quarta-feira, 31 de janeiro de 2018

Sonhos de Dom Bosco: As duas colunas



Em 30 de Maio, Dom Bosco contou ter visto em sonho, uma terrível batalha no mar, desencadeada por uma multidão de embarcações, pequenas e grandes, contra um único majestoso navio, símbolo da Igreja. Esse navio, várias vezes atingido, mas sempre vitorioso, era guiado pelo Papa. Ancorou seguro entre duas colunas saídas do mar. A primeira tinha em cima uma grande hóstia onde se liam as palavras “Salus credentium” (salvação dos crentes); na outra coluna, mais baixa, estava a estátua da Imaculada com as palavras “Auxilium Christianorum” (Auxílio dos cristãos).

O sonho da jangada é contado por Dom Bosco em 1866. Arrastados por uma terrível inundação, os jovens, para se salvar, sobem com Dom Bosco para cima de uma jangada e vêem no céu uma palavra misteriosa: “Medoum”. Dom Bosco explicou: “Mater et Domina Omins Universus, Maria” (“Mãe e Senhora de todo o universo, Maria”). Finalmente desembarcados num lugar seguro, a Virgem Maria diz aos jovens: “Se vós fordes para mim filhos devotos, Eu serei para vós Mãe Amorosa”.

Certo dia, o Santo Cardeal Schuster, disse a um salesiano: “Vi reproduzida a visão das duas colunas, que apareceram a Dom Bosco. Diga a seus superiores que a façam reproduzir em imagens e postais e as difundam por todo o mundo católico, porque essa visão de Dom Bosco é de grande atualidade: a Igreja e o povo cristão só se salvarão com estas duas devoções: A Eucaristia e Maria, Auxílio dos Cristãos”.

Dom Bosco, por humildade chamou-a “um sonho”, mas a história confirmou a “profecia do vidente”. “Me parecia que estava sobre um grande rochedo, rodeado pelo mar imenso, agitado pelo bramido e estrondos de uma terrível tempestade…

Eu vi, saindo desta borrasca enorme, o navio de grande tamanho e no seu bordo o Papa, os Cardeais, os Bispos e Sacerdotes com seu Povo. Em toda aquela vasta superfície de águas, eu vi uma multidão incontável de navios pequenos e grandes, dispostos em ordem de batalha, armados com canhões e cheios de fuzis, de armas de todo o tipo, de material inflamável e também de livros.

Esses navios avançaram contra aquela maior e mais alta que todas as outras, tentando chocar-se contra ela e incendiá-la, para fazer qualquer estrago possível. O mar agitado parece favorecer os atacantes… Em uma das ofensivas eu vi, que foi atingido também o Papa e ficou gravemente ferido perdendo muito sangue…

No meio da imensa extensão do mar, eu vi elevar-se das ondas DUAS ROBUSTAS COLUNAS, pouco distantes uma da outra. No cimo de uma poderia se ver instalada a estátua da Virgem Imaculada Maria, a cujos pés foi pendurado um grande cartaz com esta inscrição: AUXÍLIO DOS CRISTÃOS. Sobre a outra, muito mais alta e de maior diâmetro, está uma HÓSTIA de grande proporção, e abaixo havia um cartaz com as palavras: SALVAÇÃO DOS CRENTES

A borrasca volta espantosa e o Papa que estava ao leme do navio dirigia todos os seus esforços para que o seu navio levado adiante, até que possa ancorar entre essas duas colunas… Nesta luta terrível morre o Papa. O novo Papa, superando todos os obstáculos, dirigindo a nave corajosamente, põe-se entre as duas colunas. Então sucede uma mudança total: fogem as naus inimigas, se extraviam, se chocam entre si e se despedaçam ou afundam…

No mar reina agora uma grande calma. As naus que combateram valorosamente a favor do Papa, vêem também elas e se amarram junto às duas colunas, reconhecendo que a salvação recebemos pela devoção a Maria Santíssima e Jesus Misericordioso na Eucaristia ”.

