domingo, 28 de outubro de 2018

28 de Outubro - Festa de São Judas Tadeu e São Simão, Apóstolos


Celebramos hoje a festa de São Judas Tadeu e São Simão, o Cananeu, dois Apóstolos de Cristo que derramaram o sangue em mãos pagãs para testemunhar que um único é o verdadeiro Deus, uma só a verdadeira fé, um único o verdadeiro culto, e é sobre essa fé apostólica que a Igreja se fundamenta, como sobre doze colunas aspergidas de sangue. Embora se celebrem conjuntamente há vários séculos, São Judas Tadeu tornou-se, por circunstâncias históricas relativamente recentes, mais popular entre a gente devota do que São Simão. Isso se deve a uma revelação privada feita no século XIV a Santa Brígida da Suécia, a quem Jesus teria aparecido e revelado que a São Judas foi confiado o patrocínio das causas urgentes e impossíveis. Vale a pena recordar também que S. Judas era sobrinho de Nossa Senhora e, portanto, primo de Jesus, além de tio de dois outros Apóstolos, São Tiago e São João, Evangelista. Essas relações de parentesco fazem supor, naturalmente, que ele devia ser algo semelhante a Nosso Senhor, razão por que algumas imagens suas o retratam com uma medalha ao peito na qual está impressa a efígie de Cristo. Mais, porém, do que ao rosto, São Judas se assemelhava à alma de Nosso Senhor, cujas virtudes imitou e de cuja entrega ao Pai se fez partícipe pelo martírio. Que possamos nós seguir o exemplo deste santo Apóstolo, exemplo de homem que dá a vida por fidelidade ao Evangelho e pela salvação das almas. Peçamos-lhe hoje a graça de termos, não o semblante, mas o nosso coração, pobre egoísta, totalmente configurado ao Sagrado Coração de Cristo.


Fonte: https://padrepauloricardo.org/episodios/festa-de-sao-simao-e-sao-judas-tadeu-apostolos-mmxvii

sexta-feira, 26 de outubro de 2018

26 de Outubro - Memória de São Luís Orione


São Luís Orione, era um grande devoto de Nossa Senhora, propagou a devoção mariana

O Papa João Paulo II, em 1980, colocou diante dos nossos olhos um grande exemplo de santidade expressa na caridade: Luís Orione. Nasceu em Pontecurone, um pequeno município na Diocese de Tortona, no Norte da Itália, no dia 23 de junho de 1872.

Bem cedo percebeu o chamado do Senhor ao sacerdócio. Ao entrar no Oratório, em Turim, recebeu no coração as palavras de São Francisco de Sales lançadas pelo amado São João Bosco: “Um terno amor ao próximo é um dos maiores e excelentes dons que a Divina Providência pode conceder aos homens”. Concluiu o ginásio, deixou o Oratório Salesiano, voltou para casa e depois entrou no seminário onde cursou filosofia, teologia, até chegar ao sacerdócio que teve como lema: “Renovar tudo em Cristo”. Luís Orione, sensível aos sofrimentos da humanidade, deixou-se guiar pela Divina Providência a fim de aliviar as misérias humanas.

Sendo assim, dedicou-se totalmente aos doentes, necessitados e marginalizados da sociedade. Também fundou a Congregação da “Pequena Obra da Divina Providência”. Em 1899, Dom Orione deu início a mais um Ramo da nova Congregação: os “Eremitas da Divina Providência”. Em 1903, Dom Orione recebeu a aprovação canônica aos “Filhos da Divina Providência”, Congregação Religiosa de Padres, Irmãos e Eremitas da Família da Pequena Obra da Divina Providência.

A Congregação e toda a Família Religiosa propunha-se a “trabalhar para levar os pequenos os pobres e o povo à Igreja e ao Papa, mediante obras de caridade”. Dom Orione teve atuação heróica no socorro às vítimas dos terremotos de Reggio e Messina (1908) e da Marsica (1915).

Por decisão do Papa São Pio X, foi nomeado Vigário Geral da Diocese de Messina por 3 anos. Vinte anos depois da fundação dos “Filhos da Divina Providência”, em 1915, surgiu como novo ramo a Congregação das “Pequenas Irmãs Missionárias da Caridade”, Religiosas movidas pelo mesmo carisma fundacional.

O zelo missionário de Dom Orione cedo se manifestou com o envio de missionários ao Brasil em 1913 e, em seguida, à Argentina, ao Uruguai e diversos países espalhados pelo mundo. Dom Orione esteve pessoalmente como missionário, duas vezes, na América Latina: em 1921 e nos anos de 1934 a 1937, no Brasil, na Argentina e no Uruguai, tendo chegado até ao Chile. Foi pregador popular, confessor e organizador de peregrinações, de missões populares e de presépios vivos.

Grande devoto de Nossa Senhora, propagou de todos os modos a devoção mariana e ergueu santuários, entre os quais o de Nossa Senhora da Guarda em Tortona e o de Nossa Senhora de Caravaggio; na construção desses santuários será sempre lembrada a iniciativa de Dom Orione de colocar seus clérigos no trabalho braçal ao lado dos mais operários civis.

Em 1940, Dom Orione atacado por graves doenças de coração e das vias respiratórias foi enviado para Sanremo. E ali, três dias depois de ter chegado, morreu no dia 12 de Março, sussurrando suas últimas palavras: “Jesus! Jesus! Estou indo.” Vinte e cinco anos depois, em 1965, seu corpo foi encontrado incorrupto e depositado numa urna para veneração pública, junto ao Santuário da Guarda, em Sanremo na Itália.

O Papa Pio XII o denominou “pai dos pobres, benfeitor da humanidade sofredora e abandonada” e o Papa João Paulo II depois de tê-lo declarado beato em 26 de outubro de 1980, finalmente o canonizou em 16 de maio de 2004.

São Luís Orione, rogai por nós!

