segunda-feira, 31 de maio de 2021

75 anos da consagração do Brasil ao Imaculado Coração de Maria

75 anos da consagração do Brasil ao Coração Imaculado de Maria. Que, neste fim do mês mariano, possamos ter sempre o Coração da Santíssima Virgem como refúgio e caminho até o Coração de Cristo!

Festa da Visitação de Nossa Senhora


Celebramos hoje a festa da visitação de Nossa Senhora. Depois de receber o anúncio do anjo Gabriel, a Virgem SS. partiu apressadamente para as montanhas da Judéia a fim de assistir sua parenta Isabel, que, já no sexto mês de gravidez, estava para dar à luz S. João Batista. Ao meditarmos esse mistério, um dos quinze do Rosário, podemos neste ano de S. José recordar a presença do santo Patriarca. S. José e a Virgem Maria já estavam casados. Ainda não coabitavam, mas havia entre eles um verdadeiro matrimônio por estarem desposados. A Virgem Maria decide ir à Judéia. Ora, que esposo não iria acompanhar a mulher numa viagem que, de resto, era perigosa e cansativa, para ajudá-la em qualquer necessidade? É bastante lógico e natural imaginar S. José em viagem com Maria até as montanhas da Judéia. No caminho, José provavelmente ainda não sabia que ela estava grávida do Filho de Deus pelo poder Espírito Santo. Mas o segredo em breve seria desvendado. Por quê? Porque, quando Maria chegou à casa de Isabel e a saudou, a criança que estava no ventre da parenta pulou de alegria, e Isabel, cheia do Espírito Santo, reconheceu que Maria trazia dentro de si, como a verdadeira Arca da Aliança, ao próprio Deus encarnado: Unde hoc mihi?, “De onde me vem que a Mãe do meu Senhor me venha visitar?” Isabel exclama aqui como Davi exclamou outrora diante da Arca da Aliança, e assim como o rei sentiu-se indigno de que a Arca da Aliança o viesse visitar em casa, Isabel também se sentiu indigna da presença de Maria. Então disse a parenta: “Bem-aventurada aquela que teve fé, aquela que creu”. Bem-aventurada é Maria porque ela é πιστεύσασα! Foi pela fé dela que Deus se encarnou e veio ao nosso meio. São mistérios maravilhosos! Neste ano de S. José, podemos colocar-nos no lugar do santo Patriarca, que é pego de surpresa com a notícia tremenda: sua esposa está grávida do Filho de Deus altíssimo! Daí a perplexidade dele. Muita gente não sabe interpretar as SS. Escrituras quando vê o drama de José, e pensa como se ele estivesse indeciso entre abandonar ou não a Virgem Maria; mas, diante da cena da visitação, a solução é evidente. Com efeito, se Isabel percebeu logo que Maria estava grávida do Filho de Deus — “Que a Mãe do meu Senhor venha me visitar” —, é manifesto que S. José desde o primeiro momento entendeu perfeitamente que Maria era a Virgem anunciada pelo profeta Isaías: “Eis que uma virgem conceberá e dará à luz um filho”. Todo o povo de Israel aguardava um Messias nascido da virgem. S. José vê-se casado com uma virgem e, de repente, fica sabendo por boca de Isabel, movida pelo Espírito Santo, que Maria está grávida do próprio Filho de Deus! É evidente que S. José, sendo um grande santo, era também imensamente humilde. Ora, quem de nós, se fosse humilde como ele, se arrogaria o direito de ser chamado pai do Filho de Deus? É uma loucura, é um absurdo! É evidente que S. José sentiu-se apequenado diante daquele abismo de mistério, diante da maravilha das maravilhas. Ora, sendo ele justo, ou seja, sendo ele um santo de pelo menos Sétima Morada, sentiu-se como Moisés diante da sarça ardente e ficou com medo de ser consumido pela presença divina. Não quis arrogar-se aquele título, como se dissesse: “Eu não pertenço a esse mistério”. Foi o que o humilde S. José pensou, então começou a articular dentro do coração uma forma de “escapar” desse mistério profundo, desse mistério divino, desse abismo de grandeza. “A minha esposa agora é a Mãe de Deus feito homem”! Ele então começou a pensar como abandoná-la secretamente, não para cometer uma injustiça nem porque estivesse suspeitando da honestidade da Virgem SS., mas porque o humilde quer esconder-se, quer ser esquecido. Certamente, se José pensou em escapar, é porque estava decidido a passar o resto da vida admirando Maria de longe, fazendo penitência e louvando a Deus pelo mistério do Salvador que veio ao mundo; mas os desígnios de Deus, que são insondáveis, permitiram que S. José permanecesse algum tempo em agonia. Nós não sabemos, é verdade, quanto tempo durou ela. Maria ficou cerca de três meses com Isabel. Se S. José padeceu todo esse tempo, foram decerto meses intermináveis, até que Deus, vendo que o seu servidor e amigo já sofrera o bastante por amor, enviou um anjo para lhe dizer: “José, não tenhas medo de receber Maria por tua esposa”. Ao meditarmos neste ano de São José o mistério da visitação de Nossa Senhora à sua prima Isabel, olhamos para as maravilhas de Deus e aprendemos de S. José a humildade; da Virgem Maria, a disponibilidade do amor; de Isabel, o reconhecimento, no Espírito Santo, da presença de Deus. Aprendemos tantas coisas! Que S. José, a Virgem Maria, S. Isabel e S. João Batista intercedam por nós junto a Jesus para vivermos sempre as virtudes e os mistérios da grande visitação do Senhor.