Essa visão de Dom Bosco, narrada e resumida brevemente em poucas palavras é também hoje ainda de grande atualidade, quando o mundo aproxima-se a dois mil anos da Era Cristã. Surgem novos provocadores de pânico, falsos profetas e representantes da Nova Ordem Mundial com seus planos e programas camuflados.

Jesus Cristo a todos nos admoesta através dos seus ensinamentos e sua Igreja, governada pelo Papa: “Vigiai e Orai”. “Coragem, tua fé te salvará”. Nossa fé temos resumida na Eucaristia e na devoção a Maria. Salvação dos que crêem e auxílio dos cristãos.

Fonte: Canção Nova

31 de Janeiro - Memória de São João Bosco, Presbítero



É com grande alegria que celebramos hoje a memória de São João Bosco, fundador da Congregação Salesiana. Dom Bosco é, ainda nos dias de hoje, um farol para a evangelização dos jovens, já que ele revolucionou o método tradicional de chegar ao coração da juventude. Com efeito, durante muitos séculos, a Igreja esteve acostumada a viver no meio de uma sociedade cristã, em que as crianças e os educandos, abertos ao Evangelho e às verdades da fé, podiam ser tratados como filhos virtuosos e obedientes. Com a paulatina descristianização da sociedade, porém, os jovens deixaram de portar-se como família e o professor, em sala de aula, já não podia desempenhar o papel de um “segundo pai”. A rebeldia que então fervilhava exigiu, de certo modo, que os métodos educativos se tornassem mais duros e coercitivos, dando origem à tão conhecida figura do mestre ríspido e intransigente, cuja palmatória, se bem inspirasse medo, não podia contudo corrigir os modos nem mudar o coração dos jovens.

Foi nesse contexto, diante da periferia de Turim, repleta de rapazes sem família nem orientação religiosa, que Dom Bosco se fez pescador de homens. Assim, por meio da amorevolezza do seu oratório festivo, ele logrou atrair muitos jovens para fé e para uma profunda mudança de vida. Se antes se educava na base de pauladas e hoje, infelizmente, se educa com adulações e frouxidão, São João Bosco está aí para nos ensinar que a verdadeira educação cristã não significa amedrontar o jovem nem ser simpático a todo custo, mas atraí-lo para o desafio do amor, dos grandes ideais, dos grandes sacrifícios. — Que São João Bosco interceda por todos nós e ensine os nossos educadores e as nossas pastorais a pescarem com amor os jovens que Cristo quer para si, tirando-os da mundanidade em que se encontram e trazendo-os para uma vida nova na graça.

Fonte: Padre Paulo Ricardo


domingo, 28 de janeiro de 2018

28 de Janeiro - Memória de Santo Tomás de Aquino, Doutor da Igreja


A vida de Santo Tomás de Aquino foi tomada por uma forte espiritualidade eucarística

Neste dia lembramos uma das maiores figuras da teologia católica: Santo Tomás de Aquino. Conta-se que, quando criança, com cinco anos, Tomás, ao ouvir os monges cantando louvores a Deus, cheio de admiração perguntou: “Quem é Deus?”.

A vida de santidade de Santo Tomás foi caracterizada pelo esforço em responder, inspiradamente para si, para os gentios e a todos sobre os Mistérios de Deus. Nasceu em 1225 numa nobre família, a qual lhe proporcionou ótima formação, porém, visando a honra e a riqueza do inteligente jovem, e não a Ordem Dominicana, que pobre e mendicante atraia o coração de Aquino.

Diante da oposição familiar, principalmente da mãe condessa, Tomás chegou a viajar às escondidas para Roma com dezenove anos, para um mosteiro dominicano. No entanto, ao ser enviado a Paris, foi preso pelos irmãos servidores do Império. Levado ao lar paterno, ficou, ordenado pela mãe, um tempo detido. Tudo isto com a finalidade de fazê-lo desistir da vocação, mas nada adiantou.