Fonte: https://santo.cancaonova.com/santo/sao-luis-orione-grande-exemplo-de-santidade/

segunda-feira, 22 de outubro de 2018

22 de Outubro - Memória de São João Paulo II, Papa


São João Paulo II levou a uma vida inteiramente dedicada a Deus

São João Paulo II nasceu no dia 18 de Maio de 1920, em Wadowice, na Polônia. Foi batizado com o nome de Karol Wojtyła.

Em Outubro de 1942, entrou no seminário de Cracóvia clandestinamente, por causa da invasão comunista em seu país, e a 1º de Novembro de 1946, foi ordenado sacerdote. Em 4 de Julho de 1958, o Papa Pio XII nomeou-o Bispo auxiliar de Cracóvia. Tendo em vista sua espiritualidade marcadamente mariana, Karol escolheu como lema episcopal a conhecida expressão “Totus tuus”, de São Luís Maria Grignion de Montfort, grande apóstolo da Virgem Maria. A ordenação episcopal de Wojtyla foi em 28 de Setembro do mesmo ano. No dia 13 de Janeiro de 1964, foi eleito Arcebispo de Cracóvia. Em 26 de Junho de 1967, foi criado Cardeal por Paulo VI. Na tarde de 16 de Outubro de 1978, depois de oito escrutínios, foi eleito Papa.

A espiritualidade mariana do grande São João Paulo II o levou a uma vida inteiramente dedicada a Deus, principalmente os seus mais de 25 anos de pontificado, um dos mais longos da história da Igreja. Olhando para a vida de João Paulo II, este santo dos nossos dias, podemos aprender a espiritualidade que o fez de um dos Papas mais extraordinários de todos os tempos e que o elevou rapidamente à glória dos altares.

Ainda seminarista, um livro clássico de espiritualidade mariana o ajudou a tirar as dúvidas que tinha em relação a devoção a Nossa Senhora e a centralidade de Jesus Cristo na vida e na espiritualidade católica.

A obra que marcou profundamente a vida e consequentemente a espiritualidade de Karol Wojtyla foi o “Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem”, de São Luís Maria Grignion de Montfort. Falando às Famílias Monfortinas, o Papa João Paulo II disse que o Tratado é um “texto clássico da espiritualidade mariana”, que teve singular importância em seu pensamento e em sua vida. Segundo o Santo Padre, o Tratado é uma “obra de eficiência extraordinária para a difusão da ‘verdadeira devoção’ à Virgem Santíssima”. São João Paulo II experimentou e testemunhou essa eficácia do Tratado em sua própria vida:

“Eu próprio, nos anos da minha juventude, tirei grandes benefícios da leitura deste livro, no qual “encontrei a resposta às minhas perplexidades” devidas ao receio que o culto a Maria, “dilatando-se excessivamente, acabasse por comprometer a supremacia do culto devido a Cristo”. Sob a orientação sábia de São Luís Maria compreendi que, quando se vive o mistério de Maria em Cristo, esse risco não subsiste. O pensamento mariológico do Santo, de fato, “está radicado no Mistério trinitário e na verdade da Encarnação do Verbo de Deus”.

No dia 22 de Outubro, a Igreja Católica celebra o dia de São João Paulo II. A data foi estabelecida pelo papa Francisco por simbolizar o dia em que Karol Wojtyla celebrou sua primeira missa como Pontífice, em 1978, iniciando seu pontificado.

São João Paulo II, rogai por nós!

Fonte: https://santo.cancaonova.com/santo/sao-joao-paulo-ii/

quinta-feira, 18 de outubro de 2018

18 de Outubro - Festa de São Lucas, Evangelista


São Lucas, evangelista, cuja festa temos hoje a alegria de celebrar, destaca-se na história da Igreja como companheiro missionário de São Paulo (cf. 2Tm 4, 11). Natural de Antioquia, Lucas nasceu fora da religião judaica e foi, como consta da S. Escritura, perito em medicina (cf. Col 4, 14) e, no dizer de S. Jerônimo, “o mais erudito de todos os evangelistas” (Ad Dam., ep. XX, 4). É a ele que que se atribui a autoria dos Atos dos Apóstolos — livro escrito em grande parte em primeira pessoa, sinal de um testemunho direto dos fatos narrados —, que é como uma “continuação” do terceiro evangelho, também obra sua e, de certo modo, reflexo da pregação de São Paulo aos gentios. Também em muitas epístolas canônicas consta, sem sombra de dúvida, a sua fidelidade constante ao Apóstolo das gentes (cf., por exemplo, Fil 24; 2Tm 4, 9-11). Este, contudo, não é de forma alguma a única fonte de que Lucas bebeu para escrever o terceiro evangelho. A narração da infância de Cristo, por exemplo, indica uma origem distinta, pois tem uma coloração peculiar, sobretudo se a comparamos com o relato paralelo de São Mateus. Se neste, com efeito, a infância de Jesus é narrada da perspectiva de São José, em Lucas é o ponto de vista de Maria que prevalece. Isso faz supor, com muita probabilidade, que ele teve contato direto com Nossa Senhora, que guardava em seu coração (cf. Lc 2, 19.51) tudo quanto dizia respeito ao seu amado Filho. Some-se a isto o fato de o terceiro evangelho, como se diz logo nos primeiro versículos, ter sido redigido após uma diligente investigação (cf. Lc 1, 3), o que exige, obviamente, uma consulta às fontes primárias, ou seja, às testemunhas oculares dos principais acontecimentos da Redenção. Essa especial relação que o evangelista teve com a Virgem Santíssima deu origem a uma piedosa tradição (confirmada por Nicéforo Calisto, Simeão Metafrasta e, antes deles, já no século VI, por Teodoro Anagnosta), segundo a qual Lucas teria composto o primeiro retrato conhecido de Maria, no qual se teria inspirado, tempos mais tarde, o autor do ícone de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. A São Lucas, cujo coração foi inspirado divinamente para relatar e transmitir a história da nossa salvação, peçamos a graça de uma terna e confiante devoção à Virgem bendita, àquela que nos mostra o único Caminho que leva ao Pai. — São Lucas, evangelista, rogai por nós!


