sexta-feira, 30 de abril de 2021

Abril, mês do Espírito Santo e da Eucaristia

Abril é o mês dedicado à Eucaristia e ao Espírito Santo. Que possamos louvar e adorar o Deus que nos orienta com suas inspirações e nos alimenta com Seu Corpo e Sangue!

quinta-feira, 29 de abril de 2021

Memória de Santa Catarina de Siena, Doutora da Igreja

Com alegria, celebramos hoje a memória da grande Doutora da Igreja, S. Catarina de Siena, nascida da família Benincasa na então República de Siena. Catarina viveu no período final da Idade Média, durante o século XIV, época bem conturbada para a Igreja, especialmente para o papado, exilado numa cidade da França chamada Avignon. Mas S. Catarina, mesmo sendo leiga, foi chamada por Deus para realizar uma obra de salvação pela Igreja inteira. Deus a chamou para se santificar e, santificando-se, indicar à Igreja um caminho de reforma e de salvação. É interessante notar isso. Estamos acostumados a ver imagens de S. Catarina de Siena vestida de freira, quando, na verdade, ela não era freira nem monja, mas uma leiga que vivia no mundo. Acontece que ela se consagrou a Deus por voto de virgindade e entrou numa confraria de leigas assistidas pelos dominicanos. Eram as mantellate, por se cobrirem com um manto ou véu na cabeça em sinal de consagração virginal a Deus. Mas Catarina vivia no mundo, como leiga. É exatamente aqui que S. Catarina aparece como grande Doutora, ensinando-nos a viver uma vida ao mesmo tempo contemplativa e apostólica. Ela, sem deixar de ser mística, graças ao seu apostolado fez diferença na história mesma da Igreja. Por suas cartas, Catarina conseguiu convencer o Papa a retornar de Avignon. Gregório XI voltou a Roma por influência de uma leiga — digamos assim — semi-analfabeta! Mas qual é a contribuição espiritual de S. Catarina de Siena? Catarina disse uma vez o seguinte ao seu confessor, o bem-aventurado Raimundo de Cápua, OP: “Desde a adolescência, acostumei-me a construir em minha mente uma cela da qual jamais pudesse escapar”. O que significa “construir uma cela na própria mente da qual jamais se possa escapar”? Entendamos primeiro o que é uma cela. Para nós, cela é o mesmo que cela de prisão; mas, na linguagem de S. Catarina, uma cela é, na verdade, um quarto. Os monges, os frades, as freiras de conventos etc. não dizem “quarto”; a palavra que usam é “cela”. É o lugar onde dormem e moram, é o lugar onde se recolhem. É aquilo que Jesus diz no evangelho de S. Mateus, no Sermão da Montanha: “Quando fores orar, entra no teu quarto, e o teu Pai, que vê no segredo, vai-te escutar”. Mas o que é, afinal, esse “quarto” em que é preciso entrar? Onde está essa “cela”? Dentro do nosso próprio coração, dentro de nós mesmos. Aqui está um dos grandes ensinamentos de S. Catarina: precisamos descobrir que, dentro de nós, mesmo no tumulto do mundo, no meio das confusões e aflições da vida, existe uma cela, um quarto escondido no qual precisamos entrar para estar a sós com Deus. Alguém pode dizer: “Muito bonito de dizer… Mas como faz isso?” Primeira coisa: é necessário ter vida de oração. Temos de entender que não podemos passar o dia inteiro dissipados, se o que queremos verdadeiramente é crescer no amor, ser almas contemplativas e ao mesmo tempo apostólicas, como S. Catarina de Siena. Quando Jesus chamou os Apóstolos, Ele os chamou em primeiro lugar para estarem consigo. Ele disse: “Vinde”, constituiu os Doze e os chamou para estarem consigo, e só mais tarde os enviou em missão. É “Vinde” para depois “Ide”. O “vinde estar comigo” em recolhimento é importante para todos os santos e na vida de todos os cristãos, portanto, é importante também para nós. É preciso tirar um tempo para estar com Jesus, para cessar as atividades em que se está o dia todo qual uma Marta agitada, dispersa, levada para todos os lugares. É preciso ter tempo para se recolher. O princípio da vida espiritual está no recolhimento, condição para estar com Jesus. Reservemos um horário do dia, de preferência de manhã, quando o cérebro não está tão agitado. É um tempo para Deus, para o recolhimento, para estar com Jesus na cela do próprio coração. Feita essa experiência concreta na vida de oração, será possível levá-la para o dia a dia. Um dos melhores meios para aprender a fazer isso bem concretamente é comungar direito. Em estado de graça, depois de uma boa Confissão, o fiel pode comungar; unido a Jesus, fisicamente presente no coração, encontrar-se com Ele; e, durante a ação de graças, aprender na prática que existe um lugar dentro de si no qual Jesus está presente, e está o tempo todo, convidando-o ao recolhimento: “Vinde a mim todos vós que estais cansados sob os vossos fardos pesados, e eu vos aliviarei”. Estar com Jesus! É exatamente na companhia de Jesus, nesta cela interior do próprio coração, que o fiel, depois ter comungado bem, pode, durante o dia, ir-se recordando de Cristo, fazendo memoria Dei: “Onde foi que Jesus me tocou hoje nesta manhã, quando fui comungar?” Mesmo nas agitações do dia, no meio das pessoas, quem comunga bem poderá recordar-se daquele lugar, dentro de sua alma, de seu coração, em que Jesus o tocou. Se fizermos isso bem e com constância, veremos nossa vida mudar, veremos as virtudes surgirem. De fato, a maior prova de que a oração é autêntica, verdadeira, é que vida a muda, e quem reza fica diferente — mais paciente, mais casto, mais generoso… Começa-se a ter aquela caridade de Cristo, aquele amor, aquele ardor apostólico de querer levar outras almas para Deus. Entremos na escola da grande Doutora S. Catarina de Siena! Construamos uma cela em nossa mente, da qual jamais possamos escapar. Exercitemo-nos nisso, estejamos lá, dentro do nosso coração, com Nossa Senhora, com Jesus, com os Apóstolos, com S. José, com os santos de nossa devoção. Recolhidos, compreendamos que existe dentro de nós uma morada, um lugar onde Deus, amor infinito, habita e está sempre conosco. Assim seremos capazes de transbordar de grande caridade.

