quinta-feira, 29 de setembro de 2016

29 de Setembro - Dia dos Santos Arcanjos Miguel, Gabriel e Rafael

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Os arcanjos Miguel, Gabriel e Rafael amigos, protetores e intercessores que do Céu vêm em nosso socorro

Com alegria, comemoramos a festa de três Arcanjos neste dia: Miguel, Gabriel e Rafael. A Igreja Católica, guiada pelo Espírito Santo, herdou do Antigo Testamento a devoção a estes amigos, protetores e intercessores que do Céu vêm em nosso socorro pois, como São Paulo, vivemos num constante bom combate. A palavra “Arcanjo” significa “Anjo principal”. E a palavra “Anjo”, por sua vez, significa “mensageiro”.
São Miguel Arcanjo
O nome do Arcanjo Miguel possui um revelador significado em hebraico: “Quem como Deus”. Segundo a Bíblia, ele é um dos sete espíritos assistentes ao Trono do Altíssimo, portanto, um dos grandes príncipes do Céu e ministro de Deus. No Antigo Testamento o profeta Daniel chama São Miguel de príncipe protetor dos judeus, enquanto que, no Novo Testamento ele é o protetor dos filhos de Deus e de sua Igreja, já que até a segunda vinda do Senhor estaremos em luta espiritual contra os vencidos, que querem nos fazer perdedores também. “Houve então um combate no Céu: Miguel e seus anjos combateram contra o dragão. Também o dragão combateu, junto com seus anjos, mas não conseguiu vencer e não se encontrou mais lugar para eles no Céu”. (Apocalipse 12,7-8)
São Gabriel Arcanjo
O nome deste Arcanjo, citado duas vezes nas profecias de Daniel, significa “Força de Deus” ou “Deus é a minha proteção”. É muito conhecido devido a sua singular missão de mensageiro, uma vez que foi ele quem anunciou o nascimento de João Batista e, principalmente, anunciou o maior fato histórico: “No sexto mês, o anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galiléia, chamada Nazaré… O anjo veio à presença de Maria e disse-lhe: ‘Alegra-te, ó tu que tens o favor de Deus’…” a partir daí, São Lucas narra no primeiro capítulo do seu Evangelho como se deu a Encarnação.
São Rafael Arcanjo
Um dos sete espíritos que assistem ao Trono de Deus. Rafael aparece no Antigo Testamento no livro de Tobit. Este arcanjo de nome “Deus curou” ou “Medicina de Deus”, restituiu à vista do piedoso Tobit e nos demonstra que a sua presença, bem como a de Miguel e Gabriel, é discreta, porém, amiga e importante.“Tobias foi à procura de alguém que o pudesse acompanhar e conhecesse bem o caminho. Ao sair, encontrou o anjo Rafael, em pé diante dele, mas não suspeitou que fosse um anjo de Deus” (Tob 5,4).
São Miguel, São Gabriel e São Rafael, roguem por nós!

Fonte: Canção Nova

sexta-feira, 23 de setembro de 2016

Crença do Padre Pio em Garabandal

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Padre Pio com Joey Lomangino
Quando o insuperável apóstolo Joey Lomangino estava em San Giovanni Rotondo na época dos eventos em Garabandal, ele relata uma parte importante de seu encontro com o santo entigmatizado: "Quando nos ajoelhamos eu lhe disse: "Padre Pio, é verdade que a Virgem está aparecendo para as quatro meninas de Garabandal?" 
E ele disse: "Sim." Nós dissemos, "Padre Pio podemos ir para lá? Ele disse: "Sim, por que não?" E foi assim que aconteceu. Porque eu recebi a garantia de Padre Pio que a Virgem estava aparecendo e que ele me permitiu ir, então eu não estava com medo e eu fui."
* Do livro "A Hora Final", página 141:
Sobre o tema da crença do Padre Pio em Garabandal:
"Perguntado em outra ocasião sobre a sua autenticidade, ele respondeu secamente:
"Quantas vezes ela deve aparecer lá para ser acreditada?"
Entregaram um livro sobre Garabandal, Padre Pio olhou fixamente para a capa e como que "por acaso", abriu na página com a última mensagem mundial: " A taça está transbordando..." Parte da mensagem de 18 junho,1965. Ele então fechou o livro e abençoou-o.
Para Conchita foi dada uma carta pelo Padre Frei Bernardino Cennamo, o Superior da Ordem dos Capuchinhos, na qual ele disse que o Padre Pio contou-lhe que tinha visto o "Grande Milagre" (que ocorrerá na região dos Pinheiros em Garabandal pouco depois do Aviso). Ele também enviou-lhe o véu branco que cobriu seu rosto no funeral.
Conchita relata: "Eu tive o véu na minha frente, como eu estava escrevendo mais tarde naquela noite, quando de repente toda a sala se encheu com a fragrância, um perfume tão forte que eu comecei a chorar.
" Não é sem significado que PADRE PIO deve ser IRREVOGAVELMENTE ligado as aparições e o conteúdo de GARABANDAL.
* Do livro "Trovão da Justiça" página 163:
Um incidente que confirma a crença de Padre Pio em Garabandal ocorreu no início de 1966. Conchita, que tinha apenas 16 anos de idade, foi visitar Roma com sua mãe (Dona Aniceta) e o Padre Luna Luna. Ela tinha sido convidada pelo Cardeal Ottaviani, Prefeito da Sagrada Congregação para a Doutrina da Fé onde teve audiência especial com o (agora beato) Papa Paulo VI. Depois, saindo de Roma, Conchita pediu para irem a San Giovanni Rotondo, ela se encontrou reservadamente com o Padre Pio. Nesta ocasião, ele pegou a mão de Conchita e seu crucifixo que Nossa Senhora tinha beijado em Garabandal e segurou os dois em suas próprias mãos. Este crucifixo também tinha passado pelas mãos do Menino Jesus, durante a aparição de 13 novembro 1965, em Garabandal numa aparição nos Pinheiros.
Padre Pio também deu para Conchita uma de suas meia luvas ensanguentadas pelo sangue dos estigmas, presente que Conchita guarda até hoje com muito zelo e amor em sua casa acondicionado dentro de um quadro vitral.
* Mais uma comprovação do Padre Pio sobre Garabandal:
Padre Pio confirma a veracidade das aparições em Garabandal a um doutorado numa confissão. Foi para Joachim Bouflet, phd, em julho de 1968. Padre Pio lhe disse: "Ore a Nossa Senhora. Consagre-se à Virgem do Carmelo". "Sim Padre, peço a Nossa Senhora do Monte Carmelo. Quanto a isso, eu gostaria de se tornar um carmelita." Ele não fez comentários sobre isso, mas repetido com insistência: "Consagre-se à Virgem do Carmelo, que apareceu em Garabandal."
Bouflet: "Então é verdade?"
Padre Pio: "Sim é verdade!"
Enquanto ele estava vivo aqui na terra, o mesmo Padre Pio garantia a autenticidade das aparições da Virgem. Ele se encontrou com Conchita, em San Giovanni Rotondo, conforme já mencionado e mesmo durante os últimos dias de sua vida, ele falou sobre isso aos seus irmãos na vida religiosa e deixou uma mensagem pessoal para que todos acreditassem nos apelos da Virgem nas aparições de Garabandal..."
Fr. Pelletier - "Nossa Senhora vem a Garabandal" página 219
São muitíssimos os testemunhos de fiéis, sacerdotes e religiosos do alto Clero que atestaram a crença do Padre Pio nos eventos impactantes e sobrenaturais de Garabandal.
Até os dias de hoje os peregrinos que visitam o "Solo Sagrado" (assim designado pela própria Virgem) de Garabandal, atestam surpreendentes intervenções do Padre Pio na pequena e abençoada aldeia de camponeses espanhóis.
Destaco uma que é mais recente e tem um caráter realmente surpreendente:
Há pouco tempo atrás uma festinha de aniversário infantil ocorria na aldeia de Garabandal e depois as crianças subiram aos Pinheiros pela "Calleja" (trilha pedregosa que conduz a colina de Los Pinos) e 
chegando lá elas se encontraram com um Frei muito sorridente. 

