quinta-feira, 13 de maio de 2021

Primeira aparição de Nossa Senhora em Fátima - 13 de Maio de 1917

Eis o diálogo divulgado da primeira aparição mariana em Fátima, o qual é iniciado pela Virgem Maria e narrado por Lúcia, a vidente mais velha:

«– Não tenhais medo! Eu não vos faço mal!

– De onde é Vossemecê? – lhe perguntei.

– Sou do Céu.

– E que é que Vossemecê me quer?

– Vim para vos pedir que venhais aqui, seis meses seguidos, no dia 13 a esta mesma hora. Depois direi quem sou e o que quero. Depois voltarei ainda aqui uma sétima vez.

[– Vossemecê sabe-me dizer se a guerra ainda dura muito tempo ou se acaba breve?

– Não te posso dizer ainda enquanto não te disser também o que quero.]

– E eu também vou para o Céu?

– Sim, vais.
– E a Jacinta?

– Também.

– E o Francisco?

– Também, mas tem que rezar muitos Terços.
[...]

– E a Maria das Neves já está no Céu?
– Sim, está.

– E a Amélia?

– Estará no purgatório até ao fim do mundo.
[...]

– Quereis oferecer-vos a Deus para suportar todos os sofrimentos que Ele quiser enviar-vos, em acto de reparação pelos pecados com que Ele é ofendido e de súplica pela conversão dos pecadores?

– Sim, queremos!

– Ides, pois, ter muito que sofrer, mas a graça de Deus será o vosso conforto.

Foi ao pronunciar estas últimas palavras (a graça de Deus, etc.) que abriu pela primeira vez as mãos, comunicando-nos uma luz tão intensa, como que reflexo que delas expedia, que penetrando-nos no peito e no mais íntimo da alma, fazendo-nos ver a nós mesmos em Deus, que era essa luz, mais claramente que nos vemos no melhor dos espelhos. Então por um impulso íntimo também comunicado, caímos de joelhos e repetíamos intimamente:

– Ó Santíssima Trindade, eu vos adoro. Meu Deus, meu Deus, eu Vos amo no Santíssimo Sacramento.

Passados os primeiros momentos, Nossa Senhora acrescentou:

– Rezem o Terço todos os dias, para alcançarem a paz para o mundo e o fim da guerra.»

Nossa Senhora desaparece.

Fonte: Memórias da Irmã Lúcia

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