Fonte: Padre Paulo Ricardo

quarta-feira, 28 de abril de 2021

Memória de São Luís Maria Grignion de Montfort

Hoje, celebramos a memória do grande S. Luís Maria Grignion de Montfort, autor do famoso Tratado da verdadeira devoção à Bem-Aventurada Virgem Maria, pelo qual muitas pessoas se consagram a Nossa Senhora. Olhemos um pouco mais de perto para a vida de S. Luís, a fim de entender que pode nos  inspirar não somente o que ele escreveu, mas também o que ele viveu. S. Luís nasceu em uma família numerosa. Foi o segundo de dezoito irmãos e quis consagrar-se a Deus como sacerdote. Depois de ter estudado num colégio dos jesuítas em Rennes, saiu como andarilho e foi até Paris, onde entrou num seminário para rapazes pobres. Ele formou-se sacerdote e desde cedo abraçou pessoalmente a pobreza radical. É interessante notar isso, porque S. Luís era padre diocesano, ou seja, não pertencia a nenhuma ordem religiosa nem tinha nenhum voto solene. No entanto, ele fizera um voto pessoal de viver a pobreza radicalmente. De fato, ele viveu tão pobre, tão pobre, que até os pobres tinham compaixão dele, tão pobrezinho ele era na forma de vestir, na forma de portar-se. Um dia, S. Luís foi a uma espécie de hospital-albergue para pobres. Lá, pôs-se a esperar antes de cumprir um compromisso. Ele ficou quatro horas na capela rezando, horas que lhe passaram muito rapidamente, mas os pobres, vendo a figura daquele sacerdote maltrapilho, resolveram pedir-lhe que se tornasse capelão do hospital — afinal, ele parecia já muito santo —, por isso resolveram fazer uma “vaquinha” para ajudá-lo. Pobres dando esmola a um padre, tão pobre ele era! S. Luís foi perseguido desde o início por causa de sua santidade. Quando uma alma é santa, sem precisar fazer nada contra ninguém, mas apenas por incomodar o diabo, logo arranja muitos perseguidores. Tão logo conseguia uma missão num hospital de pobres, era tirado de lá; mandavam-no a outro lugar, mas de lá também o expulsavam… Por isso, ele decidiu entregar-se a Deus como missionário no exterior. Resolveu assim ir a Roma, saindo da França a pé. Era uma característica de S. Luís: ele passou a vida inteira andando a pé. Fazia parte do seu voto de pobreza. Em Roma, conseguiu uma audiência com o Papa quase por milagre e disse ao Pontífice: “Quero ser missionário nas Américas”. O Papa respondeu-lhe: “Não é preciso ir tão longe. A França necessita de missionários”. Ele então foi nomeado pelo Papa Clemente XI missionário apostólico, a fim de poder pregar na França, com seu estilo de muita oração, de muito recolhimento e também de um ardor apostólico enorme. Era uma característica de S. Luís. Ele mesmo diz em seus escritos sentir um chamado ao escondimento e, ao mesmo tempo, à entrega apostólica, à missão de levar o catecismo para todo o mundo e de levar todo o mundo à vida de oração, à vida com Deus. Parece contraditório, mas não o é; é a própria essência da vida sacerdotal. Quando Jesus escolheu os Apóstolos, disse-lhes primeiro: “Vinde estar comigo” no escondimento, na vida interior, e só depois “Ide”, isto é, “Sede missionários” para trazer as pessoas para Deus. Um