quinta-feira, 30 de agosto de 2018

30 de Agosto - Martírio de São João Batista, o último e maior dos profetas


São João Batista, ao denunciar os vícios e injustiças deixou Deus conduzi-lo

Com satisfação lembramos a santidade de São João Batista que, pela sua vida e missão, foi consagrado por Jesus como o último e maior dos profetas: “Em verdade eu vos digo, dentre os que nasceram de mulher, não surgiu ninguém maior que João, o Batista…De fato , todos os profetas, bem como a lei, profetizaram até João. Se quiserdes compreender-me, ele é o Elias que deve voltar.” (Mt 11,11-14)

Filho de Zacarias e Isabel, João era primo de Jesus Cristo, a quem “precedeu” como um mensageiro de vida austera, segundo as regras dos nazarenos.

São João Batista, de altas virtudes e rigorosas penitências, anunciou o advento do Cristo e ao denunciar os vícios e injustiças deixou Deus conduzí-lo ao cumprimento da profecia do Anjo a seu respeito: “Pois ele será grande perante o Senhor; não beberá nem vinho, nem bebida fermentada, e será repleto do Espírito Santo desde o seio de sua mãe. Ele reconduzirá muitos dos filhos de Israel ao Senhor seu Deus: e ele mesmo caminhará à sua frente…” ( Lc 1, 15)

São João Batista desejava que todos estivessem prontos para acolher o Mais Forte por isso, impelido pela missão profética, denunciou o pecado do governador da Galileia: Herodes, que escandalosamente tinha raptado Herodíades – sua cunhada – e com ela vivia como esposo.

Preso por Herodes Antipas em Maqueronte, na margem oriental do Mar Morto, aconteceu que a filha de Herodíades (Salomé) encantou o rei e recebeu o direito de pedir o que desejasse, sendo assim, proporcionou o martírio do santo, pois realizou a vontade de sua vingativa mãe: “Quero que me dês imediatamente num prato, a cabeça de João, o Batista” (Mc 6,25)

Desta forma, através do martírio, o Santo Precursor deu sua vida e recebeu em recompensa a Vida Eterna reservada àqueles que vivem com amor e fidelidade os mandamentos de Deus.

São João Batista, rogai por nós!

Fonte: https://santo.cancaonova.com/santo/martirio-de-sao-joao-batista-o-ultimo-e-maior-dos-profetas/

terça-feira, 28 de agosto de 2018

28 de Agosto - Memória de Santo Agostinho, Bispo e Doutor da Igreja


A Igreja celebra hoje a memória de um de seu maiores doutores, Santo Agostinho, com o qual dificilmente poderia ombrear outro santo além do Apóstolo Paulo, doutor das gentes, cujos escritos, luz para os cristãos de todos os tempos, foram canonizados pelo Magistério eclesiástico e inseridos no catálogo das Sagradas Escrituras. À exceção de Paulo, contudo, não há talvez nenhum doutor maior do que Agostinho. Nem mesmo Tomás de Aquino, considerado por unânime aclamação dos romanos pontífices Doutor Comum da Igreja, teve a influência e o peso que teve o bispo de Hipona não só na história da teologia especulativa e moral, mas na vida de incontáveis fiéis que, inspirados pelo seu testemunho de conversão, abriram-se à busca da verdade e à ação da graça divina. A vida de Agostinho mostra-nos, com efeito, que o homem, quando jaz no erro e na ignorância, encontra-se como que desfigurado, “in regione dissimilitudinis” (Conf. VII, 10.16), com um coração profundamente inquieto, que não pode ter descanso até repousar na verdade e no amorde Deus. Mas o Senhor quer se encontrado por nós. Por isso, não cessa de atrair-nos de mil modos, dando a cada um as graças atuais suficientes de que precisa para sair da sombra do pecado e entrar na luz de Cristo. Que, a exemplo de Santo Agostinho, doutor da graça, possamos reconhecer com sincero arrependimento o quão longe temos estado do Senhor: “Inveni longe me esse a te” (Conf. VII, 10.16), e peçamos a Deus que nos tire das lonjuras do pecado e nos introduza suavemente na intimidade do seu coração de Pai e Amigo.


Fonte: https://padrepauloricardo.org/episodios/memoria-de-santo-agostinho-mmxviii

segunda-feira, 27 de agosto de 2018

27 de Agosto - Memória de Santa Mônica


É com grande alegria que celebramos hoje a memória de Santa Mônica. A vida desta piedosa mãe, modelo de esposa católica, permite-nos recordar com que providencial sabedoria Deus se serve das criaturas para produzir os efeitos que deseja. No caso de Santa Mônica, foram as orações, lágrimas e penitências de um amor, não só materno, mas sobretudo cristão que o Senhor quis utilizar para dar à Igreja um bispo e Doutor da estatura de Agostinho. Dos 56 anos a que se resume sua curta vida, Mônica passou 32 deles rezando e chorando pela conversão do filho, entregue por toda a juventude a uma vida de dissipações e graves pecados. Ao fim, Agostinho converteu-se, pois como haveria de perder-se, no dizer de Santo Ambrósio, o filho de tão copiosas lágrimas? O Senhor bem poderia, é verdade, ter convertido Agostinho após a primeira oração da mãe; mas, se o tivesse feito, teríamos talvez um santo Agostinho, mas não uma santa Mônica, trabalhada e burilada na paciência, na perseverança, no sofrimento, na constância, na confiança no poder da graça divina. Porque Deus quer, sim, dar-nos os seus dons, mas quer também que lhos peçamos, que preparemos o nosso coração para receber, pelos meios já determinados, o que Ele espera conceder-nos. O Senhor queria, pois, fazer de Agostinho um grande santo, mas não sem lhe santificar também a mãe, educada pouco a pouco na escola da santa paciência. Que os dois, mãe e filho, intercedam hoje por todos nós e, de modo particular, pelas mães que sofrem pelos filhos afundados no pecado.


Fonte: https://padrepauloricardo.org/episodios/memoria-de-santa-monica-mmxviii

sexta-feira, 24 de agosto de 2018

24 de Agosto - Festa de São Bartolomeu, Apóstolo



São Bartolomeu é modelo para quem quer se deixar conduzir pelo Senhor
Neste dia, festejamos a santidade de vida de São Bartolomeu, apóstolo de Nosso Senhor Jesus Cristo, que na Bíblia é citado com o nome de Natanael (que significa dom de Deus). Os três Evangelhos sinópticos chamam-lhe sempre Bartolomeu ou Bar-Talmay (filho de Talmay em aramaico). Nasceu em Caná da Galiléia, naquela pequena aldeia onde Jesus transformou a água em vinho.

Bartolomeu é modelo para quem quer se deixar conduzir pelo Senhor, pois, assim encontramos no Evangelho de São João: “Filipe vai ter com Natanael e lhe diz: ‘É Jesus, o filho de José de Nazaré'”. Depois de externar sua sinceridade e aproximar-se do Cristo, Bartolomeu ouviu dos lábios do Mestre a sua principal característica: “Eis um verdadeiro israelita no qual não há fingimento” (Jo 1,47).
Pertencente ao número dos doze, São Bartolomeu conviveu com Jesus no tempo da vida pública e pôde contemplar no dia a dia o conteúdo de sua própria profissão de fé: “Rabi, tu és o Filho de Deus, tu és o rei de Israel”. Depois da Paixão, glorificação do Verbo e grande derramamento do Espírito Santo em Pentecostes, conta-nos a Tradição que o apóstolo Bartolomeu teria evangelizado na Índia, passado para a Armênia e, neste local conseguido a conversão do rei Polímio, da esposa e de muitas outras pessoas, isto até deparar-se com invejosos sacerdotes pagãos, os quais martirizaram o santo apóstolo, após o arrancarem a pele, mas não o Céu, pois perseverou até o fim.

São Bartolomeu, rogai por nós!



quinta-feira, 23 de agosto de 2018

As aparições da Vitoriosa Rainha do Mundo


Sóror Maria Natália das Irmãs de Santa Maria Madalena, nasceu em 1901 perto de Pozsony, na atual Eslováquia. Seus pais eram artesãos de origem alemã. Ainda jovem aprendeu o Húngaro e o alemão, e mais tarde o francês. Recebeu as mensagens em húngaro. Teve uma vida cheia de Deus, e de acontecimentos políticos, e de sofrimentos a pedido de Jesus pelos sacerdotes. Morreu a 24 de Abril de 1992, em odor de santidade. Desde criança percebeu sua vocação religiosa, e fortes experiências místicas. Aos 17 anos entrou no convento de Pozsony, e aos 33 anos adoeceu e a remeteram para a Hungria, sua pátria, para viver no convento de Budapeste e Keeskemet, onde começou sua locuções interiores e visões; sobre o destino da Hungria e do mundo. Suas mensagens são um chamado à reparação dos pecados, à emenda e à devoção ao Coração Imaculado de Maria como a Vitoriosa Rainha do Mundo; escreveu as mensagens entre os anos de 1939 e 1943. Sóror Natália, durante a Segunda Guerra Mundial aconselhou o Papa Pio XII, que não fosse para o Castelgandolfo, porque seria bombardeado  como de fato o foi. Sóror Natália teve que transmitir duras mensagens à hierarquia Católica, a pedido de Jesus, convocando a todos ao ”Apostolado da Emenda”.

No período mais difícil, Sóror Natália compartiu a sorte de suas irmãs religiosas e teve que viver escondida, mas sua vida mística continuou, sob a orientação de seu diretor espiritual, seus escritos são um verdadeiro tesouro místico de grande valor, comparado a Santa Catarina de Sena, Santa Teresa de Jesus ou Santa Gertrudes, com mensagens, ensinamentos, avisos dirigidos a todos e em especial aos sacerdotes e consagrados; Sóror Natália aceitou suportar sofrimentos incríveis, tanto no corpo como na alma, pelos”Filhos Sacerdotes de Jesus”.

