sexta-feira, 31 de maio de 2019

31 de Maio - Festa da Visitação de Nossa Senhora


Celebramos hoje a festa da Visitação de Nossa Senhora, e o Evangelho que nos é proclamado neste dia contém tanto o hino do Magnificat como as gratulações que Isabel dirige à Virgem Santíssima Entre as inumeráveis pérolas que poderíamos admirar enfeixadas nesta leitura, merece a pena destacar uma, tirada da boca de Santa Isabel e que revela um pouco mais de suas belezas se a contemplarmos na língua em que foi originalmente escrita. Diz Isabel, no v. 45, referindo-se a Nossa Senhora: “Bem-aventurada aquela que acreditou, porque será cumprido o que o Senhor lhe prometeu”; mas os originais gregos apresentam algumas nuances que não pôde preservar a nossa tradução portuguesa. Neles, o que Isabel diz é “μακαρία ἡ πιστεύσασα”, ou seja, “bem-aventurada a que acreditou”. O termo πιστεύσασα corresponde a um particípio presente do aoristo, tempo verbal que, ao contrário do imperfeito e do pretérito perfeito, apresenta uma ação passada em estado puro, sem delimitações de duração ou conclusão. Nesse sentido, Maria não é apenas uma “crente”, que multiplica vários atos de fé, e tampouco alguém que “creu”, de forma pontual e conclusiva, em algum momento passado; Maria é ‘ἡ πιστεύσασα’, ou seja, aquela que, tendo crido, permanece na fé sem diminui-la ou terminá-la; é aquela cuja fé é pura, aquela que aderiu de uma vez para sempre à Palavra que lhe foi revelada e que nela se fez carne: “Fiat mihi secundum verbum suum”. Eis porque Isabel vincula esse aspecto da fé de Maria com a sua condição de bem-aventurada (‘μακαρία’): “Feliz aquela que acreditou”, pois é pela fé, mediante a qual entramos em comunhão com Cristo, que Deus nos dá aquela felicidade que não se perturba com as variações dos tempos e as flutuações da vida, porquanto está muito bem fundada numa Palavra que não conhece variações. Que, a exemplo de Maria Santíssima, possamos oferecer a Deus o nosso ato de fé: a Virgem bendita, crendo, recebeu a alegria de ter em suas entranhas aquele a quem já carregava em seu Coração; nós, crendo, poderemos também levar em nossos corações aquele que quer encarnar-se misticamente em nossas vidas.

Fonte: https://padrepauloricardo.org/episodios/festa-da-visitacao-de-nossa-senhora-mmxix

quinta-feira, 30 de maio de 2019

30 de Maio - Memória de Santa Joana d'Arc


Joana d’Arc nasceu na França no ano de 1412. Tinha 13 anos quando começou a ter experiências místicas, ouvindo as “vozes” de São Miguel, Santa Margarida e Santa Catarina que lhe mandaram salvar a França.

No ano de 1429, Joana partiu com uma expedição com o propósito de salvar a cidade de Orleans, carregando uma bandeira com os nomes de Jesus e de Maria, além de uma imagem do Pai Eterno. Em maio de 1429, ela expulsou os ingleses de Orleans. Após as lutas, a cidade foi recuperada e Joana cumpriu o que lhe foi confiado, seguindo uma carreira cheia de triunfos militares.

Anos mais tarde, ela foi aprisionada pelos ingleses. Esses a fecharam numa jaula de ferro, na cidade de Ruão. Julgada por uma centena de prelados e teólogos que a consideraram mentirosa, exploradora do povo, blasfemadora de Deus, idólatra, invocadora de diabos e herege, eles decidiram queimá-la viva.

Presa em um poste, ela apertava uma cruz sobre o coração, desse modo, invocava o nome de Jesus Cristo e as suas “vozes”. O poste caiu nas chamas, mas mesmo assim, a ouviram gritar seis vezes “Jesus”. Os ingleses lançaram as cinzas dela no rio Sena.

Sem derramar uma só gota de sangue, Santa Joana manteve-se sempre em oração. Com um exército de cinco mil soldados, até então sempre abatidos, a santa estabeleceu uma série de vitórias.

Em 1909 foi beatificada por São Pio X e, no ano de 1920, foi canonizada pelo Papa Bento XV.

Fonte: https://santo.cancaonova.com/santo/santa-joana-darc/

domingo, 26 de maio de 2019

26 de Maio - Memória de São Filipe Néri


São Filipe Néri, deixou-se conduzir e formar pelo Espírito Santo

O “santo da alegria” nasceu em Florença, Itália, no ano de 1515.