dia, S. Luís estava pregando com um grupo de missionários e encontrou um leproso. Ele pegou o leproso, carregou-o nos braços e foi bater à porta da casa em que estavam hospedados os outros missionários. Como encontrasse a porta fechada, começou a berrar e gritar de fora: “Abri a porta para Cristo! Abri a porta para Cristo!” Era o leproso que ele trazia no colo! Naquela noite, o leproso dormiu na cama do santo. Esse era o homem! Eis o quilate do varão apostólico que se entrega a Deus! Ele também era — coisa que pouca gente sabe — um artista, fazia esculturas, desenhava etc. Era a forma de mostrar seu carinho a Nossa Senhora. Exatamente por seu talento, S. Luís sabia que o povo precisava de imagens. Há inclusive uma famosa história a esse respeito. Certa feita, S. Luís quis construir um Calvário perto da cidade de Nantes. Ele mandou preparar o cenário. Depois de meses e meses de trabalho, no alto de uma montanha ergue-se por fim a cruz de Jesus, Nossa Senhora ao pé dele, S. João ao lado, o bom e o mau ladrão: todos os personagens estavam lá. Finalmente, chegou o dia de o bispo de Nantes vir abençoar o Calvário. O bispo, porém, respondeu que não só não iria abençoar como tudo aquilo deveria ser desmontado. Perplexo, S. Luís partiu a pé até Nantes. Às seis da manhã, lá estava ele, na porta do bispo, para saber o que havia ocorrido. Descobriu que o próprio Luís XIV mandara destruir o Calvário. Por quê? Porque alguém — o diabo é o pai da mentira! — tinha convencido o rei de que o Calvário serviria de abrigo e fortaleza para os ingleses quando invadissem a França. Um despropósito! Apesar da injustiça, S. Luís voltou a pé. Chegando à cidade, disse aos fiéis: “Meus filhos, quisemos construir um Calvário no topo da colina, mas Deus quis construí-lo em nossos corações. Desmontemos tudo”. É a docilidade e a obediência de um homem entregue a Deus. Assim ele vivia a sabedoria da cruz. Aliás, pouca gente sabe que a devoção de S. Luís a Nossa Senhora tinha por finalidade adquirir a verdadeira sabedoria. E o que é a sabedoria? A Sabedoria, a Sabedoria encarnada, é Jesus; mas a sabedoria em nossas almas é um dom do Espírito Santo em virtude do qual, revestidos de verdadeira caridade, aprendemos a saborear a cruz de Cristo, por compreendermos que na cruz existe um desígnio salvador, um desígnio de santidade. Por que nos consagramos a Nossa Senhora, segundo S. Luís? A fim de adquirir a verdadeira sabedoria, ou seja, para que nós, verdadeiramente configurados ao Coração de Nossa Senhora, nos configuremos ao de Jesus. Poderíamos dizer que toda devoção, para S. Luís, consiste em adorar Jesus, Sabedoria encarnada, no ventre de Nossa Senhora, no seio de Nossa Senhora, no Coração de Nossa Senhora. É adorar Jesus em Maria. Essa foi uma das notas dominantes da espiritualidade dele, bebida dos sulpicianos, do padre Olier — a grande devoção à Encarnação do Verbo. Essa foi a vida de São Luís, um incentivo a que nós aprendamos como o amor, como a caridade para com Deus, leva um homem a tornar-se grande missionário, grande apóstolo, grande pregador apostólico, que dá a própria vida pelo resgate de muitos.