Fonte: Padre Paulo Ricardo

domingo, 30 de maio de 2021

Solenidade da Santíssima Trindade


Celebramos hoje o Deus Uno e Trino. A Trindade Divina é o mistério principal da Fé, e trata da natureza do próprio Deus, que é único em três pessoas distintas, o Pai, o Filho e o Espírito Santo! Santíssima Trindade, que sois um só Deus, tende piedade de nós!

quarta-feira, 26 de maio de 2021

A aparição de Nossa Senhora em Caravaggio


Caravaggio, Norte da Itália, 26 de Maio de 1432. Já vai caindo a tarde quando Nossa Senhora aparece para uma camponesa de 32 anos chamada Giannetta, casada com o ex-soldado Francesco Varoli, um homem rude e violento, que, vergonhosamente, a agredia.

Maria Santíssima pediu que Giannetta não tivesse medo e se ajoelhasse para receber uma mensagem muito importante:

“Consegui adiar para o povo cristão os merecidos e iminentes castigos da Justiça Divina e venho anunciar a paz”.

Naquele tempo, de fato, a Itália passava por um dos seus vários períodos de guerras entre as regiões, que eram independentes umas das outras e ainda estavam longe de constituir a nação politicamente unificada que é a Itália contemporânea. Os venezianos, aliás, tinham acabado de conquistar a cidade de Caravaggio, tirando-a do controle dos milaneses.

Nossa Senhora, em sua mensagem transmitida a Giannetta, pediu que o povo fizesse penitência, jejuasse às sextas-feiras e rezasse em ação de graças no sábado à tarde, nas igrejas.

Como sinal das bênçãos que seriam concedidas, brotou no local das aparições uma fonte, que, aliás, é a razão do nome do santuário que posteriormente viria a ser ali construído: Santa Maria da Fonte.

Giannetta conseguiu ser recebida pelo duque de Milão, Filippo Maria Visconti, e pelo mestre de Caravaggio, Marco Secco, para exortá-los a assinar um tratado de paz.

Além da paz obtida, outro sinal da ação divina por intermédio de Nossa Senhora de Caravaggio foi a própria água da fonte, que curava doentes.

A construção do atual santuário, autorizada por São Carlos Borromeu, começou em 1575 sob a direção de Pellegrino Tibaldi e só terminou no século XVIII. Hoje basílica, o Santuário é bastante visitado por peregrinos devotos de Maria sob a denominação Nossa Senhora de Caravaggio.

A cidade fica na província italiana de Bérgamo.

(Aparição aprovada pela Igreja)

Fonte: Facebook Valdemar Oportet Ilum Regnare

segunda-feira, 24 de maio de 2021

Memória de Santa Maria, Mãe da Igreja

Com grande alegria, hoje, segunda-feira depois de Pentecostes, nós celebramos a memória da Bem-aventurada Virgem Maria, Mãe da Igreja. Neste ano, por coincidência, também por ser 24 de maio, é o dia de Nossa Senhora, Auxílio dos Cristãos, Nossa Senhora Auxiliadora, a Virgem de Dom Bosco. Então, vamos meditar sobre a Virgem Maria enquanto Mãe da Igreja e Auxiliadora dos Cristãos. 

No dia de Pentecostes, nós celebramos o nascimento da Igreja, Corpo Místico de Cristo. Quando as graças da Cabeça, que é Cristo, começam a transbordar e ser derramadas nos outros membros do corpo, nós vemos que realmente a Igreja inicia a sua vida plena. Porque a Igreja nada mais é do que o Corpo de Cristo. Então, o Espírito Santo derramado sobre os membros de Cristo faz com que nós sejamos membros do próprio Cristo, que significa “ungido”, Aquele que tem o Espírito Santo de amor.

Assim, é fundamental que, nesta solenidade de Pentecostes, nós tenhamos esta clareza de que a Igreja inicia novos tempos. Antes era como se a Igreja estivesse em estágio embrionário. Os Apóstolos já haviam sido chamados, já tinham recebido a graça de alguma forma. Jesus já lhes tinha dado a Comunhão, já lhes tinha mostrado todo o seu amor. Mas ainda faltava alguma coisa, e o dom do Espírito Santo vem para completar essa união do Corpo Místico de Cristo, de tal forma que os membros começam a agir como a Cabeça. Essa é a maravilha da ação do Espírito Santo.

E se nós somos membros do Corpo de Cristo, como fica o nosso relacionamento com a Virgem Maria? Nosso relacionamento com a Virgem Maria, evidentemente, é o mesmo que ela possui com a Cabeça, que é Cristo. São Luís Maria Grignion de Montfort nos recorda que seria uma anormalidade, uma monstruosidade, que uma mulher desse à luz a cabeça de uma criança, mas não desse à luz o resto do corpo. Então, é evidente que, sendo a Virgem Maria Mãe de Deus, ou seja, Mãe de Deus que se fez homem, ela também é mãe dos outros membros da Igreja.

Na Missa de hoje, de Maria, Mãe da Igreja, lê-se o Evangelho em que Jesus aos pés da Cruz dá sua mãe ao discípulo amado (cf. Jo 19, 25-34). Neste momento aconteceu algo grandioso e misterioso. Mas esse ato de doação feito por Jesus no Calvário torna-se pleno exatamente no cenáculo, em Pentecostes. Por quê? Porque, de fato, São João, os outros Apóstolos e nós todos só nos tornamos plenamente filhos de Maria quando nos tornamos plenamente membros do Corpo de Cristo. É muito mais profundo do que um ato de doação. Pode parecer que, na Cruz, o ato de entrega do discípulo amado a Maria soe como uma coisa simplesmente jurídica: “Como Ele ia morrer e não tinha para quem entregar a própria mãe, então colocou-a sob a tutela do discípulo amado”. Mas foi algo muito mais profundo, indicando que nós e Jesus somos um. Jesus manifestou, na Última Ceia, o desejo de que fôssemos um com Ele, como Ele e o Pai estão unidos. E essa união se dá através do Espírito Santo.

