A Igreja celebra hoje a memória de um santo talvez pouco conhecido entre nós. Trata-se de São José de Cupertino, nascido em 1603 numa comuna italiana de mesmo nome e ordenado sacerdote em 1628. São José de Cupertino possui o curioso título de padroeiro dos estudantes que estão prestes a fazer prova. E a razão disto é que esse grande místico, uma das honras da Ordem Franciscana, apesar de sua aguçadíssima inteligência — enriquecida sobrenaturalmente com o conhecimento infuso de profundas verdades de fé —, tinha tamanho pavor dos exames preparatórios para o sacerdócio que não era capaz de responder a uma só questão. Só este fato já nos permite recordar que nem mesmo os maiores santos, purificados do pecado e ordenados em suas paixões, estão livres destas pequenas misérias que todos, descendentes de Adão, temos de carregar: temores, receios, fadigas, limitações — intelectuais e emocionais —, imperfeições etc.
Uma vez admitido providencialmente às sagradas ordens, Frei José viveu tão santamente sua vocação que, segundo inúmeros testemunhos da época, ele com facilidade entrava em êxtase e, não raro, levitava pelos ares ao rezar no coro da igreja com os demais frades. Estes constantes fenômenos místicos já indicavam, por si sós, não apenas a claríssima ação de Deus na vida de São José, mas também a caridade ardentíssima que o atraía ao Senhor: a contemplação das verdades divinas, com efeito, lhe exercia sobre a alma uma tal influência que o corpo, também enlevado, não podia permanecer alheio às alturas de amor e santidade a que Deus o estava chamando. Apoiados, pois, em sua intercessão, peçamos a São José de Cupertino que nos alcance a graça de nos deixarmos atrair pelas verdades da fé, que são luz para a inteligência e mel do mais doce sabor para a vontade.
Fonte: https://padrepauloricardo.org/episodios/memoria-de-sao-jose-de-cupertino
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