Fonte: Padre Paulo Ricardo

domingo, 25 de abril de 2021

Domingo do Bom Pastor


Neste domingo, o quarto do Tempo da Páscoa, a Igreja evoca a figura de Cristo Bom Pastor. Jesus é o pastor que conhece exatamente suas ovelhas, sejam elas fiéis ou não. Às fiéis, o Senhor mantém em seu rebanho e as cuida com o maior dos zelos. Porém, Ele tem seu olhar voltado também para as ovelhas desgarradas, que muitas vezes buscam a segurança e o amor que deveriam vir de seu Pastor, em outros lugares, outros "pastores". Jesus vai atrás da ovelha perdida e inclusive é o Pastor que dá a vida por suas ovelhas, pois as ama como ninguém mais as pode amar. Sejamos fiéis ao Bom Pastor, busquemos estar sempre junto dEle!

sexta-feira, 23 de abril de 2021

Memória de São Jorge, Mártir

Hoje celebramos a memória de um santo bastante popular, mas pouco conhecido por sua vida e virtudes. Trata-se de S. Jorge, o grande mártir. Estamos acostumados a ver imagens de S. Jorge a matar um dragão, o que levou muitos historiadores e estudiosos a duvidar da existência do santo. Mas é preciso não confundir alhos com bugalhos. De fato, o episódio narrado pela lenda segundo a qual Jorge teria matado o dragão é lendário, isto é, não tem muito fundamento histórico. No entanto, a existência de S. Jorge e a santidade dele são indubitáveis. É a coisa mais certa que há. Entendamos primeiro quem é S. Jorge para depois entendermos a história do dragão. S. Jorge foi um soldado romano do tempo do imperador Diocleciano. Foi, portanto, contemporâneo de S. Sebastião. Jorge nasceu na terra de Jesus e entrou logo cedo para a carreira militar. Era um homem tão prendado, tão cheio de talentos, obediente, perfeito em tudo o que fazia, que acabou promovido para a guarda pretoriana, a guarda pessoal do imperador. Acontece que o imperador Diocleciano, naquela época, desencadeou uma grande perseguição aos cristãos. Galeno o tinha convencido de que eram os cristãos que traziam “mau agouro” para o império. Afinal, dizia-se, o fato de os cristãos não aceitarem sacrificar nem aos deuses nem ao imperador traria “má sorte” para o império, e era por isso que se estavam perdendo tantas batalhas… O imperador, supersticioso, começou uma tremenda perseguição aos cristãos. Fixou em vários edifícios públicos decretos proibindo o culto católico. Jorge, um rapaz de 24 anos, viu a injustiça do ato e começou não só a defender os cristãos como se assumiu católico publicamente, perante o próprio imperador. Diocleciano quis convencê-lo a apostatar da fé. Primeiro, ofereceu-lhe terras, dinheiro, cargos, uma promoção na carreira militar; mas Jorge, inflexível, se recusou a aceitar o suborno. Já antes disso, aliás, os pais de S. Jorge, que eram nobres, tinham-lhe deixado em herança uma grande fortuna, que o santo imediatamente distribuiu entre os pobres. Contrariado, o imperador mandou encarcerar Jorge, e a segunda tentativa foi a de seduzi-lo. É assim que se costuma fazer com as pessoas sem virtude. Qual é o meio mais fácil de mover a quem não tem virtude? Há dois: a sedução ou a coação. Os que não têm virtude se tratam como animais, que