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Irmã Natália

Fragmentos de seus escritos:

Visitada por Nossa Senhora:

Comecei a ler a sagrada Bíblia às escondidas. A primeira lição que me tocou a fundo foi: ”Não julgues para que não te julguem e o que tu faças pelo menor de meus irmãos, Me tens feito a Mim”(…). Uma tarde de verão, perto do pôr do sol, sentei-me em silêncio por detrás de minha casa, no primeiro degrau da escada. Ao contemplar a beleza do céu, senti como se minha alma fosse voar para lá. De repente se abriu a grande do jardim e entrou uma mulher. Eu brinquei e corri para Ela. Era formosa e uma felicidade devota e sobrenatural irradiava d’Ela. Disse: -Tomara que esta seja a casa que me receba. Fecharam-me as portas nas outras casa aonde cheguei. ”Não há lugar”, disseram-me. 

Em outros lugares me retiraram sem maiores explicações. Comecei nesta fileira de casas e não me tem passado nenhum desde a ponte até aqui.

-Me agrada a pessoa de bom coração- falou novamente. Me dás hospedagem?

-Sim! disse-lhe. Corri dentro de casa até minha mãe. Rapidamente lhe revelei a hóspede: ”É uma senhora formosa, diferente de nós; sua saia é escura e cobre os tornozelos; pede para ficar conosco esta noite. Nem sequer pede uma cama, uma cadeira é suficiente ou um banco”. Depois disto corri para meu pai. Ele era um homem sério e perguntou: ”Quem é esta desconhecida?” Eu descrevi com medo que a despedisse. Mas meu pai concordou em que ficasse. ”Olha, minha pequena disse-me-, de algum modo podemos acomodar a inesperada hóspede; não temos muito espaço, mas deixa que ela fique. A noite estava fria, por isso fizemos um pouco de fogo na casa.

A Senhora sentou-se numa cadeira na cozinha e eu sentei-me a seu lado no chão. Começou a falar-me do Céu. Eu escutava todas as palavras e minha alma regozijava-se de felicidade. Perguntei-lhe se queria comer conosco, mas ela só pediu um pedacinho de pão e chá. Enquanto comíamos, ela me falou da vida dos santos; de São Francisco de Assis. Eu lhe disse que queria servir muitíssimo a Deus e ser religiosa.

-O serás- disse-, e sua voz era firme.

-De onde vem?  perguntei-lhe.

-Venho de Viena, de um claustro.

-Deveras? Disse-lhe, com alegria. Por favor, leve-me para lá também; não importa que eu seja ainda pequena, supliquei-lhe.

-Aonde eu vou agora, não te posso levar. Porém, sim mais tarde- me contestou.

O Sino da Igreja tocou o Ângelus. A Senhora estava absorta em oração, parecia ensimesmada, de toda sua pessoa irradiava majestade e beleza celestiais. Eu estava assustada, somente mais tarde me dei conta que era Nossa Mãe Santíssima. Era hora de ir para cama. Disse à Senhora, baixando meus olhos de vergonha, que nós não tínhamos quarto de hóspede, de modo que ela tinha que dormir no meu enquanto meus pais iriam para outro quarto. Ela concordou com tudo.

-Nós temos espaço suficiente- disse.

Meu coração alegrou-se. Eu era uma criança esbelta e lhe disse que podia tirar seu pequeno xale.

-Não importa, falou sorrindo. Corri até meu pai e disse:

-Papai, eu não sei o que fazer. Pedi à Senhora se queria dormir comigo.

-Está bem, se tu o queres. Mas se ela não quer ir para cama, deixa-a na cadeira. Eu me acostarei num banco no outro quarto; deste modo estarei perto para qualquer emergência.

Regressei com a Senhora. Sentamos-nos na cama em tirarmos a roupa. Ela pregou durante toda a noite sobre o céu. Não pude fechar os olhos por que tudo que falava era demasiado luminoso.

Pela manhã disse-lhe que iria para Missa. Ela quis ir comigo. Durante a Missa quase não me atrevi a mover-me. Fomos juntas comungar. Depois da Missa um acólito veio dizer-me, que o vigário queria falar-me.

-Vou em seguida, mas deixa-me acompanhar minha hóspede até fora do povoado. Com efeito, a Senhora estava tomando o caminho de Stomfa, um povoado próximo. Perguntei-lhe se conhecia o caminho, e o mostrei.

-Primeiro sobe até o morro e logo ao descer verá em seguida as casas do povoado. Ela me agradeceu por passar a noite em minha casa. Disse-lhe novamente: – Eu gostaria de ser religiosa.

-Laudetur, Jesus Christus! me contestou em latim (Louvado seja Jesus Cristo!)

Depois de haver dado alguns passos, voltei-me para vê-la novamente, porque era difícil separar-me dEla; e qual não foi minha surpresa, não a vi por nenhum lado. Em minha infantil ingenuidade pensei: ”Talvez, nem o Senhor Jesus a pode alcançar!”

-Quem era essa Senhora, Marikita? perguntou-me. Certamente não era deste mundo!

-A mim, disse-me que se eu rezar muito poderei ser religiosa.

-Respondi-lhe com certo orgulho de menina.

O sacerdote ficou pensativo, e depois me disse:- Eu vacilei em dar-lhe a comunhão. Quando lhe ofereci a sagrada Hóstia, seu rosto estava esplendoroso, cheio de luz; e luz também saía de sua boca. A sagrada Hóstia voou de meus dedos. Ela recebeu a comunhão nesta luz. Realmente tive medo deste fenômeno extraordinário. Ela pareceu-me a eternidade gloriosa. Ainda na sacristia continuava tremendo.

A VITORIOSA RAINHA DO UNIVERSO

O Rei e a Rainha


Fona festividade de Cristo Rei de 1939 quando tive a visão do Salvador como meu real esposo. Sua
figura era majestosa e seu rosto muito formoso. Tudo irradiava amor. O manto real pendia de seus ombros e uma coroa de três peças brilhava em sua cabeça. Quando estou frente a um homem ilustre, meu coração bate com força, mas nesse momento não. Senti que Ele me atraía ao seu divino Coração com seu ardente amor. Isto sucedeu com tal força que corri para Ele e me prostrei a seus pés. Ele se inclinou e me levantou, cobrindo-me com uma ponta de seu manto real.

- Meu Salvador e meu Rei! Gritei. Por favor, reina sempre em mim!

- Meu trono está já em teu coração me respondeu. Em ti meu reino está completo. Mas onde reina meu amor será levantada minha cruz. Entendi que Jesus queria algum sacrifício de mim. Voltei-me para Ele com alegria, disposta a obedecer, e lhe disse:

- Meu bom Jesus, quero que reines em mim segundo vossa vontade; estou disposta a carregar a cruz por Vós!

Ele me olhou complacente e enquanto eu descansava em seu peito, pude ver como Ele lançou uma olhada a todo o mundo. Compreendi que anelava algo.

- Qual pode ser o desejo de vosso Coração? perguntei. Ele se inclinou para mim com indescritível amor e me disse:

- Se o mundo reconhece ao Filho como Rei, é justo, correto e apropriado que a Mãe do Filho receba a
honra de Rainha. É por isto que Eu quero que minha Mãe Imaculada seja reconhecida por todo o mundo como a Vitoriosa Rainha do mundo. Este reconhecimento deve ser proclamado aberta e solenemente!

Quando o Salvador disse "solenemente" vi que de uma brilhante nuvem saiu uma maravilhosa procissão.

Não posso descrevê-la em detalhes porque era uma procissão celestial e a linguagem humana não está
apta para descrever as coisas celestiais. Jesus, sem embargo, a olhou satisfeito. Vi então que os anjos
levavam um trono celestial e sentada no trono como a uma rainha a Santíssima Virgem. Levava um
manto real e uma tríplice coroa. A coroa tinha uma referência especial à Santíssima Trindade, já que a
Virgem é ao mesmo tempo filha, esposa e mãe de Deus.

A Virgem Maria tinha o cetro de Rainha na mão direita e uma esfera na esquerda. Na esfera estava
sentado o Menino Jesus, também em pompa real, pois sobre a cabeça de Jesus vi também uma coroa.

Na mão esquerda do Menino havia uma pequena cruz, que Ele apertava em seu Coração e em sua mão direita o cetro real. A procissão ia acompanhada por uma música maravilhosa. De repente, a visão da procissão desapareceu e vi outra vez a Jesus como Rei. À sua direita estava sua Mãe como Rainha do Universo.

Entendi que a procissão celestial era a precursora dessas outras muitas procissões que viriam a celebrar Maria como Rainha em todo o mundo: em povos e em aldeias, pelos campos e montanhas, nos lares e nos corações, como a Vitoriosa Rainha do Universo. Durante esta visão, o Salvador me fez saber que esta  solene festa seria celebrada durante o reinado do Papa Pio XII (isto ocorreu em 1954 durante o Ano Mariano, com a instituição da festa de "Nossa Senhora Rainha" e a publicação da encíclica Ad caeli Reginam) Ademais, Jesus me fez saber que Ele abençoaria esta festa de uma maneira especial. Os sacerdotes escolhidos para promover esta devoção sofreriam muito e seriam humilhados. Mas Jesus prometeu sua ajuda a esses sacerdotes. "Estarei com eles em seus sofrimentos" me disse -, e enquanto dizia isto pôs sua mão direita em seu Coração e a levantou para abençoar: a graça fluía como um rio sobre as almas escolhidas desses sacerdotes. Então vi como seu olhar pousava sobre meu confessor e entendi o que lhe disse: "As bênçãos de meu Coração, a chama de meu Amor e a força de minha Vontade estarão com meus sacerdotes fervorosos; eles serão a escada para que minha Mãe Imaculada suba até o trono de sua glória como a Vitoriosa Rainha do Universo".

Mensagem aos Sacerdotes

Santifiquem-se e rezem pelas almas!