Depois de ficar órfão, recebeu um convite de seu tio para que se dedicasse aos negócios. Mas, tendo vida de oração e discernimento, ele percebeu que Deus o chamava a um outro negócio: expressar com a vida a caridade de Cristo.

Néri foi estudar em Roma. Estudou Filosofia e Teologia, deixando-se conduzir e formar pelo Espírito Santo e, mesmo antes de ser padre, visitava os lugares mais pobres de Roma. Formou uma associação para cuidar dos doentes pobres.

São Filipe disse sim para a glória de Deus e iniciou a bela obra do Oratório do Divino Amor, dedicando-se aos jovens e testemunhando sua alegria. Vivia da Divina Providência, indo aos lares dos ricos pedir pelos pobres.

Homem de oração, penitência e adoração, São Filipe Néri partiu para o céu com 80 anos, deixando para nós esse testemunho: renunciar a si mesmo, tomar a cruz a cada dia e seguir Jesus é uma alegria.

São Filipe Néri, rogai por nós!

Fonte: https://santo.cancaonova.com/santo/sao-filipe-neri-homem-de-oracao-penitente-e-adorador/

A aparição de Nossa Senhora em Caravaggio



No princípio do século XV vivia em Caravaggio (diocese de Cremona), lugarejo a 38 km de Milão (Itália), uma jovem muito piedosa, Giannetta Vacchi. Por ser muito devota de Nossa Senhora, jejuava na véspera de suas festas, que ela celebrava com grande fervor; além disso, não deixava passar um só dia sem se recomendar à Mãe de Deus, e, durante o dia, quer estivesse a trabalhar em casa, quer se entregasse aos trabalhos do campo, suspendia o trabalho por breves momentos para elevar sua mente à Virgem bendita. Era, em suma uma daquelas almas virtuosas e simples que tanto agradam ao Senhor.

Casada contra a sua vontade com Francisco Varoli, teve de sofrer duríssimas provações, pois o malvado do marido não só a ofendia com os maiores insultos, mas também chegava a bater-lhe. Contudo, ela suportava injúrias e maus tratos com admirável resignação, recomendando-se a Nossa Senhora com fervor sempre crescente, à medida que aumentavam os tormentos que lhe infligia o desumano marido.

Estava Giannetta para completar o 32º ano de sua tormentosa existência (e ninguém suspeitava que em breve terminariam suas tribulações), quando inesperadamente começa a paciente senhora a desfrutar o conforto da Rainha do Céu.

No dia 26 de maio de 1432, o cruel marido, ou porque naquele dia ainda se deixasse levar mais pela brutal paixão da ira, ou por instigação de maus companheiros, agrediu a mulher mais brutalmente do que em geral o fazia, não se compadecendo dela nem mesmo depois de vê-la ferida; ao contrário, juntando crueldade a crueldade, ordenou-lhe que fosse sozinha cortar o feno, acrescentando à desumana ordem as mais duras ameaças.

Giannetta não se revolta: pega na foice e obedece confiando em Deus, que vê as aflições dos atribulados, e no patrocínio daquela a quem invocamos como o poderoso auxílio dos cristãos.

Chegando ao campo agreste chamado Mazzolengo, distante cerca de uma légua de Caravaggio, na estrada que conduz a Misano, pôs-se a pobrezinha ao trabalho, que durou várias horas, entremeado de frequentes invocações à Virgem Santíssima.

Quando o dia já declinava, olhando Giannetta para o feno ceifado, viu claramente que não tinha a força necessária para levá-lo para casa em uma só caminhada, e, pela distância em que estava, não havia tempo para fazer duas viagens. Desolada e torturada com a lembrança do cruel marido, não sabe o que fazer, por mais que procure imaginar um meio de livrar-se daquele apuro. Volta então os olhos lacrimosos para o céu e exclama:

“Oh, Senhora caríssima, ajudai-me: só de vós espera socorro a vossa pobre serva!…”

Ia continuar a confiante súplica, quando de repente lhe aparece uma senhora de aspecto nobre e venerando, de porte majestoso e belo e gracioso semblante, tendo nos ombros um manto azul, e a cabeça coberta com um véu branco.

“Oh, Senhora minha santíssima”, exclama Giannetta no auge da admiração…

“Sim, eu sou a tua Senhora”, replica Maria, “mas não temas, filha: tuas preces foram, por minha intercessão, ouvidas por meu divino Filho, e já te estão preparados os tesouros do céu. Ajoelha-te, pois, e escuta reverente.”

