sábado, 29 de setembro de 2018

29 de Setembro - Festa dos Santos Arcanjos Miguel, Gabriel e Rafael


A vida do homem sobre a terra, lembra-nos o Livro de Jó, não é senão luta e desassossego (cf. Jó 7, 1). Ainda peregrinos, vivemos neste mundo sem ter morada fixa, já que nossa pátria está acima das nuvens, junto de Deus. Até que lá cheguemos, no entanto, temos de sobreviver a este desterro e aos inúmeros perigos com que nele deparamos, às diversas emboscadas que ao longo do caminho nos arma a inveja de Satanás. Ora, assim como o Senhor enviara um anjo para guardar o povo de Israel até a chegada à terra prometida, assim também Ele envia à sua Igreja — novo Israel — anjos custódios que a guiem e protejam até o seu triunfo derradeiro na glória celeste. É o que nos recorda a festa que hoje celebramos, após quarenta dias de devota preparação. Os Santos Arcanjos Miguel, Gabriel e Rafael, com efeito, são os três grandes instrumentos de que se serve Deus para conduzir os membros da Igreja às moradas eternas. Embora pequenos na hierarquia celeste, estes três anjos — e Miguel (em hebraico, “quem como Deus”), de modo particular — são prova de que é pela humildade que se vence a soberba do demônio; embora muitíssimo superiores a nós em natureza, eles se dignam servir-nos a nós, homens pobres e débeis de inteligência e vontade, e isso por amor obediente a Deus e por saberem que a mínima quantidade de graça divina deposita no coração de um homem vale mais do que todo o universo criado, visível e invisível. Estas três glórias dos coros angélicos são, pois, um exemplo formidável de que somente pelo reconhecimento da própria pequenez é possível tornar-se grande aos olhos do Altíssimo, que resiste aos orgulhosos (cf. Tg 4, 6) e a quem nada nem ninguém pode superar em grandeza, poder e santidade. A Ele, em sintonia com os anjos e santos do céu, entoemos sem cessar um hino de glória e louvor e peçamos-lhe a força necessária para, com a ajuda dos Santos Arcanjos, preservarmos intocado em nosso coração o dom da graça santificante.


Fonte: https://padrepauloricardo.org/episodios/festa-dos-santos-arcanjos-miguel-gabriel-e-rafael-mmxviii

domingo, 23 de setembro de 2018

23 de Setembro - Memória de São Padre Pio de Pietrelcina - 50 anos de sua ida para o Céu!


Herdeiro espiritual de São Francisco de Assis, o Padre Pio de Pietrelcina foi o primeiro sacerdote a ter impresso sobre o seu corpo os estigmas da crucifixão. Ele é conhecido em todo mundo como o "Frei" estigmatizado.

O Padre Pio, a quem Deus deu dons particulares e carismas, se empenhou com todas as suas forças pela salvação das almas. Os muito testemunhos sobre a grande santidade do Frei, chegam até os nossos dias, acompanhados de sentimentos de gratidão. Suas intercessões providencias junto a Deus foram para muitos homens causa de cura do corpo e motivo de renovação do espírito.

O Padre Pio de Pietrelcina que se chamava Francesco Forgione, nasceu na Pietrelcina, num pequeno povo da Província de Benevento, em 25 de maio de 1887. Pertencia a uma família humilde, tendo como pai Grazio Forgione e a mãe Maria Giuseppa Di Nunzio tinham outros filhos. Desde muito menino Francesco experimentou em si o desejo de consagrar-se totalmente a Deus e este desejo o distinguia de seus coetâneos. Tal "diferença" foi observada por seus parentes e amigos.  Narra a mamãe Peppa: "Não cometeu nunca nenhuma falta, não tinha caprichos, sempre obedeceu a mim e a seu pai, a cada manhã e a cada tarde ia à igreja visitar a Jesus e a Virgem. Durante o dia não saía nunca com os seus companheiros. Às vezes eu dizia: - "Francì vá um pouco a brincar". Ele se negava dizendo: - "Não quero ir porque eles blasfemam". Do diário do Padre Agostinho de San Marco em Lamis, o qual foi um dos diretores espirituais do Padre Pio, soube que o santo, desde 1892, quando tinha apenas cinco anos, viveu já suas primeiras experiências místicas espirituais. Os êxtases e as aparições foram frequentes, mas para o menino pareciam serem absolutamente normais.

Com o passar do tempo, realizou-se para Francesco o que foi o seu maior sonho: consagrar totalmente a sua vida a Deus.

Em 6 de janeiro de 1903, aos dezesseis anos, entrou como clérigo na ordem dos Capuchinhos. Foi ordenado sacerdote na Catedral de Benevento, a 10 de agosto de 1910. Teve assim início sua vida sacerdotal, que por causa de suas condições precárias de saúde, se passou primeiro em muitos conventos da província de Benevento. Esteve em vários conventos por motivo de saúde, assim, a partir de 4 setembro de 1916 chegou ao convento de San Giovanni Rotondo, sobre o Gárgano, onde ficou até 23 de setembro de 1968, dia de seu pranteado falecimento.

Nesse longo tempo o Padre Pio iniciava seus dias despertando-se a noite, muito antes da aurora, se dedicava a oração e com grande fervor aproveitando a solidão e silêncio da noite. Visitava diariamente por longas horas a Jesus Sacramentado, preparando-se à Santa Missa, e daí sempre tirou as forças necessárias, para seu grande trabalho com as almas, levando-as até Deus no Sacramento da Confissão. Atendia confissão por longas horas, até 14 horas diárias, e assim salvou muitas almas.

Um dos acontecimentos que marcou intensamente a vida do Padre Pio foi que se verificou na manhã do 20 de setembro de 1918, quando, rezando diante do Crucifixo do coro da velha e pequena igreja, o Padre Pio recebeu o maravilhoso presente dos estigmas. Os estigmas ou as feridas foram visíveis e ficaram abertas, frescas e sangrentas, por meio século. Este fenômeno extraordinário tornou a chamar, sobre o Padre Pio a atenção dos médicos, dos estudiosos, dos jornalistas, enfim sobre toda a gente comum que, no período de muitas décadas foram a San Giovanni Rotondo para encontrar o santo frade.

Numa carta ao Padre Benedetto, datada de 22 de outubro de 1918, o Padre Pio narra a sua "crucifixão": O que posso dizer aos que me perguntam como é que aconteceu a minha crucifixão? Meu Deus! Que confusão e que humilhação eu tenho o dever de manifestar o que Tu tendes feito nessa mesquinha criatura!"

Foi na manhã do 20 do mês passado (setembro) no coro, depois da celebração da Santa Missa, quando fui surpreendido pelo descanso do espírito, pareceu um doce sonho. Todos os sentidos interiores e exteriores, além das mesmas faculdades da alma, se encontraram numa quietude indescritível. Em tudo isso houve um silêncio em torno de mim e dentro de mim; senti em seguida uma grande paz e um abandono na completa privação de tudo e uma disposição na mesma rotina.

Tudo aconteceu num instante. E em quanto isso se passava, eu vi na minha frente um misterioso personagem parecido com aquele que tinha visto na tarde de 5 de agosto. Este era diferente do primeiro, porque tinha as mãos, o pés e o peito emanando sangue. A visão me aterrorizava, o que senti naquele instante em mim não sabia dizê-lo. Senti-me desfalecer e morreria, se Deus não tivesse intervindo sustentar o meu coração, o qual sentia saltar-me do peito. A visão do personagem desapareceu e dei-me conta de que minhas mãos, pés e peito foram feridos e jorravam sangue. Imaginais o suplício que experimentei então e que estou experimentando continuamente todos os dias. A ferida do coração, continuamente, sangra. Começa na quinta feira pela tarde até sábado. Meu pai, eu morro de dor pelo suplício e confusão que experimento no mais íntimo da alma. Temo morrer em sangue, se Deus não ouvir os gemidos do meu pobre coração, e ter piedade de retirar de mim está situação..."

Durante anos, de todas as partes do mundo, os fiéis foram a este sacerdote estigmatizado, para conseguir a sua potente intercessão junto a Deus. Cinquenta anos passados na oração, na humildade, no sofrimento e no sacrifício, de onde para atuar seu amor, o Padre Pio realizou duas iniciativas em duas direções: uma vertical até Deus com a fundação dos "Grupos de ruego", hoje chamados "grupos de oração" e outra horizontal até os irmãos, com a construção de um moderno hospital: "Casa Alívio do Sofrimento".

Em setembro os 1968, milhares de devotos e filhos espirituais do Padre Pio se reuniram em um congresso em San Giovanni Rotondo para comemorar o 50 aniversário dos estigmas e celebrar o quarto congresso internacional dos Grupos de Oração. Ninguém imaginou que às 2h30 da madrugada do dia 23 de setembro de 1968, seria o doloroso final da vida do Padre Pio de Pietrelcina. Deste maravilhoso frei, escolhido por Deus para derramar a sua Divina Misericórdia de uma maneira especial.

Fonte: http://www.padrepio.catholicwebservices.com/PORTUGUES/Biografia_port.htm

sexta-feira, 21 de setembro de 2018

21 de Setembro - Festa de São Mateus, Apóstolo e Evangelista


São Mateus deixou tudo imediatamente, pondo de lado a vida ligada ao dinheiro e ao poder

A Igreja celebra hoje, de forma especial, a vida de São Mateus apóstolo e evangelista, cujo nome antes da conversão era Levi. Morava e trabalhava como coletor de impostos em Cafarnaum, na Palestina. Quando ouviu a Palavra de Jesus: “Segue-me” deixou tudo imediatamente, pondo de lado a vida ligada ao dinheiro e ao poder para um serviço de perfeita pobreza: a proclamação da mensagem cristã!

