quinta-feira, 31 de outubro de 2019

Beato Bartolo Longo, de devoto do demônio a apóstolo do Rosário


O Beato Bartolo Longo foi um advogado e leigo que fundou o Santuário de Nossa Senhora do Rosário de Pompeia (Itália) e que, além disso, dedicou-se a ensinar o catecismo e a difundir a devoção ao Santo Rosário.

Durante sua juventude, ingressou no espiritismo até que, finalmente, Deus tocou seu coração e converteu-se. O Beato Longo foi definido pelo Papa São João Paulo II como “o homem da Virgem”.

Na homilia de sua beatificação, em 26 de outubro de 1980, o Santo Padre disse que ele, “por amor de Maria, tornou-se escritor, apóstolo do Evangelho, propagador do Rosário, e fundador do célebre Santuário no meio de enormes dificuldades e adversidades; por amor de Maria criou institutos de caridade, fez-se mendicante em favor dos filhos dos pobres e transformou Pompeia numa viva cidadezinha de bondade humana e cristã; por amor de Maria suportou em silêncio tribulações e calúnias, passando através de um longo Getsêmani, sempre confiado na Providência, sempre obediente ao Papa e à Igreja”.

Bartolo Longo nasceu em Latiano (Itália), em 10 de fevereiro de 1841. Antes de obter a licenciatura como advogado na Universidade de Nápoles, enveredou-se na moda anticristã da época e dedicou-se à política, às superstições, ao espiritismo: chegou a ser “médium” de primeiro grau e “sacerdote espírita”.

Por outro lado, a filosofia ateia e o racionalismo o tinham totalmente preso. Começou a odiar a Igreja, organizando conferências contra ela e louvando os que criticavam o clero.

Graças à influência de seu amigo Vicente Pepe e do dominicano Pe. Alberto Radente, voltou à fé. Sua conversão aconteceu no dia do Sagrado Coração de Jesus, em 1865, na Igreja do Rosário de Nápoles.

Após seu encontro com Cristo, abandonou a vida libertina e dedicou-se às obras de caridade e ao estudo da religião.

Mais tarde, escreveu, fazendo alusão à sua própria experiência, que “não pode haver nenhum pecador tão perdido, nem alma escravizada pelo implacável inimigo do homem, Satanás, que não possa se salvar pela virtude e eficácia admirável do santíssimo Rosário de Maria, agarrando-se dessa corrente misteriosa que nos estende do céu a Rainha misericordiosíssima das místicas rosas para salvar os tristes náufragos deste tempestuoso mar do mundo”.

Em 1876, por sugestão do Bispo de Nola, iniciou uma campanha para construir um templo em Pompeia. Como resultado da cooperação e da intercessão da Virgem Maria, surgiu o belo Santuário.

No dia 5 de outubro de 1926, aos 85 anos, morreu em Pompeia. Em seu testamento, deixou escrito o seguinte: “Desejo morrer como terciário dominicano… entre os braços da Virgem do Rosário, com a assistência de meu pai São Domingos e de minha mãe Santa Catarina de Sena”.

Fonte: https://cleofas.com.br/tag/beato-bartolo-longo/

terça-feira, 22 de outubro de 2019

A espiritualidade mariana de São João Paulo II


Falar da espiritualidade mariana de São João Paulo II torna-se ainda mais significativo. Estamos falando da devoção a Virgem Maria, que levou Karol Wojtyla a tamanha santidade, que os fiéis o queriam proclamado santo logo depois da sua morte: “santo súbito”.

Ainda seminarista, um grande tratado de espiritualidade mariana o ajudou a tirar as dúvidas que tinha em relação a sua devoção a Nossa Senhora. Principalmente no que diz respeito a centralidade de Jesus Cristo na vida e na espiritualidade cristã. A espiritualidade mariana do grande São João Paulo II, o levou a uma vida inteiramente dedicada a Deus e isso se deu nos mais de 25 anos de seu pontificado. Com São João Paulo II, esse santo dos nossos dias, podemos aprender a espiritualidade que o fez de um dos Papas mais extraordinários de todos os tempos e que o elevou à glória dos altares.

São João Paulo II disse, na Carta às Famílias Monfortinas, que o Tratado é um “texto clássico da espiritualidade mariana”, que teve singular importância em seu pensamento e em sua vida. Segundo o Pontífice, o Tratado é uma “obra de eficiência extraordinária para a difusão da ‘verdadeira devoção’ a Virgem Santíssima”.

Testemunho de São João Paulo II a respeito do Tratado

João Paulo II experimentou e testemunhou essa eficácia do Tratado: “Eu próprio, nos anos da minha juventude, tirei grandes benefícios da leitura desse livro, no qual ‘encontrei a resposta às minhas perplexidades’ devidas ao receio que o culto a Maria, ‘dilatando-se excessivamente, acabasse por comprometer a supremacia do culto devido a Cristo’. Sob a orientação sábia de São Luís Maria compreendi que, quando se vive o mistério de Maria em Cristo, esse risco não subsiste. O pensamento mariológico do Santo, de fato, ‘está radicado no Mistério trinitário e na verdade da Encarnação do Verbo de Deus’”.

A perfeição, ensina São Luís Maria, consiste em ser conformes, unidos e consagrados a Jesus Cristo. Por isso, a mais perfeita de todas as devoções é, sem dúvida, a que nos conforma, une e consagra mais perfeitamente a Ele. Por conseguinte, foi Maria a criatura que mais se conformou ao seu Filho. Por isso, “entre todas as devoções, a que consagra e conforma mais uma alma a nosso Senhor é a devoção a Maria, Sua Mãe santa, e que, quanto mais uma alma estiver consagrada a Maria, tanto mais estará consagrada a Jesus Cristo”.

Dirigindo-se a Jesus Cristo, São Luís Maria exprime como é maravilhosa a união entre o Filho de Deus e a Sua Mãe Santíssima: “Ela é de tal forma transformada em Ti pela graça, que não vive mais, não existe mais: és unicamente Tu, meu Jesus, que vives e reinas n’Ela. Ah! se conhecêssemos a glória e o amor que Tu recebes nesta maravilhosa criatura. Ela está tão intimamente unida (…) De fato, Ela ama-Te mais ardentemente e glorifica-Te mais perfeitamente do que todas as outras criaturas juntas”.

Somos filhos de Deus Pai e filhos da Virgem Maria

Em Jesus Cristo, Filho unigênito de Deus, somos realmente filhos do Pai e, ao mesmo tempo, filhos da Virgem Maria e da Igreja. Com a Encarnação do Verbo eterno de Deus, de certa forma é toda a humanidade que renasce. À Mãe de Jesus podem ser aplicadas de maneira mais verdadeira, que São Paulo as aplica a si mesmo estas palavras: “Meus filhos, por quem sinto outra vez dores de parto, até que Cristo se forme entre vós”.