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Imagem de Nossa Senhora no bosque dos pinheiros 'los pinos ' de Garabandal

As crianças demoravam para retornar e já começava a escurecer, algumas mães começaram a chamar em voz alta seus filhos(as) e logo depois de um tempo elas retornaram radiante. 
Mas esta alegria das crianças não parecia ser normal e alguém perguntou o porquê deste feliz alvoroço. Elas disseram que tinha um Frei lá nos Pinheiros que contou muitas coisas a respeito do local, de como era um local sagrado e importante e também que Jesus faria ainda ali um Milagre muito grandioso etc e sempre muito alegre. E perguntaram para as crianças se elas tinham conhecimento do nome deste Frei (pois é normal franciscanos visitarem a aldeia justamente pela crença que herdaram do Padre Pio), mas uma criança respondeu que nem se lembraram de perguntar o nome. E outra mãe replica:
"Mas não perguntaram se ele voltaria?"
"Sim isto perguntamos e ele respondeu que sempre está presente com todos que sobem a Calleja e vão rezar nos Pinheiros..."
Esta foi uma resposta enigmática e ao mesmo tempo comprovadora de que era mais uma visita do Padre Pio no bosque de "Los Pinos" na colina de Garabandal.
Depois viram um quadro do Padre Pio, que existe até hoje na Pousada da Amália (irmã da vidente Mari Loli e testemunha ocular desde o início dos eventos públicos) e disseram as crianças:
"Era aquele Frei que estava conosco!"
Por fim, destacamos entre tantos fatos envolvendo a ligação estreita do Padre Pio e Garabandal a última frase da famosa carta que o santo estigmatizado escreveu para as meninas visionárias em 3 de março de 1962:
"Aconselho-vos a rezar e fazer os outros rezarem, porque o mundo está no caminho da perdição. Eles não acreditam em vocês ou nas suas conversas com a Senhora de Branco agora, mas eles vão acreditar quando será demasiado tarde..."
Santo Padre Pio de Pietrelcina: "Consagre-se à Virgem do Carmelo que apareceu em Garabandal."
Oração: " Padre Pio intercedei por nós para que possamos ser menos indignos das graças que o Senhor Jesus e a Virgem Santíssima derramam diariamente sobre nós! Rogai para que triunfe o bem em todas as situações e provações nas quais estejamos passando! Também rezai por nós para que saibamos valorizar as mensagens e as preciosas advertências maternas que Nossa Senhora forneceu em Garabandal! Ajude-nos para que saibamos nos ajudar, sempre recorrendo a oração do Rosário, ao Jejum e a vida Sacramental! Querido Padre Pio auxilia-nos para estarmos adequadamente aptos ao passar pelo período mais intenso do caos mundial que acontecerá antes do Aviso e o Milagre! Amém! "
São Padre Pio de Pietrelcina rogai por nós! Amém!

Meia luva ensanguentada pelos estigmas que Conchita ganhou do Padre Pio... ela guarda com zelo e muito amor em sua casa

Fonte: https://www.facebook.com/groups/493384927454115/985201761605760/?notif_t=group_activity&notif_id=1474653820580225

23 de Setembro - Dia de São Pio de Pietrelcina

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Padre Pio de Pietrelcina tinha como nome de batizado Francesco Forgione. Ele nasceu no vilarejo de Pietrelcina, próximo à cidade de Benevento, Itália, em 25 de maio de 1887. Era filho de Grazio Forgione e Maria Giuseppa de Nunzio e tinha seis irmãos.
Desde criança manifestou interesse pelas coisas de Deus. Não faltava às Missas e orações. Ainda menino mostrava grande admiração por Nossa Senhora e Jesus, tornando-se também amigo do seu Anjo da Guarda. Francesco recorria a ele muitas vezes pedindo ajuda no seu caminho de viver o Evangelho. Não é à toa que, mais tarde, Padre Pio exortava os fiéis a pedirem ajuda ao anjo da guarda. Ele sabia que o que os anjos mais querem é conduzir seus “guardados” para Deus. Por isso, dizia, a intimidade de cada um com seu anjo da guarda é de grande importância.

Vida religiosa e ordenação de Padre Pio

Aos 15 anos, em 1902, entrou no noviciado da ordem dos Capuchinhos em Morcone. Nessa ocasião adotou o nome de "frei Pio". Quando terminou o noviciado, frei Pio fez os votos simples, em 1904. Em 1907 professou os votos solenes. Fez, então, os estudos clássicos e a filosofia. Depois, foi ordenado sacerdote em 10 de agosto de 1910, no Duomo de Benevento.

O sacerdócio de Padre Pio

Em 1916, Padre Pio foi para o convento de San Giovanni Rotondo, onde viveu toda a sua vida. Ele tinha grande compaixão pelo sofrimento das pessoas. Por isso, logo percebeu que sua missão sacerdotal era a de acolher em si o sofrimento do povo, como uma espécie de catalizador. A confirmação disso foram os estigmas de Cristo que Padre Pio recebeu em seu próprio corpo e que duraram mais de 50 anos. Parece que, através do padre Pio, Deus queria aliviar o sofrimento do seu povo. E, de fato, todos os que o procuravam saiam reconfortados.

Maravilhas no sacramento da confissão

Padre Pio de Pietrelcina entregou-se inteiramente ao Ministério da Confissão. Ele sabia que esta é uma das maneiras mais eficientes e maravilhosas que Jesus Cristo deixou para aliviar os sofrimentos do coração e libertar das garras do Demônio. Por isso, Padre Pio passava até 14 horas por dia no confessionário. Em muitos casos, quando o fiel não tinha coragem de confessar um pecado grave, Padre Pio o revelava por inspiração divina. Isso ajudava muito dos fiéis se libertarem de seus males. Aliás, por isso, Padre Pio sofreu ataques terríveis do maligno: foi torturado, tentado e testado muitas vezes, mas não esmoreceu.

Oração e ação

Padre Pio queria aliviar não somente o sofrimento espiritual das pessoas, mas também o sofrimento físico. Por isso, teve a inspiração de construir um grande hospital, que ele deu o nome de "Casa Alívio do Sofrimento". Esta obra maravilhosa tornou-se referência em toda a Europa.

A espiritualidade que se espalha

Atendendo a um pedido do Papa, Padre Pio criou os Grupos de Oração, com o objetivo de aliviar os horrores causados pela Segunda Guerra Mundial no coração das pessoas. Esses grupos se tornaram células catalizadoras do amor e da paz de Deus num mundo cheio de sofrimento.

Falecimento

Quando os grupos de oração celebraram 50 anos, reuniu-se uma grande multidão em San Giovanni Rotondo, para uma Missa comemorativa. Esta foi a última Missa e a última vez que os filhos espirituais do Padre Pio o viram. Na madrugada de 23 de setembro de 1968, na sua cela conventual, Padre Pio entregou seu espírito. Faleceu com fama de santidade e deixou uma multidão de pessoas que se tornaram seus devotos e filhos espirituais nos incontáveis e grandes grupos de oração que se multiplicaram por todo o mundo.