Fonte: https://padrepauloricardo.org/episodios/festa-de-sao-lucas-evangelista-mmxviii

quarta-feira, 17 de outubro de 2018

17 de Outubro - Memória de Santo Inácio de Antioquia, Bispo e Mártir


Celebramos hoje a memória de Santo Inácio de Antioquia, bispo, um desses grandes mártires da era subapostólica a que, desde o início, a Igreja manifestou toda a sua veneração, a ponto de incluí-lo no próprio Cânon da Missa. Como se sabe, os primeiros dois séculos do cristianismo costumam ser divididos em duas etapas principais: a era apostólica é aquela compreendida entre o início da pregação do Evangelho, a partir de Pentecostes, e a morte do último Apóstolo, São João, por volta do ano 100 d.C.; a era subapostólica, por sua vez, refere-se à primeira geração de discípulos instruídos diretamente pelos Apóstolos, mas que não foram testemunhas oculares de Nosso Senhor. É dentro deste último período que têm lugar as atividades de Santo Inácio, nascido na Síria em torno do ano 35 d.C.. Inácio foi nomeado bispo de Antioquia, tornando-se assim o primeiro sucessor de São Pedro no governo dessa venerável comunidade de fiéis, os primeiros a se identificarem como cristãos. Condenado às feras, Inácio foi enviado a Roma em 110 (ou 108) d.C. e, uma vez aprisionado, à espera de receber a palma do martírio, escreveu um conjunto de sete cartas endereçadas às igrejas da Ásia. Uma delas, no entanto, está dirigida especialmente aos romanos, cuja igreja “preside às demais na caridade”. Nela, Inácio roga aos fiéis de Roma que não intervenham em seu processo e o deixem, assim, ser entregue às feras, já que é morrendo em suas presas que ele espera chegar ao Deus da vida: “Sou o trigo de Cristo”, escreve, “e oxalá venha a ser moído nos dentes das feras para me tornar pão imaculado. Que eu possa imitar a Paixão de meu Senhor. Só agora sinto que começo a ser verdadeiro discípulo”. E acrescenta: “Permiti que eu receba a luz pura. Quando eu aí chegar”, para ser morto e triturado, “então serei homem de verdade. […] Desejo o pão de Deus, que é a carne de Cristo; e por bebida o seu sangue, que é amor incorruptível”. Arrebatado pelo amor ao Senhor, desejando desprender-se desta carne mortal para estar com Deus, Inácio viveu até o fim, com heroísmo verdadeiramente sobrenatural, aquelas palavras de São Paulo: “Para mim o viver é Cristo e o morrer é lucro” (Fp 1, 21). Que, a exemplo dessa glória do episcopado, possamos também nós, abrasados pela caridade, não buscar senão a glória de Nosso Senhor, por amor de quem o mundo deve estar para nós crucificado e nós, crucificados para o mundo. — Santo Inácio de Antioquia, rogai por nós.


Fonte: https://padrepauloricardo.org/episodios/memoria-de-santo-inacio-de-antioquia

terça-feira, 16 de outubro de 2018

16 de Outubro - Memória de Santa Margarida Maria Alacoque



A Igreja celebra hoje a memória de Santa Margarida Maria Alacoque, a confidente do Sagrado Coração de Jesus. Quando, em meados do século XVII, Nosso Senhor quis revelar-se privadamente a esta santa visitandina, Ele mostrou-lhe o seu adorável Coração chagado e amargurado pelas ofensas e ingratidões de que era alvo por parte dos homens. Sabemos, é verdade, que Deus é impassível e não pode, em sua natureza divina, sofrer absolutamente nada: em sentido estrito, os nossos pecados não o “ofendem” e “magoam” na acepção afetiva em que costumamos tomar essas palavras. Mas não deixa de ser verdade, por outro lado, que as nossas culpas representam, sim, uma transgressão da ordem moral que Ele nos impôs e, por isso, constituem uma terrível desonra, uma afronta à obediência que lhe devemos e uma ingratidão ao amor que Ele nos tem. Foi por isso que, assumindo em Cristo a natureza humana, o Filho de Deus quis deixar-se afetar e ferir de uma maneira muito física pelos nossos pecados: Ele não só assumiu em sua própria carne o peso dos nossos crimes, solvendo-os todos na cruz, mas quis também expressar, pela dorque esses mesmos pecados lhe causavam, a imensidão do seu amor para conosco. Porque, de fato, todos sabemos que uma das maiores provas que podemos ter do amor que alguém nos devota é a sua paciência em suportar qualquer contrariedade pelo nosso bem. E não há maior demonstração de caridade do que a vida tão sacrificada de Nosso Senhor: “innocens captus, nec repugnans ductus, testibus falsis pro impiis damnatus”, Ele, apesar de inocente, foi preso e torturado; sendo embora o Criador do mundo, deixou-se conduzir ao matadouro; conquanto fosse a Verdade, foi acusado por falsas testemunhas e, por fim, condenado à morte, para que cada um de nós, amado como como se fora a única alma da terra, recebesse a vida eterna. Ele, que tanto nos amou com um amor singularíssimo e tanto sofreu por todos e cada um dos nossos delitos, bem merece que o amemos de todo coração, arrependidos por termos ferido um Coração que tanto nos quer, e reparemos o quanto nos for possível as ofensas e ingratidões com que Ele ainda é atingido. — Que Santa Margarida Maria Alacoque interceda por nós e nos alcance a graça de sermos cada vez mais devotos do Sacratíssimo Coração de Jesus Cristo, saturado de opróbrios e sedento do amor daqueles que veio redimir.


Fonte: https://padrepauloricardo.org/episodios/memoria-de-santa-margarida-maria-alacoque

segunda-feira, 15 de outubro de 2018

15 de Outubro - Memória de Santa Teresa d'Ávila, Virgem e Doutora da Igreja


Festejando hoje a bem-aventurada Teresa de Jesus, Doutora da Igreja, alimentemo-nos com o pão da sua doutrina espiritual e nos inspiremos no exemplo de sua piedade.