Nossa Senhora dá à luz, todos os dias, os filhos de Deus, enquanto não estiver formado neles Jesus Cristo, Seu Filho, na plenitude da sua idade. Essa doutrina encontra a sua expressão mais bela na oração: “Oh! Espírito Santo, concede-me uma grande devoção e uma grande inclinação para Maria, um apoio sólido sobre o seu seio materno e um recurso assíduo à Sua Misericórdia, para que, n’Ela, Tu possas formar Jesus dentro de mim."

Escravidão por amor a Cristo

Na espiritualidade monfortina, o dinamismo da caridade é expresso especialmente pelo símbolo da escravidão do amor ou consagração total a Jesus, a exemplo e com a ajuda materna de Maria. “Trata-se da comunhão plena na kenosis (despojamento) de Cristo; comunhão vivida com Maria, intimamente presente nos mistérios da vida do Filho”. Segundo São Luís Maria, “não há nada entre os cristãos que faça pertencer de maneira mais absoluta a Jesus Cristo e à Sua Santa Mãe como a escravidão da vontade, segundo o exemplo do próprio Jesus Cristo, que assumiu as condição de escravo por amor, e da Santa Virgem, que se considerou serva e escrava do Senhor. O apóstolo honra-se do título de servus Christi. Várias vezes, na Sagrada Escritura, os cristãos são chamados servi Christi."

Jesus Cristo, o Filho de Deus, veio ao mundo em obediência ao Pai na Encarnação. Humilhou-se fazendo-se obediente até a morte de cruz. Em comunhão com o Filho, “Maria correspondeu à vontade de Deus com o dom total de si, corpo e alma, para sempre, desde a Anunciação até a Cruz, e da cruz até a Assunção.”

Entenda a consagração a Virgem Maria

Essa consagração ou escravidão de amor a Virgem Maria deve ser interpretada à luz do admirável intercâmbio entre Deus e a humanidade no mistério do Verbo encarnado. Esse é um verdadeiro intercâmbio de amor entre Deus e os homens, na reciprocidade da doação total de si. O espírito dessa devoção é uma resposta ao amor de Deus. Consiste em “tornar a alma interiormente dependente e escrava da Santíssima Virgem e de Jesus por meio dela.”

Ao contrário do que podemos pensar, esse “vínculo de caridade”, essa “escravidão de amor” torna-nos plenamente livres, com a verdadeira liberdade dos filhos de Deus. Trata-se de nos entregarmos totalmente a Jesus Cristo, respondendo ao Amor com que Ele nos amou por primeiro. Qualquer pessoa que viver esta consagração, esta escravidão de amor, pode dizer como São Paulo: “Já não sou eu que vivo, é Cristo que vive em mim”. Assim como São João Paulo II, façamos do Tratado o nosso livro de cabeceira: “Li e reli muitas vezes, e com grande proveito espiritual, este precioso livrinho ascético de capa azul.”

A Virgem Maria no plano de Salvação do Pai

Esse precioso clássico de espiritualidade mariana ajudou o Santo Padre a entender que “a Virgem pertence ao plano da salvação por vontade do Pai, como Mãe do Verbo encarnado, por Ela concebido por obra do Espírito Santo. Toda a intervenção de Maria na obra da regeneração dos fiéis não se põe em competição com Cristo, mas d’Ele deriva e está ao seu serviço. A ação que Maria realiza no plano da salvação é sempre cristocêntrica. Faz diretamente referência a uma mediação que acontece em Cristo.”

A partir do entendimento dessas verdades de fé pelo Tratado, João Paulo II, abraçou a escravidão de amor a Santíssima Virgem Maria: “Compreendi, então, que não podia excluir da minha vida a Mãe do Senhor sem desatender a vontade de Deus-Trindade, que quis ‘iniciar e realizar’ os grandes mistérios da história da salvação com a colaboração responsável e fiel da humilde Serva de Nazaré”. Como João Paulo II, este homem extraordinário, abracemos também a escravidão de amor a Virgem Maria, para que como ele sejamos fiéis a Jesus Cristo.


Fonte: https://formacao.cancaonova.com/nossa-senhora/a-espiritualidade-mariana-de-joao-paulo-ii/

sexta-feira, 18 de outubro de 2019

Primeira mensagem de Garabandal - 18 de Outubro de 1961


EXPLICAÇÃO DO LETREIRO DO ANJO

NOSSA SENHORA chegou como sempre, sorrindo e dizendo as meninas:

- “Vocês sabem o que significa o letreiro que estava embaixo do Anjo”?

- “Não, não sabemos”.

Então Ela disse:

- “É uma Mensagem que vou lhes explicar, para que a levem ao conhecimento do povo, no dia 18 de Outubro de 1961”:

"HAY QUE HACER MUCHOS SACRIFICIOS, MUCHA PENITENCIA, VISITAR AL SANTISIMO, PERO ANTES TENEMOS QUE SER MUY BUENOS Y SI NO LO HACEMOS NOS VENDRA UN CASTIGO. YA SE ESTA LLENANDO LA COPA Y SI NO CAMBIAMOS NOS VENDRA UN CASTIGO MUY GRANDE"

"Temos que fazer muitos sacrifícios, muita penitência, visitar o Santíssimo, e também sermos muito bons, caso contrário virá um Castigo. Já está enchendo a taça e, se não nos convertermos nos virá um Castigo muito grande."

Esta Mensagem que foi divulgada no dia 18 de Outubro, tem quatro partes importantes:

1ª – Uma chamada a penitência.

2ª – Uma chamada a fé e a vida eucarística.

3ª – Uma chamada a conversão do coração e dos costumes (naturalmente aqui está incluído, o convite ao cultivo do amor a DEUS e ao próximo).

4ª – O anúncio condicionado de um Castigo.


A aparição começou às 18:25 e terminou às 19:00. Assim que a VIRGEM MARIA terminou a Mensagem, se despediu das crianças.

Ligação com Fátima

Nas suas aparições em Fátima, a Mãe de Deus também pediu muita penitência e sacrifício, dizia que era preciso que as pessoas "se emendassem de seus pecados". A Virgem pede a conversão em tantos lugares no mundo! Ouçamos os apelos dAquela que vem da parte do Senhor!

Fonte: http://apostoladosagradoscoracoes.angelfire.com/vigaral.html

domingo, 13 de outubro de 2019

Beata Alexandrina, a apóstola do Imaculado Coração de Maria




Em 1935, Jesus pede que o mundo seja consagrado à Sua “Mãe Santíssima”:


Jesus a Alexandrina:


«Manda dizer ao teu Pai espiritual que, em prova do amor que dedicas à minha Mãe Santíssima, quero que seja feito todos os anos um Ato de Consagração do mundo inteiro num dos dias das suas festas escolhido por ti: ou Assunção, Purificação, ou Anunciação, pedindo a esta Virgem sem mancha de pecado que envergonhe e confunda os impuros, para que eles arrecuem caminho e não Me ofendam. Assim como pedi a Santa Marga­rida Maria para ser o mundo consagrado ao meu Divino Cora­ção, assim o peço a ti para que seja consagrado a Ela com uma festa solene.»


