terça-feira, 31 de julho de 2018

31 de Julho - Memória de Santo Inácio de Loyola


O exemplo de conversão de Santo Inácio de Loyola, embora tenha ocorrido há já meio milênio, é de grande atualidade, pois serve de remédio para a crise de fé que muitos católicos têm vivido nos dias de hoje. Apesar de cristão batizado, Inácio foi durante muitos anos um espírito mundano, cujas esperanças e interesses estavam todos depositados em feitos nobres e militares. Em maio de 1521, no entanto, um balaço de canhão atinge-lhe a perna durante a batalha de Pamplona, obrigando-o a passar vários meses hospitalizado. Lá, sem poder sair do leito, Inácio começa a ler por passatempo a vida de Cristo e dos santos, e é a partir dessas leituras que Deus o fará enxergar a verdade da fé que por tanto tempo ele negligenciara. Foi o contato com a luz de Cristo, encarnado também na vida dos santos, que o interpelou e moveu a entregar-se inteiramente ao serviço de Deus. Porque a verdade, com efeito, não é nem uma ideologia nem um discurso nem uma argumentação, mas um chamado que o Senhor dirige a todos os homens, de todos os tempos, lugares e culturas, a fim de os converter e salvar pelos frutos de sua cruz. Que Santo Inácio de Loyola, com seu exemplo e intercessão, faça-nos ver que a verdade, sempre una e sempre a mesma, não está sujeita aos modismos do tempo nem a caprichos de grupos humanos, pois só há verdade plena naquele que é caminho e vida (cf. Jo 14, 6), sem o qual é impossível ir ao Pai.


Fonte: https://padrepauloricardo.org/episodios/memoria-de-santo-inacio-de-loyola-mmxviii

quinta-feira, 26 de julho de 2018

26 de Julho - Memória de São Joaquim e Santa Ana, pais da Virgem Maria



Ao celebrar hoje a memória de São Joaquim e Santa Ana, pais de Nossa Senhora, a Igreja nos permite recordar que foi através do nascimento de Maria Santíssima que se pôde cumprir em plenitude a promessa feita outrora ao rei Davi. Como este quisesse edificar um templo para Javé, alojado até então “sob um tabernáculo improvisado” (2Sm 7, 6), Deus prometeu-lhe por boca do profeta Natã: “O Senhor anuncia-te que quer fazer-te uma casa” (2Sm7,11), isto é, uma descendência real, da qual nasceria tempos mais tarde o Messias de Israel. A casa de Davi começará a erguer-se a partir do seu primeiro sucessor, o rei Salomão, com quem terá início (cf. 1Rs 2, 19) uma instituição típica da dinastia davídica, a saber: a concessão do posto de rainha à mãe do monarca, chamada em hebraico gebirah, que quer dizer “Rainha Mãe”. Por ter muitas concubinas, dentre as quais era praticamente impossível escolher uma para reinar ao seu lado, Salomão entronizou a própria mãe, Betsabé, a quem deu não só um trono à sua direita, mas a reverência devida a uma verdadeira rainha e senhora. Esta instituição, que perdurará até o exílio babilônico, encontra-se atestada nas séries genealógicas dos sucessores de Davi, sempre nomeados com suas mães. É manifesto, portanto, que ao transmitir a Cristo seu próprio sangue, herdado de São Joaquim e Santa Ana, descendentes de Davi, Maria Santíssima é com todo direito Rainha dos céus e da terra, já que seu Filho é Senhor de toda criatura, das que estão na terra, embaixo e acima dela. Que o nosso coração possa hoje se alegrar com a memória dos santos pais da Virgem bendita, escolhidos desde a eternidade para dar à luz a Mãe do Verbo encarnado, preservada por singular privilégio de toda mancha de pecado. E que São Joaquim e Santa Ana, intercedendo por nós do céu, mostrem-nos o rosto sempre propício de sua filha imaculada, pela qual, em cumprimento das profecias, a salvação finalmente entrou no mundo.



quarta-feira, 25 de julho de 2018

25 de Julho - Festa de São Tiago Maior, Apóstolo


São Tiago Maior, cuja festa a Igreja hoje comemora, foi irmão de outro Apóstolo, São João, o discípulo amado (cf. Jo 13, 23; 19, 26; 20, 2; 21, 7.20). Os Evangelhos referem-se aos dois como “filhos de Zebedeu” (cf. Mt 4, 21; Mc 1, 19; 10, 35; Lc 5, 10), e a mãe deles, Maria Salomé (cf. Mc 16, 1), foi uma das mulheres que permaneceram aos pés da cruz donde pendia o Salvador do mundo (cf. Mt 27, 56). A tradição nos conta que, depois de tentar sem sucesso evangelizar os povos hispânicos — no território correspondente à atual Península Ibérica —, Tiago lembrou-se de recorrer ao auxílio da Virgem Santíssima, ainda viva. Maria ter-lhe-ia aparecido na cidade de Saragoça, às margens do rio Ebro, no alto de uma coluna, a fim de o consolar e dar-lhe perseverança no apostolado. Trata-se da primeira aparição mariana de que temos notícia, além de ser a origem da devoção a Nossa Senhora do Pilar, celebrada dia doze de outubro. A Santíssima Virgem ter-lhe-ia confiado ainda a missão de construir naquela região um templo dedicado a ela e revelado, por fim, que ele seria o primeiro dos Apóstolos a ter a honra de beber do mesmo cálice de Cristo, derramando o próprio sangue por aquele que se encarnou e morreu para nos merecer a vida eterna. Cumpriu-se assim, por intermédio de Maria, o pedido que Salomé fizera a Jesus muitos anos antes: “Ordena que estes meus dois filhos se sentem no teu Reino, um à tua direita e outro à tua esquerda” (Mt 20, 21). Esta mãe quis para um filho uma primazia terrena, num reino puramente político; mas Cristo, cuja coração não se deixa vencer em generosidade e cuja mente não se prende à lógica dos homens, deu a Tiago um privilégio muito maior do que um trono à sua direita: deu-lhe a graça de ser o primeiro a provar com sangue a grandeza de sua caridade. Que São Tiago e Nossa Senhora do Pilar intercedam por nós e nos alcancem a graça de perseverarmos no cumprimento dos nossos deveres cristãos, a ponto de tudo entregarmos, como vítimas de amor, a fim de lucrar a Cristo.