Devoção a Padre Pio de Pietrelcina

A fama de santidade de Padre Pio tornou-se cada vez maior após sua morte. Esse é um dos requisitos para que se inicie um processo de canonização. Além disso, muitos fiéis testemunharam terem alcançado graças pela intercessão de Padre Pio. Por isso, o processo de canonização do Padre Pio começou em 1982. Padre Pio foi beatificado em 2 de maio de 1999 e canonizado em 16 de junho de 2002, pelo Papa João Paulo II. Dali em diante, passou a ser chamado São Pio de Pietrelcina e sua festa litúrgica é comemorada todos os anos no dia 23 de setembro.

Os sinais dos milagres de Padre Pio

Além dos estigmas que tiveram duração de 50 anos, existem vários relatos atestando que Padre Pio tinha o dom da bilocação. Entre os tantos milagres atribuídos à sua intercessão está a cura de uma criança chamada Matteo Pio Colella. Sobre ele se desenrolou todo processo de canonização do Padre Pio.

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Padre Pio com seus estigmas

Os Papas reconhecem a santidade de Padre Pio

Papa Bento XV disse sobre ele: "Padre Pio é um daqueles homens extraordinários que Deus envia de vez em quando à terra para converter os homens".
Papa Paulo VI: "Veja que fama ele alcançou! Quanta gente de todo o mundo ele reuniu em torno de si! Mas por quê? Por que era um filósofo? Por que era um sábio? Por que dispunha de meios? Não, mas porque rezava a Missa humildemente, confessava de manhã à noite; era, difícil de dizer, representante estampado dos estigmas de Jesus. Era um homem de oração e de sofrimento."
Papa João Paulo II: "Padre Pio foi um generoso dispensador da misericórdia divina, sobretudo através do sacramento da Penitência. O ministério do confessionário atraía numerosas multidões de fiéis. Mesmo quando ele tratava os peregrinos com severidade aparente, eles, tomando consciência da gravidade do pecado e arrependendo-se sinceramente, voltavam quase sempre atrás para o abraço pacificador do perdão sacramental?.

Exumação e exposição pública

A exumação do corpo incorrupto de Padre Pio aconteceu no dia 20 de abril de 2008 e no mesmo dia foi exposto para o público na cripta da Igreja de Santa Maria das Graças, em San Giovanni Rotondo. Padre Pio pode ser considerado o Apóstolo do Sacramento da Confissão. Através deste sacramento aconteceram grandes milagres de cura de corações feridos e conversões.

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Corpo incorrupto do Padre Pio


Fonte: http://www.cruzterrasanta.com.br/historia-de-padre-pio-pietrelcina/52/102/

segunda-feira, 19 de setembro de 2016

19 de Setembro - Dia de Nossa Senhora de La Salette


Em sua aparição em La Salette, Nossa Senhora deixou uma mensagem que diz muito da realidade que vivemos em nosso tempo.

Num primeiro momento, Nossa Senhora fala da infidelidade de muitas almas consagradas a Deus: “Os sacerdotes, ministros de meu Filho, pela sua má vida, sua irreverência e impiedade na celebração dos santos mistérios, pelo amor do dinheiro, das honrarias e dos prazeres, tornaram-se cloacas de impureza. Sim, os sacerdotes atraem a vingança e a vingança paira sobre suas cabeças. Ai dos sacerdotes e das pessoas consagradas a Deus, que pela sua infidelidade e má vida crucificam de novo meu Filho! Os pecados das pessoas consagradas a Deus bradam ao Céu e clamam por vingança. E eis que a vingança está às suas portas, pois não se encontra mais uma pessoa a implorar misericórdia e perdão para o povo. Não há mais almas generosas, não há mais ninguém digno de oferecer a vítima imaculada ao [Pai] Eterno em favor do mundo”.Nossa Senhora confiou uma mensagem aos videntes Maximin Giraud e Mélanie Calvat, em sua aparição em La Salette, na França, em 19 de Setembro de 1846. No início da aparição, ambos viram a Santíssima Virgem sentada sobre uma enorme pedra. Ela tinha o rosto entre as mãos e chorava amargamente. As duas crianças foram até a Bela Senhora, que não parava de chorar. A Virgem Maria explicou a Maximin e a Mélanie que chorava pelos pecados da humanidade e que deveríamos rezar para que o braço de seu Filho Jesus não pesasse sobre a Terra. Além, da mensagem, confiada aos dois videntes, pedindo oração e penitência pela humanidade, a Mãe de Deus confiou a Mélanie um segredo, que deveria ser revelado somente em 1858. Em 1852, o Papa Pio IX aprovou a aparição e reconheceu a origem celeste da mensagem. O Papa Leão XIII também reconheceu e apoiou a mensagem de La Salette e o Papa João Paulo II considerou-a como “o coração das profecias de Maria”.

Os visionários Maximin e Mélanie

Depois, a Virgem Maria profetiza sobre a família e a sociedade e quais os males que se seguirão. Destas profecias, apresentamos aquelas que são mais significativas e que dizem respeito também ao nosso tempo: “Os chefes, os condutores do povo de Deus negligenciaram a oração e a penitência. E o demônio obscureceu suas inteligências. Transformaram-se nessas estrelas errantes, que o velho diabo arrastará com sua cauda para fazê-las perecer. […] Os maus livros abundarão sobre a Terra, e os espíritos das trevas espalharão por toda parte um relaxamento universal em tudo o que se refere ao serviço de Deus. […] Deus vai golpear de modo inaudito. Ai dos habitantes da Terra. Deus vai esgotar sua cólera, e ninguém poderá fugir a tantos males acumulados. […] Toda ordem e toda justiça serão calcados aos pés. Não se verá outra coisa senão homicídios, ódio, inveja, mentira e discórdia, sem amor pela pátria e sem amor pela família. […] Os governantes civis terão todos um mesmo objetivo, que consistirá em abolir e fazer desaparecer todo princípio religioso para dar lugar ao materialismo, ao ateísmo, ao espiritismo e a toda espécie de vícios. […] Os maus estenderão toda sua malícia. Até nas casas as pessoas matar-se-ão e massacrar-se-ão mutuamente. […] Os justos sofrerão muito. Suas orações, sua penitência e suas lágrimas subirão até o céu e todo o povo de Deus pedirá perdão e misericórdia. E pedirá minha ajuda e intercessão”.

Fonte: http://blog.cancaonova.com/tododemaria/a-mensagem-de-nossa-senhora-de-la-salette/