(30/07/1935; Cartas ao Padre Mariano Pinho; 01/08/1935)

A 3 de maio de 1941:

Jesus a Alexandrina:

«Diz ao teu Paizinho que lhe pede Jesus e Maria que escreva ao Papa para que Ele consagre o mundo ao Imaculado Coração da Virgem Mãe. Toda a Humanidade está a agonizar debaixo do peso da justiça do Eterno Pai. Só Ela o poderá salvar.»

(Cartas ao Padre Mariano Pinho, 03/05/1941)

Alexandrina tem uma visão do Imaculado Coração de Maria:

«Foi então que no dia 9 de junho de 1942 pelas 13 horas me apareceu sobre a cama descendo do Céu a figura deslumbrante da Mãezinha que parece se fixou em minha frente um pouco para a minha esquerda. Vestia ricos vestidos brilhantes, de cores variadas, trazia os pés nus, chegou-se a mim para me acariciar e com a sua mão direita apontou-me para o Céu. Parecia comovida com o meu sofrimento a prometer-me a recompensa e a inspirar-me confiança. O trono em que veio era brilhantíssimo como ouro polido em que o sol projetava os seus mais brilhantes raios. Foi inefável a consolação que me deixou a primeira aparição, por uns minutos me tem desaparecido para novamente me aparecer agora mais junto a mim do lado direito e pude ver distintamente que agora era o Imaculado Coração de Maria. Também me acariciou como da primeira vez porém não fez o gesto de apontar o Céu. A sua presença consolou-me profundamente e essa consolação celeste permaneceu na minha alma, que por alguns dias gozou aquele conforto maravilhoso. Este conforto era como que um íman que me elevava para Jesus sentindo-me então mergulhada na bem-aventurança.»



Alexandrina:

«A dor não cessa, a luz não aparece: não vejo para onde fugir e é tão grande a necessidade que sinto de me esconder! Só no Coração Santíssimo do meu Jesus ou da querida Mãezinha tenho refúgio seguro.»

(Cartas ao Padre Mariano Pinho; 24/10/1939)

Alexandrina, num êxtase:

(Voltada para Nossa Senhora exclamou assim:)


A tua benção, Mãezinha!


O perdão para o mundo Teu!


Salva, Mãezinha, salva os pecadores!


Pede, Mãezinha, pede a paz para o mundo pelas tuas dores,


pelo teu Coração de Mãe, não resistas mais!


Pede a Jesus, salva Portugal! Manda a paz ao mundo inteiro!


Abençoa-me, Mãezinha! Dá-me o teu amor!


Quero amar-Te sem limites a Ti e ao meu Jesus!


Vou descansar, vou Mãezinha!!!...»

(Êxtases; 27/06/1941)

A Consagração do Mundo ao Imaculado Coração de Maria foi feita pelo Papa Pio XII no dia 31 de Outubro de 1942, e ocorreu imediatamente antes dos principais pontos de viragem da Segunda Guerra Mundial.

Fonte: http://www.alexandrinadebalasar.com/index.php?cod_lang=1&cod_menu_raiz=7&cod_menu=343

Sexta e última aparição de Nossa Senhora em Fátima - 13 de Outubro de 1917


A multidão rezava o terço quando, à hora habitual, Nossa Senhora apareceu sobre a azinheira. Lúcia inicia a conversa com a Virgem:

- Que é que Vossemecê me quer?

- Quero dizer-te que façam aqui uma capela em minha honra; que sou a Senhora do Rosário; que continuem sempre a rezar o Terço todos os dias. A guerra vai acabar, e os militares voltarão em breve para suas casas.

- Eu tinha muitas coisas para lhe pedir: se curava uns doentes e se convertia uns pecadores, etc. ...

- Uns sim, outros não. É preciso que se emendem; que peçam perdão dos seus pecados. Não ofendam mais a Deus Nosso Senhor, que já está muito ofendido.

Nesse momento, abriu as mãos e fez com que elas se refletissem no Sol, e começou a Se elevar, desaparecendo no firmamento. Enquanto Se elevava, o reflexo de sua própria luz se projetava no Sol.

Os pastorinhos então viram, ao lado do Sol, o Menino Jesus com São José e Nossa Senhora. São José e o Menino traçavam com a mão gestos em forma de cruz, parecendo abençoar o mundo.

Desaparecida esta visão, Lúcia viu Nosso Senhor a caminho do Calvário e Nossa Senhora das Dores. Ainda uma vez Nosso Senhor traçou com a mão um sinal da Cruz, abençoando a multidão.

Por fim aos olhos de Lúcia apareceu Nossa Senhora do Carmo com o Menino Jesus ao colo, com aspecto soberano e glorioso.

As três visões recordaram, assim, os Mistérios gozosos, os dolorosos e os gloriosos do Santo Rosário. Enquanto se passavam essas cenas, a multidão espantada assistiu ao grande milagre prometido pela Virgem para que todos cressem.

No momento em que Ela se elevava da azinheira e rumava para o nascente, o Sol apareceu por entre as nuvens, como um grande disco prateado, brilhando com fulgor fora do comum, mas sem cegar a vista. E logo começou a girar rapidamente, de modo vertiginoso. Depois parou algum tempo e recomeçou a girar velozmente sobre si mesmo, à maneira de uma imensa bola de fogo. Seus bordos tornaram-se, a certa altura, avermelhados e o Astro-Rei espalhou pelo céu chamas de fogo num redemoinho espantoso. A luz dessas chamas se refletia nos rostos dos assistentes, nas árvores, nos objetos todos, os quais tomavam cores e tons muito diversos, esverdeados, azulados avermelhados, alaranjados etc.

A 13 de outubro, era imensa a multidão que acorrera à Cova da Iria: 50 a 70 mil pessoas. A maior parte chegara na véspera e ali passara a noite. Chovia torrencialmente e o solo se transformara num imenso lodaçal.

Três vezes o Sol, girando loucamente diante dos olhos de todos, se precipitou em ziguezague sobre a terra, para pavor da multidão que, aterrorizada, pedia a Deus perdão por seus pecados e misericórdia.

O fenômeno durou cerca de 10 minutos. Todos o viram, ninguém ousou pô-lo em dúvida, nem mesmo livres-pensadores e agnósticos que ali haviam acorrido por curiosidade ou para zombar da credulidade popular.

Não se tratou, como mais tarde imaginaram pessoas sem fé, de um fenômeno de sugestão ou excitação coletiva, porque foi visto a até 40 km de distância, por muitas pessoas que estavam fora do local da aparições e portanto fora da área de influência de uma pretensa sugestão ou excitação.

Mais um pormenor espantoso notado por muitos: as roupas, que se encontravam encharcadas pela chuva no início do fenômeno, haviam secado prodigiosamente minutos depois.