“Oh, Senhora”, diz a humilde e simples Giannetta (que ou não imaginava ter diante de si a Mãe de Deus, ou então estava obcecada pelo pensamento do demônio que a esperava em casa), “eu não tenho tempo a perder: os meus jumentos estão esperando este feno”.

Mas a Virgem Santíssima, tocando-lhe suavemente nos ombros, fê-la ajoelhar-se e assim lhe falou:

“Ouve atentamente, filha: o mundo, com suas iniquidades, havia excitado a cólera do céu. O meu divino Filho queria punir severamente esses homens iníquos, cobertos de pecados; mas eu intercedi pelos míseros pecadores com insistentes súplicas, e finalmente Deus se aplacou. Vai, portanto, comunicar a todos que, por causa deste assinalado benefício de meu divino Filho, devem jejuar numa sexta-feira a pão e água, e, em minha honra, festejar o sábado desde a véspera; eu reclamo isto como uma prova da gratidão dos homens pela singularíssima graça que para eles obtive. Vai, filha, e manifesta a todos a minha vontade.”

Admiração, amor, compunção enchiam a alma de Giannetta, que, depois de refletir um pouco, exclama: “Senhora, quem acreditará em minhas palavras? … Sou uma pobre e desconhecida criatura…”

E a Virgem bendita replica: “Levanta-te, minha filha, e não temas: refere corajosamente o que te comuniquei e ordenei: eu confirmarei com sinais evidentes as tuas palavras; e este lugar onde agora tu me vês se tornará célebre e famoso para toda cristandade”.

Ditas estas palavras, abençoa Giannetta com o sinal da cruz e desaparece, deixando no solo os vestígios de seus beatíssimos pés.

Imagine quem puder como ficou Giannetta a tal espetáculo (visto que já compreendido então que era Nossa Senhora quem lhe falava): extática, fora de si, levanta os olhos como que para acompanhar a Virgem Maria; e, prostrando-se em terra, beija e torna a beijar as santas pegadas. Depois afasta-se contra a vontade daquele santo lugar e corre, voa para sua aldeia, e pelos caminhos por onde passa vai narrando a quem encontra tudo o que tinha visto e ouvido. Todos creem em suas palavras, cumprindo-se assim a profecia da Santíssima Virgem, e correm, guiados por Giannetta, ao bem-aventurado lugar, admirando as santas pegadas impressas no solo verdejante, bem como a fonte que ali brotara milagrosamente.

Todos empenhavam-se em louvar e agradecer a bondade divina, maravilhando-se sempre mais. Sua gratidão crescia quando viam as curas operadas por meio da água da fonte milagrosa, ou as graças e prodígios alcançadas de outra maneira, que se multiplicavam dia a dia. Como é natural, a fama de tantos prodígios voou com a rapidez do raio até as cidades vizinhas, e mesmo até as regiões mais longínquas, de modo que foi tal a afluência de pessoas que iam a Mazzolengo, para contemplar os santos vestígios dos pés de Maria, admirar a fonte sagrada e beber da água prodigiosa, que foi necessário construir uma comissão que regulasse o acesso dos peregrinos. Mais tarde, divulgada por toda a Europa a notícia do milagroso acontecimento e das contínuas curas prodigiosas e outras graças concedidas por Maria no local da aparição, começaram a chover as ofertas, de modo que a autoridade diocesana constituiu uma comissão cuja incumbência era recolher donativos e aplicá-los na construção de uma igreja no lugar em que tinha aparecido Nossa Senhora.

Uma pessoa, de nome Graziano, não acreditando nos relatos envolvendo o milagre da fonte, jogou com descaso um galho de árvore seco dentro dela; qual não foi a surpresa, imediatamente ele ganhou vida e floresceu. Inclusive esse pequeno arbusto está presente na imagem de Nossa Senhora de Caravaggio.

Imagem de Nossa Senhora junto do arbusto que floresceu milagrosamente no local da aparição em Caravaggio

A primeira pedra da igreja foi lançada pelo vigário de Caravaggio em 31 de julho do mesmo ano da aparição (1432), mas só foi acabada e consagrada dezenove anos depois.

Transcorrido um século, a igreja ameaçava ruir, pelo que foi preciso ser escorada. Depois, tornando-se pequena para o sempre crescente número de peregrinos, foi ampliada por iniciativa de São Carlos Borromeu. Posteriormente, ameaçando novamente ruir, foi preciso demoli-la.

