sábado, 30 de novembro de 2019

Três aparições marianas em três dias


Chama a atenção o fato de Nossa Senhora ter aparecido, em anos e séculos distintos, numa sucessão de três dia, 27, 28 e 29 de Novembro.

Rue du Bac, Paris


Em 27 de Novembro de 1830, Nossa Senhora apareceu à Santa Catarina Labouré na capela, hoje conhecida como "da Medalha Milagrosa". Nessa aparição, a Virgem revelou para Santa Catarina o modelo de medalha que desejava ser cunhada e prometeu graças para quem a usasse com devoção.

Kibeho


Em 28 de Novembro de 1981, Nossa Senhora começou a aparecer em Kibeho, Ruanda. Ela apresentou-se como "Mãe do Verbo" e profetizou acerca do genocídio da Ruanda, ocorreria anos depois.

Beauraing


Em 29 de Novembro de 1932, Nossa Senhora apareceu pela primeira vez em Beauraing, Bélgica. Nessas aparições, a Mãe de Deus apresentou-se como a "Rainha do Céu" e prometeu converter os pecadores.

O que é o Purgatório e o que a Igreja ensina sobre ele?


É frequente rezar, especialmente neste mês de novembro, pelas “almas do purgatório”. Mas o que é o purgatório?

Nós lemos, no Evangelho de Mateus, que um fariseu fez a seguinte pergunta a Jesus: “Mestre, qual é o maior mandamento da Lei?”.

Jesus respondeu: “Amarás ao Senhor teu Deus, com todo o teu coração, com toda  a tua alma e toda a tua mente. Este é o maior e o primeiro mandamento. E segundo é-lhe semelhante: Amarás ao teu próximo como a ti mesmo” (Mateus 22,35-39).

Vamos refletir sobre essa resposta e nos perguntar com sinceridade: quem de nós ama a Deus com todo o coração, alma e mente?  Quem de nós ama o próximo como  a si mesmo? No primeiro domingo de novembro, a Igreja, no Brasil, celebra a festa de todos os santos e, continuamente, apresenta-nos uns “modelos” daqueles que, de verdade, amaram a Deus e ao próximo “com toda a sua vida”.

Nós, humildemente, olhamos para esses modelos e precisamos confessar: eu não amo a Deus como um São Francisco, uma Santa Clara, um Santo Afonso, um S. João XXIII, uma Madre Paulina, um Padre Vítor Coelho de Almeida; ou como muitos outros cristãos pouco conhecidos, mas que deram um extraordinário exemplo de fé e amor. Nosso amor a Deus e ao próximo, frequentemente, fica misturado com egoísmo, com vaidade, presunção, negligência, falta de delicadeza, instabilidade e “pouca fé”.

O que diz o Catecismo da Igreja Católica sobre purgatório?

O Catecismo da Igreja Católica nos ensina a distinguir entre pecado mortal e pecado venial (N. 1855-1856). Na primeira situação, o ser humano teve um comportamento tão grave, que rompeu sua ligação mais profunda, tanto com Deus quanto com o próximo. No segundo caso, essa ligação permanece, mas não é perfeita.

O que acontece quando o homem chega ao fim da sua vida e deve entrar em contato com o Deus totalmente santo? Com Deus ninguém convive se não for totalmente d’Ele. Diz o livro do Apocalipse (21,27) que, no céu, na “cidade santa”, na “nova Jerusalém… não entrará nada de impuro”.

É aqui que reside o lugar teológico do purgatório. O purgatório significa, pois, a graciosa possibilidade que Deus concede ao homem de poder e dever, na morte, amadurecer radicalmente. O purgatório é esse processo doloroso, como todos os processos de ascensão e educação, no qual o homem, na morte, atualiza todas as suas possibilidades, purifica-se (daí o termo “purgatório”) de todos os limites, fruto da própria história de pecado, de maus hábitos adquiridos ao longo da vida.

São Pedro, na sua primeira carta (1,14-16) escreve: “Como filhos obedientes, não vos conformeis com os desejos que tínheis no tempo da vossa ignorância; mas, assim como aquele que vos chamou é santo, sede também vós santos em todas as vossas ações, pois está escrito ‘Sereis santos porque eu sou santo’ (Levítico 11,44)”.