Fonte: https://www.fatima.org.br/sexta-aparicao-e-o-milagre-do-sol

Dados marcantes sobre Santa Dulce dos Pobres, a primeira santa nascida no Brasil


“No amor e na fé encontraremos as forças necessárias para a nossa missão”, dizia a Santa Dulce dos Pobres.

A seguir, 10 dados marcantes da vida desta religiosa que é a primeira santa nascida no Brasil.

1. Desde criança, praticou a caridade

O amor pelo próximo e a prática da caridade fizeram parte da vida de Irmã Dulce desde a infância. Conta-se que, aos 13 anos, a menina começou a acolher em sua casa mendigos e doentes e transformou a sua residência em um centro de atendimento.

Muitos se aglomeravam na porta da casa para receber a ajuda da pequena e, por este motivo, o local ficou conhecido como “A Portaria de São Francisco”.

2. Era professora

Antes de ingressar na vida religiosa, Irmã Dulce se formou professora pela Escola Normal da Bahia, em 9 de dezembro de 1932. No ano seguinte, entrou na Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus e, sua primeira missão como freira foi ensinar em um  colégio mantido pela sua congregação.

3. Adotou o nome Dulce em homenagem à sua mãe

Ainda muito cedo, quando tinha apenas 7 anos, Irmã Dulce (cujo nome de batismo era Maria Rita de Souza Brito Lopes Pontes) perdeu sua mãe, Dulce Maria, a qual tinha 26 anos.

Mais tarde, quando ingressou na Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus, em 1933, e recebeu o seu hábito, adotou o nome Irmã Dulce, em homenagem à sua mãe.

4. Era devota de Santo Antônio

Após o anúncio da data da canonização de Irmã Dulce (que será em 13 de outubro deste ano), o Arcebispo de Salvador e Primaz do Brasil, Dom Murilo Krieger, contou que, no dia seguinte, ou seja, 14 de outubro, haverá uma Missa na Igreja de Santo Antônio dos Portugueses, em Roma.

O local foi escolhido devido à grande devoção que Irmã Dulce tinha por Santo Antônio. “Era realmente um amigo que ela tinha, um confidente, e ao mesmo tempo, a quem ela recorria em suas necessidades”, sublinhou o Prelado.

De fato, Santo Antônio sempre teve um lugar especial na vida da religiosa, desde sua infância. Era ao santo que ela recorria nos momentos de angústia, desespero e também para solicitar a concretização de algum projeto. Chamava-o, inclusive, de seu “tesoureiro”.

De acordo com o site da Arquidiocese de Salvador (BA), ainda na infância, ela costumava decorar o altar do santo.

Além disso, atualmente pertence ao acervo do Memorial Irmã Dulce uma imagem de Santo Antônio do século XIX, que pertenceu ao avô da religiosa, o advogado Manoel Lopes Pontes, diante da qual a família dela costumava fazer seus pedidos e orações.

5. Construiu o maior hospital da Bahia a partir de um galinheiro

Na década de 1930, Ir. Dulce começou um trabalho assistencial nas comunidades carentes, sobretudo nos Alagados, conjunto de palafitas que se consolidara na parte interna do bairro de Itapagipe, em Salvador (BA).

Conta o site das Obras Sociais Irmã Dulce (OSID) que, em 1939, a religiosa invadiu cinco casas na Ilha dos Ratos, para abrigar os doentes que recolhia nas ruas de Salvador. Foi expulsa do lugar e precisou peregrinar durante uma década, levando os seus doentes por vários locais da cidade.

Em 1949, ocupou um galinheiro ao lado do Convento de Santa Antônio, após a autorização da sua superiora, com os primeiros 70 doentes. Hoje, no local, está o Hospital Santo Antônio, o maior da Bahia.

Segundo assinala OSID, esta iniciativa da religiosa “deu origem à tradição propagada há décadas pelo povo baiano de que a freira construiu o maior hospital da Bahia a partir de um simples galinheiro”.

6. Durante 30 anos, dormiu em uma cadeira de madeira

No Memoria Irmã Dulce também se encontra o quarto da religiosa, onde está a cadeira de madeira, na qual ela dormiu por cerca de 30 anos, em razão de uma promessa.

Em 1955, a irmã da futura santa brasileira, também chamada Dulce, passou por uma gravidez de alto risco e a religiosa rezou por sua saúde e recuperação. Assim, durante três décadas, dormiu na cadeira para pagar sua promessa e agradecer pela recuperação de sua irmã, mesmo enfrentando muitas dificuldades, devido a um enfisema pulmonar.

Irmã Dulce só deixou de dormir na cadeira de madeira em 1985, aos 71 anos, após ser convencida por seus médicos a voltar a ter seu descanso noturno na cama, devido ao seu estado de saúde.

7. Enfrentou graves problemas respiratórios

Conforme assinala OSID, nos últimos 30 anos de sua vida, a religiosa viveu com 70% da capacidade respiratório comprometida. Entretanto, isso “não impediu que ela construísse e mantivesse uma das maiores e mais respeitadas instituições filantrópicas do país, uma verdadeira obra de amor aos pobres e doentes”.

8. Foi indicada ao Prêmio Nobel da Paz

As obras da Irmã Dulce receberam diversos apoios e reconhecimentos. Tanto que, em 1988, a religiosa foi indicada ao Prêmio Nobel da Paz pelo então presidente do Brasil, José Sarney, com o apoio da Rainha Sílvia, da Suécia.

9. Teve dois encontros com São João Paulo II

Irmã Dulce encontrou com o Papa São João Paulo II em duas ocasiões em que o Pontífice visitou o Brasil. A primeira foi em 7 de julho de 1980, quando o então Papa visitou pela primeira vez o Brasil.

O segundo encontro aconteceu em 20 de outubro de 1991. Nesta ocasião, João Paulo II quebrou o protocolo de sua agenda e fez questão de visitar Ir. Dulce, que já estava com a saúde debilitada, no Convento Santo Antônio. Cinco meses depois desta visita, em 13 de março de 1992, o Anjo Bom da Bahia faleceu.

10. Sua canonização é uma das mais rápidas da história recente da Igreja

No dia 13 de outubro de 2019, Irmã Dulce se tornou a primeira mulher nascida no Brasil a ter seu nome inscrito no livro dos santos, apenas 27 anos após seu falecimento.

Segundo destaca o site Obras Sociais da Irmã Dulce (OSID), sua canonização foi a terceira mais rápida da história recente da Igreja, “atrás apenas da santificação do Papa João Paulo II (9 anos após sua morte) e de Madre Teresa de Calcutá (19 anos após o falecimento da religiosa)”.

Vale recordar que os mais rápidos da história dos santos lusófonos seguem sendo o de Santo Antônio de Lisboa (ou Santo Antônio de Pádua), canonizado 11 meses após seu falecimento no dia 30 de maio de 1232, e São Teotônio, canonizado 1 ano depois de sua morte ocorrida em 1162 pelo Papa Alexandre III.