Foi então que o célebre arquiteto Pellegrini construiu o majestoso Santuário, que é hoje uma das mais fúlgidas glórias da fé do povo italiano, como da arte que se inspira na religião.

Resultado de imagem para santuário de caravaggio italia
Santuário de Nossa Senhora de Caravaggio

Eis, pois mais um título dado à Mãe de Deus – Nossa Senhora de Caravaggio -, por causa de sua aparição em Caravaggio (Itália) a Giannetta Vacchi.

Fonte: http://www.a12.com/academia/titulos-de-nossa-senhora/nossa-senhora-de-caravaggio e http://www.derradeirasgracas.com/4.%20Apari%C3%A7%C3%B5es%20de%20N%20Senhora/Nossa%20Senhora%20de%20Caravaggio.htm

sexta-feira, 24 de maio de 2019

24 de Maio - Memória de Nossa Senhora Auxiliadora


“No céu, ficaremos gratamente surpreendidos ao conhecer tudo o que Maria Auxiliadora fez por nós na terra”, disse São João Bosco, grande propagador do amor a esta devoção mariana que se faz presente na Igreja e nas famílias cristãs nos momentos difíceis desde os tempos antigos.

Os cristãos dos primeiros séculos chamavam Virgem Maria com o nome de Auxiliadora. Tanto que os dois títulos lidos nos monumentos antigos do oriente são: Mãe de Deus (Theotokos) e Auxiliadora (Boetéia).

Santos como São João Crisóstomo, São Sabas e São Sofrônio a nomeavam também com esta advocação, sendo São João Damasceno o primeiro a propagar a jaculatória: “Maria Auxiliadora, rogai por nós”.

“Ó Maria, és poderosa Auxiliadora dos pobres, valente Auxiliadora contra os inimigos da fé. Auxiliadora dos exércitos para que defendam a pátria. Auxiliadora dos governantes para que nos alcancem o bem-estar. Auxiliadora do povo humilde que necessita de tua ajuda”, proclamou tempos depois São Germano.

No século XVI, o Papa São Pio V, grande devoto da Mãe de Deus, após a vitória do exército cristão sobre os muçulmanos na batalha de Lepanto, ordenou que fosse invocada Maria Auxiliadora nas ladainhas.

Na época de Napoleão, o Papa Pio VII estava preso por este imperador e o Pontífice prometeu que, se ficasse livre, decretaria uma nova festa mariana na Igreja. Napoleão caiu, o Santo Padre retornou triunfalmente a sua sede pontifícia em 24 de maio de 1814 e decretou que todos os dias 24 desse mês seria realizada em Roma a Festa de Maria Auxiliadora.

No ano seguinte, nasceu São João Bosco, a quem a Virgem apareceu em sonhos pedindo que lhe construísse um templo com o título de Auxiliadora. Foi assim que o santo iniciou dois monumentos: o físico que é a Basílica de Maria Auxiliadora de Turin e o “vivo” formado pelas Filhas de Maria Auxiliadora.

São João Bosco assegurava a seis jovens que ele e muitos fiéis obtinham grandes favores do céu com a novena de Nossa Senhora Auxiliadora e a jaculatória dada por São João Damasceno.

“Confiai tudo a Jesus eucarístico e a Maria Auxiliadora e vereis o que são milagres”, afirmava São João Bosco.

Fonte: https://www.acidigital.com/noticias/hoje-e-celebrada-nossa-senhora-auxiliadora-que-nos-sustenta-em-tempos-dificeis-90731

