltarão em breve para suas casas.”

Lucia disse: “– Eu tinha muitas coisas para Lhe pedir: se curava uns doentes e se convertia uns pecadores, etc.”

A Senhora respondeu: “– Uns, sim; outros, não. É preciso que se emendem, que peçam perdão dos seus pecados.”

E tomando um aspecto mais triste, a Senhora continuou: “– Não ofendam mais a Deus Nosso Senhor que já está muito ofendido.”

E abrindo as mãos, a Senhora fez refletir no sol. E, enquanto que se elevava, continuava o reflexo da Sua própria luz a projetar-se no sol.

                                                             O MILAGRE DO SOL


Já haviam decorrido as duas primeiras aparições de Nossa Senhora em Fátima, quando Lúcia, no dia 13 de Julho de 1917 dirigiu à Santíssima Virgem Maria este pedido:

- “Queria pedir-Lhe para nos dizer quem é, para fazer um milagre com que todos acreditem que Vossemecê nos aparece.”  

Nossa Senhora respondeu:

- “Continuem a vir aqui todos os meses. Em Outubro direi quem sou o que quero e farei um Milagre que todos hão de ver, para acreditar.”

O Milagre é Obra Divina e somente ele, é que coloca o sinete de Deus nos acontecimentos, para provar a sua veracidade.

Dessa forma, a Missão de Nossa Senhora foi plenamente confirmada com a realização do Milagre do Sol, no dia 13 de Outubro de 1917. Ele foi anunciado com 92 dias de antecedência, a fim de que uma maioria de pessoas soubessem da profecia e se interessassem em conferir a realidade.
No dia e à hora anunciada, aconteceu o fenômeno nunca visto antes, presenciado e testemunhado por milhares de pessoas estarrecidas e maravilhadas com sua grandeza e inconfundível beleza.

Também foi testemunha o jornalista Avelino de Almeida, que fora enviado pelo diário “O Século”, para relatar as ocorrências daquele dia, na Cova da Iria. Assim, com os seus próprios olhos viu “as coisas espantosas” e nesse jornal diário, no dia 15 de Outubro, sob o título: “Como o Sol bailou ao meio dia em Fátima” descreveu todos os fatos deslumbrantes e memoráveis que teve a felicidade de presenciar.

Página do jornal "O Século", inteiramente dedicada ao Milagre do Sol

Naquele dia começou a chover as 11 horas e na hora marcada chovia torrencialmente! Mas a multidão de 70.000 pessoas esperou pacientemente durante 4 horas a chegada dos Pastorzinhos. O terrível temporal molhou as roupas, o corpo e até os ossos de todos que estavam lá, deixando poças por todos os lados com uma espessura de até 10 centímetros de água, além de estar soprando um vento úmido, incômodo e muito frio. O Milagre fora marcado para as 12 horas. E exatamente à essa hora, as nuvens escuras carregadas de água de repente desmancharam-se no firmamento.
Antes do milagre chovia torrencialmente em Fátima. Foto original
 Apareceu em Fátima um maravilhoso arco-íris ao meio dia, muito embora pela posição do sol, os arco-íris somente acontecem pela manhã ou a tarde. Contudo ali estava um arco-íris especial e suas cores brilhavam com uma intensidade cem vezes superior a cor dos arco-íris normais, formando ao invés de um arco abobadado como habitualmente, formou uma grande faixa perpendicular com 12 metros de altura que cobriu homens, muros e árvores. A multidão pareceu ver por cima o céu azul, mas era apenas uma ilusão de ótica. Porque na realidade, as pessoas olhavam não para o sol planetário, atrelado a sua órbita, mas para um disco na mesma dimensão do sol, que parecia dourado a uns observadores, prateado a outros, ou ainda na cor de salmão, ou também, como se fosse um disco multicolorido que mudava a sua cor. Entretanto, o que espantava não era o disco, mas sim a faixa circular de luz ao redor dele, que crescia rapidamente de luminosidade e derramava o seu admirável brilho sobre a multidão, sem cegar os olhos, envolvendo todos os presentes numa luz difusa, como se fosse uma meia sombra sem, contudo, projetar uma imagem de sombra em qualquer direção!
Nesta fotografia pode-se ver um ponto negro, que estava bem no centro do Sol e que foi motivado
pela sua rápida rotação, além de que a sua posição na linha do horizonte, era impossível, já que
esta fotografia foi tirada às 12:30.