Como não lembrar a outra palavra que lemos em Mateus 5,48: “Sede perfeitos, como é perfeito vosso Pai celeste?”.

Deus nos pede a perfeição, ele nos quer perfeitos e, por meio da Sua graça, que sempre nos acompanha nesta e na outra vida, ele nos transforma de imperfeitos em perfeitos. Essa graça, na vida presente, é oferecida à nossa “liberdade”. O homem pode dizer a Deus um ‘não’ definitivo ou ‘sim’, mas não de uma maneira perfeita. Então, a sua graça nos acompanha até o momento em que esse ‘sim’ se tornará perfeito: e se isso não acontece antes da nossa morte, acontecerá depois dela, para aqueles que escolheram amar a Deus e ao próximo, mas não chegaram a fazê-lo “com todo o coração”. Eis o “lugar”, ou melhor, o “estado”, a “situação” do Purgatório.

Por que purgatório?

A essa altura, pode-se perguntar quando, na história e na doutrina da Igreja, fala-se do purgatório.

Na antiga Igreja, a ideia do purgatório se desenvolveu em relação à prática penitencial. De fato, se por um lado Jesus concedeu aos apóstolos o poder de perdoar os pecados (cf. João, 20,22-23), por outro, a Igreja organizou sua “prática penitencial” de maneira diferente, em épocas diferentes. Hoje, temos a modalidade do sacramento da “confissão”, mas, desde o início até o século VI, houve a modalidade da penitência pública, concedida uma vez na vida e reservada para os pecados mais graves e públicos, caracterizada por um longo (de anos) e difícil caminho de expiação, que se concluía com uma reconciliação eclesial, por meio do bispo.

Reinava, então, a insegurança quanto ao batizado que houvesse cometido um pecado mortal e em consequência se achasse excluído da vida comunitária da Igreja, se estava suficientemente purificado e havia feito suficiente penitência para poder ser admitido novamente na Celebração Eucarística. E, em suas dúvidas, as autoridades eclesiásticas se decidiam a conceder a reconciliação, que, às vezes, parecia demasiado prematura, movidas pelo pensamento de que, além da morte, existe uma possibilidade de purificação ou reconciliação. Quem mais difundiu a doutrina do purgatório foi o Papa Gregório Magno  (papa desde o ano de 590 até 604).

A convicção eclesiástica criou diversas formas de expressão na liturgia. Já no século II, atesta-se uma oração pelos falecidos. Desde o século III, existe o costume de orar por eles durante a Celebração da Eucaristia.

A Igreja Católica ensinou explicitamente a existência do purgatório no Segundo Concílio de Lião (1274), no Concílio de Florença (1439) e no Concílio de Trento (1545-1563).

O que fazer para não passar pelo purgatório?

Diante desse ensinamento da Igreja, vamos agora nos perguntar: “O que vamos fazer para “evitar” o purgatório ou para chegarmos no fim da vida mais “purificados” do que estamos agora?

“Viver é aprender”, diz o provérbio. Temos a vida toda para aprender a “amar a Deus de todo o coração e  amar o próximo como a nós mesmos”. Nessa caminhada, fazemos também a experiência do pecado, mais ou menos grave. Não podemos, então, esquecer o significado da palavra Evangelho. Essa importante palavra vem do grego e se traduz como “boa nova”, “bela notícia”. Qual é a “bela notícia”? Ei-la: Deus é misericórdia, Deus é graça, Deus perdoa, Deus é como o Pai do Filho Pródigo. Manifestou esse amor dando-nos seu Filho, Jesus, nosso Salvador, que deu a vida por nós, que nos salvou através da sua morte – ressurreição e do dom do Espírito Santo. Naturalmente, o homem tem que fazer a sua parte, acreditando neste amor e convertendo-se.