Uma noite, Jesus me disse o seguinte, dirigindo-se aos sacerdotes: ”Vim ao mundo pelo bem das almas. É sua vocação e seu dever salvá-las. Se vocês permanecem em Mim e em meu amor, sairão vitoriosos”.

Logo se voltou para mim e disse: ”Esposa minha, que padeces comigo, esta noite alguns sacerdotes vão me ofender gravemente. Pelos méritos de teu sacrifício libertarei alguns deles de seus pecados, mas quem fará sacrifícios pelos outros? Morreria por eles novamente, cada vez que eles desferem suas feridas mortais em meu Coração”.

Eu sofri junto com Jesus por essas almas. Aceitaria todos os sofrimentos do mundo se pudesse evitar um pecado grave que ofendesse a meu Jesus.

Disse-lhe:- Meu querido Jesus, estou disposta a fazer qualquer sacrifício.

E respondeu:- Flagela-te hoje; assim poso livrar meus extraviados sacerdotes do pecado e acolhê-los de novo em meu Coração. Nesse tempo meus superiores me dispensaram da oração comunitária por causa das graças extraordinárias que elas viam tão claramente em mim, e assim pude fazer em segredo o que Jesus me pedia.

Purificação do mundo

Uma vez, numa visão, o Senhor me mostrou como a maior parte do mundo se converteria numa ruína. Vi cidades e aldeias, e tudo parecia como um bosque depois de um incêndio. Não havia sinal de vida em lugar algum. De repente apareceu o Divino Salvador. Vi como caminhava entre as ruínas.

Levantou sua mão direita para o céu, enquanto sua esquerda apontava o mundo. Eu lhe perguntei: -Meu Jesus, que está fazendo entre estas ruínas?

Ele me respondeu: -Estou buscando um lugar para semear as sementes da promessa de meu Pai Celestial, mas tudo está queimado em ruínas.

Eu entendi que sua mão direita, levantada para o Céu, significava o iminente castigo, enquanto sua mão esquerda, apontando para o mundo, representava sua prolongada misericórdia. Conforme eu via na visão, um escrito aparecia acima da direita de Jesus:- Isto não sucederá se meu povo se converte. Por meio da reparação o Pai Celestial terá misericórdia do mundo.
Então entendi um dos segredos do Divino Coração: muitos não poderiam nascer se viesse está ruína total. Seu Divino Coração, infinitamente bom, tinha pena daquelas almas que por isto não teriam a oportunidade de ganhar a glória eterna.

”Eu te digo outra vez”; disse Jesus:- ”Reza para que antes que cheguem a santa paz e a grande misericórdia para o mundo, os pecadores se convertam a Deus e aceitem sua misericórdia, emendando suas vidas. De outro modo os que se tenham convertidos antes ou durante este período de graça , morrerão eternamente. Vocês, os justos, não devem ter medo. Rezem e confiem no poder da santa oração. Alegrem-Me porque encontraram misericórdia em Meu Pai Celestial. Não tenham medo, melhor, alegrem-se, porque minha Mãe Imaculada com seu poder de Rainha, cheia de Graça, junto com as legiões Celestiais de Anjos, aniquilará as forças do inferno.

O Poder do Triunfo do Imaculado Coração de Maria

Jesus disse. -”Este mundo está obstinado em sua maldade. Como esta obstinada maldade cresce, por isso o mundo está se afastando mais e mais de Mim. Mas Eu não posso arrepender-Me de Meu Amor. Eu estendo minha mão para eles, e é Misericórdia e castigo ao mesmo tempo. Misericórdia e amor para aqueles que Me amam, e castigo para aqueles que Me desprezam. Se Eu falo a ti, tu ouves a voz d’Aquele que está acima de todas as coisas no universo. Se estendo minha mão para ti, minha Mãe Imaculada aparecerá para que tu possas ser salva. Maldade engendra mais maldade. O mundo alcançou o ponto onde a mesma maldade pede trégua. O poder de minha Mãe Imaculada é capaz de devolver os rios a seu curso e de acalmar o mar embravecido. Ela será tua ajuda. Já faz tempo, nestes dias, o Coração Imaculado de Maria tem impedido a catástrofe do mundo. Um terrível destino espera a humanidade se os homens não se convertem. O Senhor Jesus deseja dar suas graças através de Nossa Mãe Imaculada. É por isto que a Santíssima Virgem é a que nos chama ao arrependimento. O Senhor Jesus deseja nos dar suas graças através da intercessão de nossa formosa, bendita e Vitoriosa Mãe, quem incessantemente reza pela humanidade.”

Vi o Espírito Santo de Deus inundar o mundo como fogo devastador. Este fogo não trazia paz nem misericórdia, só castigo. Onde quer que a chama do Espírito Santo penetrasse os espíritos malignos caíam no inferno aos milhares. Mas antes que tudo fosse destruído, vi a Santíssima Virgem de Joelhos diante de Jesus, rezando e implorando misericórdia para o mundo. Jesus não olhou, mas observou ao Pai Celestial, o qual não afastou sua mão estendida sobre o mundo em sua justa ira. Então a Santíssima Virgem tirou de seu ombro o manto de Paz e cobriu o mundo com ele. Todas aquelas partes do mundo que ficaram cobertas com o manto de Maria, escaparam ao castigo e brilharam com a cor azul da paz. Porém onde o manto não cobria a superfície, a cor vermelha da ira se podia ver ardente como um tição. Entendi que nós podemos escapar do justo castigo de Deus somente se buscarmos refúgio sob o manto de Nossa Santíssima Mãe e implorarmos misericórdia através d’Ela.

As provações da Igreja


O Senhor Jesus me fez saber que grande confusão e terror reinarão na Igreja exatamente antes da Vitória que Ele trará ao mundo. A razão desta confusão será que a impiedade penetrará até os santuários fechados da Igreja;  a tradição será violada e haverá um espírito mundano em todas as partes. Esta calamidade irá junto com o ódio entre as nações, que terminará com o estalido de muitas  guerras . Muitos atacarão a Igreja: seu objetivo será afastar os cristãos da Igreja, para tirar-lhes a confiança nele e desse modo se converterem em presas de satanás. O Salvador disse: –”A mão direita de Meu Pai aniquilará todos os pecadores que, apesar das advertências e o período de graças e o incansável esforço da Igreja, não se convertam”. Mas o Salvador não me disse como passará.

Tempo de Paz

Jesus mostrou numa visão que depois da purificação a humanidade viverá uma vida pura e angelical. Acabar-se-ão os pecados contra o sexto mandamento, o adultério e também as mentiras. O Salvador me mostrou que um amor incessante, a felicidade e gozo divino serão o sinal do mundo futuro. Vi a graça de Deus derramar-se abundantemente sobre toda a terra, e satanás e o pecado completamente derrotados. Depois da grande purificação, a vida dos religiosos e dos leigos estará cheia de amor e pureza. O mundo purificado gozará da paz do Senhor através da Santíssima Virgem Maria. Porém o Senhor nunca me disse quando se realizará tudo isto.

Pode Jesus nos enviar mensagens hoje?

Jesus respondeu assim aos que não creem que Ele possa enviar mensagens:

-Sacerdotes meus, que me amam, como podem acreditar que Eu não posso lhes enviar minhas palavras para que as almas melhorem? Eu lhes disse:- ”Estou convosco até o fim do mundo’‘(Mt 28,20). Posso estar inativo quando estou convosco? Posso esta mudo quando sei que minhas palavras podem salvar milhares de almas? Posso desmascarar os falsos profetas e o farei! Se não pudesse, como posso ser Deus de amor, luz e providência?

Pedi arrependimento até com os primeiros homens: Adão e Eva. Pedi arrependimento por meio de meu precursor, João o Batista. Não lhes pus Eu mesmo o exemplo de reparação e vida de sacrifício? Esta é a rezão pela qual permaneço nos sacrários, para conduzir as almas ao amor e a penitências. Não é por isto que vivo entre vocês nos templos, onde consolo o Pai Celestial tão ofendido? Então, se Eu mesmo desço até vocês com tão nobre gesto, por que se apartam de Mim? Alguns dias mais tarde, depois da sagrada Comunhão, Jesus me disse: ”Se meus sacerdotes pudessem ver o mundo sob a luz da verdade, veriam que o tenho mantido somente por causa das obras de reparação dos justos. As orações e reparações dos justos movem meu Coração a ter misericórdia com meu povo e a diminuir os bem merecidos castigos”.

Amargura

-Não me agrada que te acomodes na amargura. Quando estás na graça, não há motivo para estar triste. Às vezes tu dizes a todos o que te dói, buscando consolo, e Eu sou o último a quem tu recorres. Por que são somente as coisas do mundo que te causam alegrias?
Eu gostaria de ser o primeiro, o mais amado por ti, o primeiro a quem recorras quando tens problemas. Se tu confias somente em Mim, não tens motivos para ter amargura.

A Língua é um punhal

-Filha minha, a língua é como um punhal; provoca feridas e até pode matar espiritualmente. A pessoa que fere com a língua a seu vizinho, amigo , inimigo ou familiar; está no caminho da perdição, todo seu trabalho está destinado ao fracasso. E às pessoas que se sentem feridas pelos pecados da língua lhes digo:”Devem aceitar esta humilhação com serenidade e humildade, porque nada é mais útil para a alma como a humilhação. Relembrem: Eu fui humilde. Meditem nisto. Eu quero viver nas almas profundamente humildes”.

 Jesus rezando: Vi uma vez como Jesus rezava a seu Pai celestial, e lhe perguntei: -Jesus meu, por quem ou por que Vós estais rezando agora?