Fonte: https://padrepauloricardo.org/episodios/festa-de-sao-tiago-maior-apostolo-mmxviii

domingo, 22 de julho de 2018

22 de Julho - Festa de Santa Maria Madalena


Celebrando hoje a festa de Santa Maria Madalena, a Igreja nos dá ocasião de recordar que, no nosso relacionamento com Deus, nós todos fazemos, de uma forma ou de outra, o papel da "prostituta". Com efeito, todas as vezes que amamos mais as criaturas do que ao Criador, prostituímo-nos espiritualmente, unimo-nos, por assim dizer, àqueles que não são o nosso verdadeiro Esposo, o único que tem direito à nossa plena e total entrega. É isto o que vemos, pois, em Maria Madalena antes de sua conversão a Cristo: tendo-se abandonado à depravação de diversos homens, ela chegou ao ponto de ver-se atormentada de uma só vez por sete espíritos impuros (cf. Lc 8, 2). Mas, embora meretriz, Madalena não deixa de ser imagem de uma alma que, sabendo-se pecadora, também se sabe feita para amar o Senhor não como uma simples seguidora, senão como noiva, como esposa — com aquele amor esponsal que aspira ardentemente à união, à intimidade. Por isso, ao contrário de Pedro e João, que perderam toda esperança diante do sepulcro vazio, Madalena permaneceu do lado de fora do túmulo, chorando lágrimas de devoção e de amor.

Mas essa Madalena que vimos contemplando não tem ainda uma fé forte o bastante. Ela está, sim, à procura do Senhor, mas sem crer na Ressurreição. Naquele pranto — "Levaram o meu Senhor e não sei onde O colocaram" — vemos transparecer a sua dor por não poder encontrar o cadáver de Cristo: "Não sei onde O colocaram", diz, porque não soube acreditar que Ele mesmo, por virtude própria, havia de ressurgir. Por isto, faz como que pouco caso da consolação dos anjos e roga instantemente ao "jardineiro" que lhe traga as "relíquias" do seu Mestre. O Senhor, porém, rompe essa tristeza com uma só palavra: "Maria!" E ela, voltando-se para trás, percebeu que era o seu tão desejado Rabunni. Quer agora agarrá-lo, retê-lo, estar com Ele… Mas o Senhor lho proíbe: "Não me segures", porque ainda não estás preparada para te unires a mim da forma que desejas. "Ainda não subi para junto do Pai", donde te darei as graças para que chegues um dia a amar-me como quero ser amado, para te transformares, enfim, na esposa que desejo para mim.

Como a Maria que o Evangelho nos mostra, também nós não estamos prontos para essa união transformante de nossa alma com Deus. Como esta Maria, devemos querê-lO e desejá-lO a todo custo. Como esta Maria, não devemos contentar-nos com a consolação das criaturas, nem mesmo com a dos anjos, pois o nosso coração estará inquieto, atordoado, sem paz, enquanto não repousar nAquele por quem e para quem foi criado. Que Santa Maria Madalena interceda por todos nós e nos alcance dAquele por quem tanto chorara — de arrependimento e de amor — a graça de sempre O desejarmos com ardor e "louca" paixão.

Fonte: https://padrepauloricardo.org/episodios/memoria-de-santa-maria-madalena

segunda-feira, 16 de julho de 2018

Nossa Senhora do Carmo e as aparições marianas



O título mariano do Carmo, é expressado de maneira considerável nas aparições de Nossa Senhora pelo mundo, a própria devoção do escapulário começou com uma aparição da Virgem Maria à São Simão Stock, na Inglaterra, em 1251.

- São Simão Stock era um dos mais piedosos carmelitas que vivia na Inglaterra. Vendo a Ordem dos Carmelitas ser perseguida até estar prestes a ser eliminada da face da terra, ele sofria muito e pedia socorro a Nossa Senhora do Carmo.

Sua oração, que os carmelitas usam até hoje, foi a seguinte: Flor do Carmelo, vide florida. Esplendor do Céu. Virgem Mãe incomparável. Doce Mãe, mas sempre virgem. Sede propícia aos carmelitas. Ó Estrela do mar.

Então Maria Santíssima, rodeada de anjos, apareceu para São Simão, entregou-lhe o Escapulário e lhe disse: "Recebe, meu filho muito amado, este escapulário de tua ordem, sinal do meu amor, privilégio para ti e para todos os carmelitas. Quem com ele morrer não se perderá. Eis aqui um sinal da minha aliança, salvação nos perigos, aliança de paz e amor eterno." A partir desse milagre, o escapulário passou a fazer parte do hábito dos carmelitas.

- Em Lourdes, na França, a última aparição de Nossa Senhora ocorreu no dia do Carmo, em 16 de Julho de 1858. Santa Bernadette, a visionária, dizia que a Virgem Santíssima nunca havia estado tão bela. A Mãe de Deus apareceu como Nossa Senhora do Carmo.

- Em Fátima, Portugal, na última aparição da Virgem, no dia 13 de Outubro de 1917, os pastorinhos relataram ter visto, durante o milagre do sol, Maria Santíssima vestida como a Virgem do Carmo, gloriosa, coroada como a Rainha do Céu e da Terra. Vestida como a Senhora do Carmelo, a Virgem Maria se despediu dos pastorinhos dizendo: "Hasta San Sebastián de España!" (Até San Sebastián da Espanha)

- Em San Sebastián de Garabandal, Espanha, a Santíssima Virgem apareceu, no dia 2 de Julho de 1961, sob o título de Nossa Senhora do Carmo, e muitos escapulários foram beijados por Ela durante as aparições.

Fonte: Fonte: https://cruzterrasanta.com.br/historia-de-nossa-senhora-do-carmo/37/102/#c

16 de Julho - Festa de Nossa Senhora do Carmo


Ó Maria, flor do Carmelo, ponde sobre os nossos ombros a armadura da vossa devoção e concedei-nos prudente conselho nas incertezas e consolação constante nas adversidades!