Falamos que a Igreja é santa e pecadora ao mesmo tempo. Trata-se, para todos nós, de uma luta contínua entre o pecado e a graça. Vamos, aos poucos, aprender a “viver como Jesus viveu”. É um processo educacional: os que mais aprendem, às vezes, depois de uma experiência de pecado, chegam no fim da vida “purificados”, “prontos” para “ver a Deus face a face”. Os que escolheram a Deus de verdade, mas que ainda não se aperfeiçoaram de maneira completa,  na morte irão completar este “processo de conversão”: eis o “purgatório”.

Quanto vai durar? Depois da morte vamos ficar sem relógio. No fundo, é ridículo falar de 100 anos ou de mil anos de purgatório. Entramos no mistério da vida após a morte. Só Deus sabe.

Em suma, somos chamados, desde já, a percorrer o caminho da santidade. Não vamos esquecer que, no Concílio Vaticano II (1962-1965), a Igreja falou da “Vocação universal à santidade” (cf. Documento sobre a Igreja, Lumen Gentium, n. 39-42). Todos os cristãos são chamados a ser santos, naturalmente dentro da específica vocação de cada um.

Por fim, lembramos que, no Dia de Finados, reza-se especialmente pelos mortos, visitam-se os cemitérios. A que se devem essas práticas? São válidas?

A oração pelos mortos têm raízes já na crença dos próprios judeus, quando ocorreu o episódio de Judas Macabeus (II século antes de  Cristo). Narra-se aí que alguns soldados judeus foram encontrados mortos num campo de batalha, tendo debaixo de suas roupas alguns objetos consagrados aos ídolos, o que era proibido pela Lei de Moisés. Então, Judas Macabeus mandou fazer uma coleta para que fosse oferecido em Jerusalém um sacrifício pelos pecados desses soldados. O autor sagrado louva a ação de Judas nestes termos:   “Se ele não esperasse que os mortos ressuscitariam, teria sido vão e supérfluo rezar por eles. E acreditava que uma bela recompensa aguarda os que morrem piedosamente. Era este um pensamento santo e piedoso. Por isso, pediu um sacrifício expiatório para que os mortos fossem livres das suas faltas”. (2 Mac 12,44-46)

Nesse caso, vemos pessoas que morreram na amizade de Deus, mas com uma incoerência que não foi a negação da fé, já que estavam combatendo no exército do povo de Deus contra os inimigos da fé.

No Credo, nós cristão professamos a fé na “comunhão dos santos”. O que significa isso?

Procuramos a resposta no Catecismo da Igreja Católica, que assim se expressa: “A expressão comunhão dos santos designa, em primeiro lugar, as coisas santas e, antes de mais, a Eucaristia, pela qual ‘é representada e se realiza a unidade dos fiéis que constituem um só Corpo em Cristo’. Esse termo também designa a comunhão das pessoas santas em Cristo, que ‘morreu por todos’, de modo que o que cada um faz ou sofre por Cristo e em Cristo reverte em proveito de todos. Nós cremos na comunhão de todos os fiéis de Cristo: dos que peregrinam na terra, dos defuntos que estão levando a cabo a sua purificação e dos bem-aventurados do céu: formam todos uma só Igreja; e cremos que, nesta comunhão, o amor misericordioso de Deus e dos seus santos está sempre atento às nossas orações.” (N. 960-962).

Então, visitando os cemitérios e rezando pelos falecidos manifestamos a fé na “comunhão dos santos”; e, acima de tudo, manifestamos a fé na ressurreição dos mortos. A esse respeito, gostaria de concluir com as belíssimas palavras do Apóstolo Paulo, que encontramos na Primeira Carta aos Tessalonicenses (4, 13-18).

“Não queremos, irmãos, que ignoreis coisa alguma a respeito dos mortos, para não vos entristecerdes como os outros que não têm esperança. Se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também devemos crer que Deus levará por Jesus e com Jesus os que morrem nele. Seremos arrebatados juntamente com eles (quer dizer, com os que já morreram) sobre as nuvens; iremos ao encontro do Senhor nos ares e assim estaremos para sempre com o Senhor. Consolai-vos portanto com estas palavras”.

Vamos, então, visitar os cemitérios e rezar pelos falecidos; essas práticas são validas, pois nascem da nossa fé e a alimentam.