A singular importância de Santa Teresa d’Ávila entre os demais santos da Igreja Católica se deve não só à sua perfeição espiritual, mas também ao seu papel como como instrumentoprovidencial de Deus para indicar a todos os fiéis que caminho devem eles percorrer para alcançar essa mesma grandeza de amor. Teresa é importante, noutras palavras, não apenas por ter sido santa, mas por ter ensinado como alguém se tornasanto. O seu famoso Livro da Vida, escrito inicialmente para a instrução de suas monjas, é uma descrição clara, ao mesmo tempo humana e divina, dos passos que cada alma deve dar neste caminho de amor que chamamos santidade. Sabemos que, ao redigir o Livro da Vida, Teresa não havia ainda chegado ao “final” do percurso; foi só depois de sua visão da alma humana, esmiuçada mais tarde e de forma sistemática nas suas Moradas, que ela pôde deixar-nos constância desses estágios últimos do progresso espiritual que conhecemos como vida mística em mais alto grau. Ora, o “sistema” que subjaz aos escritos de Teresa, ao contrário do que podemos estar tentados a imaginar, não é exclusivo da espiritualidade carmelita: o que ela nos ensina, apesar de estar “entremesclado” com colorações próprias de sua biografia, é de validez universal, pois não representa outra coisa que o único caminho de perfeição que todos, leigos, padres ou religiosos, estamos chamados a trilhar. E um dos pontos mais importantes da doutrina de Santa Teresa é o valor relativo — na verdade, mínimo, se não desprezível — dos “sinais externos”. Pois a santidade não consiste em ter visões ou experimentar êxtases arrebatadores, nem deve ser buscada pelas consolações que vez por outra a acompanham. Não sejamos, pois, como aquela “geração má e perversa” do Evangelho, que busca um sinal grandioso e chamativo, enquanto tem bem ao pé de si o maior sinal de amor, o próprio Cristo presente na intimidade do nosso castelo interior. Que Santa Teresa d’Ávila interceda por nós, instrua-nos com seus escritos e ajude-nos a trilhar o mesmo caminho que ela tão sabiamente nos descreveu.


Fonte: https://padrepauloricardo.org/episodios/memoria-de-santa-teresa-d-avila

sábado, 13 de outubro de 2018

Sexta e última aparição de Nossa Senhora em Fátima - 13 de Outubro de 1917


A multidão rezava o terço quando, à hora habitual, Nossa Senhora apareceu sobre a azinheira. Lúcia inicia a conversa com a Virgem:

- Que é que Vossemecê me quer?

- Quero dizer-te que façam aqui uma capela em minha honra; que sou a Senhora do Rosário; que continuem sempre a rezar o Terço todos os dias. A guerra vai acabar, e os militares voltarão em breve para suas casas.

- Eu tinha muitas coisas para lhe pedir: se curava uns doentes e se convertia uns pecadores, etc. ...

- Uns sim, outros não. É preciso que se emendem; que peçam perdão dos seus pecados. Não ofendam mais a Deus Nosso Senhor, que já está muito ofendido.

Nesse momento, abriu as mãos e fez com que elas se refletissem no Sol, e começou a Se elevar, desaparecendo no firmamento. Enquanto Se elevava, o reflexo de sua própria luz se projetava no Sol.

Os pastorinhos então viram, ao lado do Sol, o Menino Jesus com São José e Nossa Senhora. São José e o Menino traçavam com a mão gestos em forma de cruz, parecendo abençoar o mundo.

Desaparecida esta visão, Lúcia viu Nosso Senhor a caminho do Calvário e Nossa Senhora das Dores. Ainda uma vez Nosso Senhor traçou com a mão um sinal da Cruz, abençoando a multidão.

Por fim aos olhos de Lúcia apareceu Nossa Senhora do Carmo com o Menino Jesus ao colo, com aspecto soberano e glorioso.

As três visões recordaram, assim, os Mistérios gozosos, os dolorosos e os gloriosos do Santo Rosário. Enquanto se passavam essas cenas, a multidão espantada assistiu ao grande milagre prometido pela Virgem para que todos cressem.

No momento em que Ela se elevava da azinheira e rumava para o nascente, o Sol apareceu por entre as nuvens, como um grande disco prateado, brilhando com fulgor fora do comum, mas sem cegar a vista. E logo começou a girar rapidamente, de modo vertiginoso. Depois parou algum tempo e recomeçou a girar velozmente sobre si mesmo, à maneira de uma imensa bola de fogo. Seus bordos tornaram-se, a certa altura, avermelhados e o Astro-Rei espalhou pelo céu chamas de fogo num redemoinho espantoso. A luz dessas chamas se refletia nos rostos dos assistentes, nas árvores, nos objetos todos, os quais tomavam cores e tons muito diversos, esverdeados, azulados avermelhados, alaranjados etc.

A 13 de outubro, era imensa a multidão que acorrera à Cova da Iria: 50 a 70 mil pessoas. A maior parte chegara na véspera e ali passara a noite. Chovia torrencialmente e o solo se transformara num imenso lodaçal.


Três vezes o Sol, girando loucamente diante dos olhos de todos, se precipitou em ziguezague sobre a terra, para pavor da multidão que, aterrorizada, pedia a Deus perdão por seus pecados e misericórdia.

O fenômeno durou cerca de 10 minutos. Todos o viram, ninguém ousou pô-lo em dúvida, nem mesmo livres-pensadores e agnósticos que ali haviam acorrido por curiosidade ou para zombar da credulidade popular.

Não se tratou, como mais tarde imaginaram pessoas sem fé, de um fenômeno de sugestão ou excitação coletiva, porque foi visto a até 40 km de distância, por muitas pessoas que estavam fora do local da aparições e portanto fora da área de influência de uma pretensa sugestão ou excitação.

Mais um pormenor espantoso notado por muitos: as roupas, que se encontravam encharcadas pela chuva no início do fenômeno, haviam secado prodigiosamente minutos depois.