só buscam prazer e fogem da dor. O imperador, então, mandou pôr uma mulher na cela de Jorge. Fecharam-se as portas, e ficaram lá dentro os dois a sós, durante uma noite inteira. Qual porém não foi a surpresa dos carcereiros quando abriram a cela no dia seguinte e encontraram a mulher cristã e batizada, convertida pelo soldado! Que maravilha! Pouca gente sabe disso, mas S. Jorge é um dos santos protetores da castidade. A virgindade, a pureza, sobretudo a pureza masculina, têm grandes protetores, exemplos e modelos. O primeiro e o mais perfeito de todos é Nosso Senhor Jesus Cristo, homem virginal; S. José é outro grande modelo de castidade virginal; S. João evangelista, o discípulo amado, também é exemplo de castidade etc. Mas pouca gente sabe que S. Jorge também é um grande modelo, um grande intercessor para quem quer viver a castidade. E trata-se de um militar. Não é um modelo “delicado”, efeminado, como alguns poderiam pensar. Não, a castidade, a virgindade masculina, no cristianismo, é perfeitamente varonil. S. Jorge, como um grande guerreiro de Deus, triunfou pela castidade. Pois bem, o imperador, não podendo vencê-lo pela sedução, teve de passar para a coação. S. Jorge, após ser torturado, foi martirizado. Por todas essas vitórias ele é chamado pelos orientais de megalomártir, isto é, o grande mártir. O que acontece é que depois, durante a Idade Média, os cruzados foram à Palestina e acharam numa igreja dedicada a S. Jorge uma escultura que, na verdade, representava o imperador Constantino com uma lança a matar um dragão, mas o dragão da heresia, já que Constantino combatera o arianismo. Logo se formou a lenda de que S. Jorge teria matado um dragão. Conta-se que Jorge teria salvo uma cidade atormentada por um dragão ou, talvez, por um grande crocodilo. “Convertei-vos”, disse ele aos habitantes, “sede cristãos, e eu materei o dragão”. O dragão foi morto, e a cidade inteira converteu-se. Isso é o que diz a lenda. O importante, porém, é ver como Jorge venceu o dragão, muito mais perigoso, da tentação, da luta contra Satanás. É a nossa luta. Todo cristão é verdadeiramente um soldado de Cristo. Por que se diz que o sacramento da Crisma é o sacramento do cristão adulto? Porque, a partir dos sete anos de idade, todos nós somos adultos no sentido de que temos de enfrentar diariamente, como soldados de Cristo, as tentações do demônio. E de onde tiramos forças para matar esse dragão? No Evangelho de hoje, o discurso do pão da vida, Jesus diz algo muito importante e impressionante: “Como o Pai, que vive, me enviou, e eu vivo por causa do Pai, assim o que me come viverá por causa de mim”. S. Jorge vivia por causa de Cristo. A razão de ser da vida dele, como deve ser a da nossa, era Jesus. Nós, que recebemos a Eucaristia, nós, que nos alimentamos com o pão descido dos céus, temos de entender que é por Cristo, com Cristo e em Cristo, que vivemos. Vale a pena perder tudo para ganhar a Cristo. Que S. Jorge, grande mártir, vitorioso sobre os dragões infernais, nos dê a graça de também nós lutarmos, vivendo por Cristo, e derrotarmos os dragões que nos afastam de Deus.