Fonte: Canção Nova

quarta-feira, 27 de novembro de 2019

Memória de Nossa Senhora das Graças


Celebramos hoje a memória de Nossa Senhora das Graças, que apareceu em 1830, na França, a Santa Catarina Labouré, a quem confiou a missão de cunhar e divulgar a Medalha Milagrosa. A mensagem dessa aparição mariana pode ser compreendida à luz das leituras desta Missa votiva. No capítulo 12 do Apocalipse, o Apóstolo S. João vê no céu um grande sinal: uma Mulher vestida de sol, que luta com a antiga serpente, um enorme dragão cor de fogo. Na visão de Santa Catarina, por sua vez, Nossa Senhora aparece resplandecente, tendo sob os pés uma serpente, símbolo do demônio, e um globo terrestre, símbolo da mundanidade, vencida por sua pureza sem igual. Das mãos de Nossa Senhora saem ainda raios luminosos, que representam as inúmeras graças que, por sua intercessão, ela quer derramar sobre os seus filhos. Vemos claramente esse papel mediador da Virgem Santíssima na cena que nos retrata hoje o Evangelho. Ali, em Caná da Galiléia, Maria como que se “adianta” a Jesus, refere-lhe as necessidades dos anfitriões e consegue de seu Filho a realização do primeiro milagre: a conversão da água em vinho. Assim também, na vida de cada um de nós, ela muitas vezes se adianta às nossas necessidades e alcança de Cristo as graças de que precisamos. No entanto, faz parte dos desígnios de Deus que nós, chamados a participar livremente de suas obras, também peçamos a Ele, por intermédio de Maria, os auxílios que nos são necessários, não só quanto ao corpo, mas sobretudo quanto à alma. Ainda que não saibamos o que realmente nos convém, tenhamos a confiança de que Maria, sim, o sabe e está sempre pronta a pedi-lo ao seu Filho, que, encantado diante da beleza com que Ele mesmo a ornou, por certo não irá negar-lhe um único pedido. Recorramos, pois, confiadamente à intercessão de Maria Santíssima, medianeira de todas as graças, porque, se por meio dela quis vir ao mundo o nosso Salvador, também por meio dela irá conceder-nos tudo quanto nos for conveniente para a nossa salvação e santificação.

Oração. — “Ó Imaculada Virgem Mãe de Deus e nossa Mãe, ao contemplar-vos de braços abertos derramando graças sobre os que vo-las pedem, cheios de confiança na vossa poderosa intercessão, inúmeras vezes manifestada pela Medalha Milagrosa, embora reconhecendo a nossa indignidade por causa de nossas inúmeras culpas, acercamo-nos de vossos pés para vos expor, durante esta oração, as nossas mais prementes necessidades. Concedei, pois, ó Virgem da Medalha Milagrosa, este favor que confiantes vos solicitamos, para maior glória de Deus, engrandecimento do vosso nome, e o bem de nossas almas. E para melhor servirmos ao vosso divino Filho, inspirai-nos profundo ódio ao pecado e dai-nos coragem de nos afirmar sempre como verdadeiros cristãos. Amém”. Rezar três Ave-Marias e, no final, a seguinte jaculatória: “Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a Vós”.


Fonte: Padre Paulo Ricardo

domingo, 24 de novembro de 2019

Solenidade de Cristo Rei do Universo


Neste domingo, celebramos a Solenidade de Cristo Rei do Universo, que foi instituída pelo Papa Pio XI, a fim de glorificarmos o reinado espiritual de Cristo em reparação às perseguições cometidas por diversos governos anticristãos no início do século XX; mas também para refletirmos que a paz, a justiça e a ordem, na sociedade civil, só serão alcançadas quando Cristo reinar nos corações dos governantes.