Fonte: Acidigital

sábado, 12 de outubro de 2019

Solenidade de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, Padroeira do Brasil


Hoje, dia em que celebramos, jubilosos, a solenidade de nossa Padroeira, a Santíssima Virgem da Conceição Aparecida, queremos erguer aos céus nossas mãos suplicantes e rogar ao Deus três vezes santo, confiantes na intercessão de Maria Imaculada, pelo bem de todo o nosso país. Nós, que tivemos a graça de receber o dom da fé católica, sabemos que, assim como os outros povos, também o Brasil tem a sua vocação específica, porque não só os indivíduos, tomados isoladamente, são chamados a participar dos projetos divinos, senão que as famílias e as comunidades que formamos têm, também elas, o seu lugar próprio nos planos providenciais do Altíssimo: Ele quer ser honrado e servido tanto por cada homem em particular como pelo conjunto das nações e dos Estados — é um direito seu, como Senhor e Criador da humanidade, em sua dimensão individual e social. Unido estreitamente à história de Portugal, o Brasil, abençoada Terra de Santa Cruz, tem a missão de ser um povo católico e evangelizador, de levar a luz de Cristo aos lugares ou a que ela ainda não chegou ou, infelizmente, onde ela quase se extinguiu. Ora, Deus quer fazer-nos realizar esta vocação por meio da Virgem Maria, e é por isso que fez nascer na nossa terra uma terna devoção a Nossa Senhora, venerada há tantos séculos pelo nosso povo sob o título de Aparecida. Mas para que cumpramos de fato esta vocação, precisamos ser fiéis às nossas origens católicas; fiéis aos ensinamentos morais da Igreja; fiéis, enfim, à sã doutrina com que os portugueses ilustraram nossas terras, instruíram nossa gente, conquistaram o nosso coração para aquela que é Senhora e Rainha de todos os brasileiros. Emancipemo-nos de uma vez por todas dessa ilusão, tão falsa quanto venenosa, de que estamos fadados a ser o povo “do carnaval, do futebol e do sexo fácil”. Desfaçamo-nos da ideia, tão tola quanto perniciosa, de que o Brasil, para estar em dia com as nações mais desenvolvidas, precisa ceder ao laicismo imperante, que treme com farisaico escândalo diante do nosso passado católico e das santas imagens que ainda ornam tantos espaços públicos. Lembremos que Deus nos quer grandes entre os seus santos, e foi por isso que nos colocou sob o amparo daquela que, exaltada sobre todos os coros angélicos, reina ao lado de Cristo e chama todos os seus súditos à obediência da fé e ao amor: “Fazei tudo o que Ele vos disser”. — Agarrados ao manto de nossa Mãe concebida sem pecado, demos graças e glória Àquele que, uno e trino, nos fulgores do seu trono celeste, governa o Brasil com mão paterna e está sempre disposto a cumular-nos com os bens que realmente importam, o maior do quais é ter um coração amante, não só da pátria, mas de Cristo, de sua Santa Igreja e de sua Mãe Imaculada.

Fonte: Padre Paulo Ricardo

segunda-feira, 7 de outubro de 2019

O Poder do Santo Rosário e a Batalha de Lepanto



O protestantismo como grave revolta assolava a Europa, as heresias como os cátaros e muitos outros contaminavam os ambientes onde ainda restava fé, os cismáticos orientais obstinados em seus erros e o até então recente inimigo muçulmano ameaçava a qualquer momento invadir o centro da cristandade e destruir a Igreja: este era o cenário extremamente inóspito que São Pio V tinha diante de si. Aos olhos de todos parecia que a Cristandade iria desmoronar, mas este santo Papa teve confiança na Beatíssima Virgem Maria e conduziu a Cristandade de volta à obediência a Nosso Senhor. A grande arma de São Pio V: o Santo Rosário.

O perigo muçulmano vinha devidamente preparado, os turcos otomanos a caminho da Europa eram em números assustadores, com tropas muito bem treinadas, homens cegos incentivados pelas falsas promessas da doutrina islâmica, equipados com os barcos mais ágeis de sua época, deixavam muito claro que eram a força superior no controle do Mediterrâneo.

Diante de inimigo tão bem preparado, os cristãos não tinham uma força à altura dos inimigos que vinham à espreita. Em especial a República de Veneza apelou ao Santo Padre para que os demais reinos católicos acudissem seus irmãos à mercê da turba maometana; mas com o grande caos reinando na Europa, esta não foi uma tarefa de fácil resolução.

Por intermédio do Santo Padre, deu-se início à formação da Santa Liga, composta principalmente pelas forças de Veneza, de Espanha, dos Estados Pontifícios e liderada por Dom João d’Áustria, que era congregado mariano e chegou a ser citado por São Pio V em encíclica pelo seu decisivo apoio na batalha: “Houve um homem enviado por Deus, cujo nome era João”.

Partiram então as naus cristãs com a Cruz de Cristo rumo à libertação dos católicos que já estavam sob jugo muçulmano e para impedir que o flagelo maometano se alastrasse pela Europa. O ponto de encontro foi na Sicília e de lá partiram para o local de batalha, que era próximo a Lepanto, na costa da Grécia. Imediatamente após o fim das tratativas, São Pio V conclamou toda a Cristandade a rezar e fazer penitência para que Deus ouvisse seus clamores e desse a vitória aos cristãos. Em uma verdadeira Cruzada, os fiéis faziam procissões e rezavam especialmente o Santo Rosário, para que Nossa Senhora, medianeira de todas as graças, lhes fosse particularmente favorável.

Mesmo em número desfavorável, a Santa Liga avançou destemida contra o feroz inimigo, confiante na proteção da Virgem Santíssima, como na antiquíssima oração: “Sub tuum praesidium confugimos Sancta Dei Genitrix”. E no raiar do dia 7 de outubro de 1569, as embarcações inimigas já podiam ser vistas no horizonte e era apenas questão de horas para se iniciar a batalha. Sob o comando de Dom João d’Áustria, a Santa Liga seguiu confiante à batalha. Apesar das grandes baixas, os cristãos seguiam lutando, quando Nosso Senhor ouviu as preces de toda a Cristandade e intercedeu em seu favor. Desta forma, a batalha começou a tender para o lado dos católicos, até que enfim a ameaça fosse repelida.

Segundo relatos dos próprios turcos da batalha, apareceu no Céu uma imponente Senhora que parecia estar contra eles e a favor dos cristãos. Mesmo que eles tivessem o melhor poderio bélico marítimo, nada parecia ter efeito contra aquela Senhora tão poderosa. As baixas seguiam do lado maometano, enquanto os cristãos cativos eram libertados e ajudavam na batalha.
Após duro embate, finalmente a Santa Liga se saiu vitoriosa, tendo como grande auxílio o Santo Rosário que era rezado em toda a Europa. Com a conquista de tão importante vitória e o livramento da Europa das garras maometanas, São Pio V seguiu a entoar o Te Deum, instituiu a festa do Santo Rosário e adicionou o título de Auxílio dos Cristãos à Ladainha de Nossa Senhora.