A partir disso, podemos imaginar como é o relacionamento da Virgem Maria com a Igreja. Alguém duvida do amor imenso de total entrega e devoção da Virgem Maria para com Jesus? Alguém duvida do que Maria, a Virgem Santíssima, seria capaz de fazer e de sacrificar pelo seu Filho? Pois bem, ela olha para nós, Igreja, e vê o seu Filho Jesus. O que Deus ama em nós é Jesus. O que Maria ama em nós é Jesus, pois ela verdadeiramente olha para nós e vê o seu Filho. Nós podemos saber com certeza absoluta que a Virgem Santíssima olha para nós como para o seu Filho muito amado, por quem ela faria de tudo. E não deixa de ser uma grande consolação que, nas batalhas da vida, nós tenhamos essa Mãe bendita, capaz de sacrificar tudo por nós, capaz de tudo fazer pela Santa Igreja de Deus, sobretudo nestes tempos de tribulação pelos quais passamos.

Muita gente fica escandalizada ao ver que a Igreja está passando por uma crise medonha. Como é possível que haja tantos escândalos? Como é possível tanta apostasia e falta de fé exatamente por parte daqueles de quem a gente mais esperaria a fé? Como é possível que exatamente quem deveria guardar e tutelar os bens espirituais da fé, dos sacramentos, sejam os primeiros a vilipendiar os tesouros da graça?

Ora, é preciso lembrar que Jesus Cristo é o Senhor da Igreja. E compreender tudo o que está ocorrendo a partir da metáfora de uma mãe querida que leva o seu filho ao médico para fazer uma intervenção cirúrgica e salvar a criança. Essa mãe não quer que o seu filho seja cortado pelo bisturi, essa mãe não quer que o seu filho derrame sangue e sofra, mas ela quer a saúde dele. E se é necessário, para a saúde da criança, passar pela dor de uma intervenção cirúrgica, a mãe vai estar ali ao lado, auxiliando e ajudando. Assim também a Igreja, nestes tempos turbulentos, está passando por uma dolorosa “intervenção cirúrgica”.

Deus, que é o Senhor da Igreja, está permitindo que a sua santa Esposa passe por isso. Jesus, Cabeça da Igreja, está permitindo que os membros do seu corpo sofram uma purificação. Pois muitas pessoas que nós pensávamos que faziam parte da Igreja agora estão deixando cair as suas máscaras, e nós estamos vendo que elas não têm fé e não são membros da Igreja. Muita gente que ia à Igreja simplesmente por inércia, por exemplo, nestes tempos de pandemia, abandonaram e desistiram de tudo. Percebe-se claramente que está havendo, sim, uma diminuição da Igreja, mas uma diminuição benéfica, para a sua purificação.

Maria, nossa Mãe Santíssima, está aí para nos auxiliar, para nos ajudar neste momento dramático de purificação da Santa Igreja de Deus. Então, meu querido irmão, minha querida irmã, nestes tempos difíceis, saiba que nós temos sim dois grandes advogados e consoladores do nosso lado: o Espírito Santo, cuja festa celebramos ontem em Pentecostes, e a Virgem Maria, advocata nostra. Ela, assim como o Espírito Santo, recebe o título de advogada, porque está conosco para nos consolar, para nos dar força nestes momentos decisivos que a Igreja vive. Então, coragem, vamos lá, não estamos sozinhos. Coragem! Se a nossa Mãe bendita nos leva ao médico para sermos purgados, curados e purificados, é porque ela nos ama, e quer o nosso bem. Não desanimemos, pois ela é a nossa Mãe e nosso auxílio.

Fonte: Padre Paulo Ricardo

domingo, 23 de maio de 2021

Solenidade de Pentecostes


Celebramos hoje, com grande alegria, a vinda do Espírito Santo no cenáculo. Cinquenta dias após a Páscoa, é enviado o Paráclito, que guia a Santa Igreja através dos tempos. Vinde Santo Espírito!

quarta-feira, 19 de maio de 2021

Os dois maiores faróis para Cristo

São José é especialmente lembrado nos dias 19 de cada mês, e também em todas as quartas-feiras. Desta vez, os dias caíram juntos, e justamente no mês dedicado à Maria Santíssima, no ano do Glorioso Patriarca! Que a devoção aos santos pais de Jesus Cristo seja nosso farol ao Senhor!

domingo, 16 de maio de 2021

Solenidade da Ascensão do Senhor

Celebramos hoje, com grande alegria, o Senhor que ascende ao Céu. Jesus volta para o Pai, para que então, possamos receber o Paráclito, o Espírito Santo, que guia e conduz a Igreja em sua jornada apostólica, até que, o mesmo Cristo que foi para os Céus, retorne gloriosamente para este mundo.

quinta-feira, 13 de maio de 2021

Primeira aparição de Nossa Senhora em Fátima - 13 de Maio de 1917

Eis o diálogo divulgado da primeira aparição mariana em Fátima, o qual é iniciado pela Virgem Maria e narrado por Lúcia, a vidente mais velha:

«– Não tenhais medo! Eu não vos faço mal!

– De onde é Vossemecê? – lhe perguntei.

