As aparições de Nossa Senhora se deram habitualmente na Cova da Iria, numa propriedade do pai de Lúcia, situada a 2,5Km de Fátima. A Mãe de Deus aparecia por volta do meio-dia, sobre uma azinheira de pouco mais de um metro de altura.
Por algum misterioso desígnio de Deus, as três crianças foram privilegiadas, mas desigualmente: as três viam Nossa Senhora, mas Francisco não A ouvia; Jacinta A via e ouvia, mas não lhe falava; Lúcia via e ouvia a Santíssima Virgem, e também falava com ela.
Os pastorinhos estavam, naquele dia 13, brincando de construir uma casinha de pedras em redor de uma moita quando, de repente, brilhou uma luz muito intensa.
Num primeiro momento pensaram que tinha sido um relâmpago, mas pouco depois avistaram, sobre uma azinheira, "uma Senhora, vestida toda de branco, mais brilhante que o Sol, espargindo luz mais clara e intensa que um copo de cristal cheio de água cristalina, atravessado pelos raios do Sol mais ardente".
As crianças, surpreendidas, pararam bem perto da Senhora, dentro da luz que a envolvia. Nossa Senhora então deu início a seguinte conversação com Lúcia:
- Não tenhais medo. Eu não vos faço mal.
- De onde é Vossemecê?
- Sou do Céu.
- E que é que Vossemecê quer?
- Vim para vos pedir que venhais aqui seis meses seguidos, no dia 13, a esta mesma hora. Depois vos direi quem sou e o que quero. Depois, voltarei ainda aqui uma sétima vez.
[– Vossemecê sabe-me dizer se a guerra ainda dura muito tempo ou se acaba breve?
– Não te posso dizer ainda enquanto não te disser também o que quero.]
- E eu vou para o Céu?
- Sim, vais.
- E a Jacinta?
- Também.
- E o Francisco?
- Também; mas tem que rezar muitos Terços. Lucia lembrou-se então de perguntar por duas jovens suas amigas que haviam falecido pouco tempo antes:
- A Maria das Neves já está no Céu?
- Sim, está.
- E a Amélia?
- Estará no Purgatório até o fim do mundo.
Nossa Senhora fez então um convite explícito aos pastorinhos:
- Quereis oferecer-vos a Deus para suportar todos os sofrimentos que Ele quiser enviar-vos, em ato de reparação pelos pecados com que Ele é ofendido, e de súplica pela conversão dos pecadores?
- Sim, queremos.
- Ide, pois, ter muito que sofrer, mas a graça de Deus será o vosso conforto.
Foi ao pronunciar estas últimas palavras (a graça de Deus, etc.) que abriu pela primeira vez as mãos, comunicando-nos uma luz tão intensa, como que reflexo que delas expedia, que penetrando-nos no peito e no mais íntimo da alma, fazendo-nos ver a nós mesmos em Deus, que era essa luz, mais claramente que nos vemos no melhor dos espelhos. Então por um impulso íntimo também comunicado, caímos de joelhos e repetíamos intimamente:
- Ó Santíssima Trindade, eu vos adoro. Meu Deus, meu Deus, eu Vos amo no Santíssimo Sacramento.
Nossa Senhora ainda acrescentou: "Rezem o Terço todos os dias, para alcançarem a paz para o mundo e o fim da guerra". Depois, começou a Se elevar majestosamente pelos ares na direção do nascente, até que desapareceu.
Fonte: http://www.fatima.org.br/mensagemdefatima/aparicoes/primeira_aparicao.asp e https://www.fatima.pt/pt/pages/narrativa-das-aparicoes
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