Livre e obediente à voz do Senhor, prosseguiu nos estudos sendo discípulo do mestre Alberto Magno. A vida de Santo Tomás de Aquino foi tomada por uma forte espiritualidade eucarística, na arte de pesquisar, elaborar, aprender e ensinar pela Filosofia e Teologia os Mistérios do Amor de Deus.

Pregador oficial, professor e consultor da Ordem, Santo Tomás escreveu, dentre tantas obras, a Suma Teológica e a Suma contra os gentios. Chamado “Doutor Angélico”, Tomás faleceu em 1274, deixando para a Igreja o testemunho e, praticamente, a síntese do pensamento católico.

Santo Tomás de Aquino, rogai por nós!

Fonte: Canção Nova

quarta-feira, 17 de janeiro de 2018

A aparição de Nossa Senhora em Pontmain, França



Na aldeia de Pontmain , cerca de 30 km ao norte de Laval, um agricultor estava trabalhando em seu estábulo com seus meninos Eugene e Joseph Barbadette, com idades entre 12 e 10 anos. Na noite de 17 de janeiro de 1871, os dois garotos, estavam ajudando seu pai no celeiro o mais velho, Eugene, caminhou em direção à porta para olhar para fora. Quando ele olhou para o céu viu muitas estrelas, notou uma área praticamente livre de estrelas sobre uma casa vizinha. De repente viu uma aparição de uma senhora bonita sorrindo para ele. Seu pai não vê nada, exceto três estrelas brilhantes formando um triângulo no céu. Mas José vê a Senhora. Ela está vestindo um longo manto azul com estrelas douradas espalhadas, um véu negro e uma coroa dourada com aproximadamente 20 cm de largura com uma faixa vermelha ao meio. A senhora também está usando sapatos azuis e as mãos dela chegam ligeiramente para o lado como na Medalha Milagrosa. Destemidos , eles chamam a sua mãe, que também não vê nada, mesmo depois de voltar para casa com os seus óculos.



Não há nada, declaram os pais e os meninos continuam com o trabalho, depois vem a ceia. Depois de uma refeição rápida, os meninos ainda vêm a bela Senhora, assim as Irmãs da escola são chamadas. Novamente, elas não vêm nada. A Virgem Maria sorri constantemente e permaneceu imóvel na mesma posição até 9:00. Os filhos, pároco e muitas pessoas reunidas, começam a rezar juntos o Pai Nosso com os paroquianos a primeira oração do rosário. Neste momento a senhora se torna maior e as estrelas múltiplas em seu manto e uma bandeira desfraldada são iluminadas debaixo de seus pés. Mais tarde , duas meninas de uma escola local, Françoise Richer de 11 anos e Jeanne Marie LeBosse de 9, foram trazidas, e também puderam ver a senhora, enquanto uma multidão crescente de sessenta adultos, que tinham começado a rezar o terço por sugestão do padre do local.

O pároco de Pontmain começa a rezar o Magnificat e letras douradas aparecem na bandeira, uma por uma como se estivesse sendo escritas por uma mão invisível. As crianças da aldeia dizem as letras uma por uma e completam lendo:

"MAS POR FAVOR REZEM MINHAS CRIANÇAS"


O pároco diz : “devemos rezar a Nossa Senhora, fazendo sua conhecida vontade”. As pessoas agora rezam a ladainha da Virgem Santíssima. Mais palavras aparecem como antes.

"DEUS LOGO OUVIRÁ SUAS ORAÇÕES"

A quarta oração é a “ Invocação” . Quando chegam as palavras “Oh Mãe Santíssima de Cristo” , aparecem as seguintes palavras:

"MEU FILHO"

Todos os presentes agora estão certos que é a Virgem Maria e rezam a quinta oração “ Salve Rainha “. Enquanto rezam aparece esta sentença:

"MEU FILHO ESTÁ ESPERANDO POR VOCÊS"

Estas palavras estão sublinhadas. Eles estão cantando a sexta oração. É um hino tradicional favorito de Pontmain : “ Mãe da Esperança “ e as pessoas gostam de cantar alto e claro . Este título é muito amado, parte da oração diz :” Mãe da Esperança protejam nossos franceses, rogai por nós !” Então o sorriso de Maria brilha com amor e ela levanta as mãos aos ombros, enquanto aponta para uma pequena Cruz vermelha no coração .