– Sou do Céu.

– E que é que Vossemecê me quer?

– Vim para vos pedir que venhais aqui, seis meses seguidos, no dia 13 a esta mesma hora. Depois direi quem sou e o que quero. Depois voltarei ainda aqui uma sétima vez.

[– Vossemecê sabe-me dizer se a guerra ainda dura muito tempo ou se acaba breve?

– Não te posso dizer ainda enquanto não te disser também o que quero.]

– E eu também vou para o Céu?

– Sim, vais.
– E a Jacinta?

– Também.

– E o Francisco?

– Também, mas tem que rezar muitos Terços.
[...]

– E a Maria das Neves já está no Céu?
– Sim, está.

– E a Amélia?

– Estará no purgatório até ao fim do mundo.
[...]

– Quereis oferecer-vos a Deus para suportar todos os sofrimentos que Ele quiser enviar-vos, em acto de reparação pelos pecados com que Ele é ofendido e de súplica pela conversão dos pecadores?

– Sim, queremos!

– Ides, pois, ter muito que sofrer, mas a graça de Deus será o vosso conforto.

Foi ao pronunciar estas últimas palavras (a graça de Deus, etc.) que abriu pela primeira vez as mãos, comunicando-nos uma luz tão intensa, como que reflexo que delas expedia, que penetrando-nos no peito e no mais íntimo da alma, fazendo-nos ver a nós mesmos em Deus, que era essa luz, mais claramente que nos vemos no melhor dos espelhos. Então por um impulso íntimo também comunicado, caímos de joelhos e repetíamos intimamente:

– Ó Santíssima Trindade, eu vos adoro. Meu Deus, meu Deus, eu Vos amo no Santíssimo Sacramento.

Passados os primeiros momentos, Nossa Senhora acrescentou:

– Rezem o Terço todos os dias, para alcançarem a paz para o mundo e o fim da guerra.»

Nossa Senhora desaparece.