A Virgem Santíssima é “flos Carmeli”, a flor do Carmelo, porque este monte, segundo uma antiga tradição, simboliza a união das almas místicas e contemplativas com Deus. E que outra alma, que outra flor desse jardim de corações eleitos esteve mais intimamente unida a Ele do que Nossa Senhora? Mas ela é também, nas palavras de São Simão Stock, “armatura fortis pugnantium”, forte armadura dos que pelejam no exército de Cristo. Porque, com efeito, a vida espiritual não é senão uma batalha, na qual “furunt bella”: estalam, ensandecidos, ataques vindos do inferno e dos espíritos malignos contra os que, pelo Batismo, trazem no peito a marca de cristãos. É por isso que temos sempre de pedir à nossa Mãe: “Tende praesidium scapularis”: Ponde sobre os nossos ombros, ó Virgem bendita, a proteção do vosso auxílio, a segurança do vosso refúgio, o consolo da vossa intercessão, e cobre-nos com o manto escapular da vossa devoção. Pois Maria Santíssima, como nos ensina a doutrina católica, não é apenas uma intercessora entre outras, mas verdadeira e singular protetora, invocada pelos fiéis desde os primeiros séculos com aquelas palavras que até hoje repetimos a cada Terço, em perfeita sintonia com a fé apostólica: “Sub tuum praesidium confugimus”, à vossa proteção nos acolhemos, ó Santa Mãe de Deus! Que esta Virgem fortíssima nos dê, hoje e sempre, “prudens consilium”, prudente conselho nas incertezas da vida e “iuge solatium”, consolação contínua nas adversidades que precisamos superar a fim de conquistar a coroa da glória. — E como prova de nossa devoção e fidelidade a ela, levemos sempre conosco, como recordatórios da guerra em que nos encontramos, o Rosário e o Escapulário devidamente benzidos.


Fonte: https://padrepauloricardo.org/episodios/festa-de-nossa-senhora-do-carmo-mmxviii

sábado, 14 de julho de 2018

14 de Julho - Memória de São Camilo de Léllis


Foi brotando em São Camilo de Léllis o carisma de servir a Cristo na pessoa do doente, do peregrino

Nasceu no ano de 1550 na Itália. Filho de pai militar, também seguiu essa carreira, mas não pode prosseguir devido a um tumor em um dos pés. Recorreu ao hospital de São Tiago em Roma, onde viveu sua compaixão pelos outros doentes.

Porém, ele deu um ‘sim’ ao pecado, entregando-se ao vício do jogo, onde perdeu tudo e ficou na miséria total. Saiu do hospital devido o seu temperamento. Foi de hospital em hospital para cuidar de sua ferida, até bater na porta dos franciscanos capuchinhos e ali quis trabalhar na obra de Deus.

Com 25 anos começou o seu processo de conversão. No hospital em Roma, Deus suscitou nele a santidade de ver nos doentes a pessoa de Cristo e também o carisma dos ‘Camilianos’. Camilo também viveu uma bela amizade com São Felipe Néri.

Entrou para os estudos, foi ordenado sacerdote, e vendo a realidade dos peregrinos de Roma, que não tinham uma assistência médica digna, foi brotando nele o carisma de servir a Cristo na pessoa do doente, do peregrino. E muitos se juntaram a ele nessa obra. Em cada sofredor está a presença do Crucificado.

São Camilo partiu para o céu em 1614.

São Camilo de Léllis, rogai por nós!

Fonte: https://santo.cancaonova.com/santo/sao-camilo-de-lellis-servia-a-cristo-na-pessoa-do-doente/

sexta-feira, 13 de julho de 2018

Terceira aparição de Nossa Senhora em Fátima - 13 de Julho de 1917

Resultado de imagem para segredo de fátima

Escreve a Irmã Lúcia

Momentos depois de termos chegado à Cova da Iria, junto da carrasqueira, entre numerosa multidão de povo, estando a rezar o terço, vimos o reflexo da costumada luz e em seguida Nossa Senhora sobre a carrasqueira.


– Vossemecê que me quer? Perguntei.


– Quero que venham aqui no dia 13 do mês que vem, que continuem o rezar o terço todos os dias, em honra de Nossa Senhora do Rosário para obter a paz do mundo e o fim da guerra, porque só ela Lhes poderá valer.


– Queria pedir-Lhe para nos dizer quem é, para fazer um milagre com que todos acreditem que Vossemecê nos aparece.


– Continuem a vir aqui todos os meses, em Outubro direi quem sou, o que quero, e farei um milagre que todos hão de ver para acreditar.


Aqui fiz alguns pedidos, que não recordo bem quais foram.
O que me lembro é que Nossa Senhora disse que era preciso rezar o terço para alcançar as graças durante o ano. E continuou:


– Sacrificai-vos pelos pecadores, e dizei muitas vezes, em especial sempre que fizerdes algum sacrifício: "O Jesus, é por vosso amor, pela conversão dos pecadores e em reparação pelos pecados cometidos contra o Imaculado Coração de Maria."





SOBRE O SEGREDO DE FÁTIMA



1ª e 2ª Parte do segredo


1ª. Consta da visão do inferno.
2ª. A Devoção ao Meu Imaculado Coração com a comunhão reparadora nos primeiros sábados e a Consagração da Rússia.


O texto que segue, nesta narração, fazia já parte do segredo que, em 1917, Nossa Senhora pediu aos Pastorinhos não contassem a ninguém e que eles não revelaram nem mesmo quando o Administrador os prendeu e ameaçou mandar fritar em azeite a ferver. Só em 31 de Agosto de 1941, na carta escrita em Tuy ao Bispo D. José Alves Correia da Silva, Lúcia diz ser "chegado o momento" de falar do segredo, acrescentando: Bem; o segredo consta de três coisas distintas, duas das quais vou revelar.


1ª Parte:


A primeira foi, pois, a vista do inferno! Nossa Senhora .... Ao dizer estas palavras, abriu de novo as mãos como nos dois meses passados. O reflexo pareceu penetrar a terra e vimos como que um mar de fogo, mergulhados nesse fogo os demônios e as almas, como se fossem brasas transparentes e negras ou bronzeadas com forma humana, que flutuavam no incêndio levadas pelas chamas que deles mesmas saíam juntamente com nuvens de fumo, caindo de todos os lados semelhante ao cair das fagulhas nos grandes incêndios, sem peso, nem equilíbrio, entre gritos e gemidos de dor e desespero que horrorizava e fazia estremecer de pavor. Devia ser ao deparar-me com esta visão que dei esse Ai, que dizem ter-me ouvido.





(No jornal O Século, de 23 de Julho de 1917, lia-se: "ouviu-se um ruído semelhante ao ribombar do trovão, pro rompendo as crianças num choro aflitivo, fazendo gestos epiléticos e caindo depois em êxtase.")