A sétima oração é “Meu Doce Jesus “ , neste ponto o perdão dos pecados será concedido àquele que com o coração contrito, primeiro rezou o “Parce Domine”.Uma expressão de sofrimento e dor aparece na Face da Virgem Santíssima .Ela segura um crucifixo com ambas as mãos. Tanto a cruz quanto Jesus são vermelhos. Acima tem uma luz onde aparece: “ JESUS CRISTO “ em letras de sangue, enquanto a tristeza da Senhora se irradia entre as pessoas. Uma estrela explode no céu e extingue as quatro velas que rodeiam a senhora. Ela tira os olhos do crucifixo. Quando o pároco começa a rezar “ Salve Rainha “ o crucifixo desaparece e Nossa Senhora retorna a sua posição inicial. Duas pequenas cruzes brancas aparecem sobre os ombros onde elas parecem estar implantadas. Lentamente um grande véu branco flutua para cima, para finalmente cobrir a aparição completamente. A senhora então desaparece totalmente.

Os alemães começam a recuar e no dia 20 de janeiro o general Van Schmidt se rende. No dia 28 de janeiro, apenas doze dias depois da aparição, o acordo de paz é assinado. A mensagem de Pontmain nos mostra muito claramente o efeito das orações, mesmo de uma pequena comunidade paroquial. Deve-se voltar para a oração , especialmente em tempos de dificuldades.

Nós lembramos da mensagem de Nossa Senhora em Pontmain muito claramente. Agora podemos olhar para ela, ela aparece nas palavras dos hinos. “ Mãe da Esperança, nos proteja... orai por nós" : Maria levanta os braços, enquanto ela olha para a pequena Cruz Vermelha em seu coração.. Isso mostra Nossa Senhora muito perto com o seu Filho na Cruz , assim ela é Nossa Senhora do Resgate. E vai oferecer nossas orações por nós.

Durante o “ Parce Domine” Maria suplica a nós oferecer nosso Redentor Jesus Cristo a Deus Pai. Ao oferecer a Santa Missa como graças a Deus Nosso Pai por Seu Filho Jesus Cristo Nosso Senhor. A cruz vermelha com o corpo em vermelho, as letras sangrentas e as velas acesas em qualquer ponto do lado mais uma vez da Santa Missa, durante a última “ Salve Rainha “ .Nós a vemos como ela aparece na Medalha Milagrosa e duas pequenas cruzes brancas sobre os ombros, nos falam de “Triunfo”. Em Pointmain, Nossa Senhora mostra-nos que ela pode dominar o som, nós podemos ouvir e obedecer suas mensagens .

Joseph Barbadette tornou-se um sacerdote, um membro da Congregação dos Oblatos de Maria Imaculada, enquanto seu irmão Eugene tornou-se padre secular.Ele foi ajudado por uma das meninas que viram Maria como sua empregada, com o outro , Jeanne-Marie Lebossé, tornou-se freira. A grande basílica foi construída em Pointmain consagrada em 1900 .

Basílica de Nossa Senhora de Pontmain

"Esta aparição em Pontmain é completamente aprovada pela Santa Sé: fevereiro de 1875"

