segunda-feira, 29 de novembro de 2021

Aniversário do início das aparições de Nossa Senhora em Beauraing

Comemora-se neste dia o aniversário da primeira aparição da Virgem do Coração de Ouro, em Beauraing, Bélgica, a 29 de novembro de 1932.

As aparições aconteceram durante o inverno de 1932-1933, para os videntes: as irmãs Andreé e Gilberte Degeimbre, de 14 e 9 anos respectivamente, e outros três irmãos, Fernande, Albert e Gilberte Voisin, de 15, 11 e 7 anos.

Virgem do Coração de Ouro, Nossa Senhora de Beauraing, rogai por nós.

(Aparições aprovadas pela Igreja)

Fonte: Facebook Valdemar Oportet Ilum Regnare

domingo, 28 de novembro de 2021

40 anos do início das aparições de Nossa Senhora em Kibeho


A Virgem Maria apareceu para três jovens, Alphonsine Mumureke, Nathalie Mukamazimpaka e Marie Claire Mukangango entre 1981 e 1989, em Kibeho, Ruanda, centro da África. Foi a primeira aparição da Virgem Maria no continente africano reconhecida por autoridades da Igreja Católica.

No final de 1981, Kibeho era apenas uma das pequenas aldeias pertencentes à diocese de Gikongoro. Nela havia um colégio fundado e dirigido por três Irmãs católicas, onde jovens ruandesas estudavam para serem secretárias ou professoras primárias. Como não se tratava de colégio para formação de religiosas, ali não se vivia um clima particular de devoção, pois sequer possuía uma capela. Podemos entender aí o fundamento das aparições de Maria.

No almoço do dia 28 de novembro deste ano, Alphonsine, de dezesseis anos, estava servindo suas colegas no refeitório quando ouviu nitidamente uma voz que a chamava: “Minha filha, venha até aqui”. A voz procedia do corredor, no fundo da sala de refeições. Alphonsine foi até lá e viu, pela primeira vez, a Senhora.

Assustada, Alphonsine, pediu à desconhecida que fosse embora. A Santíssima Virgem então se apresentou no dialeto ruandês: “Ndi Nyina Wa Jambo”, isto é “Eu sou a Mãe do Verbo”. A estudante contou todo o ocorrido às religiosas e às colegas, mas ninguém lhe deu crédito. Como as aparições continuaram, Alphonsine acabou passando por histérica. Sofrendo com essa situação, numa das visões ela pediu à Mãe que aparecesse ao menos às suas amigas, Nathalie e Marie Claire.

Assim, no dia 12 de janeiro de 1982, a Virgem apareceu para Natália que tinha dezessete anos. Depois para a Marie Claire, esta com vinte e um anos e a mais descrente. Só então as mensagens foram aceitas. Elas pediam a verdadeira conversão dos cristãos, através de muita oração, penitência e jejum.

Mas foi a descrição da aparição de 15 de agosto de 1982, que possibilitou verificar sua autenticidade, pois depois se confirmou como terrível realidade. Nesta, Maria apareceu para as três videntes juntas e lhes mostrou cenas impressionantes que enchiam de dor seu Imaculado Coração. Era um verdadeiro mar de sangue, pessoas que se matavam entre si, cadáveres abandonados sem sepultura… As imagens eram a antecipação da guerra civil deflagrada entre abril e julho de 1994, quando Ruanda viveu seu próprio genocídio.

Depois de vários anos de estudos, por parte da comissão médica e teológica, em 29 de junho de 2001, as aparições foram reconhecidas oficialmente pela autoridade eclesiástica local. Este reconhecimento deu-se pelo bispo Augustine Misago, numa missa na catedral de Gikongoro, na qual estavam presentes os outros bispos do país e o núncio apostólico em Kigali, Mons. Salvatore Pennacchio. No mesmo dia o Vaticano publicou a notícia da aprovação, dando assim respaldo à declaração episcopal. No dia 31 de maio de 2003, às dez horas da manhã, estava o Prefeito da Congregação para a evangelização dos povos, enviado do Papa, formalizando a consagração do Santuário à Nossa Senhora das Dores de Kibeho, através da missa solene realizada com a presença de todos os Bispos ruandeses, quando diante de todos os fiéis se repetiu o fenômeno da dança do sol, como em Fátima, no dia 13 de outubro de 1917. Ele durou oito minutos e foi filmado e fotografado por repórteres profissionais e amadores.