Fonte: Padre Paulo Ricardo

domingo, 11 de abril de 2021

A Festa da Divina Misericórdia e a nossa confiança

A Misericórdia Divina, celebrada de modo especial no dia de hoje, é desejada por muitos, mas desconfiada também por muitos. Nossa fraqueza e debilidade humana nos acusa, e com razão, de sermos miseráveis e sem méritos para chegar à Divina Presença. Porém, maior do que nossa miséria, é a Misericórdia Infinita de Deus, que pediu inclusive uma festa para celebrá-la. Nosso Senhor fala a cada um de nós através do Evangelho de hoje: "Não sejas incrédulo, mas fiel." Creiamos na Misericórdia, mas não abusemos dela, sejamos fiéis ao Bom Deus, que tudo sabe e tudo faz para o bem dos que O amam! Proclamemos o que o mesmo Senhor nos pediu: "Jesus, eu confio em Vós."


Domingo da Divina Misericórdia

Celebra-se este primeiro Domingo após a Páscoa a Festa da Divina Misericórdia, pedida por Jesus a Santa Faustina, e aprovada e definida por São João Paulo II no ano 2000.

Jesus deseja atrair à Sua Misericórdia todos os homens, sem exceção. E para isso proporciona outro meio: a instituição duma Festa. Ele mesmo indica o dia e liga a esta Festa grandes graças e promessas. A Festa ocupa um lugar privilegiado entre todas as formas da devoção à Misericórdia de Deus reveladas a Santa Maria Faustina. Pela primeira vez Nosso Senhor falou sobre a instituição desta Festa à 90 anos, no dia 22 de Fevereiro de 1931, em Plock, Polónia.

A escolha do Primeiro Domingo depois da Páscoa (Pascoela) para a Festa da Misericórdia tem o seu profundo sentido teológico ao mostrar a estreita união que existe entre o mistério pascal da Redenção e o mistério da Misericórdia de Deus. Esta união está ainda sublinhada pela Novena, com o Terço à Divina Misericórdia, a começar na Sexta-Feira Santa.

A Festa não é somente um dia de especial louvor a Deus no mistério da Sua Misericórdia mas é também o tempo de graça para todos os homens. “Desejo que a Festa da Misericórdia seja refúgio e abrigo para todas as almas especialmente para os pobres pecadores.” (D. 699)

“As almas perdem-se apesar da Minha amarga Paixão. Estou a dar-lhes a última tábua de salvação, esto é a Festa da Minha Misericórdia. Se não adorarem a Minha Misericórdia, perecerão por toda a eternidade.” (D. 1109)

A grandeza dessa Festa só pode ser avaliada pelas extraordinárias promessas que Nosso Senhor a ela atribuiu: “Quem nessa altura se aproximar da Fonte da vida – disse Cristo – alcançará perdão total das culpas e dos castigos.” (D. 300)

“Neste dia, os sacerdotes devem falar às almas desta Minha grande e insondável Misericórdia.” (D. 570)

“Desejo conceder indulgência plenária, às almas que se confessarem e receberem a Sagrada Comunhão na Festa da Minha Misericórdia.” (D. 1109)

“Neste dia estão abertas as entranhas da Minha Misericórdia. Derramo todo um mar de graças sobre aquelas almas que se aproximarem da fonte da Minha Misericórdia. A alma que for à Confissão e receber a Sagrada Comunhão obterá remissão total das culpas e das penas. Neste dia, estão abertas todas as comportas divinas, pelas quais se derramam as graças. Que nenhuma alma receie vir a Mim, ainda que os seus pecados sejam tão vivos como escarlate... A Festa da Misericórdia brotou das Minhas entranhas.” (D. 699)

Para aproveitar estes grandes dons, que Jesus concede neste Domingo da Divina Misericórdia, é preciso cumprir as seguintes condições: (1) ter confiança na Divina Misericórdia; (2) fazer obras de misericórdia habitualmente; (3) fazer uma boa Confissão (com humildade, sinceridade e contrição); (4) no dia da Festa receber dignamente a Sagrada Comunhão.