Fonte: https://www.fatima.org.br/sexta-aparicao-e-o-milagre-do-sol

sexta-feira, 12 de outubro de 2018

12 de Outubro - Solenidade de Nossa Senhora Aparecida


Hoje, dia em que celebramos, jubilosos, a solenidade de nossa Padroeira, a Santíssima Virgem da Conceição Aparecida, queremos erguer aos céus nossas mãos suplicantes e rogar ao Deus três vezes santo, confiando na intercessão de Maria Imaculada, pelo bem de todo o nosso país. Nós, que tivemos a graça de receber o dom da fé católica, sabemos que, assim como os outros povos, também o Brasil tem a sua vocação específica, porque não só os indivíduos, tomados isoladamente, são chamados a participar dos projetos divinos, senão que as famílias e as comunidades que formamos têm, também elas, o seu lugar próprio nos planos providenciais do Altíssimo: Ele quer ser honrado e servido tanto por cada homem em particular como pelo conjunto das nações e dos Estados — é um direito seu, como Senhor e Criador da humanidade, em sua dimensão individual e social.

Unido estreitamente à história de Portugal, o Brasil, abençoada Terra de Santa Cruz, tem a missão de ser um povo evangelizador, de levar a luz de Cristo aos lugares ou a que ela ainda não chegou ou, infelizmente, onde ela quase se extinguiu. Eis a nossa tarefa, mas não porque sejamos um povo melhor do que os outros, mais bem preparados, mais cultos, mais ricos; não porque tenhamos “merecido” aos olhos de Deus ser distinguidos com uma missão especial. A história sagrada nos mostra, muito ao contrário, que são justamente os pobres e pequeninos, aqueles que aos olhos do mundo parecem não prometer nada de grandioso, que o Senhor escolhe com preferência e predileção para levar a cabo os seus desígnios. Disso é prova nada menos do que a própria Igreja, um milagre moral de santidade e beleza cujos fundamentos são doze simples judeus, quase todos sem instrução, sem recursos, mas inflamados daquela santíssima e apostólica caridade que faz os humildes superarem os poderosos da terra.

Mas para que cumpramos efetivamente este encargo que Deus nos confiou precisamos ser fiéis à nossa vocação, fiéis às nossas origens católicas, fiéis à sã doutrina com que os portugueses ilustraram nossas terras, instruíram nossa gente, conquistaram o nosso coração para aquela que é Senhora e Rainha de todos os brasileiros. Emancipemo-nos de uma vez para sempre dessa ilusão, tão falsa quanto venenosa, de que estamos fadados a ser o povo “do carnaval, do futebol e do sexo fácil”. Deus nos quer grandes entre os seus santos, e foi por isso que nos colocou sob o amparo daquela que, exaltada sobre todos os coros angélicos, reina ao lado de Cristo e chama todos os seus súditos à obediência da fé e do amor: “Fazei tudo o que Ele vos disser”. — Agarrados ao manto de nossa Mãe concebida sem pecado, demos graças e glória Àquele que, uno e trino, nos fulgores do seu trono celeste, governa o Brasil com mão paterna e está sempre disposto a cumular-nos com os bens que realmente importam.


Fonte: https://padrepauloricardo.org/episodios/solenidade-de-nossa-senhora-aparecida-mmxviii

domingo, 7 de outubro de 2018

7 de Outubro - Memória de Nossa Senhora do Rosário


Maria apareceu a São Domingos e indicou-lhe o Rosário como potente arma para a conversão

Esta festa foi instituída pelo Papa Pio V em 1571, quando celebrou-se a vitória dos cristãos na batalha naval de Lepanto. Nesta batalha os cristãos católicos, em meio a recitação do Rosário, resistiram aos ataques dos turcos otomanos vencendo-os em combate.

A celebração de hoje convida-nos à meditação dos Mistérios de Cristo, os quais nos guiam à Encarnação, Paixão, Morte e Ressurreição do Filho de Deus.

A origem do Rosário é muito antiga, pois conta-se que os monges anacoretas usavam pedrinhas para contar o número das orações vocais. Desta forma, nos conventos medievais, os irmãos leigos dispensados da recitação do Saltério (pela pouca familiaridade com o latim), completavam suas práticas de piedade com a recitação de Pai-Nossos e, para a contagem, o Doutor da Igreja São Beda, o Venerável (séc. VII-VIII), havia sugerido a adoção de vários grãos enfiados em um barbante.

Na história também encontramos Maria que apareceu a São Domingos e indicou-lhe o Rosário como potente arma para a conversão: “Quero que saiba que, a principal peça de combate, tem sido sempre o Saltério Angélico (Rosário) que é a pedra fundamental do Novo Testamento. Assim quero que alcances estas almas endurecidas e as conquiste para Deus, com a oração do meu Saltério”.

Essa devoção, propagada principalmente pelos filhos de São Domingos, recebe da Igreja a melhor aprovação e foi enriquecida por muitas indulgências. Essa grinalda de 200 rosas – por isso Rosário – é rezado praticamente em todas as línguas, e o saudoso Papa João Paulo II e tantos outros Papas que o precederam recomendaram esta singela e poderosa oração, com a qual, por intercessão da Virgem Maria, alcançamos muitas graças de Jesus, como nos ensina a própria Virgem Santíssima em todas as suas aparições.

Nossa Senhora do Rosário, rogai por nós!