Mateus era um rico coletor de impostos e respondeu ao chamado do Mestre com entusiasmo. Encontramos no Evangelho de São Lucas a pessoa de Mateus que prepara e convida o Mestre para a grande festa de despedida em sua casa. Assim, uma numerosa multidão de publicanos e outros tantos condenados aos olhos do povo, sentaram-se à mesa com ele e com Àquele que veio, não para os sãos, mas sim para os doentes; não para os justos, mas para os pecadores. Chamando-os à conversão e à vida nova.

Por isso tocado pela misericórdia Daquele a quem olhou e amou, no silêncio e com discrição, livrou-se do dinheiro fazendo o bem.

É no Evangelho de Mateus que contemplamos mais amplamente trechos referentes ao uso do dinheiro, tais como: “Não ajunteis para vós, tesouros na terra, onde a traça e o caruncho os destroem.” e ainda:“Não podeis servir a Deus e ao dinheiro.”

Com Judas, porém, ficou o encargo de “caixa” da pequena comunidade apostólica que Jesus formava com os seus. Mateus deixa todo seu dinheiro para seguir a Jesus, e Judas, ao contrário, trai Jesus por trinta moedas!

Este apóstolo a quem festejamos hoje com toda a Igreja, cujo significado do nome é Dom de Deus,ficou conhecido no Cristianismo nem tanto pela sua obra missionária no Oriente, mas sim pelo Evangelho que guiado pelo carisma extraordinário da inspiração pôde escrever, entre 80-90 na Síria e Palestina, grande parte da vida e ensinamentos de Jesus. Celebramos também seu martírio que acabou fechando com a palma da vitória o testemunho deste apóstolo, santo e evangelista.

São Mateus, rogai por nós!


Fonte: http://santo.cancaonova.com/santo/sao-mateus-apostolo-e-evangelista/

quarta-feira, 19 de setembro de 2018

A Virgem lacrimosa de La Salette, um apelo para toda a humanidade




Nossa Senhora apareceu em La Salette, no dia 19 de setembro de 1846, por causa de “duas coisas” principais, que estavam tornando pesado o braço de seu divino Filho. Ouçamos o que ela tem a revelar, entre lágrimas, a Mélanie, a Maximin e, através deles, a toda a humanidade:

"Se meu povo não quer se submeter, sou forçada a deixar cair a mão de meu Filho. Ela é tão forte e pesada que não posso mais retê-la. Há quanto tempo sofro por vocês! Se quero que meu Filho não os abandone, sou obrigada a suplicá-lo incessantemente. E vocês nem se importam com isso. Por mais que rezem, por mais que façam, jamais poderão recompensar a aflição que tenho sofrido por vocês.

Dei-lhes seis dias para trabalhar, e reservei-me o sétimo, e não me querem concedê-lo. É o que faz pesar tanto o braço de meu Filho.

Os carroceiros não sabem falar sem usar o Nome de meu Filho. São essas duas coisas que tornam tão pesado o braço de meu Filho."

Nós, os orgulhosos e descrentes homens do século XXI, somos quase tentados a não acreditar que a santíssima Mãe de Deus tenha saído do Céu, da bem-aventurança eterna em que se encontra, contemplando a face de seu divino Filho, simplesmente para nos dizer: parem de pecar contra o segundo e o terceiro mandamentos! Ela tem mais uma mensagem a passar, sim, principalmente às autoridades civis e religiosas, mas a primeira coisa que ela pede, aos dois videntes de La Salette, é para as pessoas guardarem os domingos e não tomarem o santo nome de Deus em vão.

A nós parece pouco? Infelizes de nós, meus amigos, que não temos dimensão do que seja o pecado! Se eram infelizes os homens do século XIX, castigados que foram por desrespeitar esses dois mandamentos, muito mais infeliz é a nossa época, que já há muito tempo lançou fora as próprias tábuas dos Mandamentos; que já há muito tempo deixou de temer a Deus…

Nossa apostasia, no entanto, já era prevista pela Virgem de La Salette, noutra parte de sua mensagem. 

Esta, Nossa Senhora havia pedido expressamente a Mélanie que a guardasse em segredo, até 1858, e dizia o seguinte:

“No ano de 1864, Lúcifer e um grande número de demônios serão libertados do inferno: eles abolirão a fé pouco a pouco e mesmo nas pessoas consagradas a Deus; eles vão cegá-las de tal maneira que, exceto por uma graça particular, essas pessoas serão tomadas pelo espírito desses anjos maus; muitas casas religiosas perderão inteiramente a fé e perderão muitas almas.

Os maus livros abundarão sobre a terra, e os espíritos das trevas espalharão por toda parte um relaxamento universal em tudo aquilo que se refere ao serviço de Deus […]. A verdadeira fé estará extinta e a falsa luz iluminará o mundo. […] Os governantes civis terão todos o mesmo objetivo, que será abolir e fazer desaparecer todo princípio religioso, para dar lugar ao materialismo, ao ateísmo, ao espiritismo e a toda espécie de vícios.

No ano de 1865, a abominação será vista nos lugares santos; nos conventos, as flores da Igreja apodrecerão e o demônio tornar-se-á como o rei dos corações. Que aqueles que estão à frente das comunidades religiosas tomem cuidado com as pessoas que devem acolher, porque o demônio usará de toda sua malícia para introduzir nas ordens religiosas pessoas entregues ao pecado, pois as desordens e o amor aos prazeres carnais serão espalhados por toda a terra. […] Todos pensarão apenas em se divertir; os maus vão se entregar a toda espécie de pecados; mas os filhos da Santa Igreja, os filhos da fé, meus verdadeiros imitadores, crescerão no amor de Deus e nas virtudes que me são mais caras. […]

Tremei, ó terra, e vós que fazeis profissão de servir a Jesus Cristo e que, por dentro, adorais a vós mesmos, tremei; pois Deus vai entregar-vos a seu inimigo, porque os lugares santos estão na corrupção; muitos conventos não são mais casas de Deus, mas pastagens de Asmodeu e dos seus. […] Os homens estarão cada vez mais pervertidos.”



Além da disseminação dos pecados carnais — também mencionados por Nossa Senhora em Fátima —, percebam que a principal profecia que se percebe ao longo de toda a mensagem de La Salette é a perda da fé: os demônios “abolirão a fé pouco a pouco”, “muitas casas religiosas perderão inteiramente a fé”, “a verdadeira fé estará extinta” etc.; ao mesmo tempo, e na contramão dessa tendência, “os filhos da Santa Igreja” são chamados pela Virgem Santíssima “os filhos da fé”.

A principal profecia que se percebe ao longo de toda a mensagem de La Salette é a perda da fé.
Disso se deduz que a fé é importantíssima, e nunca se insistirá o bastante nesse ponto. Muitas vezes pode parecer exagero ficar repetindo, mas a ideia é que, de tanto ouvir essa mesma coisa, as pessoas finalmente se dêem conta da necessidade de crer — e crer não em qualquer coisa, mas sim em tudo o que crê e ensina a Santa Igreja Católica. Esse é o começo de tudo. De nada adiantaria, por exemplo, pregar sobre os deveres do cristão, sobre a importância de ir à Missa aos domingos ou fazer abstinência às sextas-feiras, de batizar os próprios filhos e contribuir com o dízimo na paróquia, se as pessoas, de maneira generalizada, deixaram de ter fé em Jesus Cristo e no que ensina a Igreja que Ele mesmo fundou.

Se as pessoas continuam a levar suas vidas no pecado mortal, elas podem até pagar “o dízimo da hortelã, do endro e do cominho”, como faziam os fariseus, mas “os preceitos mais importantes da Lei” continuarão a ser negligenciados (cf. Mt 23, 23). Se as pessoas não acreditarem que precisam abandonar o pecado, procurar o sacramento da Confissão e se reconciliar com Deus, nossas igrejas continuarão a ser lugar de sacrilégio e profanação, onde as pessoas comem e bebem a própria condenação (cf. 1Cor 11, 29). Pior do que isso: se não acreditarem no que diz o Catecismo, ao invés de dar ouvidos às modas ou às ideologias do momento, elas sequer acharão que precisam de conversão.

Nossa Senhora apareceu em La Salette para chamar todos os seres humanos à conversão.

é por isso que Nossa Senhora chora em La Salette. A mensagem que a santíssima Mãe de Deus veio nos trazer do Céu não é um tipo de “conscientização social”, dessas que se faz em uma propaganda banal de televisão; não é um recado “moralista”, de quem quer filhos “bem comportados” e seguindo à risca uma espécie de “manual de boas maneiras”. Não! Nossa Senhora apareceu em La Salette para chamar todos os seres humanos a um desafio radical, a uma mudança absoluta, que se chama conversão a Deus. Isso significa, em primeiro lugar, transformar completamente a nossa mentalidade, conformando-a à vontade divina, crendo naquilo que Deus revelou por meio de sua Igreja.

Por onde começar? A Virgem em La Salette só o que faz é repetir as palavras de Cristo ao jovem rico do Evangelho: “Se queres entrar na vida, observa os Mandamentos” (Mt 19, 17). Eis a nossa primeira vocação, eis o nosso primeiro desafio. Deus nos revelou que não devemos trabalhar no domingo, nem tomar seus santo nome em vão. Se nos parece pouco, se nos parece nadaserá que Deus está errado ou somos nós, ao contrário, que temos pouca fé?