Informado e depois de ver todos os documentos, o Papa João Paulo II declarou: “Nossa Senhora das Dores de Kibeho é a Fátima do coração da África”.

Fonte: A12 e Revista Catolicismo

Tempo do Advento


Início do tempo litúrgico do Advento. Tempo de espera, de esperança. Vem Senhor Jesus!


sábado, 27 de novembro de 2021

Memória de Nossa Senhora das Graças

Comemora-se hoje a invocação de Nossa Senhora das Graças ou da Medalha Milagrosa. Tal comemoração se dá por ter ocorrido neste mesmo dia, em 1830, a revelação da Medalha Milagrosa por Nossa Senhora à Santa Catarina Labouré. A Virgem Maria, no dia 27 de novembro de 1830, aparece pela segunda vez à Santa Catarina na Capela da Rue du Bac, 140, em Paris. Na primeira aparição, Sabta Catarina conversou com Nossa Senhora, na madrugada de 18 para 19 de julho do mesmo ano, apoiada no colo materno da Virgem. Dessa vez foi às 17h30, durante a oração das Irmãs e das noviças, sobre o quadro de São José (hoje, o local onde se encontra a Virgem do Globo). Antes, Catarina vê dois globos vivos, que passam, um após o outro, e nos quais a Santíssima Virgem se mantém em pé, sobre a metade do globo terrestre, seus pés esmagando a serpente.

No primeiro quadro, a Santíssima Virgem traz nas mãos um pequeno globo, dourado, com uma cruz superposta, que Ela eleva aos céus. Catarina ouve:
«Este globo representa o mundo inteiro, particularmente a França e todas as pessoas»

No segundo, saem de suas mãos abertas raios de um brilho resplandecente. Catarina ouve ao mesmo tempo uma voz que lhe diz:

«Estes raios são o símbolo das graças que Maria alcança para os homens».

Depois, em forma oval, forma-se a aparição e Catarina vê inscrita, em letras de ouro, esta invocação: «Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós, que recorremos a Vós! ».

Então uma voz se faz ouvir:

« Fazei cunhar uma medalha sob este modelo. As pessoas que a usarem, com confiança, receberão muitas graças ».

Finalmente, ao redor, Catarina vê o reverso da Medalha: no alto, uma cruz, com a inicial do nome de Maria superposta, e, em baixo, dois corações, um coroado de espinhos, e outro, transpassado por uma lança.

Um adeus

No mesmo mês de novembro de 1830, durante a oração, Catarina ouve de novo um “frou-frou”, desta vez atrás do altar. O mesmo quadro da medalha se apresenta perto do tabernáculo, um pouco atrás.

«Estes raios são o símbolo das graças que a Santíssima Virgem alcança para as pessoas que lhe pedem… Você não me verá mais ».

Fonte: http://www.chapellenotredamedelamedaillemiraculeuse.com/langues/portugues/as-aparicoes-a-medalha/

domingo, 21 de novembro de 2021

Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo

“Sim, eu sou rei. É para dar testemunho da verdade que nasci e vim ao mundo” (Jo 18,37). Com a Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo Rei do Universo, a Igreja Católica conclui o Ano Litúrgico recordando aos fiéis e ao mundo que ninguém e nenhuma lei está acima de Deus.

A Solenidade de Cristo Rei foi instituída por Sua Santidade o Papa Pio XI em 1925 e celebra Cristo como o Rei bondoso e singelo que, como pastor, guia sua Igreja peregrina para o Reino Celestial e lhe outorga a comunhão com este Reino para que possa transformar o mundo no qual peregrina.