O disco começou a girar neste mar de luz celestial, imprimindo cada vez mais velocidade, aumentando o seu movimento de rotação, projetando feixes de luzes coloridas em todas as direções, que encantava a todos os observadores. Acontecimento lindo que fascinava e fazia lembrar as "rodinhas" (fogos de artifício), mas muito mais intenso e mais fantástico! E assim permaneceu durante 2 minutos. Depois parou. Fez uma pausa cerca de 1 minuto e logo recomeçou num segundo ato, mais vibrante e de uma maneira diferente da anterior. Sob o intenso campo luminoso do céu, o disco passou a se movimentar mudando continuamente de posição e também mudando de cor: dourado, prateado, azul, vermelho, amarelo canário, verde, etc., proporcionando a impressão mais bonita e surpreendente. Agora o disco começou a dar pulos, eram saltos triangulares com tão grande agilidade que imitava um ritmo, ou talvez uma dança popular. A seguir, depois de mostrar uma agitação oscilatória fez uma nova pausa. Assim permaneceu por mais 1 minuto e logo, recomeçou de modo impressionante o terceiro ato. O disco como um foguete, num aumento crescente de velocidade, se projetou em direção a terra sobre a multidão, como se fosse massacrar o povo, e de repente, evitando a colisão, parou próximo ao solo, que de tão perto dir-se-ia poder alcança-lo com as mãos, e retornou velozmente. Agora, mudando a sua trajetória, fazendo aquele movimento de zigzag em direção ao verdadeiro sol planetário, que por fim o absorveu, ou seja, ficaram superpostos, aparecendo só o disco solar que rompeu as nuvens mais altas com a força de seu brilho e iluminou toda a multidão. As muitas nuvens que existiam dispostas no espaço a milhares de metros de distância uma das outras, foram movidas com precisão sensacional e de tal maneira sobrepostas, que o sol verdadeiro perdeu o brilho e nenhuma das 70.000 pessoas que presenciavam o fenômeno, sofreu danos na retina ocular. Neste momento veio uma onda de calor e de repente, todas as roupas molhadas secaram-se numa fração de tempo e a água das poças e dos charcos evaporou-se. Em menos de 2 minutos a água pantanosa e a lama fria transformaram-se em suave beleza campestre! Essa onda de calor foi sentida agradavelmente por algumas pessoas e por outras nem sequer foi notada. Quando terminou aquela notável apresentação tudo estava completamente seco.

Desaparecida Nossa Senhora, na imensa distância do firmamento, as crianças viram, ao lado do sol, São José com o Menino e Nossa Senhora vestida de branco, com um manto azul. São José com o Menino pareciam abençoar o Mundo com uns gestos que faziam com a mão em forma de cruz.

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Pouco depois, Lucia viu Nosso Senhor e Nossa Senhora, e davam a ideia de ser Nossa Senhora das Dores. Nosso Senhor parecia abençoar o Mundo da mesma forma que São José. Desvanecida essa imagem, viu-se Nossa Senhora semelhante à Virgem do Carmo, coroada como Rainha do Céu e da Terra.

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Muitos estavam profundamente comovidos. Rezavam em voz alta, pediam a Deus o perdão de seus pecados. Contudo é importante ressaltar, que a extraordinária dança do disco solar não constituiu uma ameaça e nem trouxe terror em nenhum momento, mas trouxe sim, um estimulo vigoroso que convidava todas as pessoas a viverem com alegria e a cultivarem a fé com atenção, devoção e um fervoroso ardor.