Deus nos revelou, e repetiu pela boca de Nossa Senhora, que precisamos rezar. Sem isso, não teremos forças para cumprir mandamento algum. As orações, “ah, meus filhos, é preciso fazê-las, à noite e pela manhã”, disse a Virgem aos videntes de La Salette. “Quando não puderem fazer melhor, rezem ao menos um Pai Nosso e uma Ave Maria; e quando tiverem mais tempo e puderem fazer melhor, rezem-nos por mais tempo”.

Maximin e Melanie, as crianças que viram Nossa Senhora em La Salette

Se o que diz a Virgem nos parece pouco, se nos parece nada, será que Deus está errado ou somos nós, ao contrário, que temos pouca fé?

E nós, o que faremos? Trataremos o apelo da Virgem com indiferença? Ou nos deixaremos finalmente sacudir por suas lágrimas, saindo de nossa frieza e insensibilidade aos Mandamentos?
Nossa Senhora de La Salette chora por causa de nossos pecados; pior: chora por um século apóstata e sem fé, que até a noção de pecado já perdeu. Se ela se revelou aos homens chorando, no entanto, é porque ainda há esperança, é porque Deus ainda busca a nossa conversão. Ouçamos a sua voz, despertemo-nos de nossa letargia e enxuguemos as lágrimas da Santíssima Virgem com uma vida de penitência e amor a Deus. Não pode haver nada que alegre mais o seu Sagrado Coração do que um pecador que se arrepende e volta para a casa do Pai (cf. Lc 15, 7).

Fonte: https://padrepauloricardo.org/blog/por-que-nossa-senhora-aparece-chorando-em-la-salette

19 de Setembro - Memória da aparição de Nossa Senhora em La Salette


Em 19 de setembro de 1846, na comuna de La Salette-Fallavaux, Nossa Senhora aparecia a dois jovens pastores, Mélanie Calvat, de 14 anos, e Maximino Giraud, de 11. Esta aparição situa-se no delicado contexto social em que a França de então se encontrava. A Revolução, o Terror Jacobino, o Império Napoleônico, a trágica decadência moral e religiosa daí decorrente são as marcas distintivas de um dos mais conturbados períodos da história francesa. A Virgem Santíssima, vale a pena lembrar, já aparecera em 1830 à religiosa Santa Catarina Labouré e aparecerá outra vez, em 1858, a Santa Bernadette Soubirous, em Lourdes. Em todas essas aparições, o que Nossa Senhora deseja é fazer acordar a França, berço de tantas revoluções, e tirá-la da letargia moral, do esquecimento de Deus, do rechaço dos Mandamentos a que ela tinha sucumbido. Diante deste triste panorama, Nossa Senhora se apresenta em La Salette como uma bela Senhora que, em prantos e soluços, revela que a sociedade, devido sobretudo à sua impiedade, à sua desobediência aos mais fundamentais dos Mandamentos — os da primeira tábua —  tem sido castigada; as instituições se degradam, os campos já não dão fruto, a fome invade as casas, as famílias se desfazem. E isto, como dito, por causa não tanto dos pecados sociais — adultérios, homicídios, furtos, cobiça… —, quanto das blasfêmias, dos juramentos vãos, do desprezo pela Santa Missa, da desobediência ao descanso dominical, da mundanidade no clero, da indiferença dos fiéis etc. Nossa Senhora prediz ainda maiores castigos, devidos à nossa indolência espiritual, e revela o quão irracionais nos tornamos, degradados abaixo de nossa própria natureza, quando damos as costas Àquele que, sendo a Verdade, é fonte de todo bem, de toda ordem, de toda beleza. Que nós, leigos e sacerdotes, que sabemos que a finalidade de nossa vida sobre a terra não é senão amar e servir a Deus, desprezemos a mentalidade do mundo, tão avessa aos bens do espírito, e ordenemos toda a nossa existência — em seus menores e mais “insignificantes” detalhes — Àquele que é nosso Princípio e Fim, Autor e Criador, Pai e Amigo, Senhor e Salvador. — Nossa Senhora de La Salette, rogai por nós!


Fonte: https://padrepauloricardo.org/episodios/memoria-da-aparicao-de-nossa-senhora-de-la-salette

terça-feira, 18 de setembro de 2018

18 de Setembro - Memória de São José de Cupertino


A Igreja celebra hoje a memória de um santo talvez pouco conhecido entre nós. Trata-se de São José de Cupertino, nascido em 1603 numa comuna italiana de mesmo nome e ordenado sacerdote em 1628. São José de Cupertino possui o curioso título de padroeiro dos estudantes que estão prestes a fazer prova. E a razão disto é que esse grande místico, uma das honras da Ordem Franciscana, apesar de sua aguçadíssima inteligência — enriquecida sobrenaturalmente com o conhecimento infuso de profundas verdades de fé —, tinha tamanho pavor dos exames preparatórios para o sacerdócio que não era capaz de responder a uma só questão. Só este fato já nos permite recordar que nem mesmo os maiores santos, purificados do pecado e ordenados em suas paixões, estão livres destas pequenas misérias que todos, descendentes de Adão, temos de carregar: temores, receios, fadigas, limitações — intelectuais e emocionais —, imperfeições etc.

Uma vez admitido providencialmente às sagradas ordens, Frei José viveu tão santamente sua vocação que, segundo inúmeros testemunhos da época, ele com facilidade entrava em êxtase e, não raro, levitava pelos ares ao rezar no coro da igreja com os demais frades. Estes constantes fenômenos místicos já indicavam, por si sós, não apenas a claríssima ação de Deus na vida de São José, mas também a caridade ardentíssima que o atraía ao Senhor: a contemplação das verdades divinas, com efeito, lhe exercia sobre a alma uma tal influência que o corpo, também enlevado, não podia permanecer alheio às alturas de amor e santidade a que Deus o estava chamando. Apoiados, pois, em sua intercessão, peçamos a São José de Cupertino que nos alcance a graça de nos deixarmos atrair pelas verdades da fé, que são luz para a inteligência e mel do mais doce sabor para a vontade.


Fonte: https://padrepauloricardo.org/episodios/memoria-de-sao-jose-de-cupertino

segunda-feira, 17 de setembro de 2018

A estigmatização de São Francisco de Assis


São Francisco tanto amou a Deus que não só no espírito, mas também no corpo, assemelhou-se a Nosso Senhor Jesus Cristo. Cerca de dois anos antes de sua morte, foi agraciado com as marcas da Paixão de Cristo, passando a ter nas mãos e nos pés as feridas correspondentes à crucifixão; na mesma ocasião também foi dotado de uma chaga correspondente à que foi feita pelo soldado que, com a lança, transpassara o coração de Jesus. Indo de encontro à cruz, teve a glória de receber os estigmas do Crucificado.

Os estigmas da Paixão foram concedidos a São Francisco em seguida a um momento de profunda oração contemplativa no Monte Alverne, em que o Crucificado lhe apareceu sob a forma inicial de um Serafim com seis asas. Registrou-se que suas mãos e pés pareciam atravessados bem no meio pelos cravos, aparecendo as cabeças no interior das mãos e em cima dos pés, com as ponta saindo do outro lado. Os sinais eram redondos no interior das mãos e longos no lado de fora, deixando ver um pedaço de carne como se fossem pontas de cravos entortados e rebatidas, saindo para fora da carne. Também nos pés estavam marcados os sinais dos cravos, sobressaindo da carne. O lado direito parecia atravessado por uma lança, com uma cicatriz fechada que muitas vezes soltava sangue, de maneira que sua túnica e suas calças estavam muitas vezes banhadas no sagrado sangue. Infelizmente foram muito poucos os que mereceram ver a ferida sagrada do seu peito, enquanto viveu crucificado o servo do Senhor crucificado. Pois tinha muito cuidado em esconder essas coisas dos estranhos, e ocultava-as mesmo dos mais chegados, de maneira que até os irmãos que eram seus companheiros e seguidores mais devotados não souberam delas por muito tempo.

A estigmatização de São Francisco é celebrada em 17 de Setembro.

Fonte: http://www.fatima.org.br/blog/sao-francisco-de-assis-e-os-estigmas-da-paixao/

sábado, 15 de setembro de 2018

As aparições de Kibeho e as dores de Maria


Nas suas aparições em Kibeho, na África, Nossa Senhora pediu que o Terço das Sete Dores fosse reintroduzido em todo o mundo.

O Terço das Sete Dores de Nossa Senhora, que também é conhecido como Coroa das Sete Dores, ou ainda como Rosário das Sete Dores, faz parte da tradição da Igreja desde a Idade Média, mas tornou-se mais conhecido em todo o mundo a partir de 1981, depois das aparições marianas de Kibeho, que fica em Ruanda, no coração da África. Estas aparições de Nossa Senhora a sete jovens foram fartamente documentadas com fotos, vídeos, áudios e acompanhadas e estudadas por médicos e teólogos, que atestaram o caráter sobrenatural destas. Diante dessas evidências, a Igreja local deu seu parecer favorável à devoção a Nossa Senhora de Kibeho e autorizou a construção de uma igreja a ela dedicada. Quase vinte anos depois, em 21 de junho de 2001, a Santa Sé deu seu parecer favorável às aparições de Kibeho. Em 31 de Maio de 2003, foi dedicada a ela uma igreja, que hoje é o Santuário de Nossa Senhora das Dores, em Kibeho, exatamente no local das primeiras aparições. Atualmente, o Santuário continua recebendo, todos os anos, milhares de peregrinos de todo o mundo.