Nessa reflexão sobre o reinado de Cristo, é necessário destacar, de imediato, que a Igreja sempre foi, e sempre será, contra o Estado laicista. Para compreender as razões disso, não é preciso citarmos o Catecismo da Igreja ou alguma encíclica papal, basta olharmos para os dias atuais. Por exemplo, se você recomendar a alguém que busque a confissão, certamente a pessoa se esquivará com a seguinte falácia: “Não preciso me confessar! Eu não tenho pecado! Eu não matei, não roubei...”. Por trás desse sofisma — que está impregnado na sociedade contemporânea — encontra-se o pressuposto de que pecado é sinônimo de crime, e por consequência, assimila-se a ideia de que pecado é somente aquilo que o Código Penal reconhece como ação criminosa. Todo aquele que pensa dessa forma, na prática, escolheu o Estado como a “autoridade espiritual” que “revela” em que consistem o bem e o mal, ou o que é pecado e o que não é. Parece inacreditável, mas justamente o Estado, com seus governantes — cujo currículo é marcado pelo materialismo e pelo relativismo moral —, exerce o poder espiritual sobre a vida das pessoas, condicionando sua visão da realidade.

Assim, lenta e gradualmente, as pessoas vão assimilando as convenções estatais. A fonte da moral passa a ser a lei aprovada e interpretada pelo Estado. Está, aí, uma das grandes ofensas contemporâneas a Cristo Rei: quando as pessoas escolhem acreditar nos ditames arbitrários do Estado e ignorar as leis gestadas no coração amoroso de Nosso Senhor Jesus Cristo. No nosso país, por exemplo, percebemos a banalização do divórcio, a partir de aprovação legislativa ocorrida em 1977, e a relativização do conceito de família por meio do ativismo judiciário exercido, cada vez mais, pelo Supremo Tribunal Federal.

Nós, católicos, não podemos aceitar esse tipo de ingerência, pois, de acordo com a ordem natural das coisas, deve haver um poder espiritual que esteja acima do Estado e que exerça influência sobre seus governantes. Essa autoridade espiritual é de Nosso Senhor Jesus Cristo; se não o for, sempre haverá um poder substituto, que é exercido pelo Anticristo, Satanás.

O princípio ideológico do “Estado laico” tem sido usado como pretexto para a implantação de um “Estado laicista”, no sentido de um governo que se autoproclama “neutro” (como se isso fosse possível), mas que, na prática, é anticristão e antirreligioso, quando não, explicitamente ateísta. No entanto, a própria ideia de “Estado laico” é irrealizável, pois é impossível a constituição de um Estado sem que haja um poder espiritual acima dele.

Nesse sentido, se um governante, ao fazer política, não obedece ao Reinado de Cristo — a fim de ter uma suposta “neutralidade” —, na verdade, estará tendo uma atitude anticristã, pois, ao ignorar os ensinamentos de Jesus, estará servindo ao Anticristo. Sempre haverá uma autoridade espiritual à qual se está servindo. Todo administrador, legislador ou juiz inevitavelmente está sujeito a esse poder espiritual real e concreto: ou está servindo a Nosso Senhor ou ao Maligno, não há outra alternativa.

Para ficar mais claro, podemos pensar na educação dos nossos filhos. Suponhamos que tomemos a insensata decisão de ter uma família “laica”, não educando nossos filhos na fé católica nem lhes ensinando os valores cristãos. Com o passar do tempo, perceberemos que nossos filhos estão seguindo ideias marxistas, defendendo a ideologia de gênero, pensando a partir de uma visão liberal sem limites morais, ou até mesmo vivendo a sexualidade de forma depravada e promíscua. Em outras palavras, se os pais não educarem seus filhos, alguém certamente os “educará” ou, para ser mais preciso, deformará.

Quando falamos em poder espiritual estamos nos referindo, de forma prática, a um poder educador. Então, as perguntas que devem ecoar em nossos corações e inquietar-nos são: Quem educará os nossos filhos? Quem educará a nossa nação? Os ateus relativistas, materialistas e anticristãos, ou nós que cremos no Reinado de Cristo?

As pessoas não param para refletir que muitos problemas da sociedade poderiam ser sanados se estivéssemos sob a autoridade espiritual de Cristo. Só é possível manter a ordem pública, por exemplo, se estivermos alicerçados sobre um sistema espiritual de valores sólidos. No entanto, como o nosso país assimilou a falácia ideológica de que o Estado é laico — quando, na prática, é laicista —, a Igreja Católica fica “amordaçada”, impedida de proclamar a Verdade e de exercer sua missão de educar. Isso porque o Estado quer instaurar o seu projeto educacional, que é satânico e anticristão, no qual triunfa a destruição da família natural, dos valores cristãos e da civilização ocidental. Até quando deixaremos Satanás reinar no lugar de Cristo?