quinta-feira, 15 de setembro de 2016

As aparições de Kibeho e as Dores de Maria

Nossa Senhora de Kibeho

Nas suas aparições em Kibeho, na África, Nossa Senhora pediu que o Terço das Sete Dores fosse reintroduzido em todo o mundo.
O Terço das Sete Dores de Nossa Senhora, que também é conhecido como Coroa das Sete Dores, ou ainda como Rosário das Sete Dores, faz parte da tradição da Igreja desde a Idade Média, mas tornou-se mais conhecido em todo o mundo a partir de 1981, depois das aparições marianas de Kibeho, que fica em Ruanda, no coração da África. Estas aparições de Nossa Senhora a sete jovens foram fartamente documentadas com fotos, vídeos, áudios e acompanhadas e estudadas por médicos e teólogos, que atestaram o caráter sobrenatural destas. Diante dessas evidências, a Igreja local deu seu parecer favorável à devoção a Nossa Senhora de Kibeho e autorizou a construção de uma igreja a ela dedicada. Quase vinte anos depois, em 21 de junho de 2001, a Santa Sé deu seu parecer favorável às aparições de Kibeho. Em 31 de Maio de 2003, foi dedicada a ela uma igreja, que hoje é o Santuário de Nossa Senhora das Dores, em Kibeho, exatamente no local das primeiras aparições. Atualmente, o Santuário continua recebendo, todos os anos, milhares de peregrinos de todo o mundo.
A mensagem de Santíssima Virgem em Kibeho tem como essência a penitência e a conversão, como preparação para a segunda vinda de seu filho Jesus Cristo. Esta mensagem da Mãe de Deus torna-se ainda mais significativa para nós neste tempo Quaresmal, no qual somos chamados igualmente à penitência e à mudança de vida. Como em outras aparições, em Kibeho, Nossa Senhora pediu insistentemente que rezássemos o Rosário. No entanto, ela pediu também que rezemos o Terço das Sete Dores, meditando os seus sofrimentos, não somente na Quaresma, mas em todos os tempos litúrgicos da Igreja. Às pessoas que rezarem com fidelidade e devoção este Terço, a Virgem Maria prometeu milagres e graças especiais.
O sofrimento de Nossa Senhora e o Terço das Sete Dores
Nossa Senhora apresentou-se a sob o título de Mãe do Verbo, ou Mãe da Palavra, mas também se apresentou, triste e chorosa, como Mãe das Dores. Nos dias de sua vida terrena, a Virgem Maria passou por inúmeros sofrimentos, desde o nascimento de seu filho Jesus até a Sua morte na cruz. No entanto, em Kibeho, Nossa Senhora aparece lacrimosa, como Mãe das Dores, porque continua a sofrer, desta vez por causa de todos nós, seus filhos. Ela sofre por todos os seus filhos, em todos os tempos, mas tem sofrido amargamente em nosso tempo, pelos nossos sofrimentos, pelos nossos pecados, especialmente por aquelas pessoas que estão no caminho da perdição eterna, no Inferno.
No Terço das Sete Dores, ensinado por Nossa Senhora, ela pede que a invoquemos com o título de Mãe de Misericórdia. Este título diz muito do coração compassivo e misericordioso da Virgem Maria, que muito tem a comunicar a nós neste Ano da Misericórdia. Por isso, invoquemos com confiança a Virgem Maria, sob o título de Mãe de Misericórdia, especialmente no Terço das Sete Dores.
Numa de suas aparições, Nossa Senhora confiou à jovem vidente Marie-Claire Mukangango a missão de reintroduzir no mundo esta devoção especial. Em obediência ao pedido da Santíssima Virgem, Marie-Claire viajava longas distâncias para ensinar o Terço das Sete Dores a milhares de pessoas, que também o ensinaram a outras milhares. “Este Terço rememora as sete maiores dores sofridas pela Virgem Maria – ainda que com amor e compaixão – durante a vida, a provação e a morte agonizante de seu filho, Jesus Cristo. Ele é especialmente valioso para o coração imaculado da Santíssima Mãe e ela quer que o rezemos o máximo que pudermos”.

Três visionárias de Nossa Senhora: Alphonsine, Marie-Claire e Nathalie

O poder espiritual do Terço das Sete Dores de Nossa Senhora
Nas suas aparições em Kibeho, Nossa Senhora revelou que esse Terço tem um grande poder espiritual, que é oferecido a quem o reza com fidelidade. “Ela prometeu que o Terço, quando rezado de coração aberto e contrito, nos garante o perdão de Deus quanto aos nossos pecados e liberta as nossas almas da culpa e do remorso”. Além disso, a Virgem Maria prometeu que, ao longo do tempo, o Terço faria com que se desenvolvesse dentro de nós a compreensão de por que nós pecamos. Essa compreensão nos daria a sabedoria e a força para alterar ou remover completamente qualquer vício interior, fraqueza de caráter ou problemas de personalidade que tivermos, que forem motivos de infelicidade por nos manter sempre distantes de gozar a alegria da vida que Deus quer que vivamos.
O Terço das Sete Dores tem todo o poder que necessitamos para mudar as nossas vidas para melhor, alcançar a paz e a felicidade, realizar as nossas potências e sonhos, e nos aproximar da luz de Deus. “Numa das aparições que fez a Marie-Claire, a Virgem Santíssima sugeriu que o Terço fosse rezado sempre que possível, mas especialmente nas terças e sextas-feiras: terça-feira porque foi o dia que Maria apareceu a Maria-Claire pela primeira vez; sexta-feira porque foi o dia que o Cristo foi crucificado. A Santa Virgem também afirma que o Terço das Sete Dores é um complemento – e de maneira alguma um substituto – ao Terço tradicional”.
Assista vídeo da Fundação Pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre sobre “Nossa Senhora em Kibeho, Ruanda”:
Como rezar o Terço das Sete Dores de Nossa Senhora
O Terço das Sete Dores, ou Coroa das Sete Dores, de Nossa Senhora tem várias fórmulas consagradas há séculos na tradição da Igreja. Entretanto, o Terço das Sete Dores propagado a pedido de Nossa Senhora de Kibeho tem uma particularidade: quem o ensinou foi a própria Virgem das Dores. “O que se segue é uma descrição desse maravilhoso Terço que a própria Virgem Maria ensinou pessoalmente a Marie-Claire, em Kibeho. Ele pode ser rezado em voz alta ou em silenciosa contemplação; pode ser rezado sozinho ou em companhia; o que importa é que todas as orações, reflexões e meditações venham sempre das áreas mais profundas do coração.
Falo por experiência que você jamais se arrependerá de aprender a rezar esse poderoso Terço e logo perderá a conta das tantas graças que receberá por tê-lo introduzido em sua vida. Tenho a esperança que um maior número de pessoas – mais do que jamais houve – venha logo a saber o quão extraordinário é esse Terço.
Note que não é necessário ter um terço especial para rezar essas orações. […] No entanto, é imprescindível que, a cada mistério doloroso que alcançar, você tome alguns momentos para meditar a magnitude do sofrimento de Maria – e na força do seu amor”