Por ocasião desta solenidade, em 2012, ao celebrar o Santo Sacrifício da Missa, Sua Santidade o Papa Bento XVI explicou que “neste último domingo do Ano Litúrgico, a Igreja nos convida a celebrar Jesus Cristo como Rei do universo; chama-nos a dirigir o olhar em direção ao futuro, ou melhor em profundidade, para a meta última da história, que será o reino definitivo e eterno de Cristo”.

A possibilidade de alcançar o Reino de Deus foi estabelecida por Jesus Cristo ao nos deixar o Espírito Santo que nos concede as graças necessárias para obter a santidade e transformar o mundo no amor. Essa é a missão que Jesus deixou à Igreja ao estabelecer seu Reino.

Em um mundo onde prima a cultura de morte e o crescimento de uma sociedade hedonista, a festividade anual de Cristo Rei anima uma doce esperança nos corações humanos, já que impulsiona à sociedade a voltar-se para Salvador.

Conforme declarou Bento XVI, “com o seu sacrifício, Jesus abriu-nos a estrada para uma relação profunda com Deus: nele nos tornamos verdadeiros filhos adotivos, participando assim da sua realeza sobre o mundo. Portanto, ser discípulos de Jesus significa não se deixar fascinar pela lógica mundana do poder, mas levar ao mundo a luz da verdade e do amor de Deus”.

E, recordando a oração do Pai Nosso, o agora Papa Emérito sublinhou “as palavras ‘Venha a nós o vosso reino’, que equivale a dizer a Jesus: Senhor, fazei que sejamos vossos, vivei em nós, reuni a humanidade dispersa e atribulada, para que em Vós tudo se submeta ao Pai da misericórdia e do amor”.

Fonte: Facebook Valdemar Oportet Ilum Regnare

sábado, 13 de novembro de 2021

Última aparição de Nossa Senhora em Garabandal - 13 de Novembro de 1965

No sábado, 13 de novembro de 1965, Conchita teve sua última aparição de Nossa Senhora em Garabandal. A Conchita deu os detalhes numa carta que escreveu:

Um dia na Igreja, Nossa Senhora disse-me, numa locução, que eu iria vê-la no sábado, 13 de novembro, nos pinheiros. Seria uma aparição especial para beijar os objetos religiosos para que eu pudesse dá-los depois, eu estava ansiosa para este dia chegar, para que eu pudesse ver de novo a Santíssima Virgem e o Menino Jesus, que tem implantado na minha vida as sementes da felicidade de Deus.

Estava chovendo, mas isso não importa para mim. Fui até os Pinheiros, carregando comigo muitos terços que as pessoas me têm dado, para distribuí-los… Quando eu estava indo para cima, e falando comigo própria, sentia-me culpada pelo meus defeitos, desejando não cair novamente, pois estava muito preocupada de comparecer perante a Mãe de Deus, sem me ter visto livre deles.

Quando cheguei aos Pinheiros, comecei a tirar os rosários para fora, e ouvi uma voz doce, a da Virgem, que sempre se distingue do meio das outras, chamando-me pelo meu nome. Respondi-lhe: 

- "O que é?"

Naquele momento eu vi-A com o Menino nos braços. Ela estava vestida como sempre, sorrindo. 

Eu disse-Lhe:

- "Eu vim trazer-Lhe os rosários, para que possa beijá-los."

Ela disse-me:

- "Posso ver."

Eu tinha estado a mascar pastilha elástica, mas como estava a vê-La, não mastigava. Eu coloquei a pastilha num dente. Ela deve ter notado, e por isso disse:

- "Conchita, porque não te livras da pastilha elástica e ofereces como um sacrifício para a glória de Meu Filho?"

Eu, um pouco envergonhada de mim mesma, tomei-a e joguei-a no chão. Ela disse depois:

- "Lembras-te do que Eu disse no dia do teu santo? - Que tu irias sofrer muito na Terra... Agora, eu repito-te. Tem confiança em Nós."

Então acrescentei:

- "Como sou indigna, ó Mãe nossa, de tantas graças recebidas através de Vós, e agora Vós vindes a mim para me ajudar a carregar a pequena cruz que eu tenho."