Fonte: https://santo.cancaonova.com/santo/nossa-senhora-do-rosario/

sábado, 6 de outubro de 2018

6 de Outubro - Memória de São Bruno, fundador da Ordem dos Cartuxos


A Igreja celebra hoje a memória de São Bruno de Colônia, fundador da Ordem dos Cartuxos. Já em sua época, Bruno tornou-se muito conhecido por sua elevada estatura intelectual e sua ampla erudição. Tudo indicava que o seu futuro seria fazer “carreira” na Igreja, galgando postos cada vez mais importantes na hierarquia eclesiástica. Mas aos corações santos o silêncio do deserto fala mais alto do que os aplausos do mundo, e foi por isso que, retirando-se a um lugar distante dos homens, São Bruno quis fundar a Ordem cartuxa, caracterizada não só pelo seu rigorismo ascético nunca reformado, mas também por seu estilo de vida semi-eremítico, no qual os monges vivem em “quase” isolamento, recolhidos em suas celas, mas incorporados a uma comunidade sob a direção espiritual de um prior. A espiritualidade cartusiana se cifra ainda, já desde os seus primórdios, em uma intensa devoção à Virgem Santíssima, na qual se encontra o melhor exemplo do que significa dedicar-se à vida contemplativa, a esse “guardar no coração” as palavras do Senhor. Com efeito, por ter gerado fisicamente em seu ventre puríssimo e virginal o próprio Verbo encarnado, Maria tem o papel de gerar espiritualmente em cada fiel o mesmo Cristo. E é por isso que, quanto mais crescemos em devoção a esta Boa Mãe, imitando suas virtudes e meditando sua vida, mais nos assemelhamos ao Filho e abrimos espaço em nossos corações para que Ele ali cresça e alcance a perfeição de sua idade madura. É verdade que nem todos podem, como um monge cartuxo, entregar-se exclusivamente à contemplação, mas não é menos certo que, sem um pouco de vida contemplativa e de oração, é difícil, senão impossível, ser verdadeiro cristão. Roguemos pois à Virgem Santíssima, Mãe singular dos cartuxos, e a São Bruno de Colônia que nos alcancem a graça de, mesmo no meio dos zumbidos do mundo, reservarmos um tempo para estar a sós aos pés de Cristo, a cuja semelhança Deus quer ardentemente nos transformar.


Fonte: https://padrepauloricardo.org/episodios/memoria-de-sao-bruno

sexta-feira, 5 de outubro de 2018

5 de Outubro - Memória de Santa Faustina Kowalska, Apóstola da Divina Misericórdia


Santa Faustina teve experiências místicas onde Jesus, foi recordando à humilde religiosa

A misericórdia divina revelou-se manifestamente na vida desta bem-aventurada, que nasceu no dia 25 de agosto de 1905, em Glogowiec, na Polônia Central. Faustina foi a terceira de dez filhos de um casal pobre. Por isso, após dois anos de estudos, teve de aplicar-se ao trabalho para ajudar a família.

Com dezoito anos, a jovem Faustina disse à sua mãe que desejava ser religiosa, mas os pais disseram-lhe que nem pensasse nisso. A partir disso, deixou-se arrastar para diversões mundanas até que, numa tarde de 1924, teve uma visão de Jesus Cristo flagelado que lhe dizia: “Até quando te aguentarei? Até quando me serás infiel?”

Faustina partiu então para Varsóvia e ingressou no Convento das Irmãs de Nossa Senhora da Misericórdia no dia 1 de agosto de 1925. No convento tomou o nome de Maria Faustina, ao qual ela acrescentou “do Santíssimo Sacramento”, tendo em vista seu grande amor a Jesus presente no Sacrário. Trabalhou em diversas casas da congregação. Amante do sacrifício, sempre obediente às suas superioras, trabalhou na cozinha, no quintal, na portaria. Sempre alegre, serena, humilde, submissa à vontade de Deus.

Santa Faustina teve muitas experiências místicas onde Jesus, através de suas aparições, foi recordando à humilde religiosa o grande mistério da Misericórdia Divina. Um dos seus confessores, Padre Sopocko, exigiu de Santa Faustina que ela escrevesse as suas vivências em um diário espiritual. Desta forma, não por vontade própria, mas por exigência de seu confessor, ela deixou a descrição das suas vivências místicas, que ocupa algumas centenas de páginas.

Santa Faustina sofreu muito por causa da tuberculose que a atacou. Os dez últimos anos de sua vida foram particularmente atrozes. No dia 5 de outubro de 1938 sussurrou à irmã enfermeira: “Hoje o Senhor me receberá”. E assim aconteceu.

Beatificada a 18 de abril de 1993 pelo Papa João Paulo II, Santa Faustina, a “Apóstola da Divina Misericórdia”, foi canonizada pelo mesmo Sumo Pontífice no dia 30 de abril de 2000.

Santa Faustina, rogai por nós!

Fonte: https://santo.cancaonova.com/santo/santa-maria-faustina-kowalska-apostola-da-divina-misericordia/

quinta-feira, 4 de outubro de 2018

4 de Outubro - Memória de São Francisco de Assis


São Francisco de Assis, com seu coração seráfico, é um exemplo extremado do que é um homem verdadeiramente evangélico, configurado de corpo e alma ao mistério de Cristo em toda a sua plenitude. Numa época em que se vivia o cristianismo mais como “cultura dominante” do que como convicção profunda, o poverellosoube enxergar com singular clareza qual era a raiz das crises por que então passava a Igreja Católica: tratava-se do fenômeno — por assim dizer — do “cristão de carteirinha”, daquela vida de fé limitada ao cumprimento, às vezes puramente legal, do mínimo do mínimo. Pode-se dizer que, tanto entre os leigos como entre os clérigos, o catolicismo que então se praticava não era mais do que medíocre, acomodado, e como na vida espiritual parar equivale a regredir, não é de estranhar que os cristãos da época vivessem na mais desgarrada mundanidade. Mas Francisco sabia, como toda alma enamorada de Cristo, que o Evangelho — sine glossa, livre de interpretações frouxamente amenas — é um desafio heróico, que ou se aceita na integridade ou se se rejeita em bloco. Não porque todos os cristãos, indiscriminadamente, devam sentir-se obrigados a vender tudo o que têm, trajar um pano velho e viver de esmola, mas porque sem esse espírito de generosa entrega de si é muito difícil ser um cristão autêntico. Deus não nos fez para a mediocridade, para contentar-nos com aquele “minimum” sem o qual não podemos entrar no céu. Ele nos quer salvos, mas também nos quer santos, e quem em bom juízo ousaria pensar, tendo diante dos olhos a história da Igreja, que os santos se destacaram só por fazer o que todos já fazem, por não ir além do que a todos é exigido? Que, a exemplo de São Francisco de Assis e apoiados no auxílio da graça, possamos assumir de coração nossa vocação à santidade, à perfeição no amor, a tudo sacrificar por amor a Deus, que tanto se sacrificou, fazendo-se como um de nós, para que pudéssemos um dia, glorificados no céu, participar daquilo que Ele mesmo é.