A mensagem de Santíssima Virgem em Kibeho tem como essência a penitência e a conversão, como preparação para a segunda vinda de seu filho Jesus Cristo. Esta mensagem da Mãe de Deus torna-se ainda mais significativa para nós neste tempo Quaresmal, no qual somos chamados igualmente à penitência e à mudança de vida. Como em outras aparições, em Kibeho, Nossa Senhora pediu insistentemente que rezássemos o Rosário. No entanto, ela pediu também que rezemos o Terço das Sete Dores, meditando os seus sofrimentos, não somente na Quaresma, mas em todos os tempos litúrgicos da Igreja. Às pessoas que rezarem com fidelidade e devoção este Terço, a Virgem Maria prometeu milagres e graças especiais.

O sofrimento de Nossa Senhora e o Terço das Sete Dores

Nossa Senhora apresentou-se a sob o título de Mãe do Verbo, ou Mãe da Palavra, mas também se apresentou, triste e chorosa, como Mãe das Dores. Nos dias de sua vida terrena, a Virgem Maria passou por inúmeros sofrimentos, desde o nascimento de seu filho Jesus até a Sua morte na cruz. No entanto, em Kibeho, Nossa Senhora aparece lacrimosa, como Mãe das Dores, porque continua a sofrer, desta vez por causa de todos nós, seus filhos. Ela sofre por todos os seus filhos, em todos os tempos, mas tem sofrido amargamente em nosso tempo, pelos nossos sofrimentos, pelos nossos pecados, especialmente por aquelas pessoas que estão no caminho da perdição eterna, no Inferno.

No Terço das Sete Dores, ensinado por Nossa Senhora, ela pede que a invoquemos com o título de Mãe de Misericórdia. Este título diz muito do coração compassivo e misericordioso da Virgem Maria, que muito tem a comunicar a nós neste Ano da Misericórdia. Por isso, invoquemos com confiança a Virgem Maria, sob o título de Mãe de Misericórdia, especialmente no Terço das Sete Dores.

Numa de suas aparições, Nossa Senhora confiou à jovem vidente Marie-Claire Mukangango a missão de reintroduzir no mundo esta devoção especial. Em obediência ao pedido da Santíssima Virgem, Marie-Claire viajava longas distâncias para ensinar o Terço das Sete Dores a milhares de pessoas, que também o ensinaram a outras milhares. “Este Terço rememora as sete maiores dores sofridas pela Virgem Maria – ainda que com amor e compaixão – durante a vida, a provação e a morte agonizante de seu filho, Jesus Cristo. Ele é especialmente valioso para o coração imaculado da Santíssima Mãe e ela quer que o rezemos o máximo que pudermos”.

Nas suas aparições em Kibeho, Nossa Senhora revelou que esse Terço tem um grande poder espiritual, que é oferecido a quem o reza com fidelidade. “Ela prometeu que o Terço, quando rezado de coração aberto e contrito, nos garante o perdão de Deus quanto aos nossos pecados e liberta as nossas almas da culpa e do remorso”. Além disso, a Virgem Maria prometeu que, ao longo do tempo, o Terço faria com que se desenvolvesse dentro de nós a compreensão de por que nós pecamos. Essa compreensão nos daria a sabedoria e a força para alterar ou remover completamente qualquer vício interior, fraqueza de caráter ou problemas de personalidade que tivermos, que forem motivos de infelicidade por nos manter sempre distantes de gozar a alegria da vida que Deus quer que vivamos.

O Terço das Sete Dores tem todo o poder que necessitamos para mudar as nossas vidas para melhor, alcançar a paz e a felicidade, realizar as nossas potências e sonhos, e nos aproximar da luz de Deus. “Numa das aparições que fez a Marie-Claire, a Virgem Santíssima sugeriu que o Terço fosse rezado sempre que possível, mas especialmente nas terças e sextas-feiras: terça-feira porque foi o dia que Maria apareceu a Maria-Claire pela primeira vez; sexta-feira porque foi o dia que o Cristo foi crucificado. A Santa Virgem também afirma que o Terço das Sete Dores é um complemento – e de maneira alguma um substituto – ao Terço tradicional”.

Como rezar o Terço das Sete Dores de Nossa Senhora

O Terço das Sete Dores, ou Coroa das Sete Dores, de Nossa Senhora tem várias fórmulas consagradas há séculos na tradição da Igreja. Entretanto, o Terço das Sete Dores propagado a pedido de Nossa Senhora de Kibeho tem uma particularidade: quem o ensinou foi a própria Virgem das Dores. “O que se segue é uma descrição desse maravilhoso Terço que a própria Virgem Maria ensinou pessoalmente a Marie-Claire, em Kibeho. Ele pode ser rezado em voz alta ou em silenciosa contemplação; pode ser rezado sozinho ou em companhia; o que importa é que todas as orações, reflexões e meditações venham sempre das áreas mais profundas do coração.

Falo por experiência que você jamais se arrependerá de aprender a rezar esse poderoso Terço e logo perderá a conta das tantas graças que receberá por tê-lo introduzido em sua vida. Tenho a esperança que um maior número de pessoas – mais do que jamais houve – venha logo a saber o quão extraordinário é esse Terço.

Note que não é necessário ter um terço especial para rezar essas orações. […] No entanto, é imprescindível que, a cada mistério doloroso que alcançar, você tome alguns momentos para meditar a magnitude do sofrimento de Maria – e na força do seu amor”

Terço das Sete Dores de Nossa Senhora

Inicia-se o Terço com o sinal da cruz: em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Amém.

Oração Introdutória: “Ó Deus e Senhor meu, eu vos ofereço este Terço para a Vossa glória, para que sirva para honrar a Vossa Santa Mãe, a Virgem Maria, e para que eu a possa compartilhar e meditar os seus sofrimentos. Humildemente eu vos peço: concedei-me o arrependimento verdadeiro de meus pecados e dai-me a sabedoria e a humildade necessárias para que eu receba todas as indulgências concedidas por essas orações.

Ato de Contrição: Senhor meu Jesus Cristo, Deus e homem verdadeiro, Criador e Redentor meu: por serdes Vós quem sois, sumamente bom e digno de ser amado sobre todas as coisas, e porque Vos amo e estimo, pesa-me, Senhor, de todo o meu coração, de Vos ter ofendido; pesa-me também de ter perdido o Céu e merecido o Inferno; e proponho firmemente, ajudado com o auxílio da Vossa divina graça, emendar-me e nunca mais Vos tornar a ofender. Espero alcançar o perdão de minhas culpas pela Vossa infinita misericórdia”.

Reza-se três Ave-Marias.

1. Mistério da Primeira Dor de Maria: a profecia de Simeão:

Jaculatória: “Ó Mãe de Misericórdia, lembrai-nos sempre das dores de vosso filho, Jesus Cristo”.

Meditação: “A Santa Virgem Maria levou Jesus ao Templo de Jerusalém, como mandava a tradição que dizia que todos os recém-nascidos deveriam ser abençoados no Templo perante Deus. Lá, o velho sacerdote Simeão segurou o menino Jesus em seus braços e o Espírito Santo encheu o seu coração. Simeão então reconheceu Jesus como o Salvador prometido e elevou a criança na direção do Céu, dando graças e louvor a Deus por ter cumprido a promessa que Ele havia feito a Simeão – a de que ele viveria o suficiente para ver o Messias.

‘Eis que agora Vosso servo pode deixar em paz esta vida, meu Senhor’, disse ele. Então, ele olhou para Maria e disse: ‘E tu, mulher, uma espada de dor irá transpassar teu coração por conta do sofrimento que deve recair sobre o teu filho’.

A Santíssima Virgem sabia que havia dado à luz o Salvador da humanidade, então ela compreendeu e aceitou imediatamente a profecia de Simeão. Por mais que seu coração tivesse sido tocado profundamente pela graça de ser portadora do menino Jesus, ele permanecia pesado e atormentado, afinal ela sabia o que havia sido escrito a respeito das provações e subsequente morte do Salvador. Sempre que via seu filho, ela era constantemente relembrada dos sofrimentos aos quais ele seria submetido, até que esse sofrimento tornou-se inerente ao dela.

Oração: Querida Mãe Maria, cujo coração padeceu além da conta por nós, ensinai-nos a sofrer como vós sofrestes e, através do amor, a aceitar todo sofrimento pelo qual Deus considerar necessário que passemos. Que nós soframos, e que nosso sofrimento possa ser reconhecido por Deus somente, como o foi o vosso e o de vosso filho, Jesus. Não deixai que demonstremos o nosso sofrimento ao mundo, para que assim ele valha mais e possa ser usado para reparar os pecados de todos. A vós, ó Mãe, que sofrestes com o Salvador, nós oferecemos nosso sofrimento e o do mundo, por sermos todos filhos vossos. Uni nossas dores às vossas e às de Nosso Senhor Jesus Cristo e então oferecei-as a Deus nosso pai, para que Ele as reconheça – vós que sois a Mãe maior de tudo o que há.

De vós me compadeço, ó Mãe Dolorosa, pela dor que o vosso terno coração sentiu com a profecia do velho santo Simeão. Ó Mãe querida, pelo vosso tão aflito coração, concedei-me a virtude da humildade e o dom salutar do temor de Deus. Amém”.

Reza-se um Pai-Nosso e sete Ave-Marias.

2. Mistério da Segunda Dor de Maria: a fuga para o Egito:

Reza-se a jaculatória: Ó Mãe de Misericórdia, lembrai-nos sempre das dores de vosso filho, Jesus Cristo.

