terça-feira, 26 de julho de 2016

Aparição de Santa Ana em Auray, França



Na França, o culto à mãe de Maria Santíssima teve um impulso extraordinário depois das aparições da Santa em Auray, em 1624.


Contam os historiadores que Yves Nicolazic, camponês que vivia na aldeia de Ker Anna, Bretanha, França, foi o portador da mensagem de uma “majestosa senhora”. Na noite de 26 de julho de 1624, ele teve um sonho em que Santa Ana lhe pedia a reconstrução de uma capela construída em sua honra no século VI. O fato, entretanto, não convenceu o Cura da aldeia.


Na noite de 7 para 8 de março de 1625, Santa Ana apareceu-lhe, mais uma vez, pedindo-lhe que fosse chamar os vizinhos e que todos seguissem a luz que os guiaria: "Leva-os contigo: esta luz vos conduzirá e vós encontrareis a imagem que vos protegerá de todos os males do mundo, e o mundo conhecerá, enfim, a verdade daquilo que prometi".


Pouco depois, sob a luz das tochas os camponeses encontraram uma antiga imagem de Santa Ana em madeira, já bem desgastada, com vestígios em tons brancos e azuis. Ao seu lado, a Virgem Maria com o Menino Jesus ao colo.

Três dias depois os peregrinos começaram a chegar para rezar a Santa Ana diante da imagem que serviria de sinal de conversão para o mundo. Era a realização da profecia: a partir de então as peregrinações tornaram-se constantes.

Apesar da discrição e das restrições do Cura, que depois se desculpou, as pesquisas ordenadas por Monsenhor de Rosmadec, Bispo de Vannes, concluiriam sobre a veracidade dos fatos. A primeira Missa oficial foi celebrada por decisão sua no dia 26 de julho de 1625, diante de uma multidão estimada em cem mil pessoas.

A partir daquele dia, Yves Nicolazic tornou-se construtor. Os senhores de Kermedio e de Kerloguen, este último proprietário do campo de Bocenno, prometeram-lhe apoio para a construção da capela. Ives passou a dirigir os trabalhos: conduzia as carroças, oferecidas pelo povo, cheias de pedras ou de ardósia, lenha do derrube das árvores, pagamento dos fornecedores e tudo com sabedoria e probidade de um homem que não sabia nem ler nem escrever, e que só falava bretão.

Quando a capela ficou pronta, ele se eclipsou: deixou a aldeia e cedeu lugar a Santa Ana e aos peregrinos, cada vez mais numerosos. Até hoje Santa Ana é venerada na Basílica de Auray, dedicada à avó de Jesus.
Imagem de Santa Ana que se encontra no santuário dedicado à mãe da Santíssima Virgem, em Auray, França

No século XIX, como a afluência de peregrinos era muito grande, tornou-se necessário que uma igreja maior fosse construída. A Basílica foi edificada entre os anos 1865 e 1872.
Santa Ana é padroeira dos Bretões deste 1914.

Basílica de Santa Ana em Auray

Em 1996, o Papa São João Paulo II fez uma visita ao local e na ocasião estiveram presentes cerca de 150 mil pessoas. Após sua visita, aumentou o número de peregrinos para cerca de 800 mil pessoas por ano, sendo que não há um dia sequer que não haja peregrinos.


Fonte: http://heroinasdacristandade.blogspot.com.br/2011/07/santana-mae-de-nossa-senhora-festejada.html

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