Respondeu:

– Filha minha. Eu rezo por aqueles que tu deverias ter rezado também. lmplorem ao Pai celestial para que a maldade dos homens na terra cesse logo. Rezem fervorosamente para que os corações dos homens possam logo estar cheios de uma santa e celestial paz, a paz que Eu trago à terra, para que possa  estender-se a todas as partes. Com minha oração obtive de meu Pai que o prazo de sofrimento termine logo para dar lugar à vinda do gozo celestial a vocês. Mas antes que este tempo chegue, vocês devem passar duras provas. Contudo, vocês podem mitigar o peso dessas provas com oração e a constante reparação. Por isso rezem fervorosamente e com grande confiança para que os anjos e os santos do céu  também supliquem misericórdia de Meu Pai celestial, junto comigo e Minha Mãe Imaculada. Consolem a Deus, profundamente ofendido, não só por seus pecados mas pelos pecados dos demais. Somente deste  modo pode a graça do grande milagre tornar efetiva em vocês a paz prometida.

A Confissão

Há que ir sempre à confissão. Vi que quando alguém está se confessando Jesus abre suas chagas e seu Precioso Sangue flui de suas feridas gota a gota, enquanto o sacerdote dá a absolvição. Jesus me disse:-”Filha minha, vem confessar-te e diz-me algo porque Eu quero derramar outra vez Meu Sangue pela humanidade. Eu peço que se arrependam.”

Jesus procura almas para salvá-las.

Uma vez assustei-me ao ver Jesus vestido como um mendigo, e eu lhe perguntei condoída:

-Meu querido Jesus, onde estiveste?

Respondeu-me:-A visitar meus sacerdotes.

O que é que querias deles?

-Pedia-lhes almas.

-Obtivestes algumas?

-Não, nenhuma.

-E por que?

-Porque estão mais preocupados em si próprios do que em salvar almas. Eles deveriam trabalhar incansavelmente na salvação das almas, deveriam negar-se a si mesmos e deixar toda classe de divertimentos, mas não o fazem; rezei assim por elas na cruz:-”Pai, em tuas mãos ponho suas almas, para que nenhuma delas se perca”. Filha minha, por favor, reza por elas dia e noite. Cada sacrifício faça-o por meus sacerdotes, para que no último juízo não estejam com as mãos vazias, tal como agora os encontrei.

A Misericórdia de Deus, no amor Misericordioso de Jesus.


Em certa ocasião recebi um livro e estava escrito que Nosso Senhor Jesus  Cristo , queixava-se de que as almas caíam no inferno como flocos de neve descidos dos Céus. Ao ler comovi-me até as lágrimas, e comecei a ver o mundo que está ao meu redor e em espírito rezei aos pés de Jesus. Então Jesus me disse:- Não chores, porque isto vem do espírito maligno que quer denegrir o Amor Misericordioso de Meu Pai. Entende , filha minha. Se as almas caíssem no inferno como caem os flocos de neve no inverno, meu Pai jamais haveria criado o homem. Mas criou porque quis derramar sobre suas criaturas a felicidade da Santíssima Trindade.

É verdade que o homem cometeu o pecado com sua desobediência, mas Meu Pai enviou o Filho, o qual com sua obediência o reparou todo. Somente caem nas trevas exteriores aquelas almas que até o último momento de sua existência rechaçam a Deus. Porém a alma que antes de abandonar o corpo disser com arrependimento: ”Meu Deus, sede misericordioso comigo”, já se livrou das trevas exteriores.

-Mas veja, minha filha, o "Amor Misericordioso de Meu Pai", alcança inclusive os pecadores empedernido.

Por isso peço o oferecimento de vida que, com o sacrifício unido ao meu cruento Sacrifício, alcança a Justiça Divina, de modo que seja satisfeita, e desta maneira obtém a Misericórdia de Meu Pai , também para os corações endurecidos, pelo menos no último alento , ou último momento de sua vida. Por isso convocarei uma multidão de almas entregues para esta ”Pesca apostólica de almas”.

Oração de Oferecimento de Vida:

Meu amável Jesus, diante das Pessoas da Santíssima Trindade, diante de Nossa Mãe do Céu e de toda a Corte celeste, ofereço, segundo as intenções do Vosso Coração Eucarístico e as do Imaculado Coração de Maria Santíssima, toda minha vida, todas minhas santas Missas, Comunhões, boas obras, sacrifícios e sofrimentos, unido-os aos méritos de Vosso Santíssimo Sangue e Vossa morte de Cruz: para adorar a Gloriosa Santíssima Trindade, para oferecer-lhe reparação por nossas ofensas, pela união de nossa Santa Mãe Igreja, por nossos sacerdotes, pelas boas vocações sacerdotais e por todas as almas até o fim do mundo. Recebe, Meu Jesus, meu oferecimento de vida e concede-me graça para perseverar nele fielmente até o fim da minha vida. Amém.

Fonte: https://salubong.net/soror-maria-natalia-magdolna/

23 de Agosto - Festa de Santa Rosa de Lima, Padroeira da América Latina


Retrato de Santa Rosa feito no seu leito de morte

A Igreja celebra neste dia a festa de Santa Rosa de Lima, primeira mulher das Américas a ser canonizada, honrada também com o título de Padroeira da América Latina. O Evangelho que hoje nos é proposto à reflexão descreve de forma bem precisa aquilo que é o centro da espiritualidade e, portanto, o núcleo da santidade cristã, vivida por Santa Rosa e por todos os demais santos da Igreja Católica: Deus é um tesouro escondido, que nos atrai pela riqueza inabarcável de seu conteúdo, mas nos exige, em contrapartida, uma renúncia decidida aos “bens” deste mundo. Ele se esconde sob o véu da fé, qual um tesouro enterrado no campo, e só pode ser encontrado e desfrutado por quem se dispõe a ir, vender com alegria tudo o que tem e comprar “aquele campo”. Não há outro caminho. Deus nos chama, deseja ser descoberto no silêncio da oração confiante, mas não se deixará possuir por quem estiver apegado às realidades terrenas, não porque estas sejam más em si mesmas, mas porque a santidade requer “escolher a melhor parte”, o que equivale, obviamente, a deixar de lado a pior, as “pérolas preciosas” que passarão com a figura deste século. Que o Senhor, por intercessão de Santa Rosa de Lima, sob cujo patrocínio se encontra também o nosso país, conceda-nos a graça de o buscarmos ocultamente na fé e, com total desapego, sabermos a nada dar mais valor do que a Cristo, o próprio Reino feito carne.



quarta-feira, 22 de agosto de 2018

22 de Agosto - Memória de Nossa Senhora Rainha


Maria Santíssima é Rainha do céu e da terra não num sentido meramente figurado e simbólico, mas com toda propriedade e verdade, já que seu Filho é Senhor de todas as coisas, sucessor definitivo e eterno do rei Davi.

Dentro da Oitava da Assunção da Virgem Maria, a Igreja celebra a memória de Nossa Senhora, Rainha do céu e da terra, como contemplamos no quinto mistério glorioso do Rosário, e o Evangelho proposto para esta celebração apresenta-nos o episódio da Anunciação. São Gabriel Arcanjo adentra o recinto em que Maria se encontra e, após saudá-la cheio de encanto, diz-lhe: “Eis que conceberás e darás à luz um filho […]. Ele será grande, será chamado Filho do Altíssimo, e o Senhor Deus lhe dará o trono de seu pai Davi”. Ora, sabemos já que, na tradição dinástica oriunda da casa de Davi — ou seja, a partir de Salomão (cf. 1Rs 2, 19) —, o rei de Israel governava ao lado, não da esposa, mas da mãe, a quem se concedia um trono, além do título de gebirah, que quer dizer justamente “Rainha Mãe”. Daí que a Virgem Santíssima seja chamada com toda razão e verdade Rainha do céu e da terra, pois seu Filho, sucessor definitivo de Davi, tem poder sobre todas as criaturas, do céu, da terra e dos abismos. Nem se deve duvidar de que ela, que tinha bem gravadas no coração a Sagrada Escritura e a história do povo eleito, soubesse perfeitamente que, tornando-se Mãe do Filho de Davi, se tornaria também Rainha do novo Israel.

É por isso que admira a profundíssima humildade com que ela responde às palavras do anjo, repletas de grandiosas promessas: “Eis aqui a serva do Senhor”; e mais tarde, em casa de Isabel: “Minha alma glorifica ao Senhor […], porque olhou para sua pobre serva […], realizou em mim maravilhas aquele que é poderoso e cujo nome é Santo” (Lc 1, 46.48s). Amada por Deus com especialíssima predileção, a Virgem mereceu, pela singular humildade com que transcorreram seus dias, ser proclamada bem-aventurada por todas as gerações e reconhecida como a “Mulher revestida do sol” vista por São João, com “a lua debaixo dos seus pés e na cabeça uma coroa de doze estrelas” (Ap 12, 1). Que nós, soldados do exército de Cristo, lembremos sempre que estamos sob o amparo desta Rainha poderosíssima, sob cujos pés já foi esmagada a serpente infernal, o inimigo que devemos todos os dias combater pela récita do Santo Rosário.


Fonte: https://padrepauloricardo.org/episodios/memoria-de-nossa-senhora-rainha-mmxviii

terça-feira, 21 de agosto de 2018

Nossa Senhora de Knock, a Virgem aparece em silêncio



Apesar de Maria não ter dito uma palavra na aparição que ocorreu em Knock, não é por isso que ela não fala ao coração de cada um de nós.

A aldeia de Knock está situada a oeste de Dublin e a norte de Galway, no condado de Mayo. Em 1829, foi aí construída uma pequena e pobre igreja paroquial onde não cabiam mais de 30 pessoas. Foi dedicada a São João Baptista. Em torno da Igreja havia uma pequena escola para rapazes e outra para moças. O terreno da igreja era rodeado por um muro de pedra.

Durante todo o século XIX, a Irlanda sofreu uma depressão da sua economia por causa das más colheitas, sobretudo da batata. No ano de 1879, os agricultores quase não tinham de comer. Nesse ano, houve mas uma desastrosa colheita de batata o que anunciava mais miséria e fome. As pessoas morriam de fome e de doenças, minadas por uma vida muito dura.