Fonte: https://padrepauloricardo.org/episodios/memoria-de-sao-francisco-de-assis-mmxviii

terça-feira, 2 de outubro de 2018

Os santos e os anjos da guarda


Alguns santos, como Santa Gemma e Padre Pio tiveram o insigne privilégio de terem um contato sensível com seus anjos da guarda.

Santa Gemma Galgani



O Anjo da Guarda de Gemma aparecia frequentemente para ela. Eles tinham uma conversa da mesma maneira que alguém conversa com o seu melhor amigo. A pureza e inocência de Gemma devem ter trazido este Glorioso Anjo do céu para o seu lado. Gemma e seu Anjo - este com suas asas abertas ou ajoelhado ao lado dela - recitavam orações ou salmos alternadamente. Quando meditavam a Paixão de Nosso Senhor, o seu Anjo inspirava-lhe as mais sublimes reflexões neste mistério. Seu Anjo da Guarda uma vez falou-lhe sobre as Agonias de Cristo:

“Olha para o que Jesus sofreu pelo homem. Considera uma por uma estas Chagas. É o Amor que abriu-as todas. Vê como execrável (horrível) é o pecado, já que para expiá-lo, tanta dor e tanto amor foram necessários”.

São Padre Pio



O Padre Pio, que teve vários encontros com anjos durante sua vida terrena, escreveu esta incrível carta sobre como se relacionar com o anjo da guarda

O Padre Pio, durante sua vida, teve encontros com anjos e chegou a conhecê-los bem. E também recebeu locuções interiores que teve de discernir de quem vinham e como deveria agir com relação a elas.

Em uma carta escrita em 15 de julho de 1913 a Anita, ele oferece uma série de valiosos conselhos sobre como agir com relação ao anjo da guarda, às locuções e à oração.

Querida filha de Jesus:

Que o seu coração sempre seja o templo da Santíssima Trindade, que Jesus aumente em sua alma o ardor do seu amor e que Ele sempre lhe sorria como a todas as almas a quem Ele ama. Que Maria Santíssima lhe sorria durante todos os acontecimentos da sua vida, e abundantemente substitua a mãe terrena que lhe falta.

Que seu bom anjo da guarda vele sempre sobre você, que possa ser seu guia no áspero caminho da vida. Que sempre a mantenha na graça de Jesus e a sustente com suas mãos para que você não tropece em nenhuma pedra. Que a proteja sob suas asas de todas as armadilhas do mundo, do demônio e da carne.

Você tem uma grande devoção a esse anjo bom, Anita. Que consolador é saber que perto de nós há um espírito que, do berço ao túmulo, não nos abandona em nenhum instante, nem sequer quando nos atrevemos a pecar! E este espírito celestial nos guia e protege como um amigo, um irmão.

É muito consolador saber que esse anjo ora sem cessar por nós, oferece a Deus todas as nossas boas ações, nossos pensamentos, nossos desejos, se são puros.

Pelo amor de Deus, não se esqueça desse companheiro invisível, sempre presente, sempre disposto a nos escutar e pronto para nos consolar. Ó deliciosa intimidade! Ó deliciosa companhia! Se pudéssemos pelo menos compreender isso…!

Mantenha-o sempre presente no olho da sua mente. Lembre-se com frequência da presença desse anjo, agradeça-lhe, ore a ele, mantenha sempre sua boa companhia. Abra-se a ele e confie seu sofrimento a ele. Tome cuidado para não ofender a pureza do seu olhar. Saiba disso e mantenha-o bem impresso em sua mente. Ele é muito delicado, muito sensível. Dirija-se a ele em momentos de suprema angústia e você experimentará sua ajuda benéfica.

Nunca diga que você está sozinha na batalha contra os seus inimigos. Nunca diga que você não tem ninguém a quem abrir-se e em quem confiar. Isso seria um grande equívoco diante desse mensageiro celestial.

No que diz respeito às locuções interiores, não se preocupe, tenha calma. O que se deve evitar é que o seu coração se uma a estas locuções. Não dê muita importância a elas, demonstre que você é indiferente. Não despreze seu amor nem o tempo para essas coisas. Sempre responda a estas vozes:

“Jesus, se és Tu quem está me falando, permite-me ver os fatos e as consequências das tuas palavras, ou seja, a virtude santa em mim.”

Humilhe-se diante do Senhor e confie nele, gaste suas energias pela graça divina, na prática das virtudes, e depois deixe que a graça aja em você como Deus quiser. É a virtude que santifica a alma, e não os fenômenos sobrenaturais.

E não se confunda tentando entender que locuções vêm de Deus. Se Deus é seu autor, um dos principais sinais é que, no instante em que você ouve essas vozes, elas enchem sua alma de medo e confusão, mas logo depois a deixam com uma paz divina. Pelo contrário, quando o autor das locuções interiores é o diabo, elas começam com uma falsa segurança, seguida de agitação e um mal-estar indescritível.

Não duvido em absoluto de que Deus seja o autor das locuções, mas é preciso ser cautelosos, porque muitas vezes o inimigo mistura uma grande quantidade do seu próprio trabalho através delas.

Mas isso não deve assustá-la; a isso foram submetidos os maiores santos e as almas mais ilustradas, e que foram acolhidas pelo Senhor.

Você precisa simplesmente ter cuidado para não acreditar nessas locuções com muita facilidade, sobretudo quando elas se digam como você deve se comportar e o que tem de fazer. Receba-as e submeta-as ao juízo de quem a dirige espiritualmente. E siga a sua decisão.

Portanto, o melhor a se fazer é receber as locuções com muita cautela e indiferença constante. Comporte-se dessa maneira e tudo aumentará seu mérito diante do Senhor. Não se preocupe com sua vida espiritual: Jesus a ama muito. Procure corresponder ao seu amor, sempre progredindo em santidade diante de Deus e dos homens.