Fonte: https://salvemaria.com.br/o-poder-do-santo-rosario-e-batalha-de-lepanto/

Memória de Nossa Senhora do Rosário


Celebramos hoje a memória de Nossa Senhora do Rosário, devoção que, graças a Deus, tem sido redescoberta nos últimos tempos, não sem um esforço da parte da própria Virgem Maria, que em várias aparições recentes insiste na importância de rezar todos os dias o Santo Terço. Mas a que se deve a importância desta devoção? Para muitos, o Rosário não passa da repetição aborrecida de fórmulas prontas. A Igreja e os grandes santos, porém, nos garantem que esta oração, simples em aparência, é uma porta de entrada para uma meditação cada vez mais profunda e, por isso mesmo, para um progresso contínuo e crescente na vida espiritual. O Rosário contém, antes de tudo, o primeiro grau de oração, a vocal, de maneira que, se fizermos bem, com atenção e pausa, os pai-nossos e as ave-marias, nos abriremos com certeza a muitas iluminações de Deus, que foi quem nos ensinou estas duas preces — o pai-nosso, por meio de seu Filho, e a ave-maria, pelo testemunho das Escrituras. Se rezadas, pois, devotamente, estas preces têm em si mesmas, como verdades sempre saborosas, o poder de nos conduzir para a meditação dos santos mistérios e, daí, para um trato de amor mais íntimo com Deus, a quem aprendemos a querer conhecendo-o no que Ele quis revelar-nos sobre si mesmo e sobre os seus desígnios de salvação. Pela recordação constante, a cada dezena, das várias provas de caridade de Deus para conosco na história da Redenção vamos nos inflamando, pouco a pouco, de respostas de amor ao mesmo Deus. O Terço, como se vê, não é uma devoção “popular”, adequado somente aos ignorantes e incultos, mas um caminho eficacíssimo para a santidade, da simples oração à meditação, da meditação aos afetos, dos afetos aos propósitos, dos propósitos às obras, e obras de amor, trespassadas de sentimentos de fé e esperança. — Que Nossa Senhora do Santíssimo Rosário interceda por nós em nossas orações cotidianas no Santo Terço e nos ensine a rezar como ela.

Fonte: Canção Nova

quinta-feira, 3 de outubro de 2019

O fenômeno de Santa Teresinha


Santa Teresa de Lisieux, ou Santa Teresinha, como comumente e carinhosamente chamamos a freira carmelita mais ilustre de Lisieux, é, inegavelmente, uma das santas mais conhecidas e queridas da Igreja. Arrisco dizer que é a santa, obviamente depois de Nossa Senhora, mais honrada, lembrada e presente no cotidiano dos católicos do mundo inteiro! São inúmeras as igrejas, capelas, santuários dedicados a Teresinha e suas imagens são presenças certas em quase toda igreja. Viveu somente 24 anos, mas sua vida foi intensa, e acima de tudo, santa! Se formos pensar, Teresa é uma santa muito recente... Foi para o Céu há "somente" 122 anos, pouco tempo para uma Igreja com mais de 2000 anos de história. E de lá pra cá, a devoção à ela tornou-se universal, muitos milagres atribuídos a sua intercessão. Inclusive várias aparições suas já foram relatadas... Na Primeira Guerra Mundial, Teresinha apareceu aos soldados nas trincheiras, vários místicos da Igreja, como Santa Faustina e a Serva de Deus Rhoda Wise, já receberam a sua visita. Sua autobiografia "História de uma Alma" é um dos livros católicos mais conhecidos e vendidos! Se tornou padroeira das Missões, da França e Doutora da Igreja! Como explicar sua grande fama, a forte devoção a ela que permeia toda a Igreja? O que atrai tanto nela?

Santa Teresinha é a santa "das pequenas coisas". A pequena freirinha de Lisieux reconhecia sua pequenez, e sabia que não conseguiria realizar as grandes penitências de Santo Antão, os grandes feitos de Santa Catarina de Siena ou imitar a pobreza e abnegação de São Francisco de Assis, mas sabia que poderia amar ao bom Deus e se sacrificar através de pequenos oferecimentos de amor diários. A sua "pequena via" trouxe esperança para a humanidade, pois pensava-se, e ela mesma também antes pensava, que o Céu era destinado somente aos grandes santos, aos gloriosos "heróis da fé". Santa Teresinha é uma santa que todos podem, e devem, imitar! Não que não devamos fazer grandes sacrifícios ou realizar grandes feitos, Deus sabe o que tem guardado para nós, mas o "atalho" de Santa Teresinha é acessível para todos nós!

Teresinha nos convida a olharmos para o nosso nada e confiar somente em Deus. A santinha de Lisieux nos ensina que podemos amar ao Senhor com pequenos, mas firmes e decididos, gestos. Querendo ser pequena, Santa Teresa de Lisieux tornou-se grande, "a maior santa dos tempos modernos", como disse o Papa São Pio X. Que ela rogue por nós e derrame uma chuva de rosas em nossas vidas, como ela mesma prometera! 🌹

O "Trânsito" de São Francisco de Assis


O entardecer do dia 3 de outubro de 1226 era véspera de um Domingo e São Francisco de Assis, fundador da Ordem Franciscana, falecia diante dos olhos de seus irmãos e filhos frades.

Este momento que é conhecido como o "Trânsito de São Francisco de Assis", é recordado a cada ano de uma maneira muito especial por toda a Família Franciscana, na Véspera da solenidade do ‘pobrezinho de Assis", que é comemorada em 4 de outubro.

O "Trânsito"

"O trânsito nos evoca um momento simples e sublime: o triunfo do Amor em Francisco de Assis que, tendo deixado as vaidades, foi cristão até a medula, perfeito discípulo de Jesus", explica em seu blog o irmão menor capuchinho Frei Rufino Maria Grández, residente no México.

Diferentemente da solenidade dos outros Santos, São Francisco, além de sua festa a 4 de outubro, tem grande importância para os franciscanos a ‘memória' do Trânsito Francisco de Assis.

Há séculos os franciscanos celebram esta "memória" que hoje foi estendida aos templos e às espiritualidades ligadas a São Francisco. Ela é celebrada como sendo uma graça especial.

O "Trânsito", segundo São Boaventura

Em suas crônicas conhecidas como ‘Leyenda Mayor', São Boaventura descreve o momento final do Trânsito do Seráfico Santo de Assis:

Aproximando-se, por fim, o momento de seu trânsito, ele chamou a sua presença todos os irmãos que estavam no lugar e, tratando de amenizar com palavras de consolo a dor que pudessem sentir diante de sua morte, os exortou, com paterno afeto, ao amor de Deus.

Depois prolongou suas palavras falando-lhes sobre a guarda da paciência, da pobreza e da fidelidade à Santa Igreja Romana, insistindo em colocar a observância do Santo Evangelho a todas as outras normas.