Celebrar a Cristo Rei é, pois, recordar o fato de que, em qualquer nação do mundo, existe um poder espiritual que está acima do Estado. Esse poder, ou será exercido por Cristo ou o será pelo Maligno. E se alguém levianamente defender que não existe nenhum poder espiritual sobre o Estado, podemos ter a certeza de que este serve ao poder espiritual do mal, uma vez que, ao negar o poderio de Cristo, ele está erigindo o poder anticristão.

Que o Cristo, Rei do Universo, reine também sobre o nosso país. Mas, para isso, Ele precisa primeiro reinar em nossos corações e em nossas famílias. Portanto, não tenhamos medo de educar nossos filhos e de exercer o poder espiritual sobre eles, não os deixemos a mercê de um Estado que disfarça ser laico, mas que, na verdade, é anticristão.

Oração. — Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo, que coroado de espinhos reinastes a partir do trono da cruz, vinde reinar sobre nós, nossas famílias e nossa nação, a fim de que sirvamos somente a Vós. Assim seja!

Fonte: Padre Paulo Ricardo

quarta-feira, 13 de novembro de 2019

Nossa Senhora de Akita: Nova e urgente revelação



Quarenta e seis anos depois da última mensagem recebida nas aparições de Nossa Senhora de Akita, Japão, ser reconhecida como autênticas por parte da Igreja, a vidente Irmã Agnes Sasagawa relatou ter recebido uma nova mensagem. No domingo, 6 de outubro de 2019, por volta das 3h30, um anjo se manifestou e mencionou uma instrução diretamente dirigida à religiosa.

"É bom que diga a todos: cubram-se de cinzas e rezem o rosário penitente todos os dias. E você, deve converter-se em uma menina e oferecer sacrifícios todos os dias", expressou o anjo na visão, difundida e traduzida para o inglês pela emissora católica WQPH de Massachusetts, Estados Unidos. A religiosa tem 88 anos de idade e sofre condições de saúde próprias de sua idade, tendo experimentado recentemente uma cura providencial de um tumor em seu pescoço.

A vidente expressou que sentiu dúvidas de difundir a mensagem, mas ao assistir a Missa notou que a liturgia dois dias depois incluiu a profecia de Jonas, que pediu o arrependimento empregando os mesmos sinais pedidos pelo anjo. Ao sentir que a mensagem, apesar de ser uma revelação privada, não contradizia o que Deus mesmo comunicou reiteradamente, deu notícia do fato.

Questionada sobre a fidelidade da história, a emissora manifestou em um comunicado oficial seu apoio à redação da notícia, assim como as fontes que a transmitiram ao meio de comunicação. "Particularmente, sabemos que a Irmã Agnes sofreu muito desde a última mensagem de Akita, e nos preocupa que esta nova mensagem, este simples chamado ao arrependimento, que obtivemos através de fontes próximas a ela, tenha começado novas tribulações para ela e para seus confidentes", expressou o meio. "Não temos nenhuma razão para assumir os riscos associados com a publicação de uma história sensacionalista, como esta nova mensagem da Irmã Agnes Sasagawa, que não seja em nome das fontes, que são confiáveis e valentes, e que nos pediram que divulguemos diretamente sua mensagem".

"A nova mensagem pede a cada um de nós rezar um Rosário Penitente diariamente, e cobrir-nos de cinzas como o fizeram os residentes de Nínive ao escutar a profecia de Jonas", concluiu o comunicado sobre o relatório. "Até que possamos obter mais informação de nossa fonte, pedimos a vocês, nossos irmãos e irmãs em Cristo, que distingam com Fé e razão a veracidade da história, e lhes agradecemos sua prudência e preocupação devota pela integridade do legado de Nossa Senhora de Akita e a reputação de seus mensageiros".

