sábado, 12 de outubro de 2019

Solenidade de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, Padroeira do Brasil


Hoje, dia em que celebramos, jubilosos, a solenidade de nossa Padroeira, a Santíssima Virgem da Conceição Aparecida, queremos erguer aos céus nossas mãos suplicantes e rogar ao Deus três vezes santo, confiantes na intercessão de Maria Imaculada, pelo bem de todo o nosso país. Nós, que tivemos a graça de receber o dom da fé católica, sabemos que, assim como os outros povos, também o Brasil tem a sua vocação específica, porque não só os indivíduos, tomados isoladamente, são chamados a participar dos projetos divinos, senão que as famílias e as comunidades que formamos têm, também elas, o seu lugar próprio nos planos providenciais do Altíssimo: Ele quer ser honrado e servido tanto por cada homem em particular como pelo conjunto das nações e dos Estados — é um direito seu, como Senhor e Criador da humanidade, em sua dimensão individual e social. Unido estreitamente à história de Portugal, o Brasil, abençoada Terra de Santa Cruz, tem a missão de ser um povo católico e evangelizador, de levar a luz de Cristo aos lugares ou a que ela ainda não chegou ou, infelizmente, onde ela quase se extinguiu. Ora, Deus quer fazer-nos realizar esta vocação por meio da Virgem Maria, e é por isso que fez nascer na nossa terra uma terna devoção a Nossa Senhora, venerada há tantos séculos pelo nosso povo sob o título de Aparecida. Mas para que cumpramos de fato esta vocação, precisamos ser fiéis às nossas origens católicas; fiéis aos ensinamentos morais da Igreja; fiéis, enfim, à sã doutrina com que os portugueses ilustraram nossas terras, instruíram nossa gente, conquistaram o nosso coração para aquela que é Senhora e Rainha de todos os brasileiros. Emancipemo-nos de uma vez por todas dessa ilusão, tão falsa quanto venenosa, de que estamos fadados a ser o povo “do carnaval, do futebol e do sexo fácil”. Desfaçamo-nos da ideia, tão tola quanto perniciosa, de que o Brasil, para estar em dia com as nações mais desenvolvidas, precisa ceder ao laicismo imperante, que treme com farisaico escândalo diante do nosso passado católico e das santas imagens que ainda ornam tantos espaços públicos. Lembremos que Deus nos quer grandes entre os seus santos, e foi por isso que nos colocou sob o amparo daquela que, exaltada sobre todos os coros angélicos, reina ao lado de Cristo e chama todos os seus súditos à obediência da fé e ao amor: “Fazei tudo o que Ele vos disser”. — Agarrados ao manto de nossa Mãe concebida sem pecado, demos graças e glória Àquele que, uno e trino, nos fulgores do seu trono celeste, governa o Brasil com mão paterna e está sempre disposto a cumular-nos com os bens que realmente importam, o maior do quais é ter um coração amante, não só da pátria, mas de Cristo, de sua Santa Igreja e de sua Mãe Imaculada.

Fonte: Padre Paulo Ricardo

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