Ore vocalmente também, pois ainda não chegou a hora de deixar estas orações. Com paciência e humildade, suporte as dificuldades que você tem ao fazer isso. Esteja sempre pronta também para enfrentar as distrações e a aridez, mas nunca abandone a oração e a meditação. É o Senhor que quer tratá-la dessa maneira para seu proveito espiritual.

Perdoe-me se termino por aqui. Só Deus sabe o muito que me custa escrever esta carta. Estou muito doente; reze para que o Senhor possa desejar me livrar desse pequeno corpo logo.

Eu a abençoo, junto à excelente Francesca. Que você possa viver e morrer nos braços de Jesus.

Pe. Pio

Fonte: http://www.stgemma.com/pr_angel.html e https://www.google.com.br/amp/s/pt.aleteia.org/2015/05/14/o-padre-pio-e-os-anjos-da-guarda/amp/

2 de Outubro - Memória dos Santos Anjos da Guarda


Deus pôs cada um de nós sob o amparo de um anjo custódio, que nos protege e conduz ao longo desta peregrinação terrena. Não se trata de uma piedosa historieta para criancinhas, mas de uma doutrina firme e constantemente ensinada pela Igreja e celebrada hoje, de modo mais solene, na sagrada liturgia. Mas, embora não seja algo decriança, não deixa de ser verdade que o anjo de guarda é, sim, paracrianças, não no sentido cronológico da palavra, mas em sua significação propriamente espiritual: todos nós, tenhamos oito ou oitenta anos, devemos portar-nos com o nosso anjo guardião como se fôramos crianças, ou seja, com aquela dócil confiança de quem se sabe amparado por alguém mais forte, mais sábio, mais preparado, que nos cobre com inúmeras provas de amor e carinho. Não se trata — notemos bem — de “simular” uma ingenuidade tola, de quem não conhece nada da vida nem dos homens, mas de ter um coração simples, inocente, confiante, à semelhança de um filho que, agarrado à mão do pai, se deixa conduzir livremente. Todos nós, que caminhamos rumo ao céu e, em tantas ocasiões, não sabemos por que estradas seguir, temos necessidade de um guia, de uma pessoa que nos aconselhe e inspire. E essa é a função do anjo a que a piedade divina nos confiou: ele, que vê sem cessar a face do nosso Pai celeste, enxerga claramente o que mais nos convém e está sempre pronto a nos indicar o caminho. Basta que queiramos abrir-nos às suas inspirações e dar-lhe “passe livre” para pegar da nossa mão e levar-nos consigo ao Reino dos Céus. Que a partir de hoje possamos afervorar nossa devoção aos santos anjos da guarda. Rezemos sempre, de noite e ao amanhecer, aquela bonita prece, talvez a primeira que nos tenham ensinado nossos pais: “Santo anjo do Senhor, meu zeloso guardador, se a ti me confiou a piedade divina, sempre me rege, guarda, governa e ilumina. Amém”.

Oração (da Coleta da Missa dos Santos Anjos da Guarda). — Ó Deus, que por inefável providência vos dignais enviar os Santos Anjos para que nos guardem, fazei, nós vo-lo pedimos, que sejamos continuamente defendidos pela sua proteção e mereçamos alcançar no céu a glória da sua companhia. Por Cristo, Nosso Senhor. Amém.


Fonte: https://padrepauloricardo.org/episodios/memoria-dos-santos-anjos-da-guarda-mmxviii

segunda-feira, 1 de outubro de 2018

1° de Outubro - Memória de Santa Teresa de Lisieux, Doutora da Igreja


Santa Teresinha do Menino Jesus, ou Teresa de Lisieux, oferecia todos os gestos e sacrifícios, do menor ao maior “Não quero ser santa pela metade, escolho tudo”. A santa de hoje nasceu em Alençon (França) em 1873 e morreu no ano de 1897. Santa Teresinha não só descobriu que no coração da Igreja sua vocação era o amor, como também sabia que o seu coração – e o de todos nós – foi feito para amar. Nascida de família modesta e temente a Deus, seus pais (Luís e Zélia) tiveram oito filhos antes da caçula Teresa: quatro morreram com pouca idade, restando em vida as quatro irmãs da santa (Maria, Paulina, Leônia e Celina). Teresinha entrou com 15 anos no Mosteiro das Carmelitas em Lisieux, com a autorização do Papa Leão XIII. Sua vida se passou na humildade, simplicidade e confiança plena em Deus.

Todos os gestos e sacrifícios, do menor ao maior, oferecia a Deus pela salvação das almas e na intenção da Igreja. Santa Teresinha do Menino Jesus e da Sagrada Face esteve como criança para o Pai, livre, igual a um brinquedo aos cuidados do Menino Jesus e, tomada pelo Espírito de amor, que a ensinou um lindo e possível caminho de santidade: infância espiritual.

O mais profundo desejo do coração de Teresinha era ter sido missionária “desde a criação do mundo até a consumação dos séculos”. Sua vida nos deixou como proposta, selada na autobiografia “História de uma alma” e, como intercessora dos missionários sacerdotes e pecadores que não conheciam a Jesus, continua ainda hoje, vivendo o Céu, fazendo o bem aos da terra.

Morreu de tuberculose, com apenas 24 anos, no dia 30 de setembro de 1897 dizendo suas últimas palavras: “Oh!…amo-O. Deus meu,…amo-Vos!” Após sua morte, aconteceu a publicação de seus escritos. A chuva de rosas, de milagres e de graças de todo o gênero. A beatificação em 1923, a canonização em 1925 e declarada “Patrona Universal das Missões Católicas” em 1927, atos do Papa Pio XI. E a 19 de outubro de 1997, o Papa João Paulo II proclamou Santa Teresa do Menino Jesus e da Sagrada Face doutora da Igreja.

Santa Teresinha do Menino Jesus, rogai por nós!


Fonte: https://santo.cancaonova.com/santo/santa-teresinha-do-menino-jesus-intercessora-dos-missionarios/