Santuário de Nossa Senhora das Dores em Kibeho

Terço das Sete Dores de Nossa Senhora
Inicia-se o Terço com o sinal da cruz: em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Amém.
Oração Introdutória: “Ó Deus e Senhor meu, eu vos ofereço este Terço para a Vossa glória, para que sirva para honrar a Vossa Santa Mãe, a Virgem Maria, e para que eu a possa compartilhar e meditar os seus sofrimentos. Humildemente eu vos peço: concedei-me o arrependimento verdadeiro de meus pecados e dai-me a sabedoria e a humildade necessárias para que eu receba todas as indulgências concedidas por essas orações.
Ato de Contrição: Senhor meu Jesus Cristo, Deus e homem verdadeiro, Criador e Redentor meu: por serdes Vós quem sois, sumamente bom e digno de ser amado sobre todas as coisas, e porque Vos amo e estimo, pesa-me, Senhor, de todo o meu coração, de Vos ter ofendido; pesa-me também de ter perdido o Céu e merecido o Inferno; e proponho firmemente, ajudado com o auxílio da Vossa divina graça, emendar-me e nunca mais Vos tornar a ofender. Espero alcançar o perdão de minhas culpas pela Vossa infinita misericórdia”.
Reza-se três Ave-Marias.
1. Mistério da Primeira Dor de Maria: a profecia de Simeão:
Jaculatória: “Ó Mãe de Misericórdia, lembrai-nos sempre das dores de vosso filho, Jesus Cristo”.
Meditação: “A Santa Virgem Maria levou Jesus ao Templo de Jerusalém, como mandava a tradição que dizia que todos os recém-nascidos deveriam ser abençoados no Templo perante Deus. Lá, o velho sacerdote Simeão segurou o menino Jesus em seus braços e o Espírito Santo encheu o seu coração. Simeão então reconheceu Jesus como o Salvador prometido e elevou a criança na direção do Céu, dando graças e louvor a Deus por ter cumprido a promessa que Ele havia feito a Simeão – a de que ele viveria o suficiente para ver o Messias.
‘Eis que agora Vosso servo pode deixar em paz esta vida, meu Senhor’, disse ele. Então, ele olhou para Maria e disse: ‘E tu, mulher, uma espada de dor irá transpassar teu coração por conta do sofrimento que deve recair sobre o teu filho’.
A Santíssima Virgem sabia que havia dado à luz o Salvador da humanidade, então ela compreendeu e aceitou imediatamente a profecia de Simeão. Por mais que seu coração tivesse sido tocado profundamente pela graça de ser portadora do menino Jesus, ele permanecia pesado e atormentado, afinal ela sabia o que havia sido escrito a respeito das provações e subsequente morte do Salvador. Sempre que via seu filho, ela era constantemente relembrada dos sofrimentos aos quais ele seria submetido, até que esse sofrimento tornou-se inerente ao dela.
Oração: Querida Mãe Maria, cujo coração padeceu além da conta por nós, ensinai-nos a sofrer como vós sofrestes e, através do amor, a aceitar todo sofrimento pelo qual Deus considerar necessário que passemos. Que nós soframos, e que nosso sofrimento possa ser reconhecido por Deus somente, como o foi o vosso e o de vosso filho, Jesus. Não deixai que demonstremos o nosso sofrimento ao mundo, para que assim ele valha mais e possa ser usado para reparar os pecados de todos. A vós, ó Mãe, que sofrestes com o Salvador, nós oferecemos nosso sofrimento e o do mundo, por sermos todos filhos vossos. Uni nossas dores às vossas e às de Nosso Senhor Jesus Cristo e então oferecei-as a Deus nosso pai, para que Ele as reconheça – vós que sois a Mãe maior de tudo o que há.
De vós me compadeço, ó Mãe Dolorosa, pela dor que o vosso terno coração sentiu com a profecia do velho santo Simeão. Ó Mãe querida, pelo vosso tão aflito coração, concedei-me a virtude da humildade e o dom salutar do temor de Deus. Amém”.
Reza-se um Pai-Nosso e sete Ave-Marias.
2. Mistério da Segunda Dor de Maria: a fuga para o Egito:
Reza-se a jaculatória: Ó Mãe de Misericórdia, lembrai-nos sempre das dores de vosso filho, Jesus Cristo.
Meditação: “O coração de Maria se partiu e suas perturbações só aumentaram quando José lhe contou as palavras do anjo: eles deveriam levantar imediatamente e partir para o Egito, porque o rei Herodes estava à procura de Jesus para matá-lo. A Santa Virgem não teve nem tempo para decidir o que levar e o que deixar; ela pegou seu filho e deixou todo o resto, saindo às pressas, à frente de José, para que fossem rápidos conforme Deus havia pedido. Ela, então, disse: ‘Ainda que Deus tenha poder sobre tudo, Ele quer que fujamos com Jesus, Seu filho. Deus nos mostrará o caminho e nós chegaremos lá sem que o inimigo nos acompanhe’.
Por ser a mãe de Jesus, a Virgem Santíssima o amava mais do que qualquer outra pessoa. Seu coração se perturbava profundamente só de pensar no incômodo de seu filho e, portanto, ela sofreu muito por ele ter passado frio e temor. Enquanto ela e seu marido estavam cansados, com sono e com fome durante a viagem de fuga, o pensamento de Maria sempre se focava na segurança e no conforto de seu filho. Ela temia se encontrar cara a cara com os soldados ordenados para matar Jesus, afinal ela sabia que o inimigo ainda estava em Belém. Seu coração permaneceu angustiado durante toda a fuga. Ela também sabia que, no lugar para o qual estavam indo, eles não encontrariam rostos amigáveis que os dessem boas-vindas.
Oração: Querida Mãe Maria, que tanto sofrestes, dai-nos o vosso coração tão valente. Dai-nos força para que sejamos também corajosos e aceitemos com amor os sofrimentos que Deus colocar em nosso caminho. Ajudai-nos também a aceitar todo sofrimento que a nós mesmos sujeitamos e que nos são infligidos por outros. Ó Mãe do Céu, vós somente purifiqueis o nosso sofrimento, para que sejamos gratos a Deus e tenhamos salvas as nossas almas.
De vós me compadeço, ó Mãe Dolorosa, pela angústia que o vosso sensibilíssimo coração experimentou com a fuga para o Egito e a permanência naquela terra estranha. Mãe querida, pelo vosso coração tão angustiado, alcançai-me a virtude da liberalidade, especialmente com os pobres, e o dom da piedade. Amém”.
Reza-se um Pai-Nosso e sete Ave-Marias.
3. Mistério da Terceira Dor de Maria: a perda de Jesus no Templo:
Reza-se a jaculatória: Ó Mãe de Misericórdia, lembrai-nos sempre das dores de vosso filho, Jesus Cristo.