Meditação: “O coração de Maria se partiu e suas perturbações só aumentaram quando José lhe contou as palavras do anjo: eles deveriam levantar imediatamente e partir para o Egito, porque o rei Herodes estava à procura de Jesus para matá-lo. A Santa Virgem não teve nem tempo para decidir o que levar e o que deixar; ela pegou seu filho e deixou todo o resto, saindo às pressas, à frente de José, para que fossem rápidos conforme Deus havia pedido. Ela, então, disse: ‘Ainda que Deus tenha poder sobre tudo, Ele quer que fujamos com Jesus, Seu filho. Deus nos mostrará o caminho e nós chegaremos lá sem que o inimigo nos acompanhe’.

Por ser a mãe de Jesus, a Virgem Santíssima o amava mais do que qualquer outra pessoa. Seu coração se perturbava profundamente só de pensar no incômodo de seu filho e, portanto, ela sofreu muito por ele ter passado frio e temor. Enquanto ela e seu marido estavam cansados, com sono e com fome durante a viagem de fuga, o pensamento de Maria sempre se focava na segurança e no conforto de seu filho. Ela temia se encontrar cara a cara com os soldados ordenados para matar Jesus, afinal ela sabia que o inimigo ainda estava em Belém. Seu coração permaneceu angustiado durante toda a fuga. Ela também sabia que, no lugar para o qual estavam indo, eles não encontrariam rostos amigáveis que os dessem boas-vindas.

Oração: Querida Mãe Maria, que tanto sofrestes, dai-nos o vosso coração tão valente. Dai-nos força para que sejamos também corajosos e aceitemos com amor os sofrimentos que Deus colocar em nosso caminho. Ajudai-nos também a aceitar todo sofrimento que a nós mesmos sujeitamos e que nos são infligidos por outros. Ó Mãe do Céu, vós somente purifiqueis o nosso sofrimento, para que sejamos gratos a Deus e tenhamos salvas as nossas almas.

De vós me compadeço, ó Mãe Dolorosa, pela angústia que o vosso sensibilíssimo coração experimentou com a fuga para o Egito e a permanência naquela terra estranha. Mãe querida, pelo vosso coração tão angustiado, alcançai-me a virtude da liberalidade, especialmente com os pobres, e o dom da piedade. Amém”.

Reza-se um Pai-Nosso e sete Ave-Marias.

3. Mistério da Terceira Dor de Maria: a perda de Jesus no Templo:

Reza-se a jaculatória: Ó Mãe de Misericórdia, lembrai-nos sempre das dores de vosso filho, Jesus Cristo.

Meditação: “Jesus é o único filho gerado por Deus, mas ele foi também filho de Maria. A Virgem Santíssima amou Jesus mais do que ela mesma, porque ele era Deus. Comparado a outras crianças, ele era único justamente porque já vivia como Deus. Quando Maria perdeu Jesus, na volta de Jerusalém, o mundo fez-se tão vasto e fez dela tão solitária que ela sentiu que não poderia continuar vivendo sem ele, tão grande era seu sofrimento (ela sentiu a mesma dor que seu filho sentiu mais tarde, quando seus discípulos o abandonaram durante sua Paixão).

Enquanto procurava ansiosamente por seu filho amado, uma dor profunda atravessava o coração da Santa Mãe. Ela se culpava, se perguntava como tinha sido possível que não tivesse tido mais cuidado com ele. Mas não era culpa dela; Jesus não mais precisava de sua proteção, como até então havia precisado. O que doía mesmo em Maria era o fato de que seu filho havia decidido ficar sem o consentimento dela. Jesus havia agradado a ela em tudo: nunca a havia irritado de forma alguma e nem tinha feito desfeita alguma para com os seus pais. No entanto, ela sabia que ele sempre fazia aquilo que era necessário e, portanto, nunca suspeitou de sua obediência.

Oração: Querida Mãe Maria, ensinai-nos a aceitar todos os nossos sofrimentos por conta de nossos pecados e também para que sirvam de reparação pelos pecados do mundo.

De vós me compadeço, ó Mãe Dolorosa, pela tristeza e inquietação que o vosso coração sofreu com a perda do vosso amado Jesus. Mãe querida, pelo vosso coração tão vivamente agitado, alcançai-me a virtude da castidade e o dom da ciência. Amém”.

Reza-se um Pai-Nosso e sete Ave-Marias.

4. Mistério da Quarta Dor de Maria: o encontro com Jesus a caminho do Calvário:

Reza-se a jaculatória: Ó Mãe de Misericórdia, lembrai-nos sempre das dores de vosso filho, Jesus Cristo.

Meditação: “Maria viu Jesus carregar a pesada cruz sozinho – a mesma na qual ele seria crucificado. Isso não surpreendeu a Virgem Santa porque ela já sabia da morte iminente de Nosso Senhor. Vendo que seu filho já estava quase abatido pelos inúmeros e duros golpes dos soldados, ela se enchia de angústia com a sua dor.

Os soldados continuavam a puxá-lo e a apressá-lo, ainda que ele não tivesse forças sobrando. Ele caiu, exausto, incapaz de se reerguer. Naquele momento, os olhos de Maria, que tanto já haviam se enchido de amor e compaixão, encontraram os dele, cheios de dor e cobertos de sangue. Seus corações, parecia, dividiam o fardo: toda dor que ele sentia, ela sentia também. Eles sabiam que não podiam fazer nada, a não ser esperar e acreditar em Deus e dedicar seus sofrimentos a Ele. Tudo que podiam fazer era colocar tudo nas mãos de Deus.

Oração: Querida Mãe Maria, tão arrasada pela dor, ajudai-nos a suportar nossos sofrimentos com amor e coragem, para que possamos aliviar o vosso coração pesaroso e também o de Jesus, vosso filho. Ao fazê-lo, que possamos glorificar Deus por ter nos dado Jesus, Seu filho amado, e também vós, ó Santa Mãe. Ensinai-nos a sofrer paciente e silenciosamente, como vós sofrestes. Concedei a graça de amar Deus em tudo. Ó Mãe Dolorosa, a mais aflita dentre todas as mães, tende piedade de nós, pecadores do mundo inteiro.

De vós me compadeço, ó Mãe Dolorosa, pela consternação que do vosso maternal coração se apoderou quando encontrastes Jesus com a pesada cruz a caminho do Calvário. Mãe querida, pelo vosso coração tão duramente provado, alcançai-me a virtude da paciência e o dom da fortaleza. Amém”.

Reza-se um Pai-Nosso e sete Ave-Marias.

5. Mistério da Quinta Dor de Maria: aos pés da cruz.

Reza-se a jaculatória: Ó Mãe de Misericórdia, lembrai-nos sempre das dores de vosso filho, Jesus Cristo.

Meditação: “A Santíssima Virgem Maria continua a subir o monte do Calvário, seguindo de perto a Jesus, dolorosa e tristemente, embora sofresse em silêncio. Ela pôde vê-lo cambaleando e caindo com a cruz mais algumas vezes, e testemunhou seu filho sendo golpeado impiedosamente pelos soldados, que o puxavam pelo cabelo para que ficasse novamente em pé.

Além de ser inocente, Jesus, quando chegou ao topo do Calvário, foi ordenado a se manifestar perante a multidão, para que pudessem rir dele. Maria sentiu profundamente a dor e a humilhação de seu filho, particularmente quando seus opressores forçaram-no a despir o que havia sobrado de sua roupa. A Santa Mãe teve dores no coração ao ver aqueles tiranos crucificarem seu filho praticamente nu, envergonhando-o terrivelmente apenas para agradar a multidão zombeteira (ele e Maria sentiam mais vergonha do que as pessoas normais, porque eram santos e não conheciam o pecado).

A abençoada Virgem Maria sentiu uma dor insuportável quando Jesus foi estirado na cruz. Seus assassinos cantavam alegremente enquanto se aproximavam dele com martelos e pregos. Sentaram-se em cima dele, para que não pudesse se mover, enquanto o fincavam na cruz. Ao martelarem em suas mãos e pés, Maria sentiu os golpes em seu coração; os pregos perfuraram também a sua carne enquanto rasgavam o corpo de seu filho. Ela sentia a própria vida se desvanecendo.

Quando os soldados ergueram a cruz para encaixá-la no buraco que haviam cavado, eles empurraram-na para que caísse deliberadamente e, assim, fizesse com que o peso do corpo de Jesus rasgasse ainda mais suas mãos e expusesse seus ossos. A dor trespassou seu corpo como fogo líquido. Ele suportou três excruciantes horas pregado à cruz, mas a dor física que sentia não era nada comparada à dor agonizante que sentia no coração por ser obrigado a ver que sua mãe assistia ao seu sofrimento de perto. Misericordiosamente, ele então morre.

Oração: Querida Mãe Maria, Rainha dos Mártires, dai-nos a coragem que tivestes durante todo seu sofrimento para que possamos unir os nossos sofrimentos com os vossos e glorificar a Deus. Ajudai-nos a seguir os mandamentos que ele nos deixou, e também os da Igreja, para que o sacrifício de Nosso Senhor Jesus Cristo não seja em vão e todos os pecadores do mundo sejam salvos.

De vós me compadeço, ó Mãe Dolorosa, pelo martírio que o vosso generosíssimo coração padeceu, assistindo à agonia de Jesus. Mãe querida, pelo vosso tão martirizado coração, alcançai-me a virtude da temperança e o dom do conselho. Amém”.

Reza-se um Pai-Nosso e sete Ave-Marias.

6. Mistério da Sexta Dor de Maria: a Virgem Dolorosa recebe o corpo de Jesus em seus braços.

Reza-se a jaculatória: Ó Mãe de Misericórdia, lembrai-nos sempre das dores de vosso filho, Jesus Cristo.