Bartholomew Cavanah, foi nomeado prior da igreja em 1867. Era um santo homem, profundamente devoto de Nossa Senhora da Imaculada Conceição. Era de bom grado que sacrificava os seus bens materiais para ir em auxílio dos pobres e famintos, e nunca teve conta bancária. Também assim considerava as pobres almas do Purgatório. Considerando a Virgem Maria como Mãe de Deus e de todos os filhos de Deus, recorria à sua intercessão por todos os que estavam no Purgatório. Na verdade, alguns meses antes da aparição em Knock, o Padre Cavanah começou a dizer 100 missas pelas pobres almas do Purgatório que Nossa Senhora mais desejasse ver libertas. Surpreendentemente, foi no dia da centésima missa que Nossa Senhora visitou Knock, ao final da tarde de 21 de Agosto de 1879. Foi um dom maravilhoso que exprimiu a gratidão de Nossa Senhora e das almas que foram para o Céu.


Nesse dia, o céu estava coberto de pesadas nuvens. O Padre Cavanah tinha ido visitar paroquianos em regiões vizinhas. Nessa tarde, uma chuva cerrada encharcou-lhe a roupa e a aldeia ficou toda molhada pela noite fora. Mary McLoughlin, a sua empregada, acendeu a lareira para lhe secar as roupas e depois foi-se embora visitar uma amiga, Mary Beirne, que ali morava próximo.

Ao passar junto à igreja deu conta de estranhas figuras e de um altar junto à empena da igreja voltada a sudoeste. Parecia haver uma luz estranha em volta daquelas figuras, mas pensou que era um efeito da luz brilhando através da bruma. Depressa achou que talvez o prior tivesse encomendado algumas imagens novas.
Mais ou menos ao mesmo tempo, um outro membro da família Beirne, Margaret Beirne, chegou à igreja para a fechar durante a noite. Também ela deu conta dum brilho estranho que vinha do lado sudoeste da igreja. Mas, com pressa de se abrigar, não olhou mais, nem disse a ninguém nada sobre o brilho naquela noite. 

Quando terminou a visita, a amiga Mary Beirne acompanhou Mary McLoughlinde de volta, em direcção à igreja. Diziam que as figuras eram imagens iluminadas pela luz. Mas, quando se aproximaram, Mary Beirne exclamou:

“Mas não são imagens, estão a mexer-se. É a Santíssima Virgem!”


Por baixo da parede da igreja voltada a sudoeste, três imagens estavam de pé, por cima da erva crescida e não cortada. As duas mulheres tomaram consciência que não podiam ser imagens porque aqueles seres passeavam-se por cima do monte de erva por baixo delas. Todos vestiam de branco e brilhavam como prata. Uma luz dourada, brilhante, envolvia-as, bem como um altar que estava colocado um pouco por trás delas, virado a oeste. Sobre o altar estava um cordeiro e por cima do cordeiro erguia-se uma grande cruz branca. Seis anjos com asas que se moviam, rodeavam o altar e a cruz.

A certa altura, Mary Beirne correu para os vizinhos mais próximos e disse-lhes para virem ver “a visão maravilhosa!” Rapidamente outros se juntaram a elas para ver e rezar diante da aparição do céu. Todos os que testemunharam o acontecimento, afirmaram que se tratava da Virgem Maria com São José à sua direita e São João Evangelista, à esquerda.

Maria tinha um manto de um branco puro e uma coroa dourada na cabeça. Ao meio da coroa, acima da testa, brilhava uma rosa de ouro plenamente aberta. Tinha as mãos erguidas, como se rezasse. São José tinha uma barba grisalha e a cabeça inclinada para a frente. São João, segurava o livro dos Evangelhos. Estava vestido com traje de bispo e parecia estar a pregar. No entanto, nenhum deles disse uma palavra durante as duas horas que durou a aparição.

A mais velha dos visionários era Bridget Trench, de 75 anos. Caminhou em direção à visão e, à chuva, tentou beijar os pés de Maria. Mas não conseguiu: parecia que Maria se afastava um pouco. Quando as mãos e a cabeça inclinada de Bridget entraram na área da visão, caiu de joelhos na erva seca. Nessa área, não lhe caiu em cima uma gota de chuva. Mais tarde, disse:

"Não percebo porque não consegui palpá-los com as minhas mãos, da mesma forma que os via com os olhos."

Os quinze visionários permaneceram fixados à visita luminosa durante duas boas horas. Rezaram o terço em conjunto. Mais tarde a aparição desvaneceu-se.

Durante as semanas e meses que se seguiram à aparição, toda a aldeia continuava a perguntar: “Porque é que Nossa Senhora lhes tinha aparecido?” 

Multidões de pessoas começaram a afluir a Knock. Deram-se numerosas curas e várias delas foram relacionadas com a aplicação de terra retirada da parede da empena. Tanta terra tiraram que a parede estava em perigo de cair. Nos primeiros três anos que se seguiram à aparição de “Nossa Senhora do Silêncio”, o Padre Cavanah registou aproximadamente 300 curas milagrosas associadas com o santuário de Knock!

Reconhecimento da Igreja


Em 1880, a primeira comissão eclesiástica aprovou o testemunho de todas os 15 videntes como “digno de confiança e satisfatório”. Em 1936, provas confirmadas e centenas de curas milagrosas foram enviadas para Roma. A aparição de Knock teve a sua aprovação total e o reconhecimento da Igreja Católica. 

Cem anos depois da aparição, em 1979, o papa João Paulo II abençoou o local com a sua presença na celebração do centenário. Meio milhão de peregrinos se juntaram no santuário onde o papa declarou a passagem da Igreja de Nossa Senhora, Rainha da Irlanda, a Basílica.


21 de Agosto - Memória de São Pio X, Papa


A Igreja celebra hoje a memória de São Pio X, Papa, que no início do século XX combateu vigorosamente o conjunto de heresias que ficaram conhecidas com o nome comum de modernismo, uma leitura “naturalizante” e, no fundo, agnóstica da história sagrada e dos dogmas católicos, despidos de sua origem e índole sobrenaturais e reduzidos à condição “de uma certa interpretação de fatos religiosos que a mente humana elaborou para si com laborioso esforço” (Decreto “Lamentabili”, de 3 jul. 1907, n. 22). O modernismo, em outras palavras, dilui o sagrado no profano, a graça na natureza, a fé na simples razão, apregoando um cristianismo de caráter não dogmático, ou seja, “um protestantismo amplo e liberal” (id., n. 65).

Percebem-se ainda hoje algumas ressonâncias da doutrina dos modernistas em certas hagiografias cujos autores se esforçam por apresentar o santo como um homem “normal” e “ordinário”. Rejeitando com ceticismo injustificado a existência de qualquer elemento sobrenatural e extraordinário, tais escritores querem mostrar-nos uma santidade que nada tem a ver com a perfeição cristã que a Igreja sempre reconheceu nos santos por ela canonizados, homens e mulheres que, sem perder a condição humana, foram elevados pela graça a uma condição divina, tornando-se nas mãos de Deus não só instrumentos dos milagres de que tanto ouvimos falar, mas também de atos da mais heróica caridade. O modernismo, por destruir a ordem sobrenatural, torna impossível a fé na verdadeira santidade.

É por isso que nos devemos precaver contra todas essas obras que, com espírito excessivamente crítico e sob o nome de uma ciência histórica que pouco tem de objetiva, desprezam a priori como espúrio e lendário tudo o que de admirável e incomum há na vida dos santos. Mantenhamo-nos firmes na fé, não cedamos à pseudo-crítica dos que querem impor limites à ação de Deus, que de pedras pode gerar filhos a Abraão (cf. Mt 3, 9) e de simples homens pode formar verdadeiros portentos de amor e perfeição, como atesta a vida do próprio Papa São Pio X, a cujas preces no céu hoje nos encomendamos.


Fonte: https://padrepauloricardo.org/episodios/memoria-de-sao-pio-x-papa-mmxviii

segunda-feira, 20 de agosto de 2018

20 de Agosto - Memória de São Bernardo de Claraval, Doutor da Igreja


Celebramos hoje a memória de São Bernardo de Claraval, cujo estilo apaixonado de escrever e pregar valeu-lhe, já em plena Idade Média, a piedosa alcunha de “Padre da Igreja”, à semelhança daqueles escritores e pregadores dos primeiros séculos do cristianismo que, por sua antiguidade, santidade de vida e ortodoxia, são conhecidos com esse mesmo título honorífico. Por ocasião desta memória litúrgica, a Igreja proclama o Evangelho do jovem rico, um belíssimo compêndio daquilo em que consiste, como vemos pelo testemunho de vida de São Bernardo, a santidade cristã: ir além do simples preceito — daquele “mínimo” que uma vida limpa e reta nos exige — e entregar-se generosamente às obras de amor e supererrogação, ao seguimento dos conselhos evangélicos, se nem sempre à letra, ao menos em espírito. Pois uma coisa, como deixa claro o Evangelho deste dia, é ser salvo, o que se alcança pela observância da lei divina: “Se queres entrar na vida, observa os mandamentos”; outra, muito diferente, é ser perfeito, o que só é possível a quem faz mais do que deve: “Vai, vende tudo o que tens”. Assim foi São Bernardo, que renunciou às riquezas da família para, como irmão franciscano, seguir a Cristo na mais completa pobreza: “Dá o dinheiro aos pobres”. E tal foi o ardor com que a graça o movia que ele logrou convencer inclusive seus parentes, até então contrários ao seu ingresso na Ordem Franciscana, a se consagrarem ao serviço de Deus: “Terás um tesouro no céu”. Que São Bernardo de Claraval nos alcance, por sua intercessão, a graça de compreendermos que a santidade está em ir além do mínimo, em estar à disposição, em querer fazer tudo e mais um pouco por amor. Tenhamos, pois, a certeza de que, se procurarmos ser fiéis, não nos há de faltar o alento necessário para, ao contrário daquele jovem rico, darmos passos firmes, decididos e constantes no caminho da perfeição cristã.