Meditação: “Jesus é o único filho gerado por Deus, mas ele foi também filho de Maria. A Virgem Santíssima amou Jesus mais do que ela mesma, porque ele era Deus. Comparado a outras crianças, ele era único justamente porque já vivia como Deus. Quando Maria perdeu Jesus, na volta de Jerusalém, o mundo fez-se tão vasto e fez dela tão solitária que ela sentiu que não poderia continuar vivendo sem ele, tão grande era seu sofrimento (ela sentiu a mesma dor que seu filho sentiu mais tarde, quando seus discípulos o abandonaram durante sua Paixão).
Enquanto procurava ansiosamente por seu filho amado, uma dor profunda atravessava o coração da Santa Mãe. Ela se culpava, se perguntava como tinha sido possível que não tivesse tido mais cuidado com ele. Mas não era culpa dela; Jesus não mais precisava de sua proteção, como até então havia precisado. O que doía mesmo em Maria era o fato de que seu filho havia decidido ficar sem o consentimento dela. Jesus havia agradado a ela em tudo: nunca a havia irritado de forma alguma e nem tinha feito desfeita alguma para com os seus pais. No entanto, ela sabia que ele sempre fazia aquilo que era necessário e, portanto, nunca suspeitou de sua obediência.
Oração: Querida Mãe Maria, ensinai-nos a aceitar todos os nossos sofrimentos por conta de nossos pecados e também para que sirvam de reparação pelos pecados do mundo.
De vós me compadeço, ó Mãe Dolorosa, pela tristeza e inquietação que o vosso coração sofreu com a perda do vosso amado Jesus. Mãe querida, pelo vosso coração tão vivamente agitado, alcançai-me a virtude da castidade e o dom da ciência. Amém”.
Reza-se um Pai-Nosso e sete Ave-Marias.
4. Mistério da Quarta Dor de Maria: o encontro com Jesus a caminho do Calvário:
Reza-se a jaculatória: Ó Mãe de Misericórdia, lembrai-nos sempre das dores de vosso filho, Jesus Cristo.
Meditação: “Maria viu Jesus carregar a pesada cruz sozinho – a mesma na qual ele seria crucificado. Isso não surpreendeu a Virgem Santa porque ela já sabia da morte iminente de Nosso Senhor. Vendo que seu filho já estava quase abatido pelos inúmeros e duros golpes dos soldados, ela se enchia de angústia com a sua dor.
Os soldados continuavam a puxá-lo e a apressá-lo, ainda que ele não tivesse forças sobrando. Ele caiu, exausto, incapaz de se reerguer. Naquele momento, os olhos de Maria, que tanto já haviam se enchido de amor e compaixão, encontraram os dele, cheios de dor e cobertos de sangue. Seus corações, parecia, dividiam o fardo: toda dor que ele sentia, ela sentia também. Eles sabiam que não podiam fazer nada, a não ser esperar e acreditar em Deus e dedicar seus sofrimentos a Ele. Tudo que podiam fazer era colocar tudo nas mãos de Deus.
Oração: Querida Mãe Maria, tão arrasada pela dor, ajudai-nos a suportar nossos sofrimentos com amor e coragem, para que possamos aliviar o vosso coração pesaroso e também o de Jesus, vosso filho. Ao fazê-lo, que possamos glorificar Deus por ter nos dado Jesus, Seu filho amado, e também vós, ó Santa Mãe. Ensinai-nos a sofrer paciente e silenciosamente, como vós sofrestes. Concedei a graça de amar Deus em tudo. Ó Mãe Dolorosa, a mais aflita dentre todas as mães, tende piedade de nós, pecadores do mundo inteiro.
De vós me compadeço, ó Mãe Dolorosa, pela consternação que do vosso maternal coração se apoderou quando encontrastes Jesus com a pesada cruz a caminho do Calvário. Mãe querida, pelo vosso coração tão duramente provado, alcançai-me a virtude da paciência e o dom da fortaleza. Amém”.
Reza-se um Pai-Nosso e sete Ave-Marias.
5. Mistério da Quinta Dor de Maria: aos pés da cruz.
Reza-se a jaculatória: Ó Mãe de Misericórdia, lembrai-nos sempre das dores de vosso filho, Jesus Cristo.
Meditação: “A Santíssima Virgem Maria continua a subir o monte do Calvário, seguindo de perto a Jesus, dolorosa e tristemente, embora sofresse em silêncio. Ela pôde vê-lo cambaleando e caindo com a cruz mais algumas vezes, e testemunhou seu filho sendo golpeado impiedosamente pelos soldados, que o puxavam pelo cabelo para que ficasse novamente em pé.
Além de ser inocente, Jesus, quando chegou ao topo do Calvário, foi ordenado a se manifestar perante a multidão, para que pudessem rir dele. Maria sentiu profundamente a dor e a humilhação de seu filho, particularmente quando seus opressores forçaram-no a despir o que havia sobrado de sua roupa. A Santa Mãe teve dores no coração ao ver aqueles tiranos crucificarem seu filho praticamente nu, envergonhando-o terrivelmente apenas para agradar a multidão zombeteira (ele e Maria sentiam mais vergonha do que as pessoas normais, porque eram santos e não conheciam o pecado).
A abençoada Virgem Maria sentiu uma dor insuportável quando Jesus foi estirado na cruz. Seus assassinos cantavam alegremente enquanto se aproximavam dele com martelos e pregos. Sentaram-se em cima dele, para que não pudesse se mover, enquanto o fincavam na cruz. Ao martelarem em suas mãos e pés, Maria sentiu os golpes em seu coração; os pregos perfuraram também a sua carne enquanto rasgavam o corpo de seu filho. Ela sentia a própria vida se desvanecendo.
Quando os soldados ergueram a cruz para encaixá-la no buraco que haviam cavado, eles empurraram-na para que caísse deliberadamente e, assim, fizesse com que o peso do corpo de Jesus rasgasse ainda mais suas mãos e expusesse seus ossos. A dor trespassou seu corpo como fogo líquido. Ele suportou três excruciantes horas pregado à cruz, mas a dor física que sentia não era nada comparada à dor agonizante que sentia no coração por ser obrigado a ver que sua mãe assistia ao seu sofrimento de perto. Misericordiosamente, ele então morre.
Oração: Querida Mãe Maria, Rainha dos Mártires, dai-nos a coragem que tivestes durante todo seu sofrimento para que possamos unir os nossos sofrimentos com os vossos e glorificar a Deus. Ajudai-nos a seguir os mandamentos que ele nos deixou, e também os da Igreja, para que o sacrifício de Nosso Senhor Jesus Cristo não seja em vão e todos os pecadores do mundo sejam salvos.
De vós me compadeço, ó Mãe Dolorosa, pelo martírio que o vosso generosíssimo coração padeceu, assistindo à agonia de Jesus. Mãe querida, pelo vosso tão martirizado coração, alcançai-me a virtude da temperança e o dom do conselho. Amém”.
Reza-se um Pai-Nosso e sete Ave-Marias.
6. Mistério da Sexta Dor de Maria: a Virgem Dolorosa recebe o corpo de Jesus em seus braços.
Reza-se a jaculatória: Ó Mãe de Misericórdia, lembrai-nos sempre das dores de vosso filho, Jesus Cristo.