Fonte: Memórias da Irmã Lúcia

Memória de Nossa Senhora de Fátima

Estamos no grande dia da primeira aparição de nossa Mãe SS. em Fátima. “Dia 13 de maio, na Cova da Iria, no céu aparece a Virgem Maria”! É o que cantamos com alegria, é o que queremos celebrar hoje: Nossa Mãe bendita se preocupa tanto conosco e nos ama a tal ponto, que veio ensinar-nos o caminho do céu pela devoção ao seu Imaculado Coração. Cumpre salientar um aspecto da mensagem de Fátima que é muitas vezes esquecido: durante o milagre do Sol, visto como um disco de prata a rodopiar em seu eixo e a andar em ziguezague pelo céu, Lúcia e os primos, Francisco e Jacinta, viram algo muito mais sublime. Viram Nossa Senhora vestida de forma diferente, envolvida num manto azul e trajada de branco, e S. José e o Menino Jesus a abençoar o mundo. É importante salientar isso porque estamos no ano de S. José. A aparição de S. José é, pois, digna de especial menção. Por quê? Porque S. José é modelo de proteção. Por que é modelo? Porque, se Nossa Senhora mesma disse: “Tende devoção ao meu Imaculado Coração” e “Quero que a Lúcia fique na terra para espalhar no mundo a devoção ao meu Imaculado Coração”, então não pode haver melhor modelo, nem maior exemplo de devoto do Imaculado Coração do que S. José. Afinal, não houve pessoa humana que tenha amado mais Nossa Senhora, nem admirado tanto as virtudes do seu Imaculado Coração do que o santo Patriarca. É claro que Jesus amou mais a Virgem SS. do que S. José, mas Jesus não é uma pessoa humana, é Deus feito homem. É uma pessoa divina. Ora, entre todas as pessoas humanas — antes, entre todas as criaturas, incluindo os anjos! —, ninguém amou mais Nossa Senhora do que S. José. Ele tem verdadeiramente o coração humano que mais amou a Virgem Maria, porque ele teve contato diário com essa Mãe medianeira de todas as graças. Nós, consagrados a Nossa Senhora, podemos e devemos imitar S. José, modelo de verdadeira devoção mariana. O coração castíssimo de José jamais olhou para a Virgem Maria com desejos menos honestos. Ele, desde o início, via em Nossa Senhora virtudes excelentes, nas quais devia sempre se espelhar. Quem de nós não enxerga que José, olhando para o amor que a Virgem SS. tinha a Jesus, certamente terá pensado muitas vezes: “Tenho de imitar Maria, imitá-la na sua fé, no seu amor, na sua confiança”? José era o chefe da Sagrada Família, mas liderado por Nossa Senhora no seu exemplo, na sua grandeza, na sua santidade. Aqui está a verdadeira devoção: imitar o Imaculado Coração de Maria. Ao aparecer a Lúcia no dia 13 de junho, quando previu que a menina deveria ficar na terra para propagar a devoção ao Imaculado Coração, Nossa Senhora disse-lhe: “Eu nunca te deixarei”. Apliquemos isso a S. José. Nossa Senhora sempre esteve com ele: “Eu nunca te deixarei, e o meu Imaculado Coração será o teu refúgio e o caminho que te conduzirá até Deus”. Quantas vezes S. José não terá visto na alma de sua bendita esposa, de sua castíssima e virginal Maria, o caminho para Deus? Sim, José foi aprendiz na escola de Maria: ele, líder da Sagrada Família; ele, chefe da Sagrada Família, mas liderado por Nossa Senhora, por ter como modelo a grandeza das virtudes dela! Que quer dizer: “Eu serei o teu caminho”? Que temos de olhar para o Coração Imaculado e imitá-lo na fé, na confiança, na obediência, na pureza, no amor a Jesus… Pela imitação da Virgem Maria, da qual S. José é mestre, podemos caminhar verdadeiramente para as alturas da santidade. Primeiro ponto: S. José é consagrado a Nossa Senhora, imitador das virtudes de Nossa Senhora, modelo dos devotos da Virgem Maria. Segundo ponto: durante o milagre do Sol, S. José abençoou o mundo, mas com o Menino Jesus ao colo. Foi no momento em que setenta mil pessoas viram o Sol precipitar sobre suas cabeças e, por isso, estavam literalmente desesperadas. Quando lemos nas fontes da época a narrativa do milagre do Sol, vemos que muitas pessoas estavam realmente convencidas de que iriam morrer. Muitos começaram a fazer atos de contrição, e uma mulher chegou a ser vista contando seus pecados em público para pedir perdão. Estavam convencidos de que era o apocalipse, o fim do mundo, como se tudo fosse acabar naquele momento. E foi nesse momento de tumulto que S. José as abençoou. S. José estava abençoando o mundo, sim, o mesmo mundo louco que não quer fazer penitência, que não quer ouvir os apelos do anjo: “Penitência, penitência, penitência!”. Eis que, de repente, com a intervenção de José, o mundo fez penitência; de repente, ali em Fátima, diante da bênção de S. José, as pessoas, perante o Padroeiro da boa morte, deparam-se com a possibilidade de morrer, por isso se arrependem de seus pecados e começam a mudar de vida! Neste ano de S. José, se há uma graça que podemos e devemos pedir ao nosso pai e senhor é que ele, lá do céu, mais uma vez nos dê uma bênção semelhante à que deu em 1917. Nossa Senhora previra em setembro: “Virá S. José para abençoar o mundo”. Nossa Senhora poderia ter dito: “Por ser mais santa, dar-vos-ei a bênção eu mesma”, mas ela não fez isso. Por quê? Desígnios de Deus! Podemos crer — eu creio e partilho a minha convicção — que este ano de S. José é uma realização das profecias de Fátima; que, neste ano de S. José, nós estamos vendo mais uma vez o santo Patriarca como que debruçar-se de lá do céu para abençoar o mundo. Sim, o mundo tresloucado, o mundo que perdeu o rumo, o mundo que se vai destruindo a si mesmo, como recordava Lúcia: “Não é Deus quem castiga o mundo, são os próprios homens que, com sua liberdade, providenciam o castigo com o qual eles serão castigados”. S. José vem, pois, abençoar-nos para nos dar arrependimento, para nos dar conversão, para nos dar o firme propósito de não mais pecarmos, de nunca mais voltarmos a ofender o imaculado, santíssimo e puríssimo Coração de Maria, nem o SS. Coração de nosso divino Redentor, Jesus Cristo. Que coisa mais pode querer S. José, senão que paremos de ofender esses dois Corações? O coração dele quer que desagravemos o de Maria e o de Jesus! Que nesse dia, festa de Fátima, saibamos celebrar de forma especialíssima nossa devoção a Nossa Senhora debaixo da bênção de S. José, sob o seu patrocínio, à luz de seu modelo — modelo de devoto, de quem ama a Jesus e Maria. Nossa Senhora disse à Ir. Lúcia que a última batalha — a da cidade em ruínas — entre Satanás e os homens seria travada sobre a família. O campo de batalha é a família, e não é à toa que, na visão de 13 de outubro de 1917, tenha aparecido no céu a Sagrada Família. Na hora em que Lúcia apontou para o Sol, e o povo viu o disco prateado, os pastorinhos contemplaram Nossa Senhora vestida de branco com um manto azul, enquanto S. José e o Menino Jesus abençoavam o mundo. É a Sagrada Família, bênção para as nossas famílias, bênção para todos nós. Neste dia tão importante, coloquemos pois nossa própria família sob a proteção da Sagrada Família.

Fonte: Padre Paulo Ricardo

quarta-feira, 12 de maio de 2021

Oração "Estrela do Céu", pedida por Nossa Senhora em aparição no Barral, Ponte da Barca, Portugal

Estrela do Céu

Senhor Deus, dai-nos auxílio, união, paz e concórdia, pois assim seremos dignos da vossa misericórdia.
Misericórdia, meu Deus! Misericórdia, Senhor! Misericórdia vos pede este grande pecador!

Antífona

A Estrela do céu, que deu o leite ao senhor, livrou-nos do contágio da morte, que o primeiro pai dos homens trouxe ao mundo. A mesma estrela se digne apaziguar o céu, cuja ira castiga o povo com morte cruel. Piedosíssima Estrela do mar, livrai-nos da peste!
Ouvi-nos, Senhora, e intercedei por nós, já que vosso filho nada vos nega e sempre vos honra!
Salvai-nos, Jesus, por quem a Virgem, a vossa Mãe, vos roga!
Rogai por nós, Santa Mãe de Deus, para que sejamos dignos das promessas de Cristo.

Oração

Deus de misericórdia, Deus de piedade, Deus de perdão, que vos compadecestes da aflição do vosso, povo e dissestes ao anjo que o feria «Detém a tua mão», pelo amor daquela estrela gloriosa, a cujos peitos vos alimentastes para nos ser dado remédio contra o veneno dos nossos pecados, dai-nos o socorro da vossa graça, a fim de que sejamos livres de toda a peste e morte repentina, e misericordiosamente salvos de toda a perdição. Por vós Jesus Cristo, Rei da glória, Salvador do mundo, que viveis e reinais por todos os séculos dos séculos. Amém.

