quarta-feira, 29 de setembro de 2021

Festa dos Santos Arcanjos Miguel, Gabriel e Rafael

A Igreja celebra hoje, com grande alegria, a festa dos Santos Arcanjos Miguel, Gabriel e Rafael. Os três são os únicos seres angélicos nomeados nas Sagradas Escrituras. São Miguel é o Príncipe da Milícia Celeste, São Gabriel o responsável pelos grandes anúncios e São Rafael o especial ministro de cura do Senhor. Peçamos, especialmente no dia de hoje, a intercessão e a proteção dos três Arcanjos! 

sexta-feira, 24 de setembro de 2021

A Senhora das Mercês e de Pellevoisin

Faz-se digno de nota a semelhança entre a iconografia de Nossa Senhora das Mercês, chamada de a "Virgem da Misericórdia", com a forma com que a mesma Mãe de Deus apareceu em Pellevoisin, França, no ano de 1876. Nossa Senhora dignou-se aparecer por 15 vezes à Serva de Deus Estelle Faguette, apresentando-se como "toda misericordiosa". A Virgem portava ao pescoço o escapulário do Sagrado Coração de Jesus, o qual pediu para ser difundido. Se foi intencional a semelhança iconográfica entre as duas devoções que exaltam de modo especial a misericórdia da Santíssima Virgem, provavelmente saberemos somente se formos para o Céu, todavia, sabemos com certeza que Nossa Mãe sempre é a Mãe das Mercês, a toda misericordiosa Virgem Maria!

O Padre Antônio Vieira fala da Virgem das Mercês

“Nossa Senhora da Vitória é dos conquistadores; Nossa Senhora das Mercês é de todos, porque a todos indiferentemente está prometendo e oferecendo todas as mercês que lhe pedirem. Nos tesouros das Mercês desta Senhora não só há para o soldado vitória, para o desterrado pátria, para o descaminhado luz, para o contemplativo favores do Céu, mas nenhum título há no mundo com que a Virgem Maria seja invocada que debaixo do amplíssimo nome de Nossa Senhora das Mercês não esteja encerrado e que esta Senhora se não deva pedir com igual confiança. Estais triste e desconsolado? Não é necessário chamar pela Senhora da Consolação, valei-vos a Senhora das Mercês que Ela vos fará mercê de vos consolar. Estais aflito e angustiado, não é necessário chamar pela Senhora das Angústias, vaile-nos da Senhora das Mercês e Ela vos fará mercê em vossas pretensões [...] De sorte que em todos os despachos que a Senhora costuma dar em tão diferentes tribunais, como os que tem pelo mundo, todos estão avocados a este título das Mercês, porque por ele se fazem todos.”

Memória de Nossa Senhora das Mercês

Neste dia 24 de Setembro é celebrada Nossa Senhora das Mercês, que significa “misericórdia”, devoção que remonta ao século XIII, quando a Virgem apareceu a São Pedro Nolasco e o encorajou a seguir libertando os cristãos escravos.

Naquela época, os mouros saqueavam regiões costeiras e levavam os cristãos como escravos para a África. Nessa horrível condição, muitos perdiam a fé por pensar que Deus os tinha abandonado.

São Pedro Nolasco, vendo essa situação, vendeu até seu próprio patrimônio para libertar os cativos. Do mesmo modo, formou um grupo para organizar expedições e negociar resgates. Quando o dinheiro acabou, então, pediram esmolas. Entretanto, as ajudas também terminaram.

Foi quando São Pedro Nolasco pediu a Deus para ajudá-lo. Em resposta, a Virgem apareceu a ele e pediu que fundasse uma Congregação para resgatar os cativos.

São Pedro Nolasco lhe perguntou: “Ó Virgem Maria, Mãe da graça, Mãe de misericórdia, quem poderia acreditar que tu me envias?”.

Maria respondeu dizendo: “Não duvides de nada, porque é vontade de Deus que se funde uma Ordem desse tipo em minha honra; será uma Ordem cujos irmãos e professos, a imitação de meu filho Jesus Cristo, estarão postos para ruína e redenção de muitos em Israel, isto é, entre os cristãos, e serão sinal de contradição para muitos”.

Diante desse desejo, foi fundada a ordem dos Mercedários no dia 10 de Agosto de 1218 em Barcelona, Espanha. São Pedro Nolasco foi nomeado pelo Papa Gregório IX como Superior Geral.