Meditação: “Os amigos de Jesus, José de Arimateia e Nicodemos, desceram da cruz seu corpo morto e o colocaram nos braços abertos de sua Mãe Santíssima. Maria, então, lavou-o com profundo respeito e amor, pois era sua mãe e sabia melhor do que ninguém que ele era Deus incarnado, que tinha tomado um corpo de homem para ser o Salvador de todos os homens.
Maria podia ver as feridas da flagelação pela qual Jesus havia passado por ordens de Pilatos. Sua carna havia sido despedaçada, grandes tiras haviam sido arrancadas de suas costas. Seu corpo todo havia sido tão dilacerado que algumas feridas entrecruzavam-se, escancarando-o da cabeça aos pés. Maria descobriu que as feridas causadas pelos pregos eram menos cruéis que as causadas pela flagelação e pelo carregamento da cruz. Ela ficou horrorizada ao notar que seu filho havia sido capaz de carregar aquela cruz tão pesada e lascada até o Calvário. Ela viu a poça de sangue que havia se formado em sua testa por causa da coroa de espinhos e, para seu horror completo, ela percebeu que muitos dos espinhos farpados haviam penetrado tão fundo em sua cabeça que chegaram até a perfurar seu cérebro.
Olhando para seu filho inteiramente [… ferido], a Santíssima Mãe sabia que sua morte havia sido muito pior do que a tortura reservada ao mais perverso dos criminosos. Enquanto limpava seu corpo, ela se recordava dele em cada etapa de sua curta vida, rememorava o primeiro olhar que deu ao seu rosto de recém-nascido enquanto estavam ainda deitados na manjedoura, e se lembrou também de cada dia que se sucedeu a esse, até o fatídico e dilacerante momento em que ela banhava gentilmente o seu corpo sem vida. Sua angústia era implacável no momento em que preparava seu filho e Senhor para o sepultamento, mas ela permanecia valente e forte, tornando-se assim a verdadeira Rainha dos Mártires. Enquanto lavava seu filho, ela rezou por todos, para que conhecêssemos as riquezas do Paraíso e entrássemos pelos portões do Céu. Ela rezou por cada uma das almas do mundo, para que abraçassem a fé em Deus e, assim, fizessem com que a morte dolorosa de seu filho não fosse em vão e beneficiasse toda a humanidade. Maria rezou pelo mundo; ela rezou por todos nós.
Oração: Querida Mãe Maria, nós vos agradecemos pela vossa valentia ao suportar a dor de assistir o vosso filho padecer na cruz até o fim, para confortá-lo. No momento em que o nosso Salvador deu seu último suspiro, vós vos tornastes uma grande mãe de todos nós; vós vos tornastes a Santa Mãe do mundo. Bem sabemos que tendes mais amor por nós do que os nossos próprios pais, e nós vos imploramos: sede a nossa advogada perante o trono da graça e da misericórdia divinas, para que possamos realmente nos tornar vossos filhos. Nós vos agradecemos por Jesus, nosso Salvador e Redentor, e agradecemos a Jesus por ter vos dado a nós. Rogai por nós, ó Santa Mãe de Deus.
De vós me compadeço, ó Mãe Dolorosa, pela ferida que abriu no vosso piedosíssimo coração a lança que rasgou o lado de Jesus e feriu o seu amabilíssimo coração. Mãe querida, pelo vosso coração assim trespassado, alcançai-me a virtude da caridade fraterna e o dom do entendimento. Amém”.
Reza-se um Pai-Nosso e sete Ave-Marias.
7. Mistério da Sétima Dor de Maria: Jesus é sepultado.
Reza-se a jaculatória: Ó Mãe de Misericórdia, lembrai-nos sempre das dores de vosso filho, Jesus Cristo.
Meditação: “A vida da Santíssima Virgem Maria foi tão proximamente ligada à de Jesus que ela achou que não havia mais motivo para continuar vivendo após a morte de seu filho. O único consolo que ela tinha era o de saber que a morte do filho havia dado fim àquele seu sofrimento inenarrável. Nossa Mãe Dolorosa, com a ajuda de João e da outra santa mulher, colocou cuidadosamente o corpo de Jesus no sepulcro e o deixou lá, como se fazia com todos os outros mortos. Ela foi para casa com uma dor terrível e uma tristeza aguda; pela primeira vez, ela estava sem ele e essa solidão era um novo tipo de dor, mais amargo. Seu coração vinha morrendo desde que o coração de seu filho havia parado de bater, mas ela ainda assim estava certa de que o nosso Salvador logo ressuscitaria.
Oração: Querida Mãe Maria, cuja beleza supera a de todas as mães; ó Mãe de Misericórdia, Mãe de Jesus e de todos nós, nós somos os vossos filhos e colocamos toda a nossa confiança em vós. Ensinai-nos a ver Deus em todas as coisas e situações, até mesmo em nossos sofrimentos. Ajudai-nos a entender a importância de sofrer e também o sentido que tem o nosso sofrimento, de acordo com a vontade de Deus.
Vós fostes concebida sem pecados e preservada do pecado, a ainda sim sofrestes mais do que qualquer um de nós. Vós aceitastes o sofrimento e a dor com amor e insuperável coragem. Vós ficastes ao lado de vosso filho desde que ele foi preso até que morresse. Vós sofrestes com ele, sentistes todas as dores e tormentos que ele teve. Vós cumpristes a vontade de Deus nosso Pai, e, de acordo com a Sua vontade, vos tornastes nossa salvadora junto de Jesus. Nós vos suplicamos, ó Mãe, que nos ensineis a fazer como fez Jesus: ensinai-nos a aceitar nossa cruz com coragem. Nós confiamos em vós, ó misericordiosa mãe, então ensinai-nos a nos sacrificar por todos os pecadores do mundo. Ajudai-nos a seguir os passos de vosso filho e a sermos capazes até de dar a nossa vida pelo outro.
De vós me compadeço, ó Mãe Dolorosa, pela dor intensa que amargurou o vosso amantíssimo coração na sepultura de Jesus. Mãe querida, pelo vosso imaculado coração, amargurado ao extremo, alcançai-me a virtude da diligência e o dom da sabedoria. Amém”.
Reza-se um Pai-Nosso e sete Ave-Marias.
Reza-se a jaculatória: Ó Mãe de Misericórdia, lembrai-nos sempre das dores de vosso filho, Jesus Cristo.
Oração Final: “Ó Rainha do Mártires, vosso coração muito sofreu. Eu vos imploro pelo mérito das lágrimas que chorastes durante esses períodos tristes e terríveis, que concedeis a mim e a todos os pecadores do mundo a graça de nos arrependermos sincera e verdadeiramente. Amém”.
Reza-se três vezes a jaculatória: Ó Maria, que foi concebida sem pecado e sofreu por todos nós, rogai por nós!
Encerra-se o Terço com o sinal da cruz: em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo. Amém.