quarta-feira, 22 de maio de 2019

22 de Maio - Memória de Santa Rita de Cássia


Santa Rita de Cássia, cuja memória a Igreja hoje celebra, é popularmente conhecida como a santa das causas impossíveis. A sua particular intercessão junto de Deus nos indica um fato que nunca é demais lembrar: o Senhor se compraz em escutar e atender aqueles que, nesta vida, mais o amaram. Não é por outra razão que a Virgem Santíssima é também chamada “a onipotência suplicante”. De fato, a caridade que Maria teve foi tão intensa e elevada que os seus pedidos “dobram”, por assim dizer, a vontade amorosíssima daquele que se dignou ser Filho seu. Por isso, podemos dizer que Deus dá preferência às súplicas dos santos que mais o amaram, de sorte que o poder e a eficácia de um intercessor é um indicativo seguro da grande caridade que o Espírito Santo nele acendeu. Santa Rita de Cássia é, pois, um desses santos que muito amaram, e ela amou a Deus em vários estados de vida: como virgem, em seu desejo de consagrar-se a Jesus Cristo; como esposa fiel e paciente, maltratada por um marido convertido por suas preces pouco antes de morrer; como mãe zelosa pela conversão dos filhos; como viúva e, enfim, como religiosaagostiniana, dedicada inteiramente ao serviço de Deus. Em todas as condições em que uma mulher de sua época poderia encontrar-se, Rita amou tanto a Cristo que recebeu dele a graça de provar o seu amor associando-se às dores de sua Paixão. E agora, exaltada no céu entre os anjos e santos do Paraíso, ela pode interceder continuamente a nosso favor e alcançar do Coração de Cristo aquelas graças que nós, pela nossa falta de amor, não poderíamos alcançar sozinhos. Que Santa Rita de Cássia interceda por nós e conceda-nos poder imitar a partir de hoje o seu exemplo de caridade e entrega a Cristo.

Fonte: https://padrepauloricardo.org/episodios/memoria-de-santa-rita-de-cassia-mmxviii

segunda-feira, 13 de maio de 2019

Primeira aparição de Nossa Senhora em Fátima - 13 de Maio de 1917



Quando Nossa Senhora apareceu pela primeira vez em Fátima, no dia 13 de maio de 1917, Lúcia acabara de completar 10 anos; Francisco estava para completar 9; e Jacinta, a menor, tinha pouco mais de 7 anos.
Os Três Pastorinhos, Jacinta, Francisco e Lúcia, respectivamente

As aparições de Nossa Senhora se deram habitualmente na Cova da Iria, numa propriedade do pai de Lúcia, situada a 2,5Km de Fátima. A mãe de Deus aparecia por volta do meio-dia, sobre uma azinheira de pouco mais de um metro de altura.

Por algum misterioso desígnio de Deus, as três crianças foram privilegiadas, mas desigualmente: as três viam Nossa Senhora, mas Francisco não A ouvia; Jacinta A via e ouvia, mas não lhe falava; Lúcia via e ouvia a Santíssima Virgem, e também falava com ela.

Os pastorinhos estavam, naquele dia 13, brincando de construir uma casinha de pedras em redor de uma moita quando, de repente, brilhou uma luz muito intensa.

Num primeiro momento pensaram que tinha sido um relâmpago, mas pouco depois avistaram, sobre uma azinheira, "uma Senhora, vestida toda de branco, mais brilhante que o Sol, espargindo luz mais clara e intensa que um copo de cristal cheio de água cristalina, atravessado pelos raios do Sol mais ardente".

As crianças, surpreendidas, pararam bem perto da Senhora, dentro da luz que a envolvia. Nossa Senhora então deu início a seguinte conversação com Lúcia:

- Não tenhais medo. Eu não vos faço mal.


- De onde é Vossemecê?

- Sou do Céu.

- E que é que Vossemecê quer?

- Vim para vos pedir que venhais aqui seis meses seguidos, no dia 13, a esta mesma hora. Depois vos direi quem sou e o que quero. Depois, voltarei ainda aqui uma sétima vez.

- E eu vou para o Céu?

- Sim, vais.

- E a Jacinta?

- Também.


- E o Francisco?

- Também; mas tem que rezar muitos Terços. Lucia lembrou-se então de perguntar por duas jovens suas amigas que haviam falecido pouco tempo antes:

- A Maria das Neves já está no Céu?

- Sim, está.
- E a Amélia?

- Estará no Purgatório até o fim do mundo.

Nossa Senhora fez então um convite explícito aos pastorinhos:

- Quereis oferecer-vos a Deus para suportar todos os sofrimentos que Ele quiser enviar-vos, em ato de reparação pelos pecados com que Ele é ofendido, e de súplica pela conversão dos pecadores?


- Sim, queremos.

- Ide, pois, ter muito que sofrer, mas a graça de Deus será o vosso conforto.

Nossa Senhora ainda acrescentou: "Rezem o Terço todos os dias, para alcançarem a paz para o mundo e o fim da guerra". Depois, começou a Se elevar majestosamente pelos ares na direção do nascente, até que desapareceu.