Sentados ao seu redor todos os irmãos, ele estendeu sobre eles as mãos, pondo os braços e, forma de cruz pelo amor que sempre professou por este sinal, e, em virtude e nome do Crucificado, abençoou a todos irmãos tanto presentes como ausentes.

E acrescentou depois:

"Estejam firmes, irmãos todos, no temor de Deus e permaneçam sempre nele.
E como há de vir a prova e se aproxima atribulação, felizes aqueles que perseverarem na obra iniciada. Quanto a mim, eu me vou para Deus, a cuja graça os deixo todos encomendados"

Concluída esta suave exortação, mandou o varão muito querido de Deus que lhe trouxessem o livro dos Santos Evangelhos e suplicou que lhe fosse lida a passagem do Evangelho de São João que que começa assim: Antes da festa da Páscoa... (Jn 13,1).

Depois disso ele entoou como pode, este salmo:

Gritando clamo ao Senhor, gritando suplico ao Senhor... E o recitou até o final dizendo: Os justos me estão aguardando até que me dês a recompensa (Sal 141).

Por fim, tendo sido cumpridos, em Francisco todos os mistérios, liberada sua alma santíssima das ataduras da carne e submersa no abismo da divina claridade este varão bem-aventurado dormiu no Senhor.

Fonte: Gaudium Press

quarta-feira, 2 de outubro de 2019

Na presença dos anjos!


Não estamos sós! Deus colocou ao nosso lado anjos da guarda, a fim de guiar-nos, proteger-nos e, principalmente, conduzir-nos à vida eterna.

O Catecismo da Igreja Católica ensina que “a existência dos seres espirituais, não-corporais, que a Sagrada Escritura chama habitualmente de anjos, é uma verdade de fé". Os anjos não são uma invenção mitológica. Tratam-se de seres reais, que estão sempre diante de Deus, mas agindo em meio aos homens. Por isso, pode-se dizer que, estando na presença dos anjos, os seres humanos nunca estão sozinhos. Deus colocou essas criaturas ao seu lado, não só para os guardarem, mas também para se relacionarem com eles – de fato, são muitas as personagens das Escrituras que recebem a assistência e a visita dos anjos de Deus.

Ao contrário do que se pensa hoje, os anjos não são figuras “piegas" de contos românticos, mas criaturas realmente terríveis que, se aparecessem diante de nós, incutiriam não só paz e alegria, mas também um grande temor. Como Aslam, a personagem das Crônicas de Nárnia que é uma alegoria de Jesus Cristo, eles são bons e terríveis, ao mesmo tempo. Ou, como Gandalf, da saga “O Senhor dos Anéis", eles são “perigosos". Embora tenham grande poder, este se manifesta, sobretudo, em suas inspirações. Os hobbits de “O Senhor dos Anéis" – Frodo, Merry, Pippin e Sam -, no começo do livro, sequer sabiam manusear uma espada. Mas, no fim, eles terminam como heróis, pois foram treinados e capacitados por Gandalf, que é, segundo o próprio Tolkien afirma, uma espécie de anjo.

Os anjos são assim: eles protegem-nos, mas também querem capacitar-nos. Eles são, sim, nossos companheiros, mas são muito maiores do que nós, e o seu serviço, mais do que um simples “fazer a nossa vontade", é instigar-nos e incomodar-nos, a fim de que façamos a vontade de Deus. Muitas vezes, achamos que os anjos foram colocados ao nosso lado apenas para resolver os nossos problemas materiais ou dar-nos segurança para este mundo. É verdade que eles podem agir como “ministros dos milagres de Deus", mas seu trabalho principal é inspirar-nos para o serviço de Cristo, com a sua presença ativa e poderosa – “presença virtual", para usar a linguagem escolástica – junto de nós.

A Igreja, por meio de São Jerônimo, ensina que “grande é a dignidade das almas, pois ao nascer cada uma tem um anjo delegado a sua guarda". No combate desta vida, no qual o Céu e o Inferno disputam para ganhar as almas, seria desproporcional que elas não tivessem protetores perto de si. Se seria inconcebível manter um carro-forte sem segurança, quanto mais as almas dos homens, que custaram o sangue de Nosso Senhor! Assim se expressa Santo Tomás, na questão 113 da prima pars da Suma Teológica:

“O homem, na vida presente, encontra-se em uma espécie de caminho que deve tender para a pátria. Nesse caminho, são muitos os perigos que o ameaçam, dentro e fora (...). Por isso, aos homens que andam por caminhos não seguros são dados guardas. Assim também a cada homem em sua peregrinação terrestre é delegado um anjo para sua guarda".

É verdade que Deus, sendo onipotente, poderia muito bem agir de modo direto para proteger os homens. Mas a pedagogia divina está desde sempre escolhendo colaboradores para exercer o seu plano de salvação. É preciso que os católicos se libertem da visão arrogante do protestantismo, que despreza a ação de intermediários na redenção humana, quando o próprio Senhor escolheu fazer-se um de nós, submeter-se a Nossa Senhora e a São José e criar a Igreja visível para dispensas as Suas graças em meio aos homens.

“A cada homem", portanto, “é delegado um anjo para sua guarda", ensina Santo Tomás. Respaldando a opinião de São Jerônimo, o Aquinate afirma ainda que o anjo da guarda é dado ao homem desde o seu nascimento, ao contrário da opinião de quem diz que “o anjo é delegado à guarda do homem desde o batismo". Ele explica:

“Os benefícios que o homem recebe de Deus pelo fato de ser cristão começam com o batismo; por exemplo, a recepção da Eucaristia e outros semelhantes. Todavia, os benefícios que Deus dispõe para o homem pelo fato de ele ter uma natureza racional lhe são concedidos desde o momento em que, pelo nascimento, adquire tal natureza. Ora, esse benefício é a guarda dos anjos (...). Portanto, tão logo nasce, o homem tem um anjo delegado para sua guarda."

O Doutor Angélico explica, na mesma questão, que, ainda que peque, isso não afasta do homem o seu anjo da guarda, que nunca o abandona totalmente. E também que os pecados dos homens, embora ofendam os anjos, não os fazem sofrer, já que eles “são perfeitamente bem-aventurados" e, portanto, “nada sofrem".

A doutrina católica tem como bastante sólida a fé nos anjos da guarda. Não se sabe, por outro lado, se existe um “demônio específico" para tentar a cada pessoa e levá-la para o inferno. A verdade é que também os anjos da guarda, embora pertençam aos graus inferiores da hierarquia celeste, também lutam contra os anjos maus, pela nossa salvação.

Quanto ao modo como os anjos agem em nossa vida, Santo Tomás dedica outra questão inteira da Suma Teológica a esse propósito: é a questão 111 da prima pars. Aí, ele explica que, dentre as várias potências do homem, os anjos agem mais nas faculdades sensitivas – no sentido interno da imaginação e nas paixões, principalmente. Eles atuam, por exemplo, quando uma pessoa está trabalhando e tem uma ideia criativa, ou quando está rezando e vem à sua mente alguma cena ou inspiração. Só que têm poder de atuação tanto os anjos bons quanto os demônios. Enquanto estes são intrusivos, os anjos da guarda agem quanto maiores forem a docilidade e a abertura a eles.