Os demônios distinguiam-se por formas horríveis e asquerosas de animais espantosos e desconhecidos, mas transparentes como negros carvões em brasa. Esta visão foi um momento, e graças à Nossa boa Mãe do Céu, que antes nos tinha prevenido com a promessa de nos levar para o Céu. Se assim não fosse, creio que teríamos morrido de susto e pavor. Assustados e como que a pedir socorro, levantamos a vista para Nossa Senhora que nos disse com bondade e tristeza:


2ª Parte:


- Vistes o inferno para onde vão as almas dos pobres pecadores. Para as salvar, Deus quer estabelecer no mundo a devoção ao meu Imaculado Coração. Se fizerem o que eu disser, salvar-se-ão muitas almas e terão paz: a guerra vai acabar. Mas se não deixarem de ofender a Deus, no reinado de Pio XI começará outra pior. Quando virdes uma noite iluminada por uma luz desconhecida, sabei que é o grande sinal que Deus vos dá de que vai a punir o mundo de seus crimes, por meio da guerra, da fome e de perseguições à Igreja e ao Santo Padre. Para a impedir, virei pedir a consagração da Rússia ao meu Imaculado Coração e a comunhão reparadora nos primeiros sábados. Se atenderem a meus pedidos, a Rússia converter-se-á e terão paz; se não, espalhará seus erros pelo mundo, promovendo guerras e perseguições à Igreja, os bons serão martirizados, o Santo Padre terá muito que sofrer, várias nações serão aniquiladas: por fim o meu Imaculado Coração triunfará. O Santo Padre consagrar-me-á a Rússia que se converterá e será concedido ao mundo algum tempo de paz. Em Portugal conservar-se-á sempre o dogma da fé, etc...




3ª Parte do segredo.


Quanto à terceira parte do segredo, encontrando-se Lúcia doente, em Tuy, descreveu-a em 3 de Janeiro de 1944, também por ordem do Bispo de Leiria, entregando-a num envelope fechado. Lúcia diz nessa carta:


Escrevo em ato de obediência a Vós Deus meu, que mo mandais por meio de sua Ex.cia. Rev.ma o Senhor Bispo de Leiria e da Vossa e minha Santíssima Mãe.
Depois das duas partes que já expus, vimos ao lado esquerdo de Nossa Senhora um pouco mais alto um Anjo com uma espada de fogo em a mão esquerda; ao cintilar, despedia chamas que parecia iam incendiar o mundo; mas apagavam-se com o contacto do brilho que da mão direita expedia Nossa Senhora ao seu encontro: O Anjo apontando com a mão direita para a terra, com voz forte disse: Penitência, Penitência, Penitência! E vimos numa luz imensa que é Deus: “algo semelhante a como se vêem as pessoas num espelho quando lhe passam por diante” um Bispo vestido de Branco “tivemos o pressentimento de que era o Santo Padre”. Vários outros Bispos, Sacerdotes, religiosos e religiosas subir uma escabrosa montanha, no cimo da qual estava uma grande Cruz de troncos toscos como se fora de sobreiro com a casca; o Santo Padre, antes de chegar aí, atravessou uma grande cidade meia em ruínas, e meio trêmulo com andar vacilante, acabrunhado de dor e pena, ia orando pelas almas dos cadáveres que encontrava pelo caminho; chegado ao cimo do monte, prostrado de joelhos aos pés da grande Cruz foi morto por um grupo de soldados que lhe dispararam varias tiros e setas, e assim mesmo foram morrendo uns trás outros os Bispos Sacerdotes, religiosos e religiosas e varias pessoas seculares, cavalheiros e senhoras de varias classes e posições. Sob os dois braços da Cruz estavam dois Anjos cada um com um regador de cristal em a mão, neles recolhiam o sangue dos Mártires e com ele regavam as almas que se aproximavam de Deus.





Continuando a carta de 31 de Agosto de 1941:


– Isto não o digais a ninguém. Ao Francisco sim, podeis dizê-lo. Quando rezardes o terço, dizei depois de cada mistério:


Ó meu Jesus, perdoai-nos livrai-nos do fogo do inferno, levai as alminhas todas para o céu, principalmente aquelas que mais precisarem.


Seguiu-se um instante de silêncio e perguntei:


– Vossemecê não me quer mais nada?


– Não, hoje não te quero mais nada.


E como de costume começou a elevar-se em direção ao nascente até desaparecer na imensa distância do firmamento.»

Fonte: Últimas e derradeiras graças

A Mensagem de Nossa Senhora Rosa Mística


Nossa Senhora Rosa Mística, em suas primeiras aparições, nos deixa uma mensagem de fé e de esperança para toda a Igreja.

Aos nos deparar com o título de Rosa Mística, podemos pensar em muitas coisas e nos desviar daquilo que é a essência da mensagem das aparições de Nossa Senhora. Para nos livrar deste erro, a própria Virgem Maria, na sua terceira aparição, responde à irmã Pierina:

“o nome Rosa Mística não tem, em si, nada de novo. De Rosa Mística fui chamada naquele momento em que meu Divino Filho Jesus se fez homem. Na Rosa Mística está simbolizado o FIAT da Redenção e o FIAT da minha colaboração. Eu sou a Imaculada Conceição, a Mãe do Senhor, a Mãe da Graça e a Mãe do Corpo Místico: a Igreja! A graça do Senhor e a sua misericórdia ainda farão florescer a Rosa Mística na Igreja. […] E, se atenderem ao meu maternal convite, Montichiari se tornará o lugar do qual a luz mística se irradiará para todo mundo. Sim, tudo isso acontecerá!” 

Em sua mensagem, Nossa Senhora Rosa Mística nos convida a entrar na dinâmica da graça que animou toda a sua existência terrena. As primeiras aparições da Rosa Mística aconteceram em Montichiari (Montes Claros), na Itália, e deram início à esta devoção, que se espalhou por todo o mundo, conforme foi prometido por ela. Nossa Senhora, que apareceu na noite entre 23 e 24 de novembro de 1946 à irmã Pierina Gilli sob o título de Rosa Mística, nos convida a nos voltar para o seu Coração Imaculado e nele encontrar o espírito de “oração, penitência e sacrifício”, que tanto agrada o Sagrado Coração de Jesus Cristo, seu amado Filho. A mensagem da Rosa Mística aponta, à luz do seu “sim” ao mistério da Encarnação do Verbo, para o “sim” que somos todos chamados a dizer para a vontade de Deus em nossas vidas. Como a Virgem de Nazaré, somos impelidos pelo Espírito Santo a dizer: “Faça-se em mim segundo a Tua Palavra”. E, movidos também pelo Espírito de Deus, como a irmã Pierina, somos chamados acolher a mensagem da Rosa Mística
Pierina Gilli