Os integrantes, além dos votos de pobreza, castidade e obediência, faziam um quarto voto em que se comprometiam a dedicar sua vida a libertar os escravos e que ficariam no lugar de um cativo que estivesse em perigo de perder a fé, quando o dinheiro não fosse suficiente para conseguir a libertação.

Mais tarde, no ano 1696, o Papa Inocêncio XII fixou o dia 24 de Setembro como a Festa de Nossa Senhora das Mercês em toda a Igreja.

Fonte: Facebook Valdemar Oportet Ilum Regnare

domingo, 19 de setembro de 2021

Aniversário da aparição de Nossa Senhora em La Salette

Há 175 anos, no dia 19 de Setembro de 1846, Nossa Senhora aparecia a dois jovens e humildes pastores: Mélanie Calvat, de 15 anos, e Maximin Giraud, de apenas 11. Nenhum deles sabia ler nem escrever, nem tinha qualquer instrução religiosa.

No início da Aparição, ambos viram a Santíssima Virgem sentada sobre uma enorme pedra. Ela tinha o rosto entre as mãos e chorava amargamente. As duas crianças foram até à Bela Senhora, que não parava de chorar.

A Virgem Maria explicou a Maximino e a Mélanie que chorava pelos pecados da humanidade e que deveríamos rezar para que o braço de seu Filho Jesus não pesasse sobre a Terra.

Além, da mensagem, confiada aos dois videntes, pedindo oração e penitência pela humanidade, a Mãe de Deus confiou a Mélanie um segredo, que deveria ser revelado somente em 1858. A cada um dos dois jovens, Nossa Senhora transmitiu um segredo que o outro não ouviu.

No lugar onde seus pés pousaram brotou uma nascente, que nunca mais secou.

No quinto aniversário da aparição (1851), o bispo de Grenoble, Dom Bruillard, autorizou o culto a Nossa Senhora de Salette, e ele mesmo subiu ao monte a cavalo, para lançar a primeira pedra do futuro Santuário. 

No ano seguinte, o Beato Papa Pio IX, depois de aprovar a Aparição, quis conhecer os dois segredos, que prontamente foram escritos pelos videntes, agora alfabetizados, na presença de testemunhas eclesiásticas, e remetidos ao Papa. Quando esse os leu, seus lábios se contraíram e o rosto se alterou. Mais tarde disse: “O que há nos segredos de La Salette? Bem, são as palavras do Evangelho: se não fizerdes penitência, todos perecereis”.

Sua Santidade o Papa Leão XIII também reconheceu e apoiou a mensagem de La Salette e o Papa São João Paulo II considerou-a como “o coração das profecias de Maria”.

Fonte: Facebook Valdemar Oportet Ilum Regnare

quarta-feira, 15 de setembro de 2021

Memória de Nossa Senhora das Dores

Celebramos hoje a memória de Nossa Senhora das Dores. Depois de termos celebrado a Exaltação da Santa cruz, olhamos agora para a nossa Mãe bendita que, compadecida de seu Filho na cruz, sofre as dores da corredenção. Sim, Nossa Senhora esteve unida ao mistério da cruz. É importante entender o seguinte: o cristianismo revelou uma verdade de que as pessoas não faziam ideia — há algo de redentor na dor. Dizer isso é quase escandaloso aos nossos ouvidos porque, é claro, para a mentalidade humana, a dor é sempre ruim, sobretudo para uma cultura como a nossa, que é excessivamente analgésica, ou seja, não suporta nem uma dor de cabeça. Não se trata aqui de defender nenhuma forma de “masoquismo”. O que estou dizendo é que, porque vivemos numa cultura que foge constantemente da dor, por isso não entendemos mais o valor redentor dela. Por quê? Porque é na dor, afinal, que se podem realizar os mais perfeitos atos de amor.

Ora, o que de fato é redentor? O amor. Eis a beleza. O que é redentor é o amor porque Deus é amor, e nós fomos redimidos por um grande ato de amor de Nosso Senhor. Deus poderia nos ter amado nas lonjuras do céu, e nós nem teríamos notícia disso. No entanto, Ele quis mais: quis fazer-se carne e morrer na cruz para mostrar a imensidão do seu amor. A história poderia ter terminado por aí: “Deus veio, sofreu por nós, morreu na cruz, agora estamos salvos, pronto e acabou, aleluia”… Mas não. Deus é tão maravilhoso, que nos convida a participar da redenção. São Paulo mesmo o diz: Completo na minha carne o que falta aos sofrimentos de Cristo. Muitos não entendem e até criticam o título Corredentora porque não entendem a fundo a frase de São Paulo. Ora, de alguma forma, também nós — você e eu — somos corredentores. Sim, há um único Redentor, Jesus Cristo, mas se todo cristão é, de alguma forma, corredentor, é evidente que Nossa Senhora há de ser Corredentora de forma única e irrepetível.