A data da nova revelação privada da religiosa, como foi notada em diversos meios de comunicação coincidiu com a abertura da Assembleia Especial do Sínodo dos Bispos para a Região Pan-Amazônica na Cidade do Vaticano. (EPC)

Fonte: Gaudium Press

Abaixo um vídeo explicativo das aparições marianas em Akita, Japão.

13 de Novembro de 1965 - Última aparição de Nossa Senhora em Garabandal


No sábado, 13 de Novembro de 1965, Conchita teve sua última aparição de Nossa Senhora em Garabandal. A Conchita deu os detalhes numa carta que escreveu:

Um dia na Igreja, Nossa Senhora disse-me, numa locução, que eu iria vê-la no sábado, 13 de Novembro, nos pinheiros. Seria uma aparição especial para beijar os objetos religiosos para que eu pudesse dá-los depois, eu estava ansiosa para este dia chegar, para que eu pudesse ver de novo a Santíssima Virgem e o Menino Jesus, que tem implantado na minha vida as sementes da felicidade de Deus.

Estava chovendo, mas isso não importa para mim. Fui até os Pinheiros, carregando comigo muitos terços que as pessoas me têm dado, para distribuí-los… Quando eu estava indo para cima, e falando comigo própria, sentia-me culpada pelo meus defeitos, desejando não cair novamente, pois estava muito preocupada de comparecer perante a Mãe de Deus, sem me ter visto livre deles.

Quando cheguei aos Pinheiros, comecei a tirar os rosários para fora, e ouvi uma voz doce, a da Virgem, que sempre se distingue do meio das outras, chamando-me pelo meu nome. Respondi-lhe:

- "O que é?"

Naquele momento eu vi-A com o Menino nos braços. Ela estava vestida como sempre, sorrindo.

Eu disse-Lhe:

- "Eu vim trazer-Lhe os rosários, para que possa beijá-los."

Ela disse-me:

- "Posso ver."

Eu tinha estado a mascar pastilha elástica, mas como estava a vê-La, não mastigava. Eu coloquei a pastilha num dente. Ela deve ter notado, e por isso disse:

- "Conchita, porque não te livras da pastilha elástica e ofereces como um sacrifício para a glória de Meu Filho?"

Eu, um pouco envergonhada de mim mesma, tomei-a e joguei-a no chão. Ela disse depois:

- "Lembras-te do que Eu disse no dia do teu santo? - Que tu irias sofrer muito na Terra... Agora, eu repito-te. Tem confiança em Nós."

Então acrescentei:

- "Como sou indigna, ó Mãe nossa, de tantas graças recebidas através de Vós, e agora Vós vindes a mim para me ajudar a carregar a pequena cruz que eu tenho."

Ela disse:

- "Conchita, Eu não vim apenas para ti, mas estou vindo para todos os meus filhos, com o desejo de chegá-los para mais perto dos Nossos Corações."

Ela, então, pediu as coisas que eu tinha levado.

- "Dá-mos para que eu possa beijar tudo o que trouxeste contigo."

E dei-Lhe tudo. Eu estava trazendo comigo também um pequeno crucifixo que eu lhe dei a beijar. Beijou-o e disse:

- "Coloca-o nas mãos do Menino Jesus."

Eu fi-lo e Ele não disse nada. Eu disse:

- "Essa cruz, eu a pretendo levar comigo quando for para o convento."

Mas Ele não respondeu. Depois de tudo beijar, Ela comentou:

- "O Meu filho, através deste beijo, irá operar maravilhas. Distribui-as aos outros..."

- "Claro que eu vou fazê-lo."

Depois de tudo isto, Ela pediu que eu Lhe dissesse todas as petições que havia recebido dos outros.

- "Conchita, diz-me, diz-me coisas sobre os meus filhos. Eu tenho todos eles sob o Meu Manto."

Eu comentei:

- "Ele é muito pequeno e não há espaço para todos nós."

Ela sorriu e disse:

- "Tu sabes, Conchita, porque Eu não vim pessoalmente a 18 de Junho para dar-te a mensagem para o mundo? Porque Me doía dizê-lo pessoalmente, mas tenho que dizê-lo para vosso próprio bem, e se o cumprirdes, para glória de Deus. Eu te amo muito e desejo a vossa salvação; para