Ela disse:

- "Conchita, Eu não vim apenas para ti, mas estou vindo para todos os meus filhos, com o desejo de chegá-los para mais perto dos Nossos Corações."

Ela, então, pediu as coisas que eu tinha levado. 

- "Dá-mos para que eu possa beijar tudo o que trouxeste contigo."

E dei-Lhe tudo. Eu estava trazendo comigo também um pequeno crucifixo que eu lhe dei a beijar. Beijou-o e disse: 

- "Coloca-o nas mãos do Menino Jesus."

Eu fi-lo e Ele não disse nada. Eu disse:

- "Essa cruz, eu a pretendo levar comigo quando for para o convento."

Mas Ele não respondeu. Depois de tudo beijar, Ela comentou: 

- "O Meu filho, através deste beijo, irá operar maravilhas. Distribui-as aos outros..."

- "Claro que eu vou fazê-lo."

Depois de tudo isto, Ela pediu que eu Lhe dissesse todas as petições que havia recebido dos outros.

- "Conchita, diz-me, diz-me coisas sobre os meus filhos. Eu tenho todos eles sob o Meu Manto."

Eu comentei:

- "Ele é muito pequeno e não há espaço para todos nós."

Ela sorriu e disse:

- "Tu sabes, Conchita, porque Eu não vim pessoalmente a 18 de junho para dar-te a mensagem para o mundo? Porque Me doía dizê-lo pessoalmente, mas tenho que dizê-lo para vosso próprio bem, e se o cumprirdes, para glória de Deus. Eu te amo muito e desejo a vossa salvação; para reunir todos em torno de Deus Pai, do Filho e do Espírito Santo. Conchita, não vais responder a isto?"

Eu disse:

- "Se eu pudesse estar sempre a vê-La, sim, mas de outra forma não posso, porque eu sou muito má..."

- "Tu, faz tudo o que puderes”. Nossa Senhora acrescentou: "E nós te ajudaremos, bem como a minhas filhas Loli, Jacinta e Mari Cruz..."

Ela não ficou muito tempo comigo. 

Ela também disse:

- "Esta será a última vez que tu me vais ver aqui, mas Eu sempre estarei com todos os meus filhos." Depois disso, ela acrescentou: "Conchita, por que não vais frequentemente visitar o Meu Filho no Santíssimo Sacramento? Por que te deixas levar pela preguiça e não vais visitar quem está à tua espera noite e dia?"

Como já escrevi anteriormente, estava uma forte chuvada. Nossa Senhora e o Menino não se molharam. Eu não sabia que estava chovendo enquanto Os via, mas quando parei de vê-los, eu estava encharcada. Também Lhe disse: 

- "Ó como estou feliz quando eu Vos vejo. Por que não me levais conVosco agora?"

Ela respondeu: 

- "Lembra-te do que te disse no dia do teu santo. Quando tu te apresentares diante de Deus, deves mostrar-Lhe as mãos cheias de boas obras feitas por ti para teus irmãos, e para a glória de Deus. Agora, as tuas mãos estão vazias."

Isto é tudo. Passei um momento feliz com a minha Mãe do céu, a minha melhor amiga, e com o Menino Jesus. Eu deixei de Os ver, mas não de os sentir próximos. Novamente eles semearam na minha alma grande paz, alegria e o desejo de vencer os meus defeitos para que eu consiga amar, com todas as minhas forças, o Coração de Jesus e Maria, que tanto nos amam...

Conchita termina com isto: 

A Virgem Maria disse-me antes que Jesus não pretende enviar a punição, a fim de nos entristecer, mas para nos ajudar e nos repreender por não Lhe prestarmos atenção. E o Aviso, será enviado a fim de nos purificar para o Milagre, em que Ele vai nos mostrar o Seu grande Amor, e para que possamos cumprir a Mensagem.

Com esta aparição de Nossa Senhora, o ciclo de aparições em Garabandal fechou-se. Vai ser definitivamente confirmada numa quinta-feira às 08:30 da noite, quando o Milagre acontecer. Isso marcará o início de uma nova era na história da Salvação da humanidade.