Recordemos o que foi dito até agora. Deus nos ama, mas quis mostrar-nos o seu amor abraçando a realidade dolorosa e dramática da cruz; suspenso nela, mostrou o quanto nos ama. É por isso que os cristãos olhamos para a cruz de Cristo e dizemos: “Como Deus nos amou!” Há mais, porém. Deus quer também que nós o amemos e, unidos a Ele, amemos os outros. Essa é a maravilha da redenção: Deus quis contar com nossa modesta mas real participação. Qual seria a alternativa? Que Deus nos tivesse amado, e ponto final. Nós porém continuaríamos egoístas. Ora, como pretender entrar no céu sem nunca ter correspondido ao amor de Deus?… 

Não foi isso o que Deus fez; de fato, quando Deus faz as coisas, Ele as faz de modo perfeitíssimo. Se Ele nos ama com uma grande caridade, então quer que nós o amemos de volta igualmente. Para isso, Ele mesmo nos dá o amor com que quer ser amado. Isso é um privilégio, uma coisa maravilhosa! Se Deus tivesse vindo e nos amado, mas dito assim: “Agora se virem para me amar de volta”, estaríamos perdidos. Não foi isso o que Ele fez. Deus veio, nos amou e derramou o seu Espírito Santo para que nós pudéssemos amá-lo de volta, isto é, para que pudéssemos corresponder ao seu amor. Esse é o mistério da redenção — o Deus de amor faz filhos de amor.

Deus antecipou tudo isso numa mulher, na menina de Nazaré, Nossa Senhora. Desde o primeiro momento de sua vinda ao mundo, Jesus foi correspondido em seu amor por uma alma agraciada, que já tinha o Espírito Santo antes de todos, uma alma que já recebera de Deus a capacidade de amar de forma prodigiosa. A Imaculada podia amar de volta, porque recebeu antecipadamente o amor com que Deus queria ser amado. Ora, se ela amou Jesus assim, é evidente que amou e quis tudo o que Jesus mesmo amava e queria. E o que Ele mais amava e queria neste mundo? Salvar-nos. Logo, também Maria quis nos salvar participando ao seu modo dessa grande obra. Jesus ama os homens e quer salvá-los? Então, se amamos Jesus, queremos também salvar os homens. Não se trata de uma invenção ou cavilação minha. Não. Foi Jesus quem disse: Ide por todos os povos e pregai o Evangelho a toda criatura. Quem crer e for batizado será salvo etc. Ora, quem faria tudo isso? Os Apóstolos! Por isso dizia São Paulo: Vae enim mihi, si non evangelizavero, “Ai de mim se eu não evangelizar”. Misericórdia se não amarmos como Jesus amou! 

Todos os verdadeiros cristãos de todos os tempos, de todas as raças, de todos os países, vendo o amor de Cristo com que Cristo nos amou, amaram Cristo de volta, isto é, foram corredentores sofrendo pela salvação dos outros. Caritas Christi urget nos, a caridade de Cristo faz como que violência em nós, impele-nos a, vendo que um só morreu por todos, querer morrer, ainda que seja pela salvação de só um. Se isso vale para todos os santos, como não valerá também para a Virgem Santíssima? Ela, cheia de graça, recebeu o Espírito Santo desde o primeiro instante da sua concepção, motivo por que tinha uma capacidade de amar maior que a de todos os anjos e santos. Com que pressa, com que amor ela não tomou sobre si as dores redentoras de Cristo para sofrer por nós! Ela uniu-se a Cristo em suas dores porque já se unira a Ele em seus amores. Eis o mistério da corredenção, celebrado neste dia de Nossa Senhora das Dores. Digamos-lhe hoje: “Mãe bendita, obrigado por terdes sofrido por mim. Compadecida de Cristo na cruz, tomastes sobre vós a minha cruz. Mãe bendita, Consoladora dos aflitos, vinde em nosso auxílio, qual outro Cirineu, como Mãe que carrega e ajuda a carregar a cruz de seus filhos. Ensinai-nos a amar Jesus, carregando a cruz de cada dia e procurando a salvação do próximo”.