LIGAÇÃO COM GARABANDAL

Monsenhor João Pereira Venancio, Bispo de Fátima, disse que a Santíssima Virgem se despediu em Fátima como Nossa Senhora do Carmo e que teve notícias de esta frase, “hasta San Sebastián de España” (Até São Sebastião de Espanha), de um livro carmelita publicado no Brasil pelos anos de 1930, mas que não se deu conta de seu significado até que conheceu as Aparições de San Sebastián de Garabandal. Monsenhor João Pereira Venancio considera as Aparições de Garabandal como uma continuação das Aparições de Fátima. Nossa Senhora se despediu de Fátima sob a advocação do Monte Carmelo, que veio a ser o título principal de sua próxima grande aparição, na Espanha.

Uma vez foi perguntado à Virgem, em Garabandal, o porquê dEla sempre aparecer virada de costas para Portugal ao que Ela respondeu: "Pois se eu acabo de vir de lá."



Fontes: http://www.tardecommaria.com.br/nossa-senhora-de-fatima/as-aparicoes/, http://aparicoes.leiame.net/mundo/fatima/fatima-13-de-outubro/, http://forosdelavirgen.org/121/la-virgen-de-fatima-profetizo-su-aparicion-en-garabandal/, Apostolado dos Sagrados Corações e Padre Paulo Ricardo

quinta-feira, 12 de outubro de 2017

12 de Outubro - Nossa Senhora do Pilar, a primeira aparição mariana

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Se bem que Nossa Senhora seja uma só, e em qualquer de suas extraordinárias manifestações está Ela sempre disposta, como Mãe, a olhar benevolamente para aqueles que implorem sua proteção, as contingências históricas, geográficas, psicológicas etc. tornam habitualmente mais atraente para alguns esta, para outros aquela invocação da Santíssima Virgem. Nossa Senhora do Pilar, entretanto, atrai-nos a todos porque sua história é de grande interesse universal.

Com efeito, trata-se da primeira aparição da Santíssima Virgem em todos os tempos, quando Ela ainda estava em sua vida terrena; e, por expressa vontade dEla, no local do acontecimento foi erigido o primeiro templo mariano no mundo. Apareceu ao Apóstolo São Tiago Maior, o irmão de São João Evangelista, que recebera, ao pé da Cruz, Nossa Senhora como Mãe; o mesmo São Tiago, que fora dos três mais privilegiados por Nosso Senhor, na Transfiguração do Tabor e na Agonia do Horto.

E as palavras de Nossa Senhora naquela visita, por encargo do Salvador, contiveram a convocatória para outro privilégio: São Tiago deveria voltar à Terra Santa, e seria o primeiro do Sacro Colégio Apostólico a receber a palma do martírio.

Muitos Pontífices Romanos incentivaram tal devoção. São Jerônimo, um dos grandes Doutores e polemistas dos primeiros séculos da Igreja, já atestava a veracidade do prodígio, e o Breviário Romano indica sua festa a 12 de outubro, mesmo dia em que se comemora, no Brasil, Nossa Senhora Aparecida, Padroeira da Nação.

O acontecimento deu-se no ano 40, quando São Tiago rezava à beira do rio Ebro, na cidade de César Augusto, na Hispania (nomes que derivaram paulatinamente em Saragoça e Espanha). O Apóstolo tinha já convertido sete pessoas em Saragoça. Era já noite. Poderosos e alígeros espíritos, ou seja, os santos anjos, conduziram sua Rainha, de Jerusalém à cidade de César-Augusto.

Circundada por diáfanas nuvens, sentada num trono de luz, servida por anjos, aproximou-se então do maravilhado vidente e disse-lhe: "Tiago, servo do Altíssimo, bendito sejais de Sua destra, e Ele vos encha de Sua divina graça. Meu filho Tiago, este lugar assinalou e destinou o Altíssimo todo- poderoso Deus do Céu, para que na terra lhe consagreis e dediqueis nele um templo e casa de oração, onde sob o título de Meu Nome quer que o dEle seja exaltado e engrandecido, e que os tesouros de Sua divina destra se comuniquem, franqueando generosamente Suas antigas misericórdias a todos os fiéis que por minha intercessão alcança-los-ão, se os pedirem com verdadeira Fé e piedosa devoção, e em nome do Todo-Poderoso lhes prometo grandes favores e bênçãos de doçura, minha proteção e amparo, porque este há de ser meu templo e casa, minha própria herança e possessão. E em testemunho desta verdade e promessa ficará aqui esta coluna, e colocada sobre ela minha própria imagem neste lugar, onde uma e outra perseverarão com a Santa Fé até o fim do mundo .... (Os anjos entregaram a São Tiago então o referido pilar ou coluna e a imagem), e, tendo feito este serviço ao Senhor, ireis a Jerusalém, onde Meu Filho Santíssimo quer que Lhe ofereçais o sacrifício de vossa vida“.

