segunda-feira, 22 de agosto de 2016

22 de Agosto - Memória de Nossa Senhora Rainha


À Santíssima Virgem foi dado o título de "Rainha" pelo papa Pio XII durante o Primeiro Ano Mariano que foi de 8 de Dezembro de 1953 a 8 de Dezembro de1954.
No Calendário Litúrgico há um Memorial da Realeza de Maria em 22 de Agosto.
Maria é invocada como :
* Rainha dos Anjos.
* Rainha dos Patriarcas.
* Rainha dos Profetas.
* Rainha dos Apóstolos.
* Rainha dos Mártires.
* Rainha dos confessores .
* Rainha das Virgens.
* Rainha de todos os santos.
* Rainha concebida sem pecado original.
* Rainha elevada ao céu em corpo e alma.
* Rainha do Santíssimo Rosário.
* Rainha da Família.
* Rainha da Paz.
Inicialmente a Ladainha era composta por 43 invocações de súplica ou de louvor, e ao texto do século XVI foram sendo acrescentadas, ao longo dos tempos, algumas outras.
Já no século XIX, quando por todo o mundo cristão cresciam os pedidos da definição do dogma da Imaculada Conceição, o Papa Gregório XVI (1831-1846), mandou incluir na Ladainha a súplica Rainha concebida sem pecado original.
Depois o Papa Leão XIII mandou incluir na Ladainha Lauretana estas duas invocações novas: Mãe do Bom Conselho e Rainha do Santíssimo Rosário.
No nosso século, o Papa Bento XV (1914-1922), em plena Primeira Grande Guerra Mundial (1914-1918), introduziu em 1917 a súplica Rainha da Paz.
Mais tarde, Pio XII (1939-1958), que definira em 1950 o dogma da Assunção de Nossa Senhora, acrescentou a invocação Rainha elevada ao Céu em corpo e alma.
Mais recentemente João Paulo II acrescentou a invocação Rainha da Família para ser colocada entra as invocações Rainha do Santíssimo Rosário e Rainha da Paz, cuja intenção era Para que em cada casa brilhe a luz do exemplo de Maria, e cada família goze da sua maternal proteção.
COROAÇÃO (de Nossa Senhora no céu).
É a contemplação do 5° Mistério glorioso do Terço e o 15° do Rosário.
Imagem retratando a coroação de Nossa Senhora pela Santíssima Trindade (Basílica de Fátima, Portugal)

Na arte e na literatura Nossa Senhora é representada na sua coroação ao chegar ao céu depois da Assunção.
A memória de Nossa Senhora Rainha foi instituída por Pio XII (1939-1958),na sua encíclica Ad Cœli Reginam para ser celebrada em 31 de Outubro :
- Portanto, tendo-nos convencido, depois de maduras e ponderadas reflexões, de que resultará grande proveito para a Igreja se esta verdade solidamente demonstrada resplandecer com maior evidência diante de todos, qual lucerna mais luminosa sobre o seu candelabro, com a nossa autoridade Apostólica decretamos e instituímos a festa de Maria Rainha, que se celebrará todos os anos no mundo inteiro a 31 de Outubro.
Em virtude da reforma pós-conciliar, foi porém transferida como memória para o dia oitavo da festa da Assunção, ou seja, 22 de Agosto.
E a carta Encíclica de Pio XII, termina assim :
- Desejamos ardentemente que a Rainha e Mãe do povo cristão acolha estes nossos votos e alegre com a sua paz as terras batidas pelo ódio, e depois deste desterro a todos nos mostre Jesus, que será a nossa paz e a nossa glória eternamente - a vós, veneráveis irmãos, e aos vossos fiéis, como penhor de auxílio de Deus omnipotente e em testemunho do Nosso amor - de todo o coração concedemos a Bênção Apostólica.
Dado em Roma, junto de S. Pedro, na festa da Maternidade da Bem-aventurada Virgem Maria, a 11 de Outubro de 1954, décimo sexto ano do Nosso Pontificado.
Assunção e a Coroação de Maria são familiares para os católicos porque são mistérios do Rosário que eles rezam e meditam frequentemente.
Estes mistérios entraram no Rosário por tradições católicas que têm a sua origem mais no pensar dos teólogos do que nos textos bíblicos.
Coroação de Nossa Senhora é muito popular na arte cristã, e o sentido teológico da Coroação assenta no facto de Nossa Senhora ter sido a única criatura que nasceu livre de qualquer espécie de pecado.
Por isso ela é a mais bela, a mais gloriosa, a mais amada por Deus.
Rainha do Céu é-lhe atribuído como título, por ser ela a mais alta e mais bela das almas que encontraram e glorificaram a Deus com todo o seu amor.
Não devemos admirar-nos de esta doutrina se não encontrar nos textos bíblicos, porque não são eles a única fonte da fé católica, a qual vem também até nós, da pregação de Cristo e dos Apóstolos.
Os primeiros cristãos, logo que receberam a fé, começaram a pensar como é que Deus se fez homem e como é que teve uma mãe humana.
Entre as últimas conclusões está a de que a mãe de Deus foi elevada ao Céu depois da sua morte e tomou o seu lugar como a mais alta das criaturas de Deus.
Assunção e a Coroação de Nossa Senhora como Rainha do céu e da terra, fazem um só mistério, como que duas faces da mesma medalha.
A imperatriz bizantina Santa Pulquéria, dedicou-se a fazer coleção de relíquias dos santos e um dia, no Concílio de Calcedónia (451) perguntou ao bispo de Jerusalém, onde estava o corpo da Bem-aventurada Virgem Maria, que ela pensava que estava sepultada em Jerusalém.
Então o bispo respondeu-lhe que Maria tinha falecido na presença dos Apóstolos mas que o seu túmulo, aberto a pedido do Apóstolo Tomé, se encontrava vazio, pelo que os Apóstolos concluíram logicamente que o corpo da Bem-aventurava Virgem Maria tinha sido elevado ao Céu.
No tempo da imperatriz Pulquéria, o público em geral estava tão interessado nos desenvolvimentos religiosos como o está hoje sobre as explorações do espaço.
Podemos também nós concluir que a imperatriz Pulquéria teria sido a primeira a difundir a mesma conclusão lógica dos Apóstolos, sobre a Assunção e a lógica Coroação de Nossa Senhora no Céu.

                              
                                          Vídeo do Padre Paulo Ricardo sobre o tema:


Fonte: http://www.universocatolico.com.br/index.php?/realeza-de-maria.html

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