Fonte: Padre Paulo Ricardo

terça-feira, 14 de setembro de 2021

Festa da Exaltação da Santa Cruz

Celebramos a Festa da Exaltação da Santa Cruz. Seria de se perguntar: por que uma festa especial para a Santa Cruz quando já tivemos a grande festa da exaltação da Cruz que é a Sexta-feira Santa? Por que tal redundância? O fato é o seguinte: a Igreja quis ao longo dos séculos celebrar a Cruz de Cristo não somente no mistério da Paixão, mas também em nossas vidas. Ora, uma das formas de o povo cristão venerar e amar o mistério do amor de Nosso Senhor Jesus Cristo foi sempre a veneração à Cruz como um sinal de caridade. Desde o início, os cristãos aprenderam a traçar o sinal da Cruz sobre os próprios corpos. O sinal da Cruz (traçada da cabeça para o peito e de um ombro para o outro, tal como os católicos fazemos), vem do tempo dos Apóstolos. É uma realidade universal. Tanto no Ocidente como no Oriente, todos fazemos o sinal da Cruz. São Basílio Magno, no séc. III, já o atestava, dizendo que se trata de um costume recebido dos Apóstolos, embora não esteja escrito na Bíblia.

Na época de Constantino, por volta de 313, quando se passou a dar mais liberdade aos cristãos, a mãe dele, Santa Helena, foi à Terra Santa conhecer os lugares em que Jesus viveu, e lá foram encontradas as relíquias da Cruz. (Aliás, foi graças à veneração delas que, ao longo dos séculos, foi surgindo essa festa litúrgica.) Constantino mesmo tivera uma visão no céu. Apareceu-lhe uma cruz, e então uma voz lhe disse: “Com esse sinal vencerás”. A Cruz, sinal que fez Constantino superar seus adversários, era uma experiência que os cristãos sempre tivemos — a Cruz de Cristo é vitoriosa. O que isso quer dizer na prática? O que significa, afinal, celebrar a Cruz de Cristo como sinal de amor e vitória em nossas vidas?

Em primeiro lugar, a Cruz, tomada como símbolo do amor verdadeiro, não foi invenção nossa. Foi o próprio Jesus quem começou a falar dela nesse sentido. O Senhor não tinha ainda morrido na Cruz nem subido o Calvário, mas já dissera aos seus Apóstolos, que talvez não o tenham entendido direito: Quem me quiser seguir, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz dia após dia e siga-me. Essa frase, que deve ter soado enigmática para os Doze, tornou-se depois o “cartão de identidade” do cristão. O cristão é aquele que, para seguir Jesus, renuncia a si mesmo.

Mas o que é esse renunciar a si mesmo? O que é esse tomar a sua cruz? Quer dizer o seguinte: renunciar às próprias vontades e aceitar que, no dia a dia, nossa vontade é crucificada. É isso o que Jesus quer: que abracemos o que contraria nossa vontade e o sigamos. Cristo quer que nos unamos a ele, isto é, à sua vontade. Ora, se eu sou cristão, tenho de passar por um transplante de coração: tirar o meu para receber o de Cristo; tenho de renunciar à minha vontade para querer o que ele quer. Eis o que está por trás do símbolo da Cruz. Se agirmos assim, seremos vitoriosos. Por quê? Porque é certa a vitória de Cristo. Se quisermos tudo o que Jesus quer, por maiores que sejam as nossas dificuldades, podemos ter certeza de uma coisa: estamos do lado vitorioso. Talvez não vejamos a vitória imediatamente, agora, nesta vida; mas estaremos do lado vitorioso. Por isso é necessária uma festa para exaltar a grande vitória da Cruz de Cristo em nossas vidas.

Amarremos agora as ideias. O que precisamos fazer na prática? É o seguinte. Número um: Deus nos amou com amor infinito e, para mostrar este amor, quis encarnar-se e morrer crucificado por nós. Foi Jesus quem, por primeiro, quando éramos inimigos de Deus, tomou a cruz, renunciando a si mesmo, e foi até o Calvário; lá, foi pregado à Cruz, morto, inocente que era, mas viveu tudo isso pensando em cada um de nós. Diante desse amor, como não confiar? Como não se entregar e dizer: “Ninguém jamais me amou assim. Nem eu mesmo. Vou, portanto, desconfiar de minhas vontades e caprichos, porque não sou bom nem me amo de verdade. Eu não sou meu amigo, mas Jesus o é! Na verdade, sou meu maior inimigo porque as coisas que quero só me fazem mal. Vou, portanto, renunciar a mim mesmo; vou, no dia a dia, abraçar as contrariedades que a vida me impuser e, aceitando-as por amor, vou-me unir a Jesus, dizendo: ‘Senhor, vós sabeis o que é bom para mim. Seja feita a vossa vontade, não a minha’ ”?