Em sua primeira aparição, em 1947, Nossa Senhora aparece com o semblante triste, com um manto roxo e tinha três espadas cravadas em seu peito. Nesta aparição, os lábios da Virgem Maria se abriram somente para dizer docemente: "oração, sacrifício e penitência”, depois ela ficou em profundo silêncio. Na segunda aparição, a Rosa Mística explica o significado dessas três espadas: a primeira espada significa a perda culposa da vocação sacerdotal ou religiosa; a segunda espada, a vida em pecado mortal das pessoas consagradas a Deus; a terceira espada, a traição daquelas pessoas que, ao abandonarem sua vocação sacerdotal ou religiosa, perdem também a fé e se transformam em inimigos da Igreja.
Nesta mesma aparição, a Virgem Mãe de Deus estava vestida de branco e no peito, no lugar das três espadas, tinha três lindas rosas, nas cores branca, vermelha e amarelo-dourada, que simbolizam a reparação das “espadas”. A rosa branca significa o espírito de oração com o qual devemos pedir a reparação das vocações traídas, pelas vocações sacerdotais e religiosas. “O brilho da rosa vermelha é para lembrar o espírito de sacrifício, para reparar os pecados mortais cometidos pelas almas consagradas a Deus e mostrar a misericórdia do Senhor que deseja reavivar a chama do amor nos corações”. A rosa amarelo-ouro significa o espírito da penitência em favor do clero, em reparação ao espírito de traição de Judas.

Assim, Nossa Senhora Rosa Mística é a Mãe de Deus, a Mãe da Graça e a Mãe do Corpo Místico de Cristo, que é a Igreja! Como nos indicou a Rosa Mística, desde a sua primeira aparição, nos coloquemos em “oração, sacrifício e penitência” pelas almas consagradas ao Senhor, especialmente pelos sacerdotes, que são os filhos prediletos da Virgem Maria.

Transformemos em lindas rosas as espadas que, pela infidelidade dos servos e servas de Deus, foram cravadas em seu coração de Mãe. Rezemos, de modo especial, o Rosário Mariano, como recomendou a Mãe da Igreja à irmã Pierina para dizer a todos nós: “diga a meus filhos que rezem o santo terço”. 

Nossa Senhora Rosa Mística, rogai por nós!

Fonte:http://blog.cancaonova.com/tododemaria/a-mensagem-de-nossa-senhora-rosa-mistica/

quinta-feira, 12 de julho de 2018

12 de Julho - Memória de São Luís e Santa Zélia Martin


Deus providentíssimo, que estende seu vigor de uma extremidade do mundo à outra e tudo dispõe com suavidade (cf. Sb 8, 1), quis presentear a Igreja, que atravessa conturbada os mares tormentosos deste nosso século, com o exemplo de santidade de São Luís e Santa Zélia Martin, pais de Santa Teresinha do Menino Jesus. Neste santo casal, modelo de todas as virtudes domésticas, Cristo quis deixar a prova de que, contrariamente ao que pregam as loucas ideologias modernas, a família humana só pode chegar àquela plena realização a que aspira todo coração se se conformar às leis sagradas impressas por Deus na criação. Entre elas, encontra-se o fato, por um lado, de o matrimônio ser por sua própria natureza o acordo livre e responsável entre um homeme uma mulher, unidos por vínculo inviolável com o fim de procriarem “concidadãos dos santos e familiares de Deus” (cf. Pio XI, Encíclica “Casti Connubii”, n. 14; Ef 2, 19); e, por outro, de na família ninguém ser descartável e substituível, como em um empresa, já que os laços de sangue, apesar de humanos, estabelecem não só direitos e deveres mútuos entre os familiares, mas ainda relações de parentesco que durarão para sempre. Nisto se vê o quanto os ataques com que hoje a família, segundo o desígnio original de Deus, é desprezada e demolida ferem a dignidade humana e contradizem, assim, os desejos e valores naturais de todo homem: pelo divórcio, descartam-se os esposos; pelo aborto, eliminam-se os filhos; pela eutanásia, sepultam-se os pais; pelo “amor livre”, mata-se a fidelidade. A Igreja, porém, suportando as injustas acusações com que tantos querem desmerecer o seu ensinamento, não cessa de proclamar que a família é uma instituição sagrada, querida por Deus para que todos, pelo cumprimento dos nossos deveres e o exercício das virtudes, preparássemos já aqui nesta vida o céu que gozaremos na outra. Que São Luís e Santa Zélia Martin sejam para nós modelos de caridade, vínculo de perfeição (cf. Col 3, 14) dos homens com Deus e entre si, eprotetores fidelíssimos de nossas famílias.



Fonte: https://padrepauloricardo.org/episodios/memoria-de-sao-luis-e-santa-zelia-martin-mmxviii

quarta-feira, 11 de julho de 2018

11 de Julho - Memória de São Bento de Núrsia


No dia em que celebramos a memória de São Bento, pai da civilização ocidental, a Igreja proclama o Evangelho em que Cristo escolhe os doze Apóstolos e os envia em missão, dando-nos a entender que também o monge de Núrsia há de ser contado entre aqueles homens da Providência que, de tempos em tempos, Deus envia como pastores zelosos ao povo fiel. A época em que viveu São Bento, como sabemos, foi particularmente difícil: o Império Romano do Ocidente havia caído, Roma encontrava-se em ruínas e as poucas raízes que o cristianismo pudera lançar na cultura e nos corações não eram ainda profundas o bastante. Era preciso, com efeito, que o Evangelho triunfasse de uma vez para sempre sobre os costumes e superstições introduzidas pelas hordas bárbaras no mundo europeu. A fim de levar a cabo essa missão, Deus fez surgir São Bento, que para militar nas fileiras de Cristo rompeu toda relação com este século, dedicando-se inteiramente à vida contemplativa e à instrução de muitos, inspirados em seu exemplo, no caminho da santidade. Com sua Regra, ele fez a Europa germinar em mosteiros e abadias, novo sal e nova luz para um mundo insípido, porque privado da graça, e cego, porque ignorante da doutrina cristã. Que também nós, nestes tempos conturbados em que a erva daninha do antigo paganismo parece voltar a sufocar o trigo bom do Evangelho, possamos seguir o exemplo de São Bento de Núrsia e, buscando em tudo a santidade, recristianizar o mundo, redimido por Cristo e conquistado ao preço de seu Sangue.


Fonte: https://padrepauloricardo.org/episodios/memoria-de-sao-bento-de-nursia-mmxviii

sexta-feira, 6 de julho de 2018

6 de Julho - Memória de Santa Maria Goretti


Maria Goretti, mártir da santa pureza, entregou a vida sem perder a glória da virgindade, mantendo-se fiel a Cristo até o último momento.