Fonte: Site Amen

domingo, 7 de novembro de 2021

Solenidade de Todos os Santos

Quem são estes homens e mulheres que estamos a celebrar hoje? Trata-se dos seres humanos que já estão na glória do céu. No Apocalipse, eles são divididos entre os santos do Antigo e do Novo Testamento. Os primeiros contam “cento e quarenta e quatro mil, de todas as tribos dos filhos de Israel” (7,4). O número é simbólico e indica doze mil pessoas, de cada um das doze tribos de Jacó, justamente porque foram poucos os justos veterotestamentários; antes de Jesus a santidade era um fenômeno ainda mais extraordinário do que é hoje. Os santos que vieram, porém, depois de Cristo, no tempo da Igreja e dos sacramentos, são descritos como “uma multidão imensa de gente de todas as nações, tribos, povos e línguas, e que ninguém podia contar” (7,9). Grande esperança nos infunde essa visão! Oxalá sejamos contados, no fim dos tempos, entre estes santos anônimos de que fala o Apocalipse!

1. As pessoas não sabem o que é santidade. — Para que cheguemos a esse estado, porém, precisamos compreender, em primeiro lugar, que a santidade é muito mais que cumprir os Mandamentos. 

O jovem rico do Evangelho, por exemplo, cumpria à risca os preceitos do Decálogo. Fosse católico, ele certamente teria respondido à Jesus, na ocasião em que com Ele se deparou: “Eu já vou à Missa aos domingos, rezo meu Terço todos os dias, confesso-me com frequência, pago meu dízimo e cumpro meus deveres de estado”. Talvez ele até ajuntasse que não mais comete pecados graves; que se limita a alguns “deslizes” e imperfeições aqui e ali; que pouco ou quase nada colhe dos exames de consciência que faz. Mesmo tendo feito tudo isso, porém, que para nós pode parecer muito, a verdade é que o ato de “não pecar”, de cumprir estritamente com as próprias obrigações, não passa disto mesmo: uma obrigação. Os santos, porém, longe de se limitar aos próprios deveres, o que procuraram fazer nesta vida foi unir-se amorosa e generosamente a Jesus.

Sim, eles também obedeceram à lei de Deus, mas dizer isso é pouco; o que melhor os caracteriza é a união distinta que tiveram com Nosso Senhor. 

Isso pressupõe, antes de tudo, um verdadeiro socorro vindo do alto. Pois não é com nossas próprias forças que seremos santos. A Torre de Babel foi um projeto fadado ao fracasso desde o começo por quê? Porque, por mais alto que suba o homem, ele nunca poderá chegar a Deus elevando, altivo, o seu olhar. É antes o Senhor que tem de vir primeiro ao nosso encontro. Isso aconteceu em Jesus, dois mil anos atrás. Porque Ele “desceu”, então nós podemos “subir”. A fonte de santidade é Ele mesmo, “Deus conosco”, a segunda Pessoa da Trindade que se uniu à nossa natureza humana — justamente a fim de torná-la consorte da natureza divina. Esse processo está destinado a consumar-se na glória do céu, mas seu princípio acontece ainda nesta vida, por meio da graça. 

2. As pessoas não querem ser generosas. — Com a graça nós podemos colaborar generosamente, mas também é possível que, preguiçosamente, nós resistamos à ação de Deus. Aqui entra, pois, o fator da nossa vontade, humana e débil — que poderíamos definir como a segunda grande dificuldade para que as pessoas se tornem santas. 

Como o jovem rico de que falamos acima, as pessoas em geral também não querem “pagar o preço” da santidade, não querem dar o passo de “deixar tudo” para seguir a Jesus. Se examinarmos a nossa vida, veremos como Deus pode estar nos pedindo já há muito tempo alguma coisa que teimamos em não lhe querer dar. A esse misto de ira, tristeza e preguiça em corresponder à inspiração divina os autores espirituais dão o nome de acídia. 

