segunda-feira, 8 de janeiro de 2024

Festa do Batismo do Senhor

Ao ser batizado no Jordão, Cristo vê os céus abertos e ouve a voz de Deus: “Tu és o meu Filho amado, em ti ponho meu bem-querer”. O Pai testemunha a alegria que lhe dão o amor e a obediência de Filho encarnado, no qual repousa toda a sua complacência, pois só em Jesus o coração humano amou-o com todo o amor de que Deus é digno.

Sinal disso é a presença, em forma de pomba, do Espírito Santo, que procede do Pai e do Filho por uma comum espiração de amor infinitamente santa. No Batismo de Cristo, contemplamos a Deus Pai fruir, no Coração de Cristo, da mesma felicidade que lhe “proporciona”, por assim dizer, a geração eterna do Filho.

Assim também com o nosso Batismo, em virtude do qual nos revestimos de Cristo e, assimilados ao seu Corpo, que é a Igreja, apresentamo-nos a Deus como filhos, título que Ele mesmo nos quis conceder.

Assim, quando o Pai vê um de seus filhos, batizados e em estado de graça, é a Cristo quem enxerga, e o seu coração, transbordante de alegria, pode então dizer a cada um de nós: “Tu és o meu Filho amado”, porque é Ele quem age em nós, ama em nós, se sacrifica em nós. É a Ele, numa palavra, que o Pai deseja reconhecer em nós, pois é impossível, fora de Jesus, agradar verdadeiramente a Deus, cujo único amor, cuja única grande e santa “obsessão” é o Filho Unigênito, de quem temos hoje a graça de ser membros.

Fonte: Padre Paulo Ricardo 

domingo, 7 de janeiro de 2024

Solenidade da Epifania do Senhor


Hoje celebramos a solenidade da Epifania do Senhor, na qual se celebra a tríplice manifestação do nosso grande Deus e Senhor, Jesus Cristo: em Belém, o Menino Jesus foi adorado pelos magos; no Jordão, Jesus foi batizado por João Batista, ungido pelo Espírito Santo e chamado Filho de Deus Pai; em Caná da Galileia, numa festa de núpcias, transformando a água em vinho, Jesus manifestou a sua glória. 

Fonte: Facebook Valdemar Oportet Ilum Regnare

segunda-feira, 1 de janeiro de 2024

Solenidade de Santa Maria, Mãe de Deus

Celebrar a solenidade de Santa Maria, Mãe de Deus, é celebrar o primeiro e mais fundamental dos títulos de Nossa Senhora, do qual decorrem como consequência lógica todos os demais privilégios.

Por sua divina maternidade, lembra-nos o Doutor Angélico (STh I 25, 6 ad 4), a Virgem Santíssima foi elevada a uma dignidade quase infinita, já que infinitamente digna é a pessoa a quem ela deu à luz: o próprio Verbo de Deus, gerado pelo Pai desde toda a eternidade segundo a substância divina, nascido no tempo por obra do Espírito Santo segundo a condição humana.

E é justamente por ser Mãe do Filho encarnado que Maria é também nossa Mãe, e isto não apenas por ter sido entregue à humanidade inteira, cujas vezes fazia São João aos pés da Cruz, mas ainda, e sobretudo, porque todo cristão, sendo por graça o que Cristo é por natureza, torna-se mediante o Batismo membro místico do Cristo total, que é a Igreja unida à sua divina Cabeça. Seria, com efeito, uma monstruosidade que uma mulher fosse mãe da cabeça mas não dos membros. De fato, assim como não se pode separar a primeira dos segundos sem com isso destruir a pessoa que deles se compõe, assim também, na ordem espiritual, também nós somos parte do Cristo-cabeça, nem podemos separar-nos dele sem com isso deixar de ser cristãos. Daí termos tanto direito de chamar a Maria nossa Mãe na ordem da graça quanto Cristo tem o de chamá-la sua na ordem física ou natural.

No dogma glorioso da maternidade divina, em resumo, está contido o mistério da nossa própria incorporação a Cristo e, portanto, da nossa filiação com respeito à Virgem Imaculada, Mãe dos homens e Mãe da Igreja. Por isso, coloquemo-nos hoje sob o seu cuidado maternal e demos graças a Deus por haver-nos concedido, com o seu glorioso e humilde Natal, o dom de ser filhos de uma tão bela e puríssima Mãe.

Fonte: Padre Paulo Ricardo