Meditação: “Os amigos de Jesus, José de Arimateia e Nicodemos, desceram da cruz seu corpo morto e o colocaram nos braços abertos de sua Mãe Santíssima. Maria, então, lavou-o com profundo respeito e amor, pois era sua mãe e sabia melhor do que ninguém que ele era Deus incarnado, que tinha tomado um corpo de homem para ser o Salvador de todos os homens.

Maria podia ver as feridas da flagelação pela qual Jesus havia passado por ordens de Pilatos. Sua carna havia sido despedaçada, grandes tiras haviam sido arrancadas de suas costas. Seu corpo todo havia sido tão dilacerado que algumas feridas entrecruzavam-se, escancarando-o da cabeça aos pés. Maria descobriu que as feridas causadas pelos pregos eram menos cruéis que as causadas pela flagelação e pelo carregamento da cruz. Ela ficou horrorizada ao notar que seu filho havia sido capaz de carregar aquela cruz tão pesada e lascada até o Calvário. Ela viu a poça de sangue que havia se formado em sua testa por causa da coroa de espinhos e, para seu horror completo, ela percebeu que muitos dos espinhos farpados haviam penetrado tão fundo em sua cabeça que chegaram até a perfurar seu cérebro.

Olhando para seu filho inteiramente [… ferido], a Santíssima Mãe sabia que sua morte havia sido muito pior do que a tortura reservada ao mais perverso dos criminosos. Enquanto limpava seu corpo, ela se recordava dele em cada etapa de sua curta vida, rememorava o primeiro olhar que deu ao seu rosto de recém-nascido enquanto estavam ainda deitados na manjedoura, e se lembrou também de cada dia que se sucedeu a esse, até o fatídico e dilacerante momento em que ela banhava gentilmente o seu corpo sem vida. Sua angústia era implacável no momento em que preparava seu filho e Senhor para o sepultamento, mas ela permanecia valente e forte, tornando-se assim a verdadeira Rainha dos Mártires. Enquanto lavava seu filho, ela rezou por todos, para que conhecêssemos as riquezas do Paraíso e entrássemos pelos portões do Céu. Ela rezou por cada uma das almas do mundo, para que abraçassem a fé em Deus e, assim, fizessem com que a morte dolorosa de seu filho não fosse em vão e beneficiasse toda a humanidade. Maria rezou pelo mundo; ela rezou por todos nós.

Oração: Querida Mãe Maria, nós vos agradecemos pela vossa valentia ao suportar a dor de assistir o vosso filho padecer na cruz até o fim, para confortá-lo. No momento em que o nosso Salvador deu seu último suspiro, vós vos tornastes uma grande mãe de todos nós; vós vos tornastes a Santa Mãe do mundo. Bem sabemos que tendes mais amor por nós do que os nossos próprios pais, e nós vos imploramos: sede a nossa advogada perante o trono da graça e da misericórdia divinas, para que possamos realmente nos tornar vossos filhos. Nós vos agradecemos por Jesus, nosso Salvador e Redentor, e agradecemos a Jesus por ter vos dado a nós. Rogai por nós, ó Santa Mãe de Deus.

De vós me compadeço, ó Mãe Dolorosa, pela ferida que abriu no vosso piedosíssimo coração a lança que rasgou o lado de Jesus e feriu o seu amabilíssimo coração. Mãe querida, pelo vosso coração assim trespassado, alcançai-me a virtude da caridade fraterna e o dom do entendimento. Amém”.

Reza-se um Pai-Nosso e sete Ave-Marias.

7. Mistério da Sétima Dor de Maria: Jesus é sepultado.

Reza-se a jaculatória: Ó Mãe de Misericórdia, lembrai-nos sempre das dores de vosso filho, Jesus Cristo.

Meditação: “A vida da Santíssima Virgem Maria foi tão proximamente ligada à de Jesus que ela achou que não havia mais motivo para continuar vivendo após a morte de seu filho. O único consolo que ela tinha era o de saber que a morte do filho havia dado fim àquele seu sofrimento inenarrável. Nossa Mãe Dolorosa, com a ajuda de João e da outra santa mulher, colocou cuidadosamente o corpo de Jesus no sepulcro e o deixou lá, como se fazia com todos os outros mortos. Ela foi para casa com uma dor terrível e uma tristeza aguda; pela primeira vez, ela estava sem ele e essa solidão era um novo tipo de dor, mais amargo. Seu coração vinha morrendo desde que o coração de seu filho havia parado de bater, mas ela ainda assim estava certa de que o nosso Salvador logo ressuscitaria.

Oração: Querida Mãe Maria, cuja beleza supera a de todas as mães; ó Mãe de Misericórdia, Mãe de Jesus e de todos nós, nós somos os vossos filhos e colocamos toda a nossa confiança em vós. Ensinai-nos a ver Deus em todas as coisas e situações, até mesmo em nossos sofrimentos. Ajudai-nos a entender a importância de sofrer e também o sentido que tem o nosso sofrimento, de acordo com a vontade de Deus.

Vós fostes concebida sem pecados e preservada do pecado, a ainda sim sofrestes mais do que qualquer um de nós. Vós aceitastes o sofrimento e a dor com amor e insuperável coragem. Vós ficastes ao lado de vosso filho desde que ele foi preso até que morresse. Vós sofrestes com ele, sentistes todas as dores e tormentos que ele teve. Vós cumpristes a vontade de Deus nosso Pai, e, de acordo com a Sua vontade, vos tornastes nossa salvadora junto de Jesus. Nós vos suplicamos, ó Mãe, que nos ensineis a fazer como fez Jesus: ensinai-nos a aceitar nossa cruz com coragem. Nós confiamos em vós, ó misericordiosa mãe, então ensinai-nos a nos sacrificar por todos os pecadores do mundo. Ajudai-nos a seguir os passos de vosso filho e a sermos capazes até de dar a nossa vida pelo outro.

De vós me compadeço, ó Mãe Dolorosa, pela dor intensa que amargurou o vosso amantíssimo coração na sepultura de Jesus. Mãe querida, pelo vosso imaculado coração, amargurado ao extremo, alcançai-me a virtude da diligência e o dom da sabedoria. Amém”.

Reza-se um Pai-Nosso e sete Ave-Marias.

Reza-se a jaculatória: Ó Mãe de Misericórdia, lembrai-nos sempre das dores de vosso filho, Jesus Cristo.

Oração Final: “Ó Rainha do Mártires, vosso coração muito sofreu. Eu vos imploro pelo mérito das lágrimas que chorastes durante esses períodos tristes e terríveis, que concedeis a mim e a todos os pecadores do mundo a graça de nos arrependermos sincera e verdadeiramente. Amém”.

Reza-se três vezes a jaculatória: Ó Maria, que foi concebida sem pecado e sofreu por todos nós, rogai por nós!

Encerra-se o Terço com o sinal da cruz: em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo. Amém.

Fonte: http://blog.cancaonova.com/tododemaria/terco-das-sete-dores-de-kibeho-para-o-mundo/

15 de Setembro - Memória de Nossa Senhora das Dores



Um dos maiores dons que recebemos da exaltação da cruz de Cristo, cuja memória litúrgica celebrávamos ontem, foi a Virgem Santíssima, a quem comemoramos hoje sob o título de Nossa Senhora das Dores. O evangelista São João, o discípulo amado que nos deixou registrado tudo o que seus olhos viram e suas mãos apalparam acerca do Filho de Deus encarnado, nos retrata hoje a Virgem Maria aos pés da cruz. O seu Coração Imaculado, ao ver padecer o próprio Filho, saturado de opróbrios, não poderia senão compadecer-se e encher-se de dor e amargura, não só por contemplar o crime que, dum ponto de vista humano e meramente jurídico, é o Calvário, mas também por amar mais do que todos Aquele a quem tantos desprezam, Aquele a quem nada desagrada mais do que o pecado, a indiferença e a ingratidão dos homens. Maria Santíssima ama Jesus — como a seu Filho biológico e, sobretudo, a seu Deus e Senhor —, e por isso sofre com Ele, vendo-o ridicularizado e escarnecido por aqueles que Ele mesmo veio salvar. Na hora suprema, Jesus quis deixar-nos como Mãe esta mesma Virgem dolorosíssima, para que aprendamos dela a amar um pouco como ela ama; aos pés da cruz, foi-nos dado o Coração de Maria, para que possamos associar-nos aos seus compadecimentos, nós, que somos tão insensíveis à Paixão de Cristo, tão acostumados ao pecado — causa de sua Morte —, tão ingratos e rudes a ponto de renovarmos dia após dia os motivos que o levaram a entregar-se à pior das torturas, alquebrado sobre o pesos de nossas culpas (cf. Is 53, 3), com o fim de nos salvar por suas chagas gloriosas. Que a Virgem bendita, que, sem morrer, mereceu a palma do martírio ao pé da cruz do Senhor, interceda por nós do seu trono celeste e nos alcance, por seus méritos e rogos maternos, a graça de nos unirmos às dores que traspassaram outrora sua alma sem mancha, a fim de amarmos mais e mais Aquele que só ela sabe amar como convém.



sexta-feira, 14 de setembro de 2018

As aparições de Nossa Senhora da Santa Cruz, Erechim-RS


Dorotéia Menegon nasceu no dia 13/06/1911 em Veranópolis-RS, agricultora, cursou o antigo primário incompleto e casou-se com Artibano Farina e como lei da época passou a assinar-se Dorotéia Menegon Farina.

Boa esposa e mãe profunda devota de Santo Antônio e de Nossa Senhora da Salete, promotora do apostolado da oração a Jesus crucificado, catequista também foi uma das introdutoras da visita da capelinha domiciliar.