Para curar essa doença espiritual, precisamos meditar sobre a bondade de Deus, que quer a nossa felicidade perfeita, não parcial. Ninguém quer ser 50 ou 70% feliz; queremos ser 100% felizes. Para tanto, precisamos nos doar a Deus inteiramente, e não pela metade. É Ele que sabe o que é melhor para nós; nós, pelo contrário, quantas vezes não queremos coisas más, as quais sabemos que nos irão fazer mal! Confiemo-nos, pois, a Ele, sem medo.

3. Dicas para trilhar o caminho da santidade. — A base desse edifício que queremos construir é composta de duas virtudes fundamentais: fé e humildade. A primeira é exercitada pela oração e a segunda pelo reconhecimento contínuo de nossa miséria e pequenez ante Deus, de quem tudo recebemos. Não nos esqueçamos que foi a soberba o que fez cair Satanás e os seus anjos — com seu Non serviam, “Não servirei” —‚ ao passo que com o Coração de Jesus nós aprendemos a ser mansos e humildes; e, com a Virgem Maria, nós aprendemos a dizer: “Eis a escrava do Senhor, faça-se em mim segundo a vossa palavra”. 

Depois disso, é claro, procuremos viver à risca os Mandamentos: livremo-nos primeiro dos pecados graves, que matam em nós a vida da graça; depois, dos pecados veniais, que esfriam a chama do amor divino em nossos corações. E façamos tudo isso com a confiança de crianças, que se abandonam completamente aos cuidados de seus pais, cientes de que é Deus o autor da santidade, e não nós. “Bem-aventurados os pobres em espírito”, diz Jesus no Evangelho de hoje, fazendo alusão a essas pessoas que se esvaziam de si, a fim de se encherem da graça, “porque deles é o Reino dos céus”.

Sobretudo, caminhemos por uma “estrada régia” para a perfeição, que é o sacramento da Eucaristia. O Beato Carlo Acutis dizia ser esta a sua “autoestrada para o céu” — e deve ser também a nossa. Na Comunhão eucarística, unimo-nos a Cristo de modo especial. Se, pois, o fizermos bem, generosamente, frequentemente, fervorosamente, piedosamente, nada nos deterá em nossa ascensão até Deus. 

Fonte: Padre Paulo Ricardo

terça-feira, 2 de novembro de 2021

Comemoração de Todos os Fiéis Defuntos

A Santa Igreja comemora hoje Todos os Fiéis Defuntos, na qual a mesma Igreja, Mãe piedosa, depois da sua solicitude em celebrar, em grande parte do mundo, com os devidos louvores todos os seus filhos que se alegram no Céu, quer interceder diante de Deus pelas almas de todos os que nos precederam marcados com o sinal da fé e agora dormem na esperança da ressurreição, bem como por todos os defuntos desde o princípio do mundo cuja fé só Deus conhece, a fim de que, purificados de toda a mancha do pecado, sejam associados aos cidadãos celestes, para poderem gozar da visão da felicidade eterna.
_________

Oração

Deus, Pai de misericórdia, escutai benignamente as nossas orações, para que, ao confessarmos a fé na ressurreição do vosso Filho, se confirme em nós a esperança da ressurreição dos vossos servos. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

Fonte: Facebook Valdemar Oportet Ilum Regnare

segunda-feira, 1 de novembro de 2021

Bendito seja Deus nos seus anjos e nos seus santos!

Nos seus santos, Deus é honrado. É maravilhoso constatar tal realidade, pois um Ser perfeito e suficiente em si mesmo, quis ser honrado e glorificado através de tão miseráveis criaturas, como os santos, os quais são gloriosos por misericórdia e através de Deus.

Novembro, mês dedicado às Almas do Purgatório

No mês de novembro, a Igreja lembra especialmente das Benditas Almas do Purgatório. Exercitemos a caridade de rezar por elas, que possuem como maior sofrimento, a separação provisória da visão beatífica do Senhor Deus no Céu. Elas hão de interceder também, especialmente por àqueles que por elas dedicaram-se