Fonte: Facebook Valdemar Oportet Ilum Regnare

segunda-feira, 5 de abril de 2021

domingo, 4 de abril de 2021

No Tempo Pascal, ao invés do Angelus, rezamos o Regina Caeli

Durante o tempo pascal, a Igreja Universal se une em alegria por meio da oração do Regina Caeli ou Rainha do Céu, junto à Mãe de Deus, pela ressurreição de seu Filho Jesus Cristo, acontecimento que marca o grande mistério da fé católica.

A oração da antífona do Regina Caeli foi estabelecida pelo Papa Bento XIV em 1742 e substitui durante o tempo pascal, da celebração da ressurreição até o dia de Pentecostes, a oração do Ângelus cuja meditação central é o mistério da Encarnação.

Assim como o Ângelus, o Regina Caeli é rezado três vezes ao dia: ao amanhecer, ao meio dia e ao entardecer como uma forma de consagrar o dia a Deus e à Virgem Maria.

Não se conhece o autor desta composição litúrgica que remonta ao século XII e era repetido pelos Frades Menores Franciscanos depois das completas na primeira metade do século seguinte popularizando-a e difundindo-a por todo mundo cristão.

A oração:

V. Rainha do Céu, alegrai-vos, Aleluia!

R. Porque Aquele que merecestes trazer em Vosso ventre, Aleluia!

V. Ressuscitou como disse, Aleluia!

R. Rogai por nós a Deus, Aleluia!

V. Exultai e alegrai-vos, ó Virgem Maria, Aleluia!

R. Porque o Senhor ressuscitou verdadeiramente, Aleluia!

Oremos:

Ó Deus, que Vos dignastes alegrar o mundo com a Ressurreição do Vosso Filho Jesus Cristo, Senhor Nosso, concedei-nos, Vos suplicamos, que por sua Mãe, a Virgem Maria, alcancemos as alegrias da vida eterna. Por Cristo, Senhor Nosso. Amém.

Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo, como era no princípio agora e sempre. Amém. (Três vezes).

Fonte: Aci Digital

Domingo de Páscoa

Hoje a Igreja vive a alegria da ressurreição de Jesus Cristo! O Senhor venceu a morte! Verdadeiramente ressuscitou! Santa e Feliz Páscoa para todos!

sábado, 3 de abril de 2021

Sábado Santo


No Sábado Santo lembramos a descida de Jesus para anunciar a Salvação na Mansão dos Mortos e abrir o Paraíso para a humanidade. Também é lembrada a solidão de Nossa Senhora, que foi o lume da fé e esperança em meio às trevas da descrença e tristeza após a morte de Cristo.

sexta-feira, 2 de abril de 2021

Sexta-feira Santa

A Igreja lembra hoje a Paixão do Senhor. Cristo morreu por nós, e com sua morte, nos salvou de nossos pecados. Jesus nos deu acesso ao Céu, porém jamais mereceríamos estar lá. Foi Ele, que por sua vontade, nos possibilitou a Vida Eterna, por pura misericórdia!

Agonia por amor

Meditemos na Santa Agonia do Senhor no Horto. Bendito seja Deus pela imensa bondade, por ter sofrido por nós, que nunca iremos merecer tamanho amor!

quinta-feira, 1 de abril de 2021

Quinta-feira Santa

Lembramos hoje especialmente do Cristo que, sendo Rei, se faz Servo, para nos ensinar a servirmos também. A Majestade misericordiosa se inclina à miséria humana. Hoje também relembramos a instituição do mais santo dos sacramentos, a Eucaristia, e a ordenação dos apóstolos. A Ceia Eucarística torna presente o Calvário, que será percorrido amanhã.