Fonte: http://blog.cancaonova.com/tododemaria/terco-das-sete-dores-de-kibeho-para-o-mundo/

15 de Setembro - Memória de Nossa Senhora das Dores


Rememorando com piedade os sofrimentos que por nossa salvação padeceu a 
Virgem Maria, recebemos de Deus grandes graças e benefícios. E cumprimos
um preceito do Espírito Santo:  "Não te esqueças dos gemidos de tua mãe"
É impossível não sentir profunda emoção ao contemplar alguma expressiva imagem da Mater Dolorosa e meditar estas palavras do Profeta Jeremias, que a piedade católica aplica à Mãe de Deus: "Ó vós todos que passais pelo caminho, parai e vede se há dor semelhante à minha dor" (Lm 1, 12). A esta meditação nos convida a Liturgia do dia 15 deste mês, dedicado a Nossa Senhora das Dores. Antes de fazer parte da liturgia, as dores de Maria Santíssima foram objeto de particular devoção.
Os primeiros traços deste piedosa devoção encontram-se nos escritos de Santo Anselmo e de muitos monges beneditinos e cistercienses, tendo nascido da meditação da passagem do Evangelho que nos mostra a dulcíssima Mãe de Deus e São João aos pés da Cruz do divino Salvador.
Foi a compaixão da Virgem Imaculada que alimentou a piedade dos fiéis. Somente no século XIV, talvez opondo-se às cinco alegrias de Nossa Senhora, foi que apareceram as cinco dores que variariam de episódios:
1. A profecia de Simeão
2. A perda de Jesus em Jerusalém
3. A prisão de Jesus
4. A paixão
5. A morte
Logo este número passou para dez, mesmo quinze, mas o número sete foi o que prevaleceu. Assim, temos as sete horas, uma meditação das penas de Nossa Senhora, durante a paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo:
Matinas - A prisão e os ultrajes
Prima - Jesus diante de Pilatos
Terça - A condenação
Sexta - A crucifixão
Nona - A morte
Vésperas - A descida da cruz
Completas - O sepultamento
As chamadas Sete Espadas desenvolvem-se por circunstâncias escolhidas dentre as da vida da Santíssima Virgem:
Primeira Espada: Outra não é que a da profecia de Simeão.
Segunda Espada: O massacre dos inocentes, a mandado de Herodes.
Terceira Espada: A perda de Jesus em Jerusalém, quando o Salvador então contava doze anos de idade, feito homem.
Quarta Espada: A prisão de Jesus e os julgamentos iníquos, pelos quais passou.
Quinta Espada: Jesus pregado na Cruz entre os dois ladrões e a morte.
Sexta Espada: A descida da Cruz.
Sétima Espada: A sepultura de Jesus
As sete tristezas de Nossa Senhora formam uma série um pouco diferente:
1. A profecia de Simeão
2. A fuga para o Egito
3. A perda de Jesus Menino, depois encontrado no Templo
4. A prisão e a condenação
5. A Crucifixão e a morte
6. A descida da Cruz
7. A tristeza de Maria, ficando na terra depois da Ascensão.
Este total de sete, que os simbolistas cristãos tanto amam, impunha uma escolha entre os episódios da vida da Santíssima Virgem, por isso que se explicam certas diferenças. A série que acabou por dominar é a seguinte:
1. A profecia de Simeão
Havia então em Jerusalém um homem chamado Simeão. Este homem (era) justo e temente (a Deus), e esperava a consolação de Israel; e o Espírito Santo estava nele. Tinha-lhe sido revelado pelo Espírito Santo que não veria a morte, sem ver primeiro Cristo (o ungido) do Senhor. Foi ao templo (conduzido) pelo Espírito de Deus. E levando os pais, o Menino Jesus, para cumprirem as prescrições usuais da lei a seu respeito, ele o tomou em seus braços, e louvou a Deus, dizendo:
- Agora, Senhor, podes deixar partir o teu servo em paz, segundo a tua palavra; Porque os meus olhos viram tua salvação. A qual preparaste ante a face de todos os povos; luz para iluminar as nações e glória de Israel, teu povo.
Seu pai e sua mãe estavam admirados das coisas que dele se diziam. E Simeão os abençoou, e disse a Maria, sua Mãe:
- Eis que este Menino esta posto para ruína e para ressurreição de muitos em Israel, e para ser alvo de contradição. E uma espada trespassará a tua alma, a fim de se descobrirem os pensamentos escondidos nos corações de muitos. (Lc. 2, 25-35)
2. A fuga para o Egito
Então Herodes, tendo chamado secretamente os magos, inquiriu deles cuidadosamente acerca do tempo em que lhes tinha aparecido a estrela; e, enviando-os a Belém, disse:
- Ide e informai-vos bem acerca do menino, e, quando o encontrardes, comunicai-mo, a fim de que também eu o vá adorar.
Eles, tendo ouvido as palavras do rei, partiram; e eis que a estrela que tinham visto no Oriente. Ia adiante deles, até que, chegando sobre onde estava o menino, parou. Vendo (novamente) a estrela, ficaram possuídos de grandíssima alegria. E, entrando na casa, viram o Menino com Maria, sai mãe e, prostrando-se o adoraram; e abrindo os seus tesouros, ofereceram-lhe presentes, ouro, incenso e mirra. E, avisados por Deus em sonhos para não tornarem a Herodes, voltaram por outro caminho para a sua terra. Tendo eles partido, eis que um anjo do Senhor apareceu em sonhos a José, e lhe disse:
- Levanta-te, toma o menino e sua mãe e foge para o Egito, e fica lá até que eu te avise, porque Herodes vai procurar o menino para lhe tirar a vida. E ele, levantando-se de note, tomou o menino e sua mãe, e retirou-se para o Egito; e lá esteve até a morte de Herodes, cumprindo-se deste modo o que tinha sido dito pelo Senhor, por meio do profeta que disse: Do Egito chamei o meu Filho (Mt. 2. 7-15)
3. A perda de Jesus em Jerusalém
Seus pais iam todos os anos a Jerusalém, pela festa da Páscoa. Quando chegou aos doze anos, indo eles a Jerusalém segundo o costume daquela festa, acabados os dias (que ela durava), quando voltaram, ficou o Menino Jesus em Jerusalém, sem que seus pais o advertissem. Julgando que ele fosse na comitiva, caminharam uma jornada, e (depois) procuraram-no entre os parentes e conhecidos. Não o encontrando, voltaram a Jerusalém em busca dele. Aconteceu que, três dias depois, encontraram-no no templo, sentado no meio dos doutores, ouvindo-os e interrogando-os. E todos os que ouviam, estavam maravilhados da sua sabedoria e das suas respostas. Quando o viram, admiraram-se. E sua Mãe disse-lhe:
- Filho, por que procedeste assim conosco? Eis que teu pai e eu te procurávamos cheios de aflição. Ele lhes disse:
- Para que me buscáveis? Não sabíeis que devo ocupar-me nas coisas de meu Pai? Eles, porém, não entenderam o que lhes disse (Lc. 2, 41-50)
4. O encontro de Jesus no caminho do Calvário
Quando o iam conduzindo, agarraram um certo (homem chamado) Simão Cireneu, que voltava do campo; e puseram a cruz sobre ele, para que a levasse após Jesus. Seguia-o uma grande multidão de povo e de mulheres as quais batiam no peito, e o lamentavam. Porém, Jesus, voltando-se para elas, disse:
- Filhas de Jerusalém, não choreis sobre mim, mas chorai sobre vós mesmas e sobre vossos filhos. Porque eis que virá tempo em que se dirá: Ditosas as estéreis, e (ditosos) os seios que não geraram, e os peitos que não amamentaram. Então começarão (os homens) a dizer aos montes: Cai sobre nós, e aos outeiros: Cobri-nos (Os. 10, 8): Porque, se isto se faz no lenho verde, que se fará no seco: (Lc. 23, 26-31)
5. A crucifixão
Então, entregou-lhe para que fosse crucificado. Tomaram, pois Jesus, o qual, levando a sua cruz, saiu para o lugar que se chama Calvário, e em hebraico Gólgota, onde o crucificaram, e com ele outros dois, um de um lado, outro de outro lado, e Jesus no meio. Pilatos escreveu um título, e o pôs sobre a Cruz. Estava escrito nele: JESUS NAZARENO, REI DOS JUDEUS.
Muitos dos judeus leram este título, porque estava perto da cidade o lugar onde Jesus foi crucificado. Estava escrito em hebraico, em latim e em grego. Diziam, porém, a Pilatos, os pontífices dos judeus:
- Não escrevas reis dos Judeus, mas o que ele disse? Eu sou o Rei dos Judeus. Respondeu Pilatos:
- O que escrevi, escrevi.

         Os soldados, pois, depois de terem crucificado Jesus tomaram os seus vestidos (e fizeram dele quatro partes, uma para cada soldado) e a túnica. A túnica, porém, não tinha costura, era toda tecida de alto a baixo, Disseram, pois, uns para os outros:
- Não a rasguemos, mas lancemos sortes sobre ela, para ver a quem tocará.
Cumpriu-se deste modo a Escritura, que diz: Repartiram os meus vestidos entre si, e lançaram sortes sobre a minha túnica (S. 21, 19). Os soldados assim fizeram. Entretanto, estavam de pé junto à cruz de Jesus, sua Mãe, a irmã de sua Mãe, Maria, mulher de Cleofas, e Maria Madalena. Jesus, vendo sua Mãe, e junto dela o discípulo que ele amava, disse a sua Mãe:
- Mulher, eis aí o teu filho. Depois disse ao discípulo:
- Eis aí a tua Mãe. E, desta hora por diante, levou-a o discípulo para sua casa.Em seguida, sabendo Jesus que tudo estava consumado para se cumprir a Escritura, disse:
- Tenho sede.
Tinha sido ali posto um vaso cheio de vinagre. Então (os soldados), ensopando no vinagre uma esponja, e atando-a a uma cana de hissopo, chegaram-lha à boca. Jesus tendo tomado o vinagre, disse:
- Tudo está consumado. E inclinando a cabeça, rendeu o espírito (Jo 19, 16-30)
6. A descida da Cruz
Então um homem chamado José, que era membro do Sinédrio, varão bom e justo, o qual não tinha concordado com a determinação dos outros, nem com os seus atos, (oriundo) de Arimatéia, cidade da Judéia, que também esperava o reino de Deus, foi ter com Pilatos, e pediu-lhe o corpo de Jesus: e, tendo-o descido (da Cruz), envolveu-o num lençol. (Lc 23, 50-53).
7. O sepultamento
Ora, no lugar em que Jesus foi crucificado, havia um horto e no horto um sepulcro novo, em que ninguém ainda tinha sido sepultado. Por ser o dia da Parasceve dos Judeus, visto que o sepulcro estava perto, depositaram aí Jesus (Jo 19, 41-42)
No século XV, o século que conheceu a grande cintilação da devoção a Nossa Senhora das Sete Dores, foi que surgiram os mais tocantes testemunhos daquela devoção nas artes. E os artistas, sempre a procura de episódios que mais tocassem a sensibilidade dos cristãos, acabaram por trazer, com predileção, o que deveria ser o mais doloroso da vida de nossa Mãe Bendita - o momento, pungente em que, desligado da Cruz, o Salvador, inerte, pousara sobre os puros joelhos da Senhora. (Vida dos Santos, Padre Rohbacher)

Imagem representando as Sete Dores da Virgem Maria


Fonte: http://www.arautos.org/especial/29818/Nossa-Senhora-das-Dores.html