Fonte: Mary Pages

segunda-feira, 8 de janeiro de 2018

Festa do Batismo do Senhor


Ao ser batizado por São João Batista na festa de hoje, o Senhor vê os céus se abrirem e de lá descer a voz do Pai, que lhe diz: “Tu és o meu Filho amado, em ti ponho meu bem-querer”. O Pai testemunha aqui a alegria que lhe causa o amor e a obediência de Jesus Cristo, seu Filho encarnado. Nele, com efeito, repousa toda a complacência de Deus, pois só em Jesus o coração humano chegou a amar o Pai com todo o amor de que Ele é digno. Sinal disto é a presença, em forma de pomba,  do Espírito Santo, que procede do Pai e do Filho “por uma comum espiração de amor infinitamente santa” (Antonio R. Marín, Dios y su Obra. Madrid: BAC, 1963, p. 314, n. 295). No batismo do Senhor, portanto, contemplamos o mistério de que, no Santíssimo Coração de Cristo, o Pai goza da mesma alegria, da mesma felicidade que, por assim dizer, lhe “proporciona” a geração eterna de seu Filho no céu. E assim também o nosso próprio batismo; por meio dele, revestimo-nos de Cristo e, assimilados ao seu Corpo, que é a Igreja, apresentamo-nos ao Pai sob o título de filhos que Ele mesmo quis conceder-nos. Ao ver, pois, a um de seus filhinhos, batizados e em estado de graça, é a Cristo que o Pai enxerga, e por isso o seu coração celeste, transbordante de alegria, pode dizer a cada um de nós: “Tu és o meu Filho amado”, porque é Ele quem age em nós, que ama em nós, que se sacrifica em nós. É a Ele, numa palavra, que o Pai deseja reconhecer em nós, porque é impossível, fora de Jesus, agradar verdadeiramente o Pai, cujo único amor, cuja única grande e santa “obsessão” é o seu Filho unigênito, de quem temos hoje a graça de ser membros vivos.



Fonte: Padre Paulo Ricardo

sábado, 6 de janeiro de 2018

6 de Janeiro - Solenidade da Epifania do Senhor


A solenidade da Epifania é conhecida também como a festa dos reis magos que irão representar a aceitação futura de toda mensagem de Jesus nas diversas etnias e culturas da terra. Que possamos sempre nos desacomodar e ir de encontro ao que o Senhor nos pede em relação a nós e aos nossos irmãos.

“Tendo nascido Jesus na cidade de Belém, na Judéia, no tempo do rei Herodes, eis que alguns magos do oriente chegaram a Jerusalém, perguntando: ‘Onde está o rei dos judeus, que acaba de nascer? Nós vimos a sua estrela no oriente e viemos adorá-lo’. Ao saber disto, o rei Herodes ficou perturbado assim como toda a cidade de Jerusalém. Reunindo todos os sumos sacerdotes e os mestres da lei, perguntava-lhes onde o messias deveria nascer. Eles responderam: ‘Em Belém, na Judéia, pois assim foi escrito pelo profeta: e tu, Belém, terra de Judá, de modo algum és a menor entre as principais cidades de Judá, porque de ti sairá um chefe que vai ser o pastor de Israel, o meu povo’. Então Herodes chamou em segredos os magos e procurou saber deles cuidadosamente quando a estrela tinha aparecido. Depois os enviou a Belém, dizendo: ‘Ide e procurai obter informações exatas sobre o menino. E,
quando o encontrardes, avisai-me, para que também eu vá adorá-lo’. Depois que ouviram o rei, eles partiram. E a estrela, que tinham visto no oriente, ia diante deles, até parar sobre o lugar onde estava o menino. Ao verem de novo a estrela, os magos sentiram uma alegria muito grande. Quando entraram na casa, viram o menino com Maria, sua mãe. Ajoelharam-se diante dele, e o adoraram. Depois abriram seus cofres e lhe ofereceram presentes: ouro, incenso e mirra. Avisados em sonho para não voltarem a Herodes, retornaram para a sua terra, seguindo outro caminho”. (Mt 02, 01-12)

‘Onde está o Rei dos Judeus, que acaba de nascer? Nós vimos a sua estrela no oriente e viemos adorá-lo‘.

Quando fizemos uma análise do que significava a figura do rei para o povo de Israel no início da sua história, percebemos que era um líder responsável pela manutenção do povo em todos os sentidos. Infelizmente esta figura foi se deteriorando no decorrer do tempo e o mal exemplo das outras nações, bem como a dominação romana, fez que o rei estivesse mais em busca de seu prazer do que da salvação de seu povo.