Fonte: http://www.fatima.org.br/mensagemdefatima/aparicoes/primeira_aparicao.asp

13 de Maio - Memória de Nossa Senhora de Fátima


É com grande alegria que celebramos hoje a memória de Nossa Senhora do Rosário de Fátima, em recordação das aparições da Virgem Santíssima aos três pastorinhos na cova da Iria, em 1917. Além de extraordinária por si só, a mensagem de Fátima se harmoniza perfeitamente com um dos Evangelhos que hoje se podem proclamar: o do Bom Pastor. Que pastor é bom, diz Cristo, Senhor nosso, senão aquele que dá a vida por suas ovelhas? E a quem Jesus quis dar a conhecer sua própria Mãe, trazendo oportunos conselhos, senão a três pequenos pastores, para que, pelo exemplo deles, aprendêssemos todos que podemos, em qualquer condição de vida em que nos achemos, participar do seu próprio pastoreio e da eficácia da sua entrega? Os três pastorinhos de Fátima, com efeito, mostraram com seus sacrifícios, com a sua resposta afirmativa à pergunta da Virgem: “Quereis entregar-vos a Deus?”, que, fossem embora crianças de corpo, eram grandes e verdadeiros pastores em alma. Com jejuns, mortificações e orações — três armas que cristão nenhum pode afirmar não ter à disposição —, deram eles, num sentido muito literal, a própria vida pela conversão dos pecadores, ovelhas tresmalhadas que erram longe do redil de Cristo e que este tanto deseja reconduzir ao seu rebanho. Este amor heróico e este espírito verdadeiramente pastoril se vê, talvez com maior clareza, no exemplo de Santa Jacinta Marto, que aceitou a proposta de Nossa Senhora de permanecer ainda um tempo mais neste mundo, sofrendo dores que muitos varões crescidos não suportariam e com uma paciência superior à de muitas mães de família, a fim de conseguir a salvação de ainda mais pecadores. Com estes exemplos diante dos olhos, deve crescer em nós a fé e a esperança de que, por maiores que sejam as catástrofes que se abatem sobre o mundo — e não são poucas as dos nossos tempos —, temos ao alcance da mão o remédio para o pior mal que pode abater-se sobre as almas: a condenação eterna. Unindo hoje o nosso sim ao sim que deram os três pastorinhos à pergunta da Virgem, tomemos muito a sério o nosso dever de reparar, com boas obras, as ofensas cometidas contra Deus e associar, com mortificações voluntárias, os nossos pobres sofrimentos à eficácia poderosíssima da Paixão de Cristo, que com três horas de dor redimiu toda a história humana. E para que estas reflexões não se murchem depois de nos aquecerem o coração, acrescentemos-lhe algum propósito firme de introduzir em nossa rotina alguma mortificação ou prática de piedade: um ou dois dias de jejum por semana, rezar o Rosário de joelhos, renunciar ao uso excessivo de mídias sociais, limitando-o aos finais de semana, fazer uma visita diária ao Santíssimo Sacramento, em reparação das profanações com que tantos o ofendem, pensando poder feri-lo,  etc., etc.

Na Igreja, para ser pastor não é necessário receber nenhum encargo ou nomeação especial: todo fiel, por sua própria vocação batismal, está chamado a tomar parte no pastoreio de Cristo, na medida em que todos podemos unir nossos sofrimentos à sua Paixão. Eis o núcleo da mensagem de Fátima.

Fonte: https://padrepauloricardo.org/episodios/memoria-de-nossa-senhora-de-fatima-mmxix

segunda-feira, 6 de maio de 2019

6 de Maio - Memória de São Domingos Sávio



São Domingos Sávio nasceu em 2 de abril de 1842, no vilarejo chamado Riva, pertencente a Castelnuovo d'Asti, na Itália. Era um dos três filhos de Carlos Sávio, ferreiro, e Brígida Agagliate, costureira. Uma família simples, mas rica na fé. São Domingos Sávio foi aluno de um mestre muito especial: São João Bosco. Sabe-se hoje que, toda a sua vida, tão curta e intensa, foi uma grande e linda busca pela santidade.

A maturidade precoce de São Domingos Sávio

Domingos Sávio foi um jovem cheio de grande sensibilidade, São João Bosco disse em citação que ele era “de boa índole e muito piedoso”. Ele teve uma vida curta, mas sempre traçada em direção à santidade que muitos idosos não conseguiram. Isso foi obra do Espírito de Deus. Pode-se dizer também que foi fruto da maravilhosa 
pedagogia criada por São João Bosco.

Suas atitudes e devoção chamava a atenção de todos. Ainda quando criança ia à igreja para rezar. Se o templo estivesse fechado, ele simplesmente se ajoelhava de frente a porta e ficava ali em oração até abrirem a igreja. Ele permanecia assim, na neve ou na chuva, no frio ou no calor.