Tudo tendo sido santamente cumprido, o templo, a imagem e o pilar não têm feito senão aumentar em glória, pompa e riqueza recebidas e em benefícios concedidos

Fonte: http://catolicismo.com.br/materia/materia.cfm?IDmat=9EC13331-3048-313C-2E58758CB4A469A4&mes=Outubro1994

12 de Outubro - Solenidade de Nossa Senhora Aparecida, Rainha e Padroeira do Brasil (300 anos de bênçãos)

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É com grande alegria que celebramos hoje, dia 12 de Outubro de 2017, os 300 anos do encontro da imagem da Santíssima Virgem Aparecida!
Nossa Senhora Aparecida, é a forma como Nossa Senhora é carinhosamente chamada no Brasil, país do qual é padroeira. Ela é reverenciada numa estátua de Nossa Senhora da Conceição, vestida com um manto azul todo enfeitado. Ela fica exposta na Basílica de Nossa Senhora Aparecida, em Aparecida, interior do Estado de São Paulo. A festa em sua honra é celebrada no dia 12 de outubro, também dia das crianças. Este dia é feriado para os brasileiros desde 1980, quando a basílica foi consagrada por João Paulo II em sua primeira visita ao Brasil. A basílica de Aparecida é a segunda maior do mundo, a quarta igreja mariana que recebe mais visitas no mundo, com a incrível capacidade de receber 45 mil romeiros no seu interior.

HISTÓRIA DE NOSSA SENHORA APARECIDA

Os fatos foram registrados primeiramente pelos padres José Alves Vilela, em 1743, e João de Morais e Aguiar, em 1757. Esses registros foram feitos nos livros da Paróquia de Santo Antônio de Guaratinguetá, à qual pertencia a região onde a imagem foi encontrada. A imagem apareceu em outubro de 1717. E os fatos aconteceram assim:
Dom Pedro de Almeida, governante da capitania de São Paulo e Minas de Ouro, homem que detinha também o título de Conde de Assumar, passava por Guaratinguetá, SP, quando viajava para Vila Rica, MG. A população organizou uma festa para receber o conde de Assumar. Para prepararem a comida, pescadores foram para o rio Paraíba com a difícil missão de conseguirem muitos peixes para a comitiva do governador, mesmo não sendo tempo de pesca. Domingos Garcia, Filipe Pedroso e João Alves, sentindo o peso de sua responsabilidade, fizeram uma oração pedindo a ajuda da Mãe de Deus. Depois de tentar várias vezes sem sucesso, na altura do Porto Itaguaçu, já desistindo da pescaria, João Alves lançou a rede novamente. Não pegou nenhum peixe, mas apanhou a imagem de Nossa Senhora da Conceição. Porém, faltando a cabeça. Emocionado, lançou de novo a rede e, desta vez, pegou a cabeça que se encaixou perfeitamente na pequena imagem. Só este fato, já foi um grande milagre. Mas, após esse achado, eles apanharam tamanha quantidade de peixes que tiveram que retornar ao porto com medo de a canoa virar. Os pescadores chegaram a Guaratinguetá eufóricos e emocionados com o que presenciaram e toda a população entendeu o fato como intervenção divina. Assim aconteceu o primeiro de muitos milagres pela ação de Nossa Senhora Aparecida.