Percebemos em Herodes o homem que recebe um poder de Deus mas não sabe utilizá-lo. Fica perdido em seu egoísmo lhe levando automaticamente a sentir medo de suas próprias atitudes.

Os reis magos representam a aceitação do projeto de Deus em outros povos que com humildade reconhecem a presença de Deus na história. O povo de Israel não soube aproveitar a Aliança que Deus fez com eles. Muitas vezes temos grandes tesouros escondidos e não temos coragem de descobri-los e utilizá-los para o nosso bem
e para o bem do próximo.

Os presentes oferecidos a Jesus menino são o futuro de sua missão. O ouro representa o reinado, o incenso a sua divindade e a mirra o seu sofrimento. Quando queremos realmente fazer a vontade de Deus teremos que enfrentar a nós mesmos. Precisamos sair de nosso comodismo e relativizar nossas posições. Se Herodes fosse mais corajoso em relação a sua própria pessoa, como foram os magos, certamente iria ir de encontro ao projeto de Deus em Jesus Cristo. O comodismo pode nos levar a morte quando passamos a nos preocupar só com nossos interesses pessoais.

Quanto mais poder temos, mais responsabilidade assumimos não em favor de nós mesmos mas em relação a nossa missão. A humildade dos reis magos é muito importante para nós hoje que pensamos ser os protagonistas da história deixando Deus o nosso Criador em segundo plano.

Devemos nesta festa dos reis magos dar o verdadeiro presente a Jesus que é o nosso coração. Não podemos nos iludir com a compra e a venda do mundo moderno. O ser humano vale muito mais do que isto. Fomos criados para Deus e só nele poderemos encontrar a razão de nossa vida.


Fonte: Canção Nova

segunda-feira, 1 de janeiro de 2018

1° de Janeiro - Solenidade de Santa Maria, Mãe de Deus



Celebrar a solenidade de Santa Maria, Mãe de Deus, é celebrar o primeiro e mais fundamental dos títulos de Nossa Senhora, do qual decorrem, como consequência lógica, todos os seus demais privilégios. Por sua divina maternidade, lembra-nos o Doutor Angélico, a Virgem Santíssima foi elevada a uma dignidade quase infinita, já que infinitamente digna é a pessoa a quem ela deu à luz: o próprio Verbo de Deus, gerado pelo Pai desde toda a eternidade segundo a substância divina, nascido no tempo por obra do Espírito Santo segundo a condição humana. E é justamente por ser Mãe do Filho encarnado que Maria é também nossa Mãe, e isto não apenas por ter sido entregue à humanidade inteira, cujas vezes fazia São João aos pés da cruz, mas ainda, e sobretudo, porque todo cristão, sendo por graça o que Cristo é por natureza, torna-se mediante o Batismo membro místico do Cristo total, que é a Igreja unida à sua divina Cabeça. Seria, com efeito, uma monstruosidade que uma mulher fosse mãe da cabeça mas não dos membros. De fato, assim como não se pode separar a primeira dos segundos sem com isso destruir a pessoa que deles se compõe, assim também, na ordem espiritual, também nós somos parte de Cristo-cabeça e não podemos separar-nos dele sem, por isso mesmo, deixarmos de ser cristãos. Daí, pois, que tenhamos tanto direito de chamar a Maria nossa Mãe na ordem da graça quanto Cristo tem o de chamá-la sua na ordem física ou natural (cf. Antonio R. Marín, Jesucristo y la Vida Cristiana. BAC: Madrid: 1961, p. 452, n. 442). No dogma glorioso da maternidade divina, em resumo, está contido o mistério da nossa própria incorporação a Cristo e, portanto, da nossa filiação com respeito à Virgem Imaculada, Mãe dos homens e Mãe da Igreja. — Coloquemo-nos hoje sob o seu cuidado maternal e demos graças a Deus por haver-nos concedido, com o seu glorioso e humilde Natal, o dom de ser filhos de uma tão bela e puríssima Mãe.

Fonte: Padre Paulo Ricardo