Primeira comunhão

A infância de Domingos Sávio teve uma grande marca: a Primeira Eucaristia. Naquele tempo, ela era feita somente aos doze anos. Mas o pequeno Domingos, a recebeu aos sete anos, cheio de fervor se distinguiu pelo cumprimento de um lema de vida criado por ele mesmo: “Antes morrer que pecar”. Percebia-se facilmente o amadurecimento espiritual do pequeno Domingos nos propósitos por ele mesmo estabelecido quando fez a Primeira Comunhão. Nessa ocasião, ele escreveu seus propósitos conservados até hoje. Veja os escritos de Domingos Sávio:

1) Confessar frequentemente e receber a Eucaristia quando o confessor permitir;

2) Santificar os dias de festa;

3) Serei amigo de Jesus e de Maria;

4) Prefiro morrer que pecar”.

Esses propósitos revelam maturidade na vida espiritual e mostram que, para Deus, a idade é um fator relativo quando se trata amor a Deus e vida virtuosa.

Imitação de Cristo

São Domingos Sávio ficava longe dos meninos bagunceiros e só fazia amizade com os de boa índole. Certo dia, alguns colegas de classe encheram com pedras a estufa da sala de aula. Este ato era considerado uma falta grave e sua punição era a expulsar o aluno desobediente. E os colegas acusaram Domingos de ter colocado as pedras. O mestre, que era um padre, mesmo percebendo que domingos não tinha feito aquilo, não tinha escolha diante das “provas” que os colegas forjaram.

O Padre, então, ordenou que ele se ajoelhasse diante de todos os colegas e deu-lhe uma bronca severa. Domingos só não foi expulso da escola porque aquela era a primeira falha que ele cometera. São Domingos Sávio permaneceu com a cabeça baixa diante da classe não abriu a boca. Apenas um dia depois, a verdade veio à tona.

O padre procurou Domingos e perguntou por que ele se calara diante de uma falsa acusação sem se defender. Domingos disse ao padre que precisava imitar o Senhor Jesus. O padre pediu para Domingos explicar melhor. Domingos disse Jesus também tinha sido acusado sem ter culpa e ficou em silêncio, assumindo uma culpa que não era dele.

Domingos ainda disse que se falasse em sua defesa os outros alunos poderiam ser expulsos e ele não queria o mal para seus colegas. O Padre ficou impressionado e fez uma retratação formal de Domingos diante de toda a classe.

O encontro de São Domingo Sávio com Dom Bosco

Aos doze anos de idade São Domingos Sávio se encontrou com São João Bosco e passou a fazer os estudos secundários, como eram chamados na época. Domingos era inteligente, sempre com boas notas. E ele nunca deixou de lado sua meta de alcançar a santidade. Por isso, ele reza e empenha-se nos estudos.

Tocado pelo carisma de São João Bosco, e pelo grande ideal que se resumia na expressão “Dai-me almas”, Domingos quis, mais do que nunca, salvar mais e mais pessoas. Por isso, ele fundou a Companhia da Imaculada Conceição. Dessa entidade simples saíram os melhores ajudantes de São João Bosco

Ele não pensava só em si. Várias vezes disse a Dom Bosco: “Quantas almas esperam nosso auxílio na Inglaterra! Oh! Se eu tivesse forças e virtude, quisera ir agora mesmo, e com sermões e bom exemplo, convertê-las todas, a Deus”.

Dons extraordinários de São Domingo Sávio

São Domingos Sávio  tornou-se conhecido como uma pessoa com dons espirituais especiais e que reconhecia a necessidade das pessoas, bem além do percebido pelo padre comum, e tinha uma habilidade de profetizar.

Devoção a São Domingo Sávio

Tomado pela tuberculose aos quinze anos, voltou à casa dos pais, onde morreu serenamente com a alegria de ir ao encontro do Senhor, exclamando aos pais: “Adeus queridos pais. Estou tendo uma visão linda! Que lindo!”