Se abraçarmos imediatamente o que Jesus quer, estaremos do lado do vencedor, poderemos estar certos de que a nossa aposta está garantida. Louvemos a Deus! Rendamos-lhe graças nesta Festa da Santa Cruz porque a Cruz vitoriosa de Cristo crucifica os nossos pecados, vence o mal, esmaga a cabeça da serpente e nos dá a glória do céu. Como a serpente de bronze outrora levantada no deserto curou os hebreus, assim é a Cruz de Cristo exaltada: ela nos dá vida nova, vida que vem do céu, vida em Cristo Jesus. 

Fonte: Padre Paulo Ricardo

segunda-feira, 13 de setembro de 2021

Quinta aparição de Nossa Senhora em Fátima - 13 de Setembro de 1917

Nesse dia, 15 a 20 mil pessoas, e talvez mais, acorreram à Cova da Iria. Todos queriam ver, falar e fazer pedidos às crianças para que apresentassem à Virgem. Junto à carrasqueira, começaram a rezar o Terço com o povo, até que num reflexo de luz Nossa Senhora apareceu sobre a azinheira.

Nossa Senhora: Continuem a rezar o Terço para alcançarem o fim da guerra. Em outubro virá também Nosso Senhor, Nossa Senhora das Dores e do Carmo, São José com o Menino Jesus, para abençoarem o mundo. Deus está contente com os vossos sacrifícios, mas não quer que durmais com a corda [cilício], trazei-a só durante o dia".

Lúcia: Têm-me pedido para Lhe pedir muitas coisas: a cura de alguns doentes, de um surdo-mudo.

Nossa Senhora: Sim, alguns curarei; outros, não. Em outubro farei o milagre, para que todos acreditem.

E começando a elevar-se, desapareceu como de costume.”

Segundo o testemunho de alguns espectadores, por ocasião dessa visita de Nossa Senhora, como das outras vezes, ocorreram diversos fenômenos atmosféricos. Observaram "à distância aparente de um metro do sol, um globo luminoso, que em breve começou a descer em direção ao poente e, da linha do horizonte, voltou a subir de novo em direção ao sol". Além disso, a atmosfera tomou uma cor amarelada, verificando-se uma diminuição da luz solar, tão grande que permitia Nossa Senhora de Fátima ver a lua e as estrelas; uma nuvenzinha branca, visível até o extremo da Cova, envolvia a azinheira e com ela os videntes. Do céu choviam como que pétalas de rosas ou flocos de neve, que se desfaziam pouco acima das cabeças dos peregrinos, sem deixar-se tocar ou colher por ninguém".

Ainda que breve, a aparição de Nossa Senhora deixou os pequenos videntes felicíssimos, consolados e fortalecidos em sua fé. Francisco, de modo especial, sentia-se transportado de alegria com a perspectiva de ver, dali a um mês, Nosso Senhor Jesus Cristo, conforme lhes prometera a Rainha do Céu e da Terra.

Fontes: http://blog.cancaonova.com/imaculadocoracaodemaria/2016/09/13/aparicao-de-n-senhora-de-fatima-13-de-setembro-1917/ e http://fatima.arautos.org/as-seis-aparicoes-de-fatima/

quarta-feira, 8 de setembro de 2021

Festa da Natividade de Nossa Senhora

Com alegria celebramos hoje a natividade da Mãe de Deus, Maria Santíssima. Na liturgia da Igreja, celebramos geralmente a morte, isto é, o dia de entrada dos santos no céu, mas não o nascimento deles. Por quê? Porque todo homem nasce em pecado. Há porém três exceções a isso, devidamente celebradas no calendário litúrgico. Celebramos, em primeiro lugar, o nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo, na solenidade do Natal; celebramos o nascimento de São João Batista, que, ainda no ventre de Isabel, ao receber a visita de Jesus, já no ventre de Maria, foi redimido e, portanto, veio à luz sem o pecado original; em último lugar, mas não por ordem de importância, celebramos também o nascimento da Virgem Santíssima. Por quê? 

