A Igreja celebra hoje a memória de São Barnabé, que, conquanto não fosse um dos Doze, é reconhecido como verdadeiro Apóstolo do Senhor. Também São Paulo, de quem Barnabé foi grande e fiel companheiro, recebe o título de Apóstolo de Cristo, embora tampouco pertencesse ao colégio apostólico formado por Jesus. São Barnabé, cujo nome significa “filho da consolação” (υἱός παρακλήσεως; cf. At 4, 36) é um daqueles viri apostolici que, sob a moção do Espírito Santo, promoveram a difusão do Evangelho nos primeiros anos da Igreja e auxiliaram os Apóstolos a fundar e evangelizar as comunidades cristãs primitivas. A Barnabé cabe o mérito não só de haver apresentado São Paulo aos Doze (cf. At 9, 27), mas de o ter levado à igreja de Antioquia da Síria, na qual, devido à conversão de muitos, os seguidores de Jesus foram pela primeira vez “chamados pelo nome de cristãos” (At 11, 26). A vida de intenso trabalho de São Barnabé nos recorda, antes de tudo, a vocação missionária de todo batizado. Todo fiel, com efeito, ainda que não seja Apóstolo de Cristo em sentido próprio, tem contudo o grave dever de levar o Evangelho a quantos o rodeiam: pais, cônjuge, filhos, amigos, colegas etc. Todos temos, por uma exigência de caridade para com Deus e para com o próximo, de ser evangelizadores, discretos, mas corajosos; simples, mas empenhados; respeitosos, mas incansáveis. Como membros do Corpo místico de Cristo, vinculados intimamente à nossa divina Cabeça, recebemos o mandato de fecundar o ambiente em que vivemos com o fermento da caridade e o suave odor das boas obras, para que, vendo o nosso fervor no serviço de Deus e a humildade que nos põe à disposição de todos, o mundo creia e glorifique ao nosso Pai, que está nos céus. Recorrendo hoje à intercessão de São Barnabé, peçamos a Nosso Senhor que nos conceda as virtudes necessárias para cumprirmos fielmente nossa missão de levar a luz de Cristo a uma sociedade cada vez mais paganizada.
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