DEVOÇÃO A NOSSA SENHORA APARECIDA


A imagem ficou na casa de Filipe Pedroso por 15 anos. Ali, os amigos e vizinhos se encontravam para rezar à Nossa Senhora da Conceição. Graças e mais graças começaram a acontecer e a história se espalhava Brasil afora. Por várias vezes, à noite, ao rezarem junto à imagem, as pessoas viam que as luzes se apagavam e depois acendiam misteriosamente. Então, todo o povo da vizinhança passou a rezar aos pés da imagem. Construíram um pequeno oratório em Itaguaçu, que em pouco tempo já não comportava o grande número de fieis que para lá acorria.

PRIMEIRA CAPELA

O vigário da cidade de Guaratinguetá resolveu construir uma capela no morro dos Coqueiros. As obras terminaram em julho de 1745. O filho de Filipe Pedroso ajudou a construir essa capela. No dia 20 de abril de 1822, o imperador Dom Pedro I, juntamente com uma grande comitiva, fizeram uma visita à capela para homenagear a imagem milagrosa da Senhora de Aparecida, como também é conhecida.
A quantidade de pessoas e romeiros que visitavam a imagem aumentava a cada dia. Por isso, em 1834, deram início às obras da igreja que é conhecida hoje como Basílica Velha. Ela era bem maior que a capela e foi consagrada no dia 8 de dezembro do ano de 1888.


COROA E MANTO DE NOSSA SENHORA APARECIDA

Em sua segunda visita à basílica, feita no dia 6 de novembro de 1888, a Princesa Isabel ofereceu à santa uma bela coroa feita de ouro, enfeitada com rubis e diamantes. Era o cumprimento da promessa feita 20 anos antes, na primeira visita feita à imagem.

MISSIONÁRIOS REDENTORISTAS

Os Missionários Redentoristas, congregação de origem italiana, chegaram a Aparecida em outubro de 1894. Eram padres, religiosos e irmãos que se dedicavam ao trabalho de atender a todos os romeiros que chegavam para rezar e cumprir suas promessas a Nossa Senhora Aparecida.


COROAÇÃO E FAVORES

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A imagem foi solenemente coroada – com a coroa que a Princesa Isabel doou – em 8 de setembro de 1904. A imagem passou a ser apresentada, então, com o manto azul anil, bordado com ouro e pedras preciosas. A celebração foi presidida por Dom José Camargo Barros. Estavam presentes o Núncio Apostólico, vários bispos, o senhor Rodrigues Alves, então Presidente da República, e grande multidão. Após este fato, o Santo Padre concedeu ao Santuário de Aparecida outros favores: Ofício e missa própria de Nossa Senhora Aparecida e indulgências para os romeiros em peregrinação ao Santuário.


A BASÍLICA E A CIDADE

Em 29 de abril de 1908, a igreja passou a ser chamada de Basílica Menor e sua sagração se deu no dia 5 de setembro de 1909. Para a solenidade o Papa Pio X enviou, de Roma, relíquias de São Vicente Mártir. No dia 17 de dezembro de 1928, a vila que crescera em volta da Basílica e que pertencia ao município de Guaratinguetá, fica independente, tornando-se o município de Aparecida do Norte. Hoje, a cidade se chama Aparecida.


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NOSSA SENHORA APARECIDA, RAINHA E PADROEIRA DO BRASIL

O Papa Pio XI decreta Nossa Senhora da Conceição Aparecida como Rainha e Padroeira do Brasil no dia 16 de julho de 1930. A Lei Federal nº 6.802 (30/06/1980) decreta oficialmente o dia 12 de outubro como feriado nacional, dia de devoção à santa. Esta Lei Federal também reconhece Maria como sendo a protetora do Brasil.

ROSA DE OURO

Em 1967, na festa de 250 anos da devoção, o Papa Paulo VI ofereceu ao Santuário a Rosa de Ouro, gesto repetido pelo Papa Bento XVI, que ofereceu outra Rosa, em 2007, por ocasião de sua Viagem Apostólica ao país, reconhecendo a importância da devoção a Nossa Senhora Aparecida e do Santuário de Aparecida para o Brasil. No dia 9 de Outubro de 2017, o Papa Francisco enviou a terceira Rosa de Ouro ao Santuário, por ocasião dos 300 anos da devoção à Virgem Aparecida.