A Deus sapientíssimo, “rico para com todos os que o invocam” (Rm10, 12), que “apascenta entre os lírios” (Ct 2, 16) e diante do qual “não há distinção de pessoas” (Rm 2, 11), aprouve ornar com a palma do martírio e o lírio da virgindade a santa cuja memória a Igreja hoje celebra, a humilde menina Maria Goretti, que passou por este mundo sem os faustos chamativos de uma vida rica e célebre, mas enriquecida com os dons do Espírito Santo e digna de ser proposta como exemplo de pureza e fortaleza heróica a todos os fiéis, sobretudo aos jovens de ambos os sexos, dos quais não poucos, atraídos pelas vaidades do mundo, temerariamente põem em risco a salvação da própria alma. Grande e estupendo milagre, que admirou o mundo inteiro, foi a coragem de Santa Maria Goretti, uma pobre menina vinda de uma família de lavradores que, antes de completar doze anos, preferiu morrer pela castidade a deixar-se inquinar pela impureza de seu algoz. No dia 5 de julho de 1902, resistindo fortemente às violentas insinuações de Alessandro Serenelli, por quem fora tentada mais de uma vez, Maria foi lançada ao chão e apunhalada quatorze vezes. Morreu no dia seguinte em odor de santidade, mas não antes de perdoar ao seu assassino. O povo a proclamou mártir, beata a declarou a Igreja em 1947 e às honras dos altares Pio XII a elevou em 1950. Que o exemplo desta santa menina, cujo pudor heróico mereceu a conversão inclusive de quem a matou, possa sempre nos lembrar que, com o auxílio da graça, podemos viver generosamente todas as virtudes cristãs, hoje tão desprezadas por um mundo que se crê autossuficiente, mas não enxerga a própria impotência para fazer o bem sem Cristo e longe de Cristo.



Fonte: https://padrepauloricardo.org/episodios/memoria-de-santa-maria-goretti-mmxviii

quarta-feira, 4 de julho de 2018

4 de Julho - Memória do Beato Pier Giorgio Frassati


“Também eu, na minha juventude, senti o benéfico influxo do seu exemplo e, como estudante, fiquei impressionado pela força do seu testemunho cristão”, afirmou São João Paulo II sobre o jovem beato e esportista Pier Giorgio Frassati.

Pior Giorgio nasceu em Turim, Itália, em 6 de abril de 1901. Cresceu no seio de uma família muito rica. Seu pai foi o fundador e diretor do jornal ‘La Stampa’ e sua mãe, uma notável pintora que lhe transmitiu a fé.

Em sua adolescência, cultivou uma profunda vida espiritual, tornou-se um membro ativo da Ação Católica, do Apostolado da Oração, da Liga Eucarística e da Associação de jovens adoradores universitários.

Decidiu estudar Engenharia Industrial Mecânica para trabalhar perto dos operários pobres e ingressou no Politécnico de Turim, onde fundou um círculo de jovens que buscavam fazer Cristo o centro de sua amizade.

Teve uma vida austera e destinava à obra de caridade boa parte do dinheiro que seus pais lhe davam para gastos pessoais. Sua força estava na comunhão diária e na frequente adoração ao Santíssimo.

Foi esportista, esquiador e montanhista. Escalou os Alpes e o Vale de Aosta. Do mesmo modo, nunca perdeu a oportunidade de levar seus amigos à Santa Missa, à leitura das Sagradas Escrituras e à oração do Santo Terço.

Quando completou 24 anos, foi diagnosticado com poliomielite fulminante, uma doença que o levou à morte em apenas uma semana.

Partiu para a casa do Pai no dia 4 de julho de 1925 e teve um multitudinário funeral entre amigos e pessoas pobres.

São João Paulo II o beatificou em 1990 e destacou que “ele proclama, com seu exemplo, que é bem-aventurada a vida conduzida no Espírito de Cristo, Espírito das Bem-aventuranças, e que só aquele que se torna homem das bem-aventuranças consegue comunicar aos irmãos o amor e a paz”.

“Ele repete que verdadeiramente vale a pena sacrificar tudo para servir ao Senhor. Testemunha que a santidade é possível a todos e que só a revolução da caridade pode acender no coração dos homens a esperança de um futuro melhor”.

Fonte: https://www.google.com.br/amp/s/www.acidigital.com/amp/noticias/hoje-e-celebrado-beato-pier-giorgio-frassati-esportista-que-influenciou-sao-joao-paulo-ii-62712

terça-feira, 3 de julho de 2018

3 de Julho - Festa de São Tomé, Apóstolo


A Igreja celebra hoje a festa de São Tomé, Apóstolo, de cuja boca recebemos a mais bela profissão de fé registrada nos quatro evangelhos: “Meu Senhor e meu Deus!”, dita bem em frente a Jesus ressuscitado, com suas gloriosas chagas à mostra. São Tomé, como sabemos pelo que nos narram os evangelistas, não quis acreditar, ao menos a princípio, que o Senhor houvesse ressuscitado dentre os mortos. Daí sua conhecida resposta ao testemunho dos outros dez Apóstolos: “Se eu não vir as marcas dos pregos em suas mãos, se eu não puser o dedo nas marcas dos pregos e não puser a mão no seu lado, não acreditarei”. Embora costumemos ver nessa exigência de Tomé um ceticismo um tanto condenável, não seria justo chamar-lhe “o discípulo incrédulo”, já que todos os Onze não só tinham dúvidas sobre a ressurreição de Cristo como, durante a Paixão, fugiram covardemente, “esquecidos” do que lhes dissera o Senhor: “É necessário que o Filho do Homem seja levado à morte e que ressuscite ao terceiro dia” (Lc 9, 22). De fato, somente a Virgem Santíssima permaneceu inabalável na fé, certa de que, após o silêncio do sábado santo, seu Filho venceria a morte e cumpriria a promessa: “Destruí vós este templo, e eu o reerguerei em três dias” (Jo 2, 19). É por isso que à ressurreição de Cristo segue-se, como resultado das aparições, a ressurreição da fé dos Apóstolos, sobre a qual seria erguida e mantida a Igreja até o fim dos tempos. É a esta mesma fé, testemunhada até a morte pelos Doze e por uma multidão de mártires, que devemos também nós nos manter unidos, dispostos a tingir nossas vestes com o próprio sangue a fim de provar nossa fidelidade à pregação apostólica, à verdade do Evangelho e à doutrina cristã. Que Deus se digne, pelos méritos e sufrágios de São Tomé, preservar em nós a fé que por ele foi proclamada ao mundo e lançada como fundamento da Santa Igreja Católica.