Fonte: https://padrepauloricardo.org/episodios/memoria-de-sao-bernardo-de-claraval-mmxviii

domingo, 19 de agosto de 2018

Gilles Bouhours, o pequeno mensageiro de Nossa Senhora ao Papa Pio XII


Gilles Bouhours nasce em 27 de Novembro de 1944, em Bergerac, sul de França. Quando tinha apenas 1 ano, foi curado milagrosamente, graças à intercessão de Santa Teresinha do Menino Jesus. Aos 4 anos foi portador de uma mensagem de Maria Santíssima, na qual se lhe ordenava que a sua missão era ir até ao Papa Pio XII para lhe transmitir o que a Virgem lhe tinha comunicado. Nada se sabe da entrevista do Papa com o menino, que teve lugar em Maio de 1950, exceto o que o Pontífice deu a conhecer: o menino comunicou-lhe, da parte da Mãe de Deus, que esta Senhora, depois da sua vida mortal, subiu ao Céu em corpo e alma.

Precisamente, o Papa Pio XII havia pedido a Nosso Senhor um sinal sobrenatural para decidir-se a proclamar o dogma da Assunção de Maria. O pequeno Gilles foi o sinal que o Céu outorgou ao Pontífice, e assim, em 1° de Novembro de 1950, foi proclamado o Dogma da Assunção de Nossa Mãe Celestial.

A partir dos seus quatro anos, o pequeno Gilles teve autorização para comungar. A sua devoção a Jesus Sacramentado era extraordinária. Também desde a mais tenra idade manifestou o seu desejo de ser sacerdote e missionário. Em 12 de Junho de 1949 fez a Primeira Comunhão, e dois meses depois manteve o seguinte diálogo com um missionário conhecido:

– Que queres ser quando fores grande?

– Sacerdote.

– E porquê queres ser sacerdote?

– Para pôr Jesus na Hóstia Sagrada.

– Não gostavas também de ser missionário?

– Que quer dizer missionário?

– É um sacerdote que faz com que se amem muito a Jesus e a Maria.

– Sim, sim, claro que gostaria de ser missionário.

Este desejo chegou a ser nele como uma obsessão, traduzindo-se numa fome insaciável do Pão dos Anjos. Não temia a frio, nem nada deste mundo, quando ia comungar. O seu recolhimento era algo insólito e nada usual. Inclusivamente chegou – nunca como um jogo, ou para se divertir – a celebrar “Missas Brancas”, o que significava recitar num altar, disposto num compartimento de sua casa, todas as orações da Missa, tais como as diz o sacerdote, do princípio ao fim, sem que se produzisse a Consagração, como é lógico, mas revestido com os paramentos que previamente lhe tinham confeccionado para esse efeito, tendo em conta a sua estatura. Os sermões que pregava às pessoas que presenciavam estas cerimônias, dignas de um anjo, eram cheios de profundidade e fervor, sem erro algum. É preciso dizer-se que, quando se entrevistou com Sua Santidade o Papa Pio XII, cantou a antífona litúrgica “Parce Domine”, com os braços em cruz e como o ensinou a Santíssima Virgem.

Certo dia protestou durante a refeição, porque não gostava muito da sopa. Tinha 5 anos. Seu pai disse-lhe que isso não agradava à Santíssima Virgem, porque era um capricho tolo. O menino, então, comeu a sopa toda sem recalcitrar e quando acabou, disse: «Papá, dá-me um pouco mais. Está tão boa, esta sopa!»

Seguidamente, transcreve-se uma pequena parte de um sermão que Gilles pronunciou em 13 de Setembro de 1952:

«Hoje vamos falar da Paixão de Jesus. Estava no Jardim das Oliveiras com três dos seus Apóstolos. Sabia muito bem que havia um que O ia atraiçoar e que se acercava d’Ele com má intenção. Era em plena noite, e Jesus encontrava-se sob o peso dos pecados dos homens. E orava a seu Pai, dizendo: Que este cálice… Então, dirigindo-se aos seus Apóstolos, que dormiam, disse-lhes: “Não podeis velar uma hora co’Migo? Vigiai e orai, porque vão entregar o Filho do Homem”.»

Admiráveis expressões na boca de uma criança. Muito poucos anos depois, Nosso Senhor levá-lo-á para o Céu.

Em 24 de Fevereiro de 1960 Gilles cai doente, com um misterioso torpor que nenhum médico conseguiu diagnosticar. Ao cabo de 48 horas, e após receber os últimos Sacramentos, o adolescente (15 anos) morre. Antes de expirar, disse: «Vou morrer, mas não choreis. Estou bem e contente.» Seguidamente, juntou as mãos e orou assim: «Meu Deus, peço-Vos perdão de todos os meus pecados… Senhor meu, Jesus Cristo, Deus e Homem verdadeiro…»

Entregou a sua alma a Deus em 26 de Fevereiro de 1960, às 6 horas da manhã. No seu túmulo estão gravadas estas palavras, que ele mesmo disse:

“Amai a Deus e a Santíssima Virgem.

Oferecei-Lhes todos os vossos sofrimentos

e assim recuperareis a paz da alma.” Gilles

Fonte: https://www.fsspx.com.br/gilles-bouhours-mensageiro-de-nossa-senhora-ao-papa-pio-xii/

Quarta aparição de Nossa Senhora em Fátima - 19 de Agosto de 1917


Conta Irmã Lucia:

A aparição foi no domingo, em 19 de Agosto de 1917 ao cair da tarde..

Andando com as ovelhas na companhia de Francisco e seu irmão João, num lugar chamado Valinhos e sentido que alguma coisa de sobrenatural se aproximava e nos envolvia, suspeitando que Nossa Senhora nos viesse a aparecer e tendo pena que a Jacinta ficasse sem A ver, pedimos a seu irmão João que a fosse chamar. Como ele não queria ir, ofereci-lhe para isso dois vinténs e lá foi a correr.

Entretanto, vi com o Francisco, o reflexo da luz a que chamávamos relâmpago; e chegada a Jacinta, vimos Nossa Senhora sobre uma carrasqueira.

 - Que é que Vossemecê me quer?

- Quero que continueis a ir à Cova da Iria no dia 13, que continueis a rezar o terço todos os dias. No último mês farei o milagre para que todos acreditem.

- Que é que Vossemecê quer que se faça ao dinheiro que o povo deixa na Cova da Iria?

- Façam dois andores: um, leva-lo tu com a Jacinta e mais duas meninas vestidas de branco; o outro que o leve o Francisco com mais três meninos. O dinheiro dos andores é para a festa de Nossa Senhora do Rosário e o que sobrar é para a ajuda duma capela que hão de mandar fazer.

- Queria pedir-lhe a cura de alguns doentes.

- Sim, alguns curarei durante o ano.

E tomando um aspecto mais triste:

- Rezai, rezai muito e fazei sacrifícios pelos pecadores, que vão muitas almas para o inferno, por não haver quem se sacrifique e peça por elas.

E como de costume, começou a elevar-se em direção ao nascente.

A aparição nos Valinhos foi para o Francisco de dobrada alegria. Sentia-se torturado pelo receio de que Ela não voltasse. Depois dizia:

- De certo não nos apareceu no dia 13 para não ir a casa do Sr. Administrador, talvez por ele ser tão mau.

Em seguida, como a irmã disse que queria ficar ali o resto da tarde:

- Não! Tu tens que ir embora, porque a mãe hoje não te deixou vir com as ovelhas.

E para animar, foi acompanhá-la à casa.

O tempo todo as três crianças dedicavam à oração e a imaginar que mortificações poderiam praticar pela conversão dos pecadores. No mês de agosto, de maior seca, chegaram a ficar nove dias sem beber água. Em lugar de comer as frutas doces que os pais lhes davam, comiam ervas do campo e pinhas verdes. Tendo encontrado uma corda áspera no caminho para Aljustrel, os três a repartiram para usar na cintura como um silício, dia e noite.

Eram claros os sinais de que essas penitências agradavam a Deus. Particularmente, Jacinta agora era mais paciente, carinhosa, e aberta aos sofrimentos. Teve muitas visões sobre coisas futuras. Certo dia rezou três Ave-Marias por uma mulher muito doente, e todos os sintomas da doença desapareceram. Por outra mulher, que os injuriava chamando-as de impostoras e mentirosas, Jacinta pediu que os três fizessem muitas penitências para que se convertesse; e de fato, nunca mais a ouviram dizer uma palavra menos bondosa.

Fonte: Últimas e derradeiras graças

quarta-feira, 15 de agosto de 2018

15 de Agosto - Solenidade da Assunção de Nossa Senhora


A Virgem Imaculada foi elevada ao Céu de corpo e alma após sua morte, que a Igreja desde os primeiros séculos chama de “dormição”; Deus a ressuscitou e levou para o Céu. O Papa Pio XII, em 1° de novembro de 1950, por meio da Constituição Apostólica “Munificientissimus Deus” proclamou como dogma de fé, dizendo:

“Finalmente, a Imaculada Virgem, preservada imune de toda mancha da culpa original, terminado o curso da vida terrestre, foi assunta em corpo e alma à glória celeste. E para que mais plenamente estivesse conforme a seu Filho, Senhor dos senhores e vencedor do pecado e da morte, foi exaltada pelo Senhor como Rainha do universo.”

A Assunção da Virgem Maria é uma participação especial na Ressurreição de Jesus e uma antecipação da ressurreição dos outros cristãos. A Liturgia bizantina reza: “Em vosso parto, guardastes a virgindade; em vossa dormição, não deixastes o mundo, ó mãe de Deus: fostes juntar-vos à fonte da vida, vós que concebestes o Deus vivo e, por vossas orações, livrareis nossas almas da morte”.

Na Missa da Assunção a Igreja reza: “Deus eterno e todo poderoso, que elevastes `a glória do Céu, em corpo e alma, a Imaculada Virgem Maria, mãe do Vosso Filho, dai-nos viver atentos às coisas do alto, a fim de participarmos de Sua glória”.