Representante do papa Francisco, o cardeal italiano Giovanni Battista entregou a Rosa de Ouro ao arcebispo de Aparecida, dom Orlando Brandes
Representante do Papa Francisco, o cardeal italiano Giovanni Battista entregou a Rosa de Ouro ao arcebispo de Aparecida, Dom Orlando Brandes


NOVA BASÍLICA

O fenômeno de Aparecida é impressionante. O número de romeiros cresce, cresce, cresce. Milhares de graças e milagres são relatados ano após ano. Por isso, uma nova basílica, bem maior, começou a ser construída em 1955 para acolher o numeroso fluxo de romeiros vindos de todo o país. Benedito Calixto, o arquiteto responsável pela obra, idealizou um edifício no formato da cruz grega. A igreja tem 168m de largura por 173m de comprimento. Suas naves chegam a 40m de altura e a cúpula central alcança 70m de pé direito. É uma obra impressionante. No dia 4 de julho de 1980, numa celebração eucarística solenemente conduzida pelo Papa João Paulo II, a Basílica de Nossa Senhora Aparecida foi finalmente consagrada. O santuário de Aparecida é a maior basílica do mundo dedicada à Maria Mãe de Deus.

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ORAÇÃO A NOSSA SENHORA APARECIDA

Ó incomparável Senhora da Conceição Aparecida. Mãe de meu Deus, Rainha dos Anjos, Advogada dos pecadores, Refúgio e Consolação dos aflitos e atribulados, ó Virgem Santíssima; cheia de poder e bondade, lançai sobre nós um olhar favorável, para que sejamos socorridos em todas as necessidades. Lembrai-vos, clementíssima Mãe Aparecida, que não se consta que de todos os que têm a vós recorrido, invocado vosso santíssimo nome e implorado vossa singular proteção, fosse por vós algum abandonado. Animado com esta confiança a vós recorro: tomo-vos de hoje para sempre por minha Mãe, minha protetora, minha consolação e guia, minha esperança e minha luz na hora da morte. Assim pois, Senhora, livrai-me de tudo o que possa ofender-vos e a vosso Filho meu Redentor e Senhor Jesus Cristo. Virgem bendita, preservai este vosso indigno servo, esta casa e seus habitantes, da peste, fome, guerra, raios, tempestades e outros perigos e males que nos possam flagelar. Soberana Senhora, dignai-vos dirigir-nos em todos os negócios espirituais e temporais; livrai-nos da tentação do demônio, para que, trilhando o caminho da virtude, pelos merecimentos da vossa puríssima Virgindade e do preciosíssimo Sangue de vosso Filho, vos possamos ver, amar e gozar na eterna glória, por todos os séculos dos séculos. Amém.


A pequenina imagem de Nossa Senhora da Conceição, encontrada em pedaços há 300 anos nas águas do Rio Paraíba do Sul, é um sinal claro de que Deus, para fazer grandes coisas, pode e quer servir-se do que aos nossos olhos é pequeno, pobre e até mesmo desprezível. Pescada do fundo lamacento de um rio, a imagem de NOSSA SENHORA APARECIDA, instrumento de conversão nas mãos do Altíssimo, foi coberta com um manto azul, coroada de ouro e elevada sob um pedestal, a fim de indiciar que, do alto do céu, nossa Mãe Imaculada está sempre pronta a dobrar-se às preces confiantes e humildes que lhes dirigem os seus pobres filhos.



Fontes: http://www.cruzterrasanta.com.br/historia-de-nossa-senhora-aparecida/21/102/#c
http://hojeemdia.com.br/primeiro-plano/papa-francisco-envia-rosa-de-ouro-a-santu%C3%A1rio-pelos-300-anos-de-nossa-senhora-aparecida-1.565938
http://nossamaepadroeira.blogspot.com.br/2011/08/conhecendo-um-pouco-mais-sobre-nossa.html
padrepauloricardo.org