Fonte: https://padrepauloricardo.org/episodios/festa-de-sao-tome-apostolo-mmxviii

segunda-feira, 2 de julho de 2018

2 de Julho de 1961 - Nossa Senhora aparece pela primeira vez em Garabandal - Uma chuva de luzes caem do céu

Imagem da Santíssima Virgem ladeada pelos dois Arcanjos feita de acordo com o relato das meninas naquele dia na Calleja. (desenho oficial)

Era festa da Visitação da Virgem Maria (calendário tradicional), pelas 18h, no "cuadro", que era um quadrado de troncos que fizeram na Calleja para conter a multidão junto as meninas. Neste dia haviam onze sacerdotes e muitos médicos, as crianças caíram em êxtase e a Santíssima Virgem lhes aparece acompanhada dos Arcanjos São Miguel e São Gabriel, o Anjo da Anunciação. As quatro meninas viram um quadro de fogo no meio que parecia um triângulo com um olho e um sinal com uma escrita. As letras desconhecidas no sinal pareciam ser de origem oriental. Na visão das crianças. O olho, "Olho de Deus" está colocado acima da Virgem Maria, de forma eficaz designa o Senhor, que domina toda a criação, todos os momentos e própria História.

* Aqui vale uma observação, pois este símbolo do "Olho de Deus" remonta séculos e tem origem na Santa Igreja Católica, o problema é que muitos confundem, para isto é preciso conhecimento histórico, porque existem muitíssimas igrejas espalhadas pelo mundo que comprovam que é um símbolo católico. Este "símbolo católico" foi e continua sendo usado por seitas, então é preciso discernimento neste detalhe.

Continuando...

As quatro meninas descreveram as características e o vestido da Virgem:

" A Virgem aparece em um vestido branco e um manto azul com uma coroa de estrelas douradas sobre a cabeça. Suas mãos são delicadas, mas seus pés não são visíveis. O Escapulário que ela usa em seu pulso direito é de uma cor acastanhada, com uma pequena montanha desenhado nele. O cabelo da Virgem é de cor castanha profunda, longa, ligeiramente ondulada e repartido ao meio. Seu rosto é mais longo do que redondo com um longo nariz. Sua boca é delicada e muito agradável, com os lábios bastante cheios. Sua pele é tênue, mais suave do que a dos Anjos. Sua voz é diferente de qualquer outra, uma voz muito doce e muito incomum. É difícil de explicar. Não há outra mulher que se assemelha a Santíssima Virgem, seja o rosto ou a voz ou qualquer coisa. Às vezes, ela carrega o Menino Jesus nos braços. Ele é muito pequeno, como um novo bebê recém nascido. Seu rosto é redondo e similar ao da Santíssima Virgem. Sua boca é muito pequena e bonita. Ele tem cabelos loiros, que é um pouco longo e as mãos são pequenas. Seu vestido é como uma túnica azul celeste. A Virgem parece ter cerca de 18 anos de idade..."

Durante a aparição deste mesmo dia, 2 de julho de 1961, "uma chuva de estrelas de repente começou a cair do céu em toda a Terra," provavelmente simbolizando a chuva de graças de Deus, da qual Maria é a "depositária". Ao mesmo tempo, "trinta e três grandes letras espanholas que soletram para fora seis palavras em espanhol", formaram um halo em torno Nossa Senhora:

O que estava escrito é chamado de "Secreto do Anjo", porque as videntes designam até hoje desta forma e nenhum livro ainda tem falado disso. As videntes não revelaram o que quer dizer. De acordo com os estudiosos, é muito provável que as "palavras secretas" estão relacionadas a um dogma mariano final, da qual o mistério da Visitação seria a sua base bíblica: "MARIA DISPENSADORA DE TODAS AS GRAÇAS".
Desde sua primeira visita, a Virgem Maria levou o Menino Jesus em seus braços. Sua presença não foi explicitamente mencionada por Conchita em seu diário nesta data marcante, 2 de julho, mas a vidente, no entanto, descreveu aqui, sempre em seu mesmo modo muito concreto, vívido e reservado como de costume:

"Ele é muito, muito pequeno, como um recém nascido, um rosto redondo, mesma cor da pele da Virgem, uma boca pequena, bastante longa, cabelos cacheados loiro, mãos pequenas, um vestido como uma túnica azul. Ele está sempre sorrindo."

"A Santíssima Virgem veio com um vestido branco, um manto azul, uma coroa de ouro decorada com 12 estrelas pequenas. Não podia ver seus pés. Seus braços estavam abertos e ela usava o Escapulário em seu braço direito. O Escapulário era marrom. Seu cabelo era longo, castanho avermelhado escuro e ondulado, separado no meio. Seu rosto é bastante longo, seu nariz é fino e longo, uma boca muito bonita, com os lábios ligeiramente cheios. Sua pele era dourada, Sua voz era encantadora, foi uma voz muito especial, nenhuma outra mulher é como a Santíssima Virgem, nem na voz, nem de qualquer outra forma "

(Do Diário de Conchita, p.35).

(Extraído do livro "Garabandal", páginas 45, 49)

As visionárias tendo a primeira aparição da Virgem Maria, em 2 de Julho de 1961



Fonte: https://www.facebook.com/photo.php?fbid=1922042407817580&set=gm.1622453654547231&type=3&theater&ifg=1

Julho, mês do Preciosíssimo Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo


Muito mais agora, que estamos justificados pelo Sangue de Cristo, seremos por Ele salvos da ira

O mês de julho é dedicado à devoção ao Preciosíssimo Sangue de Cristo, derramado pelo perdão dos nossos pecados. São João Batista apresentou Jesus ao mundo dizendo: “Eis o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (Jo 1,29). Sem o Sangue desse Cordeiro não há salvação.

São Pedro ensina que fomos resgatados pelo Sangue do Cordeiro de Deus mediante “a aspersão do seu sangue” (1Pe 1, 2). “Porque vós sabeis que não é por bens perecíveis, como a prata e o ouro, que tendes sido resgatados da vossa vã maneira de viver, recebida por tradição de vossos pais, mas pelo precioso Sangue de Cristo, o Cordeiro imaculado e sem defeito algum, aquele que foi predestinado antes da criação do mundo.” (1Pe 1,19).

