La Salette-Fallavaux era uma pequena aldeia situada nos Alpes franceses, pertencente a Diocese de Grenoble, e que possuia uma humilde Igrejinha rodeada por um pequeno número de casas. Um pouco acima, nesta mesma montanha, existe outra aldeia menor que se chama Les Ablandens, também muito pobre, e que vivia em função de La Salette.
Mélanie Calvat de 14 anos de idade e Maximin Giraud de 11 anos, eram pastores, que arranjavam serviço tocando gado na região. Mas eles não se conheciam. Não eram de La Salette. Suas famílias eram de Corps, uma pequena cidadezinha situada no Vale de La Salette. Nesta época, Mélanie cuidava do gado do senhor Baptiste Pra, que era agricultor e morava em Les Ablandens, e Maximin, cuidava do gado do senhor Pierre Selme, que também vivia em Les Ablandens.
Na véspera da Aparição, ou seja, no dia 18 de Setembro de 1846,
Mélanie tocando o gado, subiu o morro próximo de La Salette, onde havia excelente pastagem.
Percebeu que aquele menino Maximin, com seu gado, vinha acompanhando o seu trajeto. Ela não gostou, por que não queria companhia. Mas Maximin que se aproximava, fingiu não perceber. E na continuidade, tanto ele insistiu que ela acabou cedendo, e então, juntaram os dois gados e colocaram para pastar num excelente local, enquanto os dois ficaram brincando, coisas de crianças.
Mais tarde, quando o sino da Igreja de La Salette anunciou o Ângelus, ela fez sinal para o Maximin tirar o chapéu, e juntos rezaram três AVE MARIA. Depois, ela lhe ofereceu um pão e inventou um jogo para se distraírem. E assim permaneceram até o final do dia, momento em que levaram de volta as vacas para as suas casas.
Na manhã seguinte, o dia estava lindo, o céu sem nuvens e com o sol brilhando intensamente. Subiram o morro com o gado e se fixaram num local adequado, com boa pastagem. Ajeitadas as vacas no pasto, eles começaram outra brincadeira que a Mélanie gostava muito, de edificar o que ela denominava de “paraíso”.
Consistia em construir uma pequena casinha de pedras, recoberta com ramalhetes de flores silvestres. Para facilitar o trabalho das crianças, no local havia uma imensa jazida de pedra ardósia, de onde tiravam placas de ardósia, que eram ótimas para este tipo de brincadeira. Também, nesta região, corria um regato chamado Sézia, proveniente do degelo das neves no cume dos Alpes, e pelo mesmo motivo do degelo, havia uma fonte de água na encosta do morro.
Todavia, depois da Aparição, esta fonte de água nunca mais secou, ficou permanentemente com um bom volume de água, que é usada pelos visitantes que passam pelo local. Aconteceram muitos milagres e graças notáveis foram e tem sido alcançadas, por aqueles que com fé, beberam daquela água que jorra no local onde NOSSA SENHORA apareceu.
E os dois pastores ao lado da pastagem, enquanto as vacas comiam, começaram as suas brincadeiras: construíram um belo “paraíso”, bem acabado e ornamentado com flores. Assim que terminaram a obra, também se afastaram um pouco do local e foram descansar, Mélanie deitou num canto e Maximin ficou mais acima. Tiraram uma bela soneca.
Quando ela acordou não viu as vacas... Assustada, chamou Maximin e desceram o morro correndo, até uma pequena colina ao lado, quando então suspiraram aliviados, vendo que as vacas também estavam confortavelmente deitadas, ruminando a refeição que haviam saboreado. Então, subiram o morro novamente para pegar a sacola de pano na qual transportava a merenda, e que haviam deixado em cima do“paraíso”.
Com a sacola na mão descendo o morro, tomou um grande susto, tendo o seu cajado de pastora caído ao chão, ao ver uma luz bem brilhante um pouco mais abaixo, bem na sua frente. Então disse a Maximin:
- “Está vendo lá embaixo uma grande luz”?
- “Sim estou vendo. Mas se nos tocar vou dar uma cacetada nela”.
Descreve Mélanie: “Aquela imensa luz que brilhava intensamente tinha a forma de uma esfera, e parecia se abrir. Então, vimos no seu interior os contornos de uma SENHORA, que era muito mais brilhante que a própria esfera de luz. ELA estava sentada numa pedra em forma de banco, com os cotovelos apoiados nos joelhos e o rosto coberto com as mãos”.
Era o dia 19 de Setembro de 1846, e os dois pastores estavam atônitos, distantes cerca de 20 metros da Aparição. Então ouviram o convite da SANTÍSSIMA VIRGEM MARIA:
- “Venham meus filhos, não tenham medo. Aproximem-se. Estou aqui para lhes anunciar uma grande notícia”.
Os dois rapidamente correram até NOSSA SENHORA.
Fonte: Apostolado dos Sagrados Corações
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