Muitos santos perguntavam se o melhor dos filhos poderia recusar à melhor das mães a participação em sua ressurreição e o glorioso domínio à direita do Pai? Para eles sua dignidade de Mãe de Deus exige a Assunção. Para Santo Irineu de Lião (†200), como a nova Eva, Maria participou da sorte do novo Adão, Jesus Cristo, ressuscitou depois da morte, seu corpo não experimentou a corrupção.

A Assunção de Nossa Senhora ao Céu é, para nós que ainda vivemos neste vale de lágrimas, a certeza de que o Céu existe e é nosso destino. A chegada de nossa Mãe ao Céu é a certeza antecipada da vitória final de todos os justos amigos de Deus, que amam o Evangelho e obedecem a Igreja, vivendo como verdadeiros cristãos. Lá do alto a Mãe querida, ao lado do trono do Rei, prepara um lugar no céu para cada um de nós, e ali intercede por nós sem cessar, ela que é a “onipotência suplicante”. A Igreja reza na Assunção: “Hoje a Virgem Maria, Mãe de Deus, foi elevada à glória do Céu. Aurora e esplendor da Igreja triunfante, ela é consolo e esperança para o vosso povo ainda em caminho”.(Pref. da Or. Euc.)

A Assunção de Nossa Mãe ao céu é um sinal da nossa ressurreição. É uma mensagem especial e convite dessa Mãe a cada um de nós para segui-la ao Céu, desprezando toda a sedução dos apegos e prazeres desta vida, que por mais abundantes que sejam não conseguem saciar os anseios de uma alma imortal criada em Deus, para Deus e à semelhança de Deus. O coração do homem que foi feito para o Alto.

A Assunção de Nossa Mãe é o testemunho certo de que a filosofia consumista, materialista e hedonista de nossos tempos, que tiraniza o ser humano, afastando-o de Deus e dos irmãos, longe de trazer-lhe a verdadeira felicidade, ao contrário, enche sua alma de tristeza, frustração e pessimismo, numa vida sem rumo e sem ideal.

A Assunção de Maria é a festa da esperança do cristão verdadeiro que espera a felicidade eterna e perfeita. Maria subiu ao Céu deixando na terra um túmulo vazio, sinal de que nossa vida aqui nesta terra é uma caminhada para o Céu. É um alerta para que não nos deixemos enganar pelas delícias ilusórias da viagem, as quais não podem satisfazer os anseios infinitos do homem, cujo destino é viver em Deus para sempre.

A Assunção de Maria é a vitória da vida sobre a morte, da esperança sobre o pessimismo, do sofrimento sobre o prazer, da humildade sobre a soberba, do amor sobre o egoísmo, da pureza sobre a luxúria, da mansidão sobre o ódio, da bondade sobre a inveja, da solicitude sobre a preguiça… do bem sobre o mal.

A subida de Maria ao céu é um chamado vibrante a cada um de nós para que vivamos na terra como ela viveu: simples, humilde, pobre, oculta, silenciosa, discreta, generosa, mansa, bondosa e prestativa, para que sejamos um dia exaltados por termos vivido a humildade.

É lá na casa de Maria, no esplendoroso palácio celeste que deve habitar nosso pobre coração. Conquistar o céu, como Maria, deve ser a meta de cada um de nós, e o objetivo de todos nossos esforços.

O cristão vive com os pés na terra e o coração no céu.

São Paulo expressa isso bem quando diz: “Se é só para esta vida que temos colocado nossa esperança em Cristo, somos de todos os homens os mais dignos de lástima” (1Cor 15,19). Em outras palavras, é perder tempo querer seguir Jesus apenas para ser feliz nesta vida, que é rápida e muito precária. No céu é que receberemos a recompensa, “a herança das mãos do Senhor” (Cl 3,24).

Quem deseja o Reino de Cristo nunca pode esquecer-se de que Ele disse: “Meu reino não é deste mundo” (Jo 18,26). Cristo nos quer a todos no Céu, porque ali está nosso destino. Seu coração fica frustrado quando um lugar no céu não é ocupado por alguém. As alegrias do Céu são tantas e tão insondáveis que fizeram S. Paulo exclamar: “O que os olhos não viram, os ouvidos não ouviram e o coração do homem não percebeu, isso Deus preparou para aqueles que O amam” (1Cor 2,9).

“Nós somos cidadãos dos céus. É de lá que também aguardamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo. Ele transformará nosso corpo glorioso” (Fl. 3,20-21). “Temos no céu uma casa feita por Deus e não por mãos humanas” (2Cor 5,1). Para o Apóstolo, era um exílio viver na terra. “Todo o tempo que passamos no corpo é um exílio longe do Senhor… suspiramos e anelamos ser sobrevestidos de nossa habitação celeste… Pois, enquanto permanecemos nesta tenda, gememos oprimidos… Estamos, repito, cheios de confiança, preferindo ausentar-nos deste corpo, para ir habitar junto do Senhor” (2Cor 5,2-8). Desejar o paraíso é desejar a Deus, diz Santo Afonso, nosso fim último, onde O amaremos perfeitamente.

A vida aqui sem a perspectiva do céu é um desastre total, uma frustração inexplicável. Sem a fé no céu a vida na terra é vazia, sem sentido, como um barco que navega à deriva…

Maria, agora gloriosa no Céu, é a “âncora lançada no infinito de Deus”, é “a Porta do Céu” aberta para seus filhos devotos. Vamos ao Céu por Maria, Ela é a escada que Jesus nos deu para chegar até lá.

Pela Assunção de Nossa Senhora Deus nos revela o sentido pleno da redenção; isto é, uma completa divinização do corpo humano, a transfiguração da própria dimensão material do homem e a vitória sobre a morte em todas suas formas.

Outro aspecto muito relevante da Assunção de Nossa Senhora é que, com seu corpo transfigurado e glorificado, ela pode estar sempre presente ao lado de Jesus e, de modo muito especial numa presença misteriosa junto à Eucaristia. Em vista disso, São Pedro Julião Eymard deu a ela o título de: “Nossa Senhora do Santíssimo Sacramento”.

Fonte: http://cleofas.com.br/o-que-significa-a-assuncao-de-nossa-senhora/

sábado, 11 de agosto de 2018

11 de Agosto - Memória de Santa Clara de Assis


Por ocasião da memória litúrgica de Santa Clara de Assis, vale a pena refletir hoje sobre a importância do carisma franciscano nos dias atuais. Deus, que age sempre na hora certa, enviou São Francisco à Igreja numa época em que, a passos lentos, começava a surgir o que conhecemos hoje como burguesia medieval e, com ela, o poder econômico adquiria cada vez mais autonomia e peso dentro da sociedade. É nesse quadro de paulatina valorização do dinheiro e dos bens temporais que o poverellode Assis irá exortar os cristãos a voltarem à pobreza evangélica, inspirada no desprendimento total de Nosso Senhor e seus discípulos mais fiéis. Apesar dos abundantes frutos da Ordem Franciscana, aquele poder econômico surgido nas primeiras cidades irá agigantando-se século após século até converter-se no sistema financeiro que alimenta hoje todas as revoluções que visam destruir o cristianismo, não só pelo financiamento de pautas e agendas contrárias à moral cristã (como o aborto, a eutanásia, os contraceptivos, a reprodução artificial, as uniões homossexuais etc.), mas também pelo incentivo de uma busca desenfreada por dinheiro, sucesso profissional e segurança econômica. O resultado desse processo está à vista de todos: famílias esfaceladas, filhos abortados, casamentos destruídos, irmãos digladiando-se como abutres sobre o espólio de um pai falecido, pessoas reduzidas à condição de números, descartáveis e substituíveis… Contra esse império de Mamon não há outro remédio senão o despojamento de Nazaré, pois “nenhum servo pode servir a dois senhores: ou há de odiar a um e amar o outro, ou há de aderir a um e desprezar o outro. Não podeis servir a Deus e ao dinheiro” (Lc 16, 13). Que possamos empenhar-nos, começando por nossos próprios hábitos, em exorcizar esse apego quase hipnótico às riquezas e comodidades do mundo. Sem um coração desapegado, como iremos entrar no Reino prometido aos pobres e pequeninos? — Que São Francisco e Santa Clara de Assis intercedam por nós e alcancem-nos, por seus méritos e preces, a graça de um coração pobre para o mundo, mas rico para Deus.


Fonte: https://padrepauloricardo.org/episodios/memoria-de-santa-clara-de-assis-mmxviii

quarta-feira, 8 de agosto de 2018

8 de Agosto - Memória de São Domingos de Gusmão


A Igreja celebra hoje a memória de São Domingos de Gusmão, chamado por Deus para, com a luz da fé e da razão, iluminar os corações não só dos fiéis de sua época, mas de todos os que ao longo dos séculos receberiam a influência benfazeja da Ordem dos Pregadores, por ele fundada em 1216. Nascido na Espanha em 1170, São Domingos viveu em uma época dramática na história da Europa, cuja estabilidade tanto civil quanto religiosa se via ameaçada pela heresia dos albigenses ou cátaros, “bons homens” que, sob a aparência de uma virtude heróica e de extremada penitência, destilavam entre os fiéis mais simples o veneno da mentira e das falsas doutrinas. Atraindo o povo com a prática externa de duras mortificações, tão em contraste com os costumes relaxados do clero de então, os cátaros dissuadiam os fiéis de receber os sacramentos e, deste modo, fechavam-lhes para sempre as portas do céu. Sem o consolo da Confissão, o conforto da Extrema Unção e o sustento diário da Eucaristia, os cristãos vendidos ao catarismo preferiam confiar nas próprias forças a valer-se destes instrumentos da graça e misericórdia divinas que são os sacramentos, instituídos por Cristo para a nossa santificação e salvação. Desolado diante do perigo que essa heresia significava para o bem espiritual dos fiéis, São Domingos fundou sua conhecida ordem religiosa, cujos membros tinham por missão desmascarar à vista de todos o erro dos albigenses e, pela pregação da verdade, fazer brilhar nos corações a luz da sã doutrina, a fim de que todos, arrebanhados no seio da Santa Igreja, tivessem fácil acesso aos canais da graça, frutos do sacrifício redentor da cruz.