Senhor Deus, misericórdia!
Senhor Deus, misericórdia!
Senhor Deus, misericórdia!

terça-feira, 11 de maio de 2021

A Mensagem de Paz de Nossa Senhora no Barral

Maria Santíssima apareceu na localidade do Barral, em Portugal, nos dias 10 e 11 de maio de 1917. Como em Fátima, Nossa Senhora fez um apelo pela paz quando apareceu no Barral. No dia 10, a Virgem nada disse ao menino, porém, no dia seguinte, Maria quis privilegiar o mundo com suas palavras. Eis o relato da segunda e final aparição:

"A 11 de maio de 1917, o rosto da Aparição desprendia-se em sorrisos. Quando a viu, o pastorinho caiu de joelhos e disse um pouco surpreendido (para não dizer assustado) o que o pároco lhe havia aconselhado: “Quem não falou ontem, que fale hoje”, e então a Aparição com uma voz que era um misto de rir e cantar tranquilizou-o, dizendo: “Não te assustes, sou Eu, menino”. E acrescentou: “Diz aos pastores do monte que rezem sempre o terço, que os homens e mulheres cantem a ESTRELA DO CÉU, e se apeguem comigo, que hei de acudir ao mundo e aplacar a guerra”.

Depois de dizer o que fica escrito, sem que a criança tivesse mais tempo que responder a tudo: “Sim, Senhora“, a Visão, olhando para uma ramada, acrescentou: “Que gomos tão lindos, que cachos tão bonitos!”

Mal o rapazinho tinha olhado para a ramada, voltando a cabeça, já a Visão tinha desaparecido. O privilegiado vidente foi imediatamente avisar do acontecido as mães dos filhos da localidade que estavam no exército. A comoção do pequeno teria sido tamanha que depois destes fatos, nunca mais quis voltar sozinho ao local da Aparição.

Às perguntas feitas, o rapazinho respondia sempre da mesma maneira: “Se quiserem acreditar, que acreditem, se não quiserem que não acreditem”, e acrescentava: “Eu fiz a minha obrigação, avisando como me mandaram”.

Fonte: https://www.santuariosenhoradapaz.pt/narrativa-das-aparicoes/

domingo, 9 de maio de 2021

Dia das Mães

Deus, ao encarnar-se, pôde querer vir ao mundo de maneira gloriosa, rodeado de seres angélicos. Todavia, Ele quis vir através de Sua Mãe Maria. A maternidade, que já era uma grande honra, elevou-se de tal forma, que a maior criatura do Senhor, obteve tal glória por ser justamente Mãe do mesmo Senhor. Que a Mãe das mães interceda e inspire todas as mães! Feliz dia das mães!

sábado, 8 de maio de 2021

Ladainha de São José


Senhor, tende piedade de nós.
Jesus Cristo, tende piedade de nós.
Senhor, tende piedade de nós.

Jesus Cristo, ouvi-nos.
Jesus Cristo, atendei-nos.

Deus, Pai dos Céus, tende piedade de nós.
Deus Filho, Redentor do mundo, tende piedade de nós.
Deus Espírito Santo, tende piedade de nós.
Santíssima Trindade, que sois um só Deus, tende piedade de nós.

Santa Maria, rogai por nós.
São José, rogai por nós.
Ilustre filho de Davi, rogai por nós.
Luz dos Patriarcas, rogai por nós.
Esposo da Mãe de Deus, rogai por nós.
Guardião do Redentor, rogai por nós.
Casto guarda da Virgem, rogai por nós.
Sustentador do Filho de Deus, rogai por nós.
Zeloso defensor de Jesus Cristo, rogai por nós.
Servo de Cristo, rogai por nós.
Ministro da Salvação, rogai por nós.
Chefe da Sagrada Família, rogai por nós.
José justíssimo, rogai por nós.
José castíssimo, rogai por nós.
José prudentíssimo, rogai por nós.
José fortíssimo, rogai por nós.
José obedientíssimo, rogai por nós.
José fidelíssimo, rogai por nós.
Espelho de paciência, rogai por nós.
Amante da pobreza, rogai por nós.
Modelo dos trabalhadores, rogai por nós.
Honra da vida de família, rogai por nós.
Guarda das virgens, rogai por nós.
Sustentáculo das famílias, rogai por nós.
Amparo nas dificuldades, rogai por nós.
Alívio dos miseráveis, rogai por nós.
Esperança dos doentes, rogai por nós.
Patrono dos moribundos, rogai por nós.
Patrono dos exilados, rogai por nós.
Patrono dos aflitos, rogai por nós.
Patrono dos pobres, rogai por nós.
Terror dos demônios, rogai por nós.
Protetor da Santa Igreja, rogai por nós.

Cordeiro de Deus que tirais os pecados do mundo, perdoai-nos, Senhor.
Cordeiro de Deus que tirais os pecados do mundo, ouvi-nos, Senhor.
Cordeiro de Deus que tirais os pecados do mundo, tende piedade de nós.

V. Ele constituiu-o senhor de sua casa.

R. E fê-lo príncipe de todos os seus bens.

Oremos. Ó Deus, que por inefável providência vos dignastes escolher a São José por esposo de vossa Mãe Santíssima; concedei-nos, vo-lo pedimos, que mereçamos ter por intercessor no céu, aquele que veneramos na terra como protetor. Vós que viveis e reinais por todos os séculos dos séculos. Amém.