O nascimento da Virgem Maria, evidentemente, é mais importante que o do Batista e dele se diferencia porque, enquanto João nasceu sem pecado, mas foi nele concebido, a Virgem Maria nasceu sem pecado e foi preservada dele logo ao ser concebida. É a Imaculada Conceição. Por isso a festa maior é a do dia 8 de dezembro, solenidade da Imaculada Conceição, em que Nossa Senhora, no ventre de Sant’Ana, desde o primeiro instante de sua existência, recebeu uma tal plenitude de graça, que supera a de todos os anjos e santos juntos.

Apesar da importância do dia 8 de dezembro, não poderíamos deixar passar em branco o que aconteceu nove meses depois: o nascimento bendito de nossa Mãe. Para usar uma linguagem popular e não de todo adequada, podemos dizer que hoje é o “aniversário” de Nossa Senhora. E o que podemos colher dessa celebração? Em primeiro lugar, é importante notar que existe desde há tempos na Igreja uma grande devoção à infância de Maria, ou seja, a Nossa Senhora Menina. Por que veneramos Nossa Senhora Menina? Afinal, Maria não foi assunta ao céu, onde está glorificada com corpo adulto? Sim, mas com essa devoção o que se quer é contemplar o mistério realizado por Deus naquele pequeno e imaculado Coração.

Deus concedeu à Virgem Maria, ainda no ventre de sua mãe, uma capacidade extraordinária de amar, de modo que, quando ela finalmente nasceu, pôde realizar desde cedo atos humanos e, sobretudo, atos de amor prodigiosos, a ponto de espantar os próprios anjos. Foram os anjos que, segundo a leitura tradicional da Igreja, disseram: “Quem é essa?”, Quæ est ista?, “Quem é essa que avança como a aurora, terrível como um exército em ordem de batalha?” Ora, por que Nossa Senhora, desde a mais tenra infância, causou tanta admiração aos anjos? Porque os anjos, acostumados a ver a face gloriosa de Deus e o amor ardente dos mais altos serafins e querubins, quando viram a pequena menina de Nazaré, ficaram admirados com o seu Coração, do qual, embora humano, brotava um amor superior ao deles. Sim, superior! Pequenina, a Virgem Maria já realizava atos de caridade muito mais do que angélicos!

Daí a veneração e a gratidão que devemos a ela. Com efeito, quando se ama alguém, o normal é alegrar-se ao ver a pessoa ser amada também pelos outros. Ora, nós amamos a Deus, motivo por que nos deve causar suma felicidade ver que, no Coração de Maria, Ele é amado como merece. Quem de nós já não se sentiu desconcertado com o fato de não poder dar a Deus todo o amor que Ele pede, muito menos todo o que Ele merece? Ninguém menos que São Francisco de Assis chorava, dizendo: “O Amor não é amado, o Amor não é amado!”

Pois bem, Deus é amor infinito e quer ser amado por suas criaturas. Deus quer que o amemos — diz São Bernardo —, porque sabe que serão felizes os que o amarem. Mas nós queremos amar a Deus não só porque assim seremos felizes, mas antes de tudo porque Ele é em si mesmo sumamente bom e digno de ser amado sobre todas as coisas. Mas como lhe dar o amor que Ele merece? Nós olhamos então para a Virgem Maria e vemos no Coração dela, desde pequenina, um amor incendido, abrasado, uma verdadeira fornalha de amor a Deus! Por isso somos felizes, felizes de ver que Deus, o nosso Amado, é devidamente amado: Ele recebe o que merece, ainda que nós não sejamos capazes de dar-lho. 

Eis por que venerar a Virgem Menina não é mais do que contemplar o amor sem igual que ela desde pequena deu a Deus. Hoje é dia de louvar o Senhor pela infância bendita da Virgem Maria! Ao celebrarmos sua natividade, devemos estar alegres: que bom que Deus criou a Virgem Maria, que bom que Ele a agraciou com a Imaculada Conceição e lhe deu uma capacidade de amar superior à dos anjos e dos santos, para que neste mundo, desde a mais tenra infância, ela o pudesse amar como Ele é digno de ser amado.