Aos 33 anos de idade, mãe de 4 filhos, foi acometida por uma doença grave, fez a Deus um pedido que se ficasse curada aceitaria passar em todas as  quaresmas, de sua vida, todas as provas, perseguições, injurias, ofensas, sofrendo em seu corpo todas as chagas de Jesus Cristo.

A terrível doença levou-a a morte, sendo que após o velório de 24 horas voltou a vida normal.

Tempos depois, no dia 25 de fevereiro de 1944, enquanto lavava roupas em um tanque rústico, na única nascente d'água da propriedade, um grande clarão surgiu e uma voz feminina que pedia: “Oração, Penitência Pelos Pobres Pecadores”.

Quando ocorreu a 2° aparição a cruz surgiu, tornando aquele ponto, local definitivo das aparições que aconteceram durante 44 anos  em 5 datas anuais, sendo elas: 6 de janeiro, 11 de fevereiro, quarta-feira de cinzas, 3 de maio e 14 de setembro.

A cruz que ainda existe foi destruída pós 5 vezes, e na 4° destruição por desafio de uma autoridade religiosa surgiu a fonte d'água.

Atendida por Deus no pedido que fez na enfermidade, no tempo quaresmal aparecia no corpo da vidente as chagas de Jesus Cristo sendo que na sexta-feira Santa morria até ressuscitar no domingo de Páscoa às 6 horas da manhã, isso lhe causou muita perseguição, apedrejamento, presa recebeu uma dose muito alta de injeção de éter em um hospital da cidade de Erechim conforme uma reportagem de um jornal da época.

Em uma das aparições, fiéis presentes ouviram uma voz feminina aonde Maria sede o nome de Nossa Senhora da Santa Cruz.

Durante as aparições, Nossa Senhora alertava o povo através da vidente Dorotéia Menegon Farina, sendo que ela escrevia com seu próprio punho em folhas de papel.

Em 1945, a Virgem alertava para o perigo das drogas e que muitos jovens destruiriam suas vidas e de suas famílias por causa do vício. Naquele mesmo tempo alertava para o mal que a TV traria às famílias e elas perderiam os valores e princípios: do matrimônio, da fidelidade e da reza do terço na família.

Na década de 50 Nossa Senhora alertava através da vidente para castigos que viriam tais como: transbordamentos dos mares e rios, o surgimento de pestes nos animais e insetos dos quais os humanos seriam acometidos.

A vidente Dorotéia Menegon Farina sempre preocupada com a justiça e a partilha doou ainda com vida parte dos bens que a família possuía, parte da terra, casa com móveis roupas, e muitos outros pertences, em troca pediu ao povo que construísse um santuário no alto do monte, simples, sem fechaduras, com mão de obra espontânea em forma de mutirão, os recursos doados livremente pelos devotos sem comércio, mas sim um local de oração penitência e conversão.

Hoje os bens imóveis repassados em escritura publica para a mitra diocesana, sendo que a mesma deixou para o povo toda a responsabilidade na condução dos princípios conforme documentado anexo reconhecido e assinado pelo pároco atual P. Antonio Vallenttini Neto.

Orientados pela vidente formou-se uma comissão para organizar todos os trabalhos: abertura da estrada de acesso ao monte, terraplanagem e o projeto. Ela alertou que no alto do monte encontrariam-se pedras com sinais ainda não decifrados e um pé de espinhos os mesmos que coroavam Jesus Cristo.

Ainda hoje baseadas nas suas  orientações, exemplos e nas escritas deixadas pela vidente voluntariamente o povo em forma de mutirão mantém o local organizado e fazendo pequenas melhorias.

Em 1987 acometida de câncer, no mês de agosto passou toda a responsabilidade ao povo leigo entregando ao senhor Jandir Picoli todas as orientações, as mensagens de Nossa Senhora da Santa Cruz escritas em próprio punho, e nesses dias previu sua morte.

No dia 3 de maio de 1988 aconteceu a ultima aparição de Nossa Senhora à vidente que veio a falecer no dia 28 de maio do mesmo ano.

Em vida a vidente nunca pôde participar de uma missa  oficial no local, pois a 1ª só foi celebrada no dia 25 de fevereiro de 1994, quando completaram-se 50 anos das aparições, neste dia foi trazida a imagem de Nossa Senhora.

Hoje a visita ao local por devotos, famílias e pequenos grupos de romeiros é constante e diária, mas é nas datas que se recordam as aparições que há grande presença de fiéis.

As datas são as seguintes, sempre às 14:30 com celebração de missa:

06 de Janeiro
11 de Fevereiro
Quarta-feira de cinzas
03 de Maio
14 de Setembro


14 de setembro, dia mundial da exaltação à cruz com romaria, sendo que a 1ª foi realizada no ano de 1988 com celebração e caminhada coordenadas pelos leigos e assim foi até a realização da 6ª romaria em 14 de setembro de 1993. Em 1994 realizou-se a 7ª romaria com missa celebrada pelo padre Luis Walker pároco da catedral e concelebrada por diversos sacerdotes com a benção no santuário.

A fé do povo cresce a cada dia, e todos os anos no dia 14 de setembro realiza-se a romaria com milhares e milhares de romeiros que testemunham sua fé e ação de graças (por graças alcançadas), até mesmo testemunho de padres.

Abaixo, reportagem do programa "TeleDomingo" sobre as aparições de Erechim:
           

Fonte: http://nssantacruz.com.br/index.php/sobre-doroteia-menegon

14 de Setembro - Festa da Exaltação da Santa Cruz


Poderíamos dizer, para usar um jogo de palavras, que na festa da Exaltação da Santa Cruz contemplamos o mistério não da ascenção, mas da assunção de Jesus: se, depois de ressuscitado, Ele ascende por si mesmo ao céu, na crucificação, ao contrário, Ele se deixa ascender, pregado à cruz, como grande sinal posto à vista de toda a humanidade. “É necessário que o Filho do Homem seja levantado”, diz o Senhor em seu colóquio noturno com Nicodemos, e a razão disto não é outra senão o amor com que Deus amou o mundo, a ponto de dar “o seu Filho unigênito, para que não morra todo o que nele crer, mas tenha a vida eterna”. Olhar para a cruz com fé é reconhecer a caridade infinita de Deus para conosco e abrir-se àquele espírito de gratidão que lhe devemos não só pelos bens naturaisde que, em sua providência ordinária, Ele nos cumula, mas, acima de tudo, pelo benefício sobrenatural da Redenção: Ele mesmo, movido de amor por nós, se fez carne num tempo histórico concreto, tomou sobre si os nossos pecados e pagou-os todos no madeiro da cruz, anulando o quirógrafo da nossa condenação e demonstrando, da maneira mais sublime possível, o quanto nos quer bem. Os pagãos podem, contemplando o mundo circundante, deduzir com toda razão a bondade do Criador; mas nós, que recebemos uma luz mais alta, conhecemos já a radicalidade do amor divino: na cruz, o Filho de Deus encarnado “não tinha graça nem beleza para atrair nossos olhares, e seu aspecto não podia seduzir-nos […]. Era desprezado, era a escória da humanidade, homem das dores, experimentado nos sofrimentos […]. Tomou sobre si nossas enfermidades […]. Foi castigado por nossos crimes, e esmagado por nossas iniquidades” (Is 53, 2-5). Que possamos, iluminados pela graça, enxergar atrás desse crime horrendo, chamado pelo profeta Isaías de “iníquo julgamento” (cf. Is 53, 8), essa tão grande e tão admirável dignação da divina misericórdia para conosco, essa inconcebível e inabarcável ordem da imensa caridade do Pai, a quem aprouve reconciliar consigo todas as criaturas ao preço do sangue do seu Amado, por cujo amor foi finalmente restabelecida a paz entre tudo quanto existe na terra e nos céus (cf. Col 1, 20).



quinta-feira, 13 de setembro de 2018

Quinta aparição de Nossa Senhora em Fátima - 13 de Setembro de 1917

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Os três pastorinhos em foto tirada no dia 13 de Setembro de 1917
Nesse dia, 15 a 20 mil pessoas, e talvez mais, acorreram à Cova da Iria. Todos queriam ver, falar e fazer pedidos às crianças para que apresentassem à Virgem. Junto à carrasqueira, começaram a rezar o Terço com o povo, até que num reflexo de luz Nossa Senhora apareceu sobre a azinheira.


Nossa Senhora: Continuem a rezar o Terço para alcançarem o fim da guerra. Em outubro virá também Nosso Senhor, Nossa Senhora das Dores e do Carmo, São José com o Menino Jesus, para abençoarem o mundo. Deus está contente com os vossos sacrifícios, mas não quer que durmais com a corda [cilício], trazei-a só durante o dia".


Lúcia: Têm-me pedido para Lhe pedir muitas coisas: a cura de alguns doentes, de um surdo-mudo.

Nossa Senhora: Sim, alguns curarei; outros, não. Em outubro farei o milagre, para que todos acreditem.

E começando a elevar-se, desapareceu como de costume.”


Segundo o testemunho de alguns espectadores, por ocasião dessa visita de Nossa Senhora, como das outras vezes, ocorreram diversos fenômenos atmosféricos. Observaram "à distância aparente de um metro do sol, um globo luminoso, que em breve começou a descer em direção ao poente e, da linha do horizonte, voltou a subir de novo em direção ao sol". Além disso, a atmosfera tomou uma cor amarelada, verificando-se uma diminuição da luz solar, tão grande que permitia Nossa Senhora de Fátima ver a lua e as estrelas; uma nuvenzinha branca, visível até o extremo da Cova, envolvia a azinheira e com ela os videntes. Do céu choviam como que pétalas de rosas ou flocos de neve, que se desfaziam pouco acima das cabeças dos peregrinos, sem deixar-se tocar ou colher por ninguém".