Domingos Sávio foi beatificado em 1950 e canonizado em 12 de junho de 1954 pelo Papa Pio XII. 


quarta-feira, 1 de maio de 2019

1° de Maio - Memória de São José Operário


A Igreja celebra hoje a memória de São José Operário, festa instituída em 1955 pelo venerável Papa Pio XII, como forma de batizar, sob o patrocínio do santo carpinteiro, o feriado do dia do trabalho. Além de dar conteúdo católico a uma data de inspiração originalmente comunista, a Santa Madre Igreja nos quer recordar com esta celebração que o trabalho humano, ordinário e cotidiano é um caminho de santificação pessoal à disposição de todos os fiéis que, qual fermento no meio da massa, desenvolvem sua vida cristã no meio do mundo. O valor ascético e espiritual que tem o trabalho pode ser mais bem compreendido, se levarmos em conta que o próprio Filho de Deus, após se encarnar em Maria Virgem, quis passar os primeiros trinta anos de sua vida, oculto e alheio a toda publicidade, dedicado ao humilde ofício de carpinteiro. Foi de São José, que para dar sustento à Sagrada Família desempenhava o papel de artesão na pequenina e pobre Nazaré, que Nosso Senhor Jesus Cristo aprendeu a manejar o martelo e o serrote, a construir mesas, portas e batentes, e a consagrar a Deus — numa palavra — o suor santo com que assistia o humilde artífice a quem chamava docemente de pai. E se tal é o valor do trabalho, não há como duvidar que São José se santificou dia após dia, pelo grande amor a Cristo e à Virgem Santíssima que o levava a despender suas melhores energias, a fim de dar uma vida digna, modesta embora, a estes dois penhores que lhe confiara a divina Providência. Que possamos aprender de São José a fazer do nosso trabalho diário um ato contínuo de amor e serviço a Deus, um amor motivado pela fé de quem não tem medo de receber em sua vida a Jesus e Maria, assim como todos os cansaços que vale a pena suportar por eles. — Fazei, ó glorioso São José, que levemos uma vida sem mancha, e que ela esteja sempre segura sob o vosso poderoso patrocínio. Amém.


Fonte: https://padrepauloricardo.org/episodios/memoria-de-sao-jose-operario

Maio, mês de Maria


Durante vários séculos a Igreja Católica dedicou todo o mês de maio para honrar a Virgem Maria, Mãe de Deus. A seguir, explicamos o porquê.


A tradição surgiu na antiga Grécia. O mês de maio era dedicado a Artemisa, deusa da fecundidade. Algo semelhante ocorreu na antiga Roma, pois maio era dedicado a Flora, deusa da vegetação. Naquela época, celebravam os ‘ludi florals’ (jogos florais) no fim do mês de abril e pediam sua intercessão.

Na época medieval abundaram costumes similares, tudo centrado na chegada do bom clima e o afastamento do inverno. O dia 1º de maio era considerado como o apogeu da primavera.

Durante este período, antes do século XII, entrou em vigor a tradição de Tricesimum ou “A devoção de trinta dias à Maria”. Estas celebrações aconteciam do dia 15 de agosto a 14 de setembro e ainda são comemoradas em alguns lugares.

A ideia de um mês dedicado especificamente a Maria remonta aos tempos barrocos – século XVII. Apesar de nem sempre ter sido celebrado em maio, o mês de Maria incluía trinta exercícios espirituais diários em homenagem à Mãe de Deus.

Foi nesta época que o mês de maio e de Maria combinaram, fazendo com que esta celebração conte com devoções especiais organizadas cada dia durante todo o mês. Este costume durou, sobretudo, durante o século XIX e é praticado até hoje.

As formas nas quais Maria é honrada em maio são tão variadas como as pessoas que a honram.

As paróquias costumam rezar no mês de maio uma oração diária do Terço e muitas preparam um altar especial com um quadro ou uma imagem de Maria. Além disso, trata-se de uma grande tradição a coroação de Nossa Senhora, um costume conhecido como Coroação de Maio.

Normalmente, a coroa é feita de lindas flores que representam a beleza e a virtude de Maria e também lembra que os fiéis devem se esforçar para imitar suas virtudes. Em algumas regiões, esta coroação acontece em uma grande celebração e, em geral, fora da Missa.

Entretanto, os altares e coroações neste mês não são apenas atividades “da paróquia”. Mas, o mesmo pode e deve ser feito nos lares, com o objetivo de participar mais plenamente na vida da Igreja.

Deve-se separar um lugar especial para Maria, não por ser uma tradição comemorada há muitos anos na Igreja ou pelas graças especiais que se pode alcançar, mas porque Maria é nossa Mãe, mãe de todo o mundo e porque se preocupa com todos nós, intercedendo inclusive nos assuntos menores.

Por isso, merece um mês inteiro para homenageá-la.

Fonte: https://www.acidigital.com/noticias/por-que-maio-e-o-mes-de-maria-24349