Que Maria Santíssima, do alto do céu, nos dê um coração de criança para amar a Deus. Pois se não formos como crianças, não entraremos no Reino dos céus. Quais filhinhos nos braços de nossa Mãe, entreguemos à Virgem imaculada nossas necessidades, as de nossa família e de nosso país, para que ela nos cubra a todos com o seu manto de amor e nos ajude a amar sempre um pouco mais ao Deus a quem ela, mais do que ninguém, amou de todo o Coração.

Fonte: Padre Paulo Ricardo

terça-feira, 7 de setembro de 2021

Centenário da Legião de Maria

Há 100 anos, no dia 7 de Setembro de 1921, era fundado o movimento da Legião de Maria pelo servo de Deus Frank Duff e um grupo de jovens, em Dublin, Irlanda. 

A Legião de Maria é uma “associação internacional de fiéis”, cujo objetivo é “a glória de Deus, por meio da santificação pessoal dos seus membros, pela oração e cooperação ativa, sob a orientação da autoridade eclesiástica, na obra de Maria e da Igreja”. Ambiciona ser o elo que liga os Pastores ao seu rebanho, facilita-lhes o trabalho e permite-lhes um contato pessoal e contínuo com os fiéis. Trabalha a nível local sob a orientação dos Párocos.

Fonte: Facebook Valdemar Oportet Ilum Regnare

Dia da Independência

Neste dia da Independência, intercedamos pelo nosso país, juntamente de Nossa Senhora Aparecida e São Pedro de Alcântara, nossos santos padroeiros, e do Santo Anjo da Guarda do Brasil!

quarta-feira, 1 de setembro de 2021

Setembro, mês tradicionalmente dedicado à Nossa Senhora das Dores

Ao iniciar o mês de Setembro dedicado à Nossa Senhora das Dores, é convidativo a todos os devotos a récita do Terço das Sete Dores que tem a sua origem desde a época dos Sete Santos Fundadores da Ordem dos Servitas desde seus primórdios, no século XIII.

O Papa Bento XIII, através do decreto de 26 de Setembro de 1724, recomendou e concedeu várias indulgências aos que recitaram a Coroa ou o Terço das Sete Dores.

A devoção à Mãe Dolorosa data dos primeiros tempos da Igreja. O primeiro exemplo é de São João aos pés da Cruz. Esta devoção ganhou um lugar na história da Igreja através da narrativa do Evangelho de S. João — “Junto à cruz de Jesus estava a sua mãe” (cf. Jo 19, 25).

Embora a devoção tivesse sempre sido parte da piedade católica, só no Século XIII começou a florescer muito mais a devoção de meditar nas dores da Virgem Maria. 

Em Florença, sete homens santos de famílias nobres deixaram a cidade, procurando a solidão no Monte Senário e juntos formaram uma comunidade, dedicando as suas vidas à oração e à penitência. Os sete santos homens tinham todos uma forte devoção a Nossa Senhora.

Na Sexta-Feira Santa de 1239 ao meditarem na Paixão de Nosso Senhor e nos sofrimentos de Nossa Senhora, Ela apareceu-lhes e revelou-lhes o Seu desejo de que eles
formassem uma Ordem dedicada à prática e à difusão da devoção das Suas Dores. 

A pedido de Nossa Senhora, os Sete Santos fundadores da Ordem religiosa dos Servos de Maria (ou Servitas),  determinaram, como objetivo da sua Ordem, a meditação sobre as dores sofridas por Nossa Senhora na Vida, Paixão e Morte do Seu Filho, Nosso Senhor Jesus Cristo, e dedicaram-se a promover entre todos os Católicos a devoção de meditar nas Sete Dores de Nossa Senhora, introduzindo o Terço ou Coroa das Sete Dores da Santíssima Virgem Maria.

Recentemente no início da penúltima década do século XX, Nossa Senhora voltou a pedir e recomendar a recitação do Terço das Sete Dores nas Suas Aparições aprovadas pela Igreja em Kibeho, na África.

“Rezem o Terço das Sete Dores para obterem a contrição de suas faltas”(Nossa Senhora em Kibeho, África).

As Dores de Nossa Senhora são comemoradas duas vezes por ano no calendário litúrgico: em 15 de Setembro e na Sexta-Feira antes do Domingo de Ramos. O fato das Dores da Santíssima Virgem Maria serem comemoradas duas vezes por ano no calendário litúrgico Romano demonstra a importância que esta devoção tem para o Céu.

Fonte: Facebook Valdemar Oportet Ilum Regnare