O Papa Bento XIV (1740-1748) ordenou a Missa e o ofício em honra ao Sangue de Jesus, que foi estendida à Igreja Universal por decreto do Papa Pio IX (1846-1878). São Gaspar de Búfalo propagou fortemente essa devoção, tendo a aprovação da Santa Sé. Ele foi o fundador da Congregação dos Missionários do Preciosíssimo Sangue (CPPS), em 1815. São Gaspar nasceu, em Roma, aos 6 de janeiro de 1786.

O Papa São João Paulo II, em sua Carta Apostólica Angelus Domini,  repetiu o que São João XXIII disse sobre o valor infinito do Sangue de Cristo, do qual “uma só gota pode salvar o mundo inteiro de qualquer culpa”.

Valor infinito

O Sangue de Cristo representa a Sua vida humana e divina, de valor infinito, oferecida à Justiça Divina para o perdão dos pecados de todos os homens de todos os tempos e lugares. “Isto é meu sangue, o sangue da Nova Aliança, derramado por muitos homens em remissão dos pecados” (Mt 26, 28).

Em cada Santa Missa, a Igreja renova, presentifica, atualiza e eterniza esse sacrifício expiatório pela redenção da humanidade. Em média, quatro vezes por segundo essa oferta divina sobe ao céu em todo o mundo, nas Missas.

O Catecismo da Igreja ensina que “nenhum homem, ainda que o mais santo, tinha condições de tomar sobre si os pecados de todos os homens e de oferecer-se em sacrifício por todos” (n. 616); para isso, era preciso um sacrifício humano, mas de valor infinito. Só Deus poderia oferecer esse sacrifício; então, o Verbo Divino dignou-se a assumir a nossa natureza humana para oferecer a Deus um sacrifício de valor infinito. A majestade de Deus é infinita; e foi ofendida pelos pecados dos homens. Logo, só um sacrifício de valor infinito poderia restabelecer a paz entre a humanidade e Deus.

Assim, o Sangue do Senhor nos libertou do pecado, da morte eterna e da escravidão do demônio. São Paulo diz: “Portanto, muito mais agora, que estamos justificados pelo seu sangue, seremos por ele salvos da ira” (Rm 5,9). Por Seu Sangue, Cristo nos reconciliou com Deus: “Por seu intermédio, reconciliou consigo todas as criaturas, por intermédio daquele que, ao preço do próprio sangue na cruz, restabeleceu a paz a tudo quanto existe na terra e nos céus” (Cl 1,20).

Com o Seu Sangue, Cristo nos resgatou, fez de nós um povo Seu: “Cuidai de vós mesmos e de todo o rebanho sobre o qual o Espírito Santo vos constituiu bispos, para pastorear a Igreja de Deus, que ele adquiriu com o seu próprio sangue” (At 20,29). “Por esse motivo, irmãos, temos ampla confiança de poder entrar no santuário eterno, em virtude do Sangue de Jesus” (Hb 10,19).

“Cantavam um cântico novo, dizendo: ‘Tu és digno de receber o livro e de abrir-lhe os selos, porque foste imolado e resgataste para Deus, ao preço de teu sangue, homens de toda tribo, língua, povo e raça’.” (Ap 5,9)

Remissão dos pecados

Hoje, esse Sangue redentor de Cristo está à nossa disposição de muitas maneiras. Em primeiro lugar, pela fé. Somos justificados por esse Sangue, ensina São Paulo: “Mas eis aqui uma prova brilhante de amor de Deus por nós: quando éramos ainda pecadores, Cristo morreu por nós. Portanto, muito mais agora, que estamos justificados pelo seu Sangue, seremos por ele salvos da ira” (Rm 5, 8-9). “Nesse Filho, pelo seu sangue, temos a Redenção, a remissão dos pecados, segundo as riquezas da sua graça” (Ef 1,7).

Esse Sangue redentor está à nossa disposição também no sacramento da confissão. Pelo ministério da Igreja e dos sacerdotes, o Cristo nos perdoa dos pecados e lava a nossa alma com o Seu precioso Sangue. Infelizmente, muitos católicos ainda não entenderam a profundidade desse sacramento e fogem dele por falta de fé ou de humildade. O Sangue de Cristo perdoa os nossos pecados na confissão e cura as nossas enfermidades espirituais e psicológicas.

O Catecismo ensina que, pelo Sangue de Cristo, a Igreja pode perdoar qualquer pecado: “Não há pecado algum, por mais grave que seja, que a Santa Igreja não possa perdoar. Não existe ninguém, por mais culpado que seja, que não deva esperar com segurança o seu perdão, desde que seu arrependimento seja sincero. Cristo, que morreu por todos os homens, quer que, em sua Igreja, as portas do perdão estejam sempre abertas a todo aquele que recua do pecado” (cf. n. 982).

Esse Sangue está presente na Eucaristia: Corpo, Sangue, Alma e Divindade de Jesus. “O cálice de bênção, que benzemos, não é a comunhão do Sangue de Cristo? E o pão, que partimos, não é a comunhão do corpo de Cristo? Do mesmo modo, depois de haver ceado, tomou também o cálice, dizendo: Este cálice é a Nova Aliança no meu sangue; todas as vezes que o beberdes, fazei-o em memória de mim. Portanto, todo aquele que comer o pão ou beber o cálice do Senhor indignamente será culpável do corpo e do sangue do Senhor ” (1 Cor 10,16-27).

“Em verdade, em verdade vos digo: se não comerdes a carne do Filho do Homem, e não beberdes o seu sangue, não tereis a vida em vós mesmos. Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna; e eu o ressuscitarei no último dia. Pois a minha carne é verdadeiramente uma comida e o meu sangue, verdadeiramente uma bebida. Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e eu nele” (Jo 6,53-56).

É pelo Sangue de Cristo que os santos e os mártires deram testemunho de sua fé e chegaram ao céu: “Meu Senhor, tu o sabes. E ele me disse: Esses são os sobreviventes da grande tribulação; lavaram as suas vestes e as alvejaram no sangue do Cordeiro” (Ap 7,14).“Estes venceram-no por causa do sangue do Cordeiro e de seu eloquente testemunho. Desprezaram a vida até aceitar a morte” (Ap 12, 11).

É pelo Sangue derramado que Ele venceu e se tornou Rei e Senhor:

“Está vestido com um manto tinto de sangue, e o seu nome é Verbo de Deus. Um nome está escrito sobre o seu manto: Rei dos reis e Senhor dos Senhores” (Ap 19,13-16).


Fonte: https://formacao.cancaonova.com/espiritualidade/devocao/julho-mes-do-sangue-de-cristo/