Fonte: https://padrepauloricardo.org/episodios/memoria-de-sao-domingos-de-gusmao-mmxviii

segunda-feira, 6 de agosto de 2018

6 de Agosto - Festa da Transfiguração do Senhor


Na festa da Transfiguração do Senhor celebramos, com esperança e alegria antecipada, aquilo que estamos chamados a ser depois da ressurreição. Unidos novamente a nossos corpos, glorificados e espiritualizados, seremos no céu humanidade divinizada, participantes da natureza divina (cf. 2Pd 1, 4) não só pela graça, mas pela glória, da qual ela é já nesta vida semente e princípio. No Evangelho deste dia, testemunho que Marcos colheu diretamente de Pedro, como nos indica também a primeira leitura da Liturgia de hoje (cf. 2Pd 1, 16-19), vemos o Senhor subir, em companhia de seus três discípulos mais íntimos, um monte que a tradição identifica com o Tabor. Lá, deixando transparecer o esplendor de sua divindade, Cristo transfigurado faz Pedro, Tiago e João experimentarem um misto inexprimível de sensações: medo, estupor, perplexidade e, mais do que tudo, profunda alegria: “Senhor, é bom estarmos aqui” (Mt 17, 4), diz com costumada ousadia o príncipe dos Apóstolos. O rosto luminoso de Cristo nos indica hoje a transformação que Ele quer operar em nós: sem nos fazer perder nossa humanidade, Ele quer comunicar-nos, pela participação de sua graça, sua própria condição divina, para que sejamos como deuses (cf. Jo 10, 34; Sl 81, 6). Essa transformação, que se cumprirá plenamente no céu, tem início já neste mundo quando, pelo Batismo, somos sepultados com Cristo (cf. Rm 6, 4) e com Ele ressurgimos para uma condição nova, feitos agora filhos adotivos do Pai. É nos santos, de modo particular, que vemos essa transfiguração de que o Senhor nos quer fazer partícipes: neles, o Espírito Santo age de tal modo através de seus dons que os atos heróicos de amor, fortaleza e entrega que a história lhes atribui já não são apenas humanos, mas radicalmente divinos. Que também nós, sendo fiéis à graça e em tudo procurando ser santos para maior glória de Deus, possamos um dia ver realizada em nossos corpos e almas a transfiguração que hoje contemplamos no rosto adorável de Cristo.



Fonte: https://padrepauloricardo.org/episodios/festa-da-transfiguracao-do-senhor-mmxviii

domingo, 5 de agosto de 2018

5 de Agosto - O aniversário de Nossa Senhora



Em 1º de agosto de 1984, Jelena recebeu a seguinte mensagem de Nossa Senhora em Medjugorje:

"Essa mensagem é dedicada ao Papa e a todos os cristãos. No dia 5 de agosto próximo, se celebra o segundo milênio do meu nascimento. Nesse dia, Deus me permitiu doar-lhes graças particulares e dar ao mundo uma bênção especial. Peço-lhes que se preparem intensamente com três dias dedicados exclusivamente a mim. Nestes dias não trabalhem demais, mas peguem o vosso terço nas mãos e rezem, jejuem a pão e água. No curso de todos estes séculos, dediquei-me completamente a vocês. É muito se agora lhes peço que dediquem ao menos três dias a mim?"

A paróquia de Medjugorje se preparou por três dias para esta data.

Durante os três dias antes da celebração do segundo milênio do Nascimento de Nossa Senhora, houve jejum e orações incessantes. As confissões foram atendidas por 70 sacerdotes, continuamente. Grande número de pessoas converteu-se.

Raiou o dia 5 de agosto de 1984, festa do bimilenário. Em Medjugorje era um dia lindo! Os videntes afirmaram que nunca tinham visto a Virgem Maria tão feliz como naquela ocasião.

Neste dia apresentaram-lhe uma imagem de Nossa Senhora Menina , que veio de Lourdes; pediram-lhe que ela abençoasse, para ser guardada como lembrança de tão solene data. Jelena declarou: Nossa Senhora olhou para a imagem e começou a chorar, primeiro lágrimas comuns, depois lagrimas de sangue, depois lágrimas de ouro. E disse: “Jamais em minha vida chorei de dor como nesta noite choro de alegria ". E deixou-nos a seguinte mensagem:

"Eu dediquei toda minha vida por vós ao longo dos séculos. Vós dedicai-me aquele dia. Aquele dia é um presente do Meu Filho para Me consolar. Haverá muitas conversões".

Fazendo as contas, Nossa Senhora faz hoje 2034 anos! Parabéns Mãe!

Retirado dos livros "Convertei-vos sem demora", "Medjugorje - Nossa Senhora convida à conversão" e site "Queridos Filhos"


sábado, 4 de agosto de 2018

4 de Agosto - Memória de São João Maria Vianney


Deus providentíssimo, que com um só olhar abarca todos os tempos e lugares, suscitou lá vão dois séculos um santo que, exemplo de todas as virtudes e incansável  imitador de Cristo, mostraria com o testemunho singelo de sua vida de padre como os nossos sacerdotes podem superar as dificuldades e tentações que se levantam hoje contra o ministério paroquial. Referimo-nos a São João Maria Vianney, cuja memória a Igreja celebra neste dia, nomeado Padroeiro dos párocos em abril de 1929 pelo Papa Pio XI. Sentado por horas a fio no confessionário, celebrando Missa devotamente e rezando sem descanso — mais de dez horas por dia! — pela salvação do seu rebanho, o santo Cura d’Ars provou que por trás de todo “ativismo” apostólico que renuncia à vida interior se esconde o que poderíamos chamar pelagianismo prático, isto é, a tendência a pensar que mais valem os nossos esforços do que a operação da graça divina, os empreendimentos humanos do que a oração humilde e constante. Isso não significa que o Cura d’Ars não se tenha dedicado à catequese, a obras mais visíveis de caridade e ao cuidado concreto do povo, mas que a razão de sua extraordinária eficácia como pároco residia, antes de tudo, em manter-se fiel à graça do sacramento da Ordem, pelo qual foi configurado a Cristo, sacerdote e vítima, para completar na própria carne o que faltava às tribulações do Senhor (cf. Cl 1, 24). Porque, como ele mesmo escreve, um padre não pode pensar já ter feito tudo pelas almas que lhe foram confiadas se ainda não dormiu no chão, se flagelou, fez jejum e penitências, se ajoelhou para, ao longo de uma noite inteira, suplicar a Deus pela conversão dos seus paroquianos. Que o exemplo de São João Maria Vianney, oferecido ao Pai em holocausto de amor em prol de suas ovelhas, motive os nossos sacerdotes a, mantendo-se fiéis ao confessionário e ao altar, não se pouparem em nada pela salvação do povo cristão, sem ceder nem ao comodismo nem ao pelagianismo prático.


Hoje também celebra-se o dia do padre! Que possamos rezar pelos sacerdotes da Santa Igreja!

Fonte: https://padrepauloricardo.org/episodios/memoria-de-sao-joao-maria-vianney-mmxviii

quinta-feira, 2 de agosto de 2018

A oração revelada pela própria Rainha dos Anjos



No dia 13 de Janeiro de 1864, o Bem-aventurado Padre Luís-Eduardo Cestac foi subitamente atingido por um raio da luz divina. Ele viu demônios espalhados por toda a terra, causando uma imensa confusão. Ao mesmo tempo, ele teve uma visão da Virgem Maria. Nossa Senhora lhe revelou que realmente o poder dos demônios fora desencadeado em todo o mundo e que então, mais do que nunca, era necessário rezar à Rainha dos Anjos e pedir a ela que enviasse as legiões dos santos anjos para combater e derrotar os poderes do inferno.

“Minha Mãe", disse o padre, “vós sois tão bondosa, por que então não enviais por vós mesma estes anjos, sem que ninguém vos peça?"

“Não", respondeu a Santíssima Virgem, “a oração é uma condição estabelecida pelo próprio Deus para a obter esta graça."

“Então, Mãe Santíssima – disse o sacerdote – ensinai-me como quereis que se vos peça!"
Foi então que o Bem-aventurado Luís-Eduardo Cestac recebeu a oração “Augusta Rainha dos céus". “Meu primeiro dever – disse ele – era apresentar esta oração a Monsenhor La Croix, bispo de Bayonne, que se dignou a aprová-la. Cumprido este dever, fiz imprimir 500.000 cópias, e providenciei que fossem distribuídas em todos os lugares. (...) Não devemos esquecer que, da primeira vez que as imprimimos, a máquina impressora chegou a quebrar duas vezes".

Esta oração foi indulgenciada pelo Papa São Pio X no dia 8 de julho de 1908. Recomenda-se que seja aprendida de cor: 

Oração revelada
ao Bem-aventurado Padre Louis-Edouard Cestac
(13 de janeiro de 1864) 

Augusta Rainha dos céus, soberana mestra dos Anjos,
Vós que, desde o princípio, recebestes de Deus
o poder e a missão de esmagar a cabeça de Satanás,
Nós vo-lo pedimos humildemente,
Enviai vossas legiões celestes para que,
sob vossas ordens, e por vosso poder,
Elas persigam os demônios, combatendo-os por toda a parte,
Reprimindo-lhes a insolência, e lançando-os no abismo.
Quem é como Deus?
Ó Mãe de bondade e ternura,
Vós sereis sempre o nosso Amor e a nossa esperança.
Ó Mãe Divina,
Enviai os Santos Anjos para nos defenderem,
E repeli para longe de nós o cruel inimigo.
Santos Anjos e Arcanjos,
Defendei-nos e guardai-nos. Amém.