Ladainha de Nossa Senhora


Senhor, tende piedade de nós
Cristo, tende piedade de nós
Senhor, tende piedade de nós
Cristo, ouvi-nos
Cristo, atendei-nos
Deus Pai dos Céus, tende piedade de nós
Deus Filho Redentor do mundo, tende piedade de nós
Deus Espírito Santo, tende piedade de nós
Santíssima Trindade, que sois um só Deus, tende piedade de nós

Santa Maria, rogai por nós.
Santa Mãe de Deus, 
Santa Virgem das virgens, 
Mãe de Cristo,
Mãe da Igreja,
Mãe de misericórdia,
Mãe da divina graça, 
Mãe da esperança,
Mãe puríssima, 
Mãe castíssima, 
Mãe imaculada,
Mãe intacta, 
Mãe amável, 
Mãe admirável, 
Mãe do bom conselho, 
Mãe do Criador, 
Mãe do Salvador, 
Virgem prudentíssima,
Virgem venerável,
Virgem louvável, 
Virgem poderosa, 
Virgem clemente, 
Virgem fiel,
Espelho de justiça, 
Sede da Sabedoria, 
Causa de nossa alegria, 
Vaso espiritual, 
Vaso honorífico,
Vaso insigne de devoção,
Rosa mística, 
Torre de Davi, 
Torre de marfim,
Casa de ouro,
Arca da aliança,
Porta do céu,
Estrela da manhã,
Saúde dos enfermos,
Refúgio dos pecadores,
Conforto dos migrantes 
Consoladora dos aflitos,
Auxílio dos cristãos,
Rainha dos Anjos, 
Rainha dos Patriarcas,
Rainha dos Profetas,
Rainha dos Apóstolos,
Rainha dos Mártires,
Rainha dos Confessores,
Rainha das Virgens,
Rainha de todos os Santos,
Rainha concebida sem pecado original,
Rainha assunta ao céu,
Rainha do santo Rosário,
Rainha das famílias,
Rainha da paz.

Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo, perdoai-nos, Senhor.

Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo, ouvi-nos, Senhor.

Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo, tende piedade de nós.

Rogai por nós, santa Mãe de Deus.

Para que sejamos dignos das promessas de Cristo

Oremos: Suplicantes vos rogamos, Senhor Deus, que concedais a vossos servos lograr perpétua saúde do corpo e da alma, e que, pela intercessão da bem-aventurada sempre Virgem Maria, sejamos livres da presente tristeza e gozemos da eterna alegria por Cristo Nosso Senhor. Amém.

sexta-feira, 7 de maio de 2021

“Tuus totus ego sum, et omnia mea tua sunt”

“Eu sou todo teu, e tudo o que é meu te pertence”

Quando nos entregamos totalmente a Jesus através de Maria e José, NADA é mais nosso, TUDO é dEles! 

quarta-feira, 5 de maio de 2021

Nossa Senhora atende ao apelo pela paz


Num sábado, dia 5 de Maio de 1917, em momento de extrema gravidade da primeira guerra mundial, o Papa Bento XV pedia preces à Virgem Santíssima, principalmente às crianças, pela paz, e fixava, para o primeiro dia de Junho seguinte, a introdução da invocação “Rainha da Paz, rogai por nós”, na ladainha lauretana. Oito dias depois, domingo, dia 13, o Papa Bento XV, na Capela Sistina, junto à basílica de São Pedro, em Roma, às 8 horas da manhã, ordenava arcebispo titular de Sardi, Monsenhor Eugênio Pacelli (futuro Papa Pio XII). No mesmo dia 13, Nossa Senhora aparece em Fátima, Portugal, pela primeira vez, pedindo a oração do Terço diário, pela "paz no mundo e o fim da guerra."

Fonte: Documentação de Fátima

segunda-feira, 3 de maio de 2021

30 anos do nascimento do Beato Carlo Acutis

Celebramos hoje, com grande alegria, os 30 anos do nascimento do Beato Carlo Acutis! Ele nasceu em Londres, em 3 de maio de 1991. Em pouco tempo de vida, Carlo deixou sua marca na História e caminha a passos largos em direção da canonização! Beato Carlo Acutis, rogai por nós!

sábado, 1 de maio de 2021

Novas invocações acrescentadas na Ladainha em honra de São José

A Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos enviou hoje, 1º de maio, festa de São José Operário, uma "Carta aos Presidentes das Conferências Episcopais sobre novas invocações na Ladainha em honra de São José". No documento, assinado pelo Secretário do Dicastério do Vaticano, Arcebispo Arthur Roche e pelo Subsecretário Padre Corrado Maggioni, são apresentadas estas sete novas invocações, que atualizam a ladainha aprovada em 1909 pela Santa Sé, no 150º aniversário da proclamação de São José como Patrono da Igreja Universal. E por ocasião da carta apostólica Patris corde, escrita pelo Papa Francisco com o objetivo de “aumentar o amor por este grande Santo, para nos sentirmos impelidos a implorar a sua intercessão e para imitarmos as suas virtudes e o seu desvelo”.

As novas invocações aprovadas pelo Papa são: Guardião do Redentor, Servo de Cristo, Ministro da Salvação, Amparo nas dificuldades, Patrono dos exilados, dos aflitos e dos pobres. 