Por isso, importa cultivar uma constante devoção aos nossos anjos, aprendendo a viver em sua presença, não indo aonde um deles não iria e evitando toda ação que ofenda a sua dignidade angélica.

Fonte: Padre Paulo Ricardo

Memória dos Santos Anjos da Guarda


Temos hoje a alegria de recordar a presença sempre constante dos nossos santos anjos custódios, instrumentos de que sabiamente se serve a divina Providência para governar os nossos passos neste mundo. Porque, se bem é certo que Deus tudo poderia fazer sozinho, sem nenhum intermediário, é fato atestado pela Revelação e evidente pela constituição mesma da Igreja que Ele conta e quer contar com o ministério de suas criaturas. Assim, pois, como Deus se vale de homens, tão pequenos e inconstantes, para levar de um a outro extremo da terra a verdade da fé católica e a força salvífica dos sacramentos, assim também Ele encarrega os santos anjos, tão grandes e para sempre confirmados em graça, para nos assistir continuamente, enviando-nos suas inspirações e livrando-nos de uma multidão de perigos, tanto de corpo quanto de alma. A Liturgia de hoje nos vem recordar, desta forma, que temos sempre ao nosso lado uma pessoa muito santa, que, estando acima de nós por natureza e dons, se digna contudo a servir-nos como se fôramos o seu único cuidado. O problema é que, por mais inteligentes que sejam, os anjos da guarda não podem saber tudo o que se passa conosco: há sempre um parte, a mais íntima, da nossa alma, dos nossos pensamentos, que só lhe serão acessíveis se nós lha quisermos comunicar. Eis por que é de suma importância, para bem aproveitarmos o auxílio do nosso anjo custódio, que nos recordemos sempre de sua presença, o invoquemos com frequência e lhe demos livre acesso à nossa interioridade, falando-lhe de nossas necessidades, pedindo-lhe luzes nas matérias que mais nos inquietam, para que nos guie ele com segurança até o céu. Quantas ajudas, quantas iluminações já não teremos recebidos deste nosso amigo, sem sequer nos darmos conta! E quão grande tem sido a nossa ingratidão, quão insensato o nosso esquecimento, por não agradecermos nem a Deus nem aos anjos pelos benefícios que deles recebemos nem a eles recorrermos, nós, que mal sabemos aonde vamos nem que caminho temos seguido! Como propósito concreto, comecemos a partir de hoje a invocar frequentemente o nosso anjo da guarda, dirigindo-lhe de manhã e de noite a oração Santo Anjo do Senhor, que todos aprendemos quando crianças.

Fonte: Padre Paulo Ricardo

terça-feira, 1 de outubro de 2019

Outubro, mês do Santíssimo Rosário e das Missões


Outubro é o mês das missões e de Nossa Senhora, a mais santa de todas as mulheres. Falando tão pouco e de modo tão suave, ela dizia tudo no silêncio de seu coração. Nossa mãe Maria quer os cristãos unidos e solidários como uma grande família… Quem medita e conhece o Evangelho sabe que Jesus e Maria nutriam especial predileção pelo silêncio, pelos lugares desertos. Silêncio é terapia, calmante, reconforto, reabastecimento psicológico, físico e espiritual.

O silêncio é a liturgia da palavra celebrada na catedral da fé no santuário da oração sob as bênçãos do Pai. O silêncio é genuflexório das grandes almas dos corações humildes dos grandes amigos de Deus e dos homens. Vale a pena abrir nosso coração a Cristo e a Maria, rainha dos apóstolos, missionária por excelência, estrela da nova evangelização.

Maria guardava tudo em silêncio meditando os acontecimentos as palavras de seu Filho os mistérios do dia-a-dia. Enquanto muitos se alimentam de horóscopos e falsos ensinamentos, mergulhemos diariamente em algum trecho do Evangelho, no oceano misericordioso do Coração de Jesus e de Maria. E nossa vida será luminosa, plena, missionária, e feliz. Toda a vida de Maria cabe numa palavra: doação. Humilde, profundamente humana, embora tão agraciada espiritualmente, predileta do Altíssimo. Forte na dor, inquebrantável no sofrimento, marcando presença junto a seu Filho e ao lado dos apóstolos.

Modelo de fé, Maria está sempre pronta para nos atender. Uma das maneiras mais eficazes e poderosas de recorrermos à gloriosa e celeste intercessão da Mãe de Deus é o SANTO ROSÁRIO. O Rosário é oração simples, mas poderosa e nos traz grandes benefícios. Com esta oração podemos enfrentar vitoriosamente as forças do mal. Podemos também confiar a Maria todas as preocupações, necessidades, dificuldades problemas intenções e esperanças pessoais das famílias a Igreja e do mundo.

No Rosário, Maria, santuário do Espírito Santo, ao ser suplicada por nós, apresenta-se em nosso favor diante do Pai que acumulou de graça e do Filho nascido das suas entranhas, pedindo conosco e por nós “. Meditemos sobre estas palavras do Papa João Paulo II, em sua Carta Apostólica” O Rosário da Virgem Maria.

Quem é devoto de Maria e a invoca com o Rosário, conhece por experiência, o poder e o amor desta boa Mãe! Rezemos o Rosário todos os dias! A Igreja reconheceu sempre uma eficácia particular ao Rosário, confiando-lhe mediante a sua recitação comunitária e a sua prática constante, as causas mais difíceis.Em momentos em que estivera ameaçada a própria cristandade, foi à força desta oração que se atribuiu à libertação do perigo, tendo a Virgem do Rosário sido saudada como propiciadora da salvação.

À eficácia desta oração, confio de bom grado hoje como acenei ao princípio a causa da paz no mundo e a causa da família? (Da carta Apostólica “Rosário da Virgem Maria” de João Paulo II).Falando aos jovens universitários da Europa, em 15 de março de 2003, o Papa João Paulo II disse: “Com a recitação fervorosa do Rosário, pode-se mudar a sorte do mundo”. E nós, acreditamos no poder do Rosário?

A oração é uma busca constante de viver na presença de Deus e procurar estar em diálogo com ele para que ele nos ajude em nossas necessidades, mas devemos nos lembrar das palavras de são Tiago: pedis sim, mas pedis mal, pois não sabeis o que pedir.Muitas vezes pedimos, e pedimos muito, mas não pedimos o que deveríamos, nossos pedidos são mesquinhos, materialistas e visam simplesmente a satisfação de interesses pessoais e imediatos, não sabemos pedir os verdadeiros valores, que são eternos, não pedimos a salvação, o perdão dos pecados nossos e dos outros, não pedimos pela ação evangelizadora da Igreja, pela superação das injustiças que causam guerras e tantos sofrimentos, mas principalmente, não pedimos a ação do Espírito Santo em nossas vidas

Fonte: Formação Canção Nova