segunda-feira, 1 de julho de 2019

1° de Julho - Memória do Preciosíssimo Sangue de Jesus


No início do mês de julho, queremos voltar nossa atenção para uma devoção muito antiga, mas que, de uns anos para cá, tem caído no esquecimento dos fiéis de modo mais ou menos geralizado. Trata-se da devoção ao Preciosíssimo Sangue de Cristo. Fazemos, assim, eco ao desejo do Papa São João XXIII, que, na Encíclica “Inde a primis”, escrita dois anos após sua eleição ao sólio pontifício em outubro de 1958, exortava os católicos do mundo inteiro a se “volverem com ardente fervor para a expressão divina da misericórdia do Senhor” (n. 1) que é o Sangue adorável que Jesus, num ato supremo de caridade, derramou pela nossa salvação. No n. 11 do mesmo documento, o Papa nos recorda pela boca de São João Crisóstomo que, depois de termos comungado, saímos da mesa eucarística “quais leões expirando chamas, tornados terríveis ao demônio, pensando em quem é o nosso Chefe e quanto amor teve por nós” (In Iohann., homil. 46).

Os demônios, com efeito, tremem diante do amor de Cristo, amor este que se expressou de modo excelentíssimo no derramamento do seu Sangue, o qual, se recebido dignamente sob as espécies eucarísticas, tem o poder de afugentar para longe de nós toda a horda infernal e chamar para junto da nossa alma, inebriada de caridade divina, “os anjos e o próprio Senhor dos anjos”. A devoção ao Sangue de Cristo, nesse sentido, tem por objeto principal a caridade infinita com que Ele, entregando-se por nós até a morte, nos resgatou de Satanás e operou, por tantos e tão variados títulos, a nossa salvação: “Porque”, escreve São Pedro, “vós sabeis que não é por bens perecíveis, como a prata e o ouro, que tendes sido resgatados da vossa vã maneira de viver, recebida por tradição de vossos pais, mas pelo precioso Sangue de Cristo, o Cordeiro imaculado e sem defeito algum” (1Pd1, 17ss). Que, ao longo de todo o mês de julho, e não apenas neste dia 1.º, possamos venerar com mais intensa devoção o Preciosíssimo Sangue do Filho de Deus encarnado, adorá-lo como toda a nossa alma durante a elevação do Cálice na Santa Missa e, com sentimentos profundos de reparação, honrá-lo diariamente pela récita de sua ladainha. — Sangue de Cristo, torrente de misericórdia, salvai-nos!



Fonte: https://padrepauloricardo.org/episodios/memoria-do-preciosissimo-sangue-de-cristo-mmxix

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