Fonte: Vatican News

Memória de São José Operário

Hoje, celebramos com alegria a memória de S. José Operário. Mas o que significa celebrar no dia 1.º de maio (que os revolucionários dedicam à “revolução”, à revolta da classe operária contra a “opressão” dos patrões capitalistas) a figura de S. José? Em primeiro lugar, significa que é preciso resgatar o trabalho das garras do diabo. Infelizmente, o que as pessoas não enxergam hoje em dia é que o mundo, enfeitiçado por uma coisa chamada dinheiro, vive sob o jugo de Satanás. Todos os conflitos que vivemos hoje são conflitos por bens materiais. Não adianta: o dinheiro é uma riqueza que causa muitas vezes a discórdia. Por quê? Porque ele não se multiplica com a partilha. É diferente dos bens espirituais. Os bens espirituais não se perdem quando se dão. Com uma homilia, por exemplo, o sacerdote pega algo do tesouro da Igreja e dá-o ao fiel. Mas o padre não fica mais pobre ao enriquecer o fiel. Quando se partilham bens espirituais, não há briga porque quem os dá, ao mesmo tempo que enriquece a outro, fica em si mesmo mais rico espiritualmente porque, sendo a pregação um ato de caridade, é o pregador o primeiro a sair beneficiado. No mundo material não é assim. Quem dá mil reais fica mil reais mais pobre, e isso é causa de conflito, isso faz com que as pessoas vivam como que hipnotizadas em discórdias tremendas. Vivemos num mundo em que as pessoas acham que só há duas alternativas: ou se é capitalista, ou marxista. São poucos os que veem que, na verdade, os dois lados estão errados, igualmente hipnotizados pelo mundo material: os capitalistas, por um lado, hipnotizados com o lucro que podem gerar com as suas empresas; os marxistas, por outro, hipnotizados com a pretensão de dividir entre si o dinheiro ganho pelos primeiros. Ambos os lados estão debaixo da mentira de Satanás. O diabo, mais uma vez — como sempre — apresenta o fruto proibido, que neste caso é o dinheiro: “Sereis como deuses”, isto é, “Buscai o dinheiro e sereis divinos”. Eis a miséria que toma conta do nosso mundo, escravo do trabalho. As pessoas querem trabalhar e trabalhar mais “para ter dinheiro a fim de encontrar a felicidade, pois a felicidade está no dinheiro”. É debaixo desse encantamento, desse feitiço diabólico, que vive hoje a humanidade, hipnotizada pelo dinheiro. Por isso já não pensa em mais nada. Para poder trabalhar e ganhar dinheiro, os pais estão dispostos a abandonar seus filhos em casa, entregues às babás dos tempos modernos, como a internet, com todo o tipo de diversão, filmes e desonestidades. Para quê? Para ganhar dinheiro, porque, tendo dinheiro, “está tudo resolvido”. Celebrar S. José Operário é entender que Deus não quer o ócio, mas que nós trabalhemos. A finalidade do trabalho, porém, não é o dinheiro, mas a transformação da realidade na obra querida por Deus. Deus nos pôs no mundo como pôs Adão e Eva no jardim, um jardim que eles deveriam cultivar. Deus criou o mundo para que o pudéssemos melhorar, fazer algo de bom, um serviço aos outros. Quando eu trabalho, e se trabalho com o coração em Deus, me torno mais rico espiritualmente porque estou prestando um serviço aos demais. Quanto mais, no meu trabalho, sirvo humildemente aos outros, mais rico me torno espiritualmente. É aqui que S. José é um grande modelo. Foi ele quem ensinou Jesus a trabalhar. Sim, Jesus, sendo Deus, não precisava de mestre; mas, por livre escolha, quis tê-lo por humildade. Deus escolheu estar na carpintaria, aprendendo um ofício de seu pai adotivo. Nos trabalhos da carpintaria, Cristo aprendeu a realizar os trabalhos de Adão e Eva no jardim primitivo. É como se Jesus estivesse reensinando a humanidade: ao aprender, era Ele quem ensinava, e ensinava como podemos servir aos outros. Mas Jesus foi realizar seu grande trabalho num outro jardim, no Getsêmani, o Horto das Oliveiras, o jardim do Calvário, onde levou a cabo a salvação da humanidade. Por isso olhamos para S. José, o trabalhador que nos inspira a lembrar que todo trabalho deve ser obra de salvação. Todo trabalho, por humilde que seja — numa carpintaria, como varredor de rua, frentista de posto, mecânico, engenheiro, advogado, médico, enfermeiro… —, todo trabalho deve ser obra de redenção. Todo trabalho tem o potencial de ser uma obra espiritual de grande caridade para com Deus. De grande amor. Jesus, nos seus trinta anos em Nazaré, trabalhando humildemente na carpintaria junto com seu pai adotivo, estava, sim, trabalhando para a glória de Deus e para a redenção da humanidade, não tanto pelas cadeiras, pelas mesas ou pelas portas que fazia, mas pela grande caridade com que as fazia. É dia de S. José Operário. Peçamos-lhe que nos ensine a trabalhar para o Reino de Deus: “Não trabalheis”, diz Jesus no evangelho de S. João, “pelo alimento que perece. Trabalhai antes pelo alimento da vida eterna, o pão da vida eterna”. Saibamos fazer dos nossos simples trabalhos, desde o catar as folhas do chão ao varrer a casa, obras de grande caridade, de grande amor a Deus. Assim, estaremos santificando-nos, salvando almas e, mesmo na mais humilde das ocupações, contribuindo para a grande obra da redenção. Que S. José nos ilumine e ajude a trabalhar bem nesta obra de salvação.

Fonte: Padre Paulo Ricardo

Maio, mês de Maria


O mês de maio é tradicionalmente dedicado à Santa Mãe de Deus. Neste mês, honremos de modo especial Nossa Mãe Santíssima, principalmente, através do Santo Rosário! Que Nossa Senhora interceda por nós!