Ainda que breve, a aparição de Nossa Senhora deixou os pequenos videntes felicíssimos, consolados e fortalecidos em sua fé. Francisco, de modo especial, sentia-se transportado de alegria com a perspectiva de ver, dali a um mês, Nosso Senhor Jesus Cristo, conforme lhes prometera a Rainha do Céu e da Terra.

Fontes: http://blog.cancaonova.com/imaculadocoracaodemaria/2016/09/13/aparicao-de-n-senhora-de-fatima-13-de-setembro-1917/ e http://fatima.arautos.org/as-seis-aparicoes-de-fatima/

quarta-feira, 12 de setembro de 2018

12 de Setembro - Memória do Santíssimo Nome de Maria


Que da nossa memória se apaguem todos os outros nomes e retenhamos no coração somente os de Jesus e Maria, nossos dois maiores amores!

A Igreja celebra hoje a memória do Santíssimo Nome da bem-aventurada Virgem Maria. A razão por que os cristãos veneramos o nome de nossa Mãe Imaculada se deve, antes de tudo, ao fato de o próprio Deus ter querido conceder um tal poder à invocação desta dulcíssima palavra — Maria —, que não podemos senão reconhecer a honra que Ele mesmo, derramando ao longo da história tantas graças por intermédio da Virgem, fez questão de lhe dispensar. As rubricas da liturgia são também uma prova do quão salutar para os fiéis é esta veneração, ao prescreverem que o sacerdote deve inclinar a cabeça com profundo respeito ao pronunciar o nome de Maria durante as várias partes da Santa Missa. A nossa devoção a este nome tão amável, além disso, encontra sua razão de ser não só no comprovado poder que ele tem de humilhar e expulsar os demônios nos rituais de exorcismos, mas também por sua eficácia em instruir-nos na virtude da castidade: de fato, aprouve a Deus dar o nome de Maria à mais pura de todas as criaturas, à Virgem das virgens, que preservou intacta sua integridade física antes, durante e depois do parto e jamais experimentou movimento algum que fosse menos honesto e digno da pureza celestial de seu Filho. Os que desejam adquirir a virtude da castidade, portanto, não deixem nunca de ter nos lábios este santíssimo nome, invocando-o com amor e confiança ao longo do dia e, sobretudo, nos momentos de tentação. Tampouco faz falta recordar, por fim, que o nome de Maria está intimamente vinculado à graça de uma santa e piedosa morte, pois não há que cristão que, tendo sido verdadeiramente devoto de Jesus e Maria, não queira chegar à hora suprema e poder dizer, pouco antes de expirar: “Ó amado Jesus e Maria, eu vos dou minha alma e meu coração!”


Fonte: https://padrepauloricardo.org/episodios/memoria-do-santissimo-nome-de-maria-mmxviii

sábado, 8 de setembro de 2018

8 de Setembro - Festa da Natividade de Nossa Senhora



Hoje vem à luz aquela que, escolhida desde todos os séculos, foi preservada imune de toda mancha de pecado, como vaso puríssimo de eleição e sacrário digníssimo do Cristo que há de vir.

Alguém poderia perguntar-se hoje, festa da Natividade de Nossa Senhora, por que a Igreja não celebra com maiores homenagens o nascimento da Virgem Mãe. Afinal, se a Natividade de São João Batista merece, aos olhos da Igreja, o grau de solenidade litúrgica, por que então a Natividade de Maria, que é sem dúvidas e sob todos os aspectos muito maior do que o Precursor de Cristo, não passa de uma simples festa como outra qualquer? A razão é que, mais do que o nascimento físico (fenômeno natural e universalíssimo), a Igreja sabe que o fato mais importante na vinda ao mundo da Mãe de Deus é a sua Imaculada Conceição. É por isso que todos os anos, no dia 8 de dezembro, comemoramos solenemente este grandíssimo mistério, pelo qual a Virgem Maria, desde o primeiro instante de sua concepção no ventre de Santa Ana, foi preservada imune de toda mancha de pecado, tendo permanecido assim, sem culpa nem imperfeição de qualquer sorte, até o fim do curso de sua vida terrena. A ela, antes mesmo de nascer, foi dada mais graça do que têm, juntos, todos os anjos e bem-aventurados do céu, do que todos os santos e almas piedosas da terra. Eis porque o seu nascimento tem uma importância relativa, até menor, em certo sentido, do que o milagre da graça que o precedeu. É também por isso que o nosso aniversário de Batismo, data em que fomos purificados do pecado original e introduzidos na vida divina, deveria ser para nós um dia de muito maior alegria do que o nosso aniversário civil. De fato, como entoa o precônio pascal, de que nos adiantaria ter nascido se não houvéssemos sido redimidos? De que nos valeria, enfim, esta vida mortal, se ao cabo dela fôssemos privados da glória imortal do paraíso celeste? Hoje, contemplamos a entrada no mundo daquela que, como vaso puríssimo de eleição, foi preparada desde todo o sempre para gerar e dar à luz Aquele que daria sentido e valor à nossa vida terrena, ordenando-a a um fim mais alto do que podem sequer imaginar nossos mais sublimes desejos. Que o nosso coração saiba, pois, alegrar-se ao contemplar todos esses mistérios marianos, que não são mais do que um sinal claro de como, por meio da Virgem Santíssima, Deus nos ama e quer nos transformar em criaturas perfeitas, filhos dignos de entrar na sua herança eterna.




quarta-feira, 5 de setembro de 2018

5 de Setembro - Memória de Santa Teresa de Calcutá


Santa Teresa de Calcutá dedicou toda sua vida aos mais pobres dos pobres

“Qualquer ato de amor, por menor que seja, é um trabalho pela paz”.  Mais do que falar e escrever, Santa Teresa de Calcutá viveu este seu pensamento.

Nascida no dia 27 de agosto de 1910 em Skopje, na Albânia, foi batizada um dia depois de nascer. A sua família pertencia à minoria albanesa que vivia no sul da antiga Iugoslávia. Seu verdadeiro nome era Agnes Gonxha Bojaxhiu.

Pouco se sabe sobre sua infância, adolescência e juventude, porque ela não gostava de falar de si mesma. Aos dezoito anos, sentiu o chamado de consagrar-se totalmente a Deus na vida religiosa. Obtido o consentimento dos pais, e por indicação do sacerdote que a orientava, no dia 29 de setembro de 1928, ingressou na Casa Mãe das Irmãs de Nossa Senhora de Loreto, situada na Irlanda.

O seu sonho, no entanto, era o trabalho missionário com os pobres na Índia. Cientes disso, suas superioras a enviaram para fazer o noviciado já no campo do apostolado. Agnes então partiu para a Índia e, no dia 24 de maio de 1931, fez a profissão religiosa tomando o nome de Teresa. Houve na escolha deste nome uma intenção, como ela própria dissera: a de se parecer com Teresa de Jesus, a humilde carmelita de Lisieux.

Foi transferida para Calcutá, onde seguiu a carreira docente e, embora vivesse cercada de meninas filhas das famílias mais tradicionais de Calcutá, impressionava-se com o que via ao sair às ruas: os bairros pobres da cidade cheios de crianças, mulheres e idosos cercados pela miséria, pela fome e por inúmeras doenças.

No dia 10 de setembro de 1946, dia que ficou marcado na história das Missionárias da Caridade – congregação fundada por Madre Teresa – como o “Dia da Inspiração”, durante uma viagem de trem ao noviciado do Himalaia, Madre Teresa deparou com um irmão pobre de rua que lhe disse: “Tenho sede!”. A partir disso, ela afirmou ter tido a clareza de sua missão: dedicar toda sua vida aos mais pobres dos pobres.

Após um tempo de discernimento, com o auxílio do Arcebispo de Calcutá e de sua madre superiora, ela saiu de sua antiga congregação para dar início ao trabalho missionário nas ruas de Calcutá. Começou por reunir um grupo de cinco crianças, num bairro pobre, aos quais começou a ensinar numa escola improvisada. Pouco a pouco, o grupo foi crescendo. Dez dias depois, eram cerca de cinquenta crianças.

O início foi muito desafiador e exigente, mas Deus foi abençoando sua obra e as vocações começaram a surgir entre suas antigas alunas. Em 1949, Madre Teresa começou a escrever as constituições das Missionárias da Caridade e, no dia 7 de outubro de 1950, a congregação fundada por ela foi aprovada pela Santa Sé, expandindo-se por toda a Índia e pelo mundo inteiro anos mais tarde.

No ano de 1979 recebeu o Prêmio Nobel da Paz. Neste mesmo ano, o Papa João Paulo II a recebeu em audiência privada e a tornou sua melhor “embaixadora” em todas as nações, fóruns e assembléias de todo o mundo.

Com saúde debilitada e após uma vida inteira de amor e doação aos excluídos e abandonados – reconhecida e admirada por líderes de outras religiões, presidentes, universidades e até mesmo por alguns países submetidos ao marxismo – Madre Teresa foi encontrar-se com o Senhor de sua vida e missão no dia 5 de setembro de 1997. Sua despedida atraiu e comoveu milhares de pessoas de todo o mundo durante vários dias.

Foi beatificada pelo Papa João Paulo II no dia 19 de outubro de 2003, Dia Mundial das Missões.

No dia 4 de setembro de 2016, foi canonizada pelo Papa Francisco. A canonização da missionária foi decidida após a Igreja Católica ter aprovado seu segundo milagre, a “cura extraordinária” de um brasileiro.

Santa Teresa de Calcutá, rogai por nós!

Fonte: https://santo.cancaonova.com