Dorotéia Menegon nasceu no dia 13/06/1911 em Veranópolis-RS, agricultora, cursou o antigo primário incompleto e casou-se com Artibano Farina e como lei da época passou a assinar-se Dorotéia Menegon Farina.
Boa esposa e mãe profunda devota de Santo Antônio e de Nossa Senhora da Salete, promotora do apostolado da oração a Jesus crucificado, catequista também foi uma das introdutoras da visita da capelinha domiciliar.
Aos 33 anos de idade, mãe de 4 filhos, foi acometida por uma doença grave, fez a Deus um pedido que se ficasse curada aceitaria passar em todas as quaresmas, de sua vida, todas as provas, perseguições, injurias, ofensas, sofrendo em seu corpo todas as chagas de Jesus Cristo.
A terrível doença levou-a a morte, sendo que após o velório de 24 horas voltou a vida normal.
Tempos depois, no dia 25 de fevereiro de 1944, enquanto lavava roupas em um tanque rústico, na única nascente d'água da propriedade, um grande clarão surgiu e uma voz feminina que pedia: “Oração, Penitência Pelos Pobres Pecadores”.
Quando ocorreu a 2° aparição a cruz surgiu, tornando aquele ponto, local definitivo das aparições que aconteceram durante 44 anos em 5 datas anuais, sendo elas: 6 de janeiro, 11 de fevereiro, quarta-feira de cinzas, 3 de maio e 14 de setembro.
A cruz que ainda existe foi destruída pós 5 vezes, e na 4° destruição por desafio de uma autoridade religiosa surgiu a fonte d'água.
Atendida por Deus no pedido que fez na enfermidade, no tempo quaresmal aparecia no corpo da vidente as chagas de Jesus Cristo sendo que na sexta-feira Santa morria até ressuscitar no domingo de Páscoa às 6 horas da manhã, isso lhe causou muita perseguição, apedrejamento, presa recebeu uma dose muito alta de injeção de éter em um hospital da cidade de Erechim conforme uma reportagem de um jornal da época.
Em uma das aparições, fiéis presentes ouviram uma voz feminina aonde Maria sede o nome de Nossa Senhora da Santa Cruz.
Durante as aparições, Nossa Senhora alertava o povo através da vidente Dorotéia Menegon Farina, sendo que ela escrevia com seu próprio punho em folhas de papel.
Em 1945, a Virgem alertava para o perigo das drogas e que muitos jovens destruiriam suas vidas e de suas famílias por causa do vício. Naquele mesmo tempo alertava para o mal que a TV traria às famílias e elas perderiam os valores e princípios: do matrimônio, da fidelidade e da reza do terço na família.
Na década de 50 Nossa Senhora alertava através da vidente para castigos que viriam tais como: transbordamentos dos mares e rios, o surgimento de pestes nos animais e insetos dos quais os humanos seriam acometidos.
A vidente Dorotéia Menegon Farina sempre preocupada com a justiça e a partilha doou ainda com vida parte dos bens que a família possuía, parte da terra, casa com móveis roupas, e muitos outros pertences, em troca pediu ao povo que construísse um santuário no alto do monte, simples, sem fechaduras, com mão de obra espontânea em forma de mutirão, os recursos doados livremente pelos devotos sem comércio, mas sim um local de oração penitência e conversão.
Hoje os bens imóveis repassados em escritura publica para a mitra diocesana, sendo que a mesma deixou para o povo toda a responsabilidade na condução dos princípios conforme documentado anexo reconhecido e assinado pelo pároco atual P. Antonio Vallenttini Neto.
Orientados pela vidente formou-se uma comissão para organizar todos os trabalhos: abertura da estrada de acesso ao monte, terraplanagem e o projeto. Ela alertou que no alto do monte encontrariam-se pedras com sinais ainda não decifrados e um pé de espinhos os mesmos que coroavam Jesus Cristo.
Ainda hoje baseadas nas suas orientações, exemplos e nas escritas deixadas pela vidente voluntariamente o povo em forma de mutirão mantém o local organizado e fazendo pequenas melhorias.
Em 1987 acometida de câncer, no mês de agosto passou toda a responsabilidade ao povo leigo entregando ao senhor Jandir Picoli todas as orientações, as mensagens de Nossa Senhora da Santa Cruz escritas em próprio punho, e nesses dias previu sua morte.
No dia 3 de maio de 1988 aconteceu a ultima aparição de Nossa Senhora à vidente que veio a falecer no dia 28 de maio do mesmo ano.
Em vida a vidente nunca pôde participar de uma missa oficial no local, pois a 1ª só foi celebrada no dia 25 de fevereiro de 1994, quando completaram-se 50 anos das aparições, neste dia foi trazida a imagem de Nossa Senhora.
Hoje a visita ao local por devotos, famílias e pequenos grupos de romeiros é constante e diária, mas é nas datas que se recordam as aparições que há grande presença de fiéis.
As datas são as seguintes, sempre às 14:30 com celebração de missa:
06 de Janeiro
11 de Fevereiro
Quarta-feira de cinzas
03 de Maio
14 de Setembro
14 de setembro, dia mundial da exaltação à cruz com romaria, sendo que a 1ª foi realizada no ano de 1988 com celebração e caminhada coordenadas pelos leigos e assim foi até a realização da 6ª romaria em 14 de setembro de 1993. Em 1994 realizou-se a 7ª romaria com missa celebrada pelo padre Luis Walker pároco da catedral e concelebrada por diversos sacerdotes com a benção no santuário.
A fé do povo cresce a cada dia, e todos os anos no dia 14 de setembro realiza-se a romaria com milhares e milhares de romeiros que testemunham sua fé e ação de graças (por graças alcançadas), até mesmo testemunho de padres.
Abaixo, reportagem do programa "TeleDomingo" sobre as aparições de Erechim:
Fonte: http://nssantacruz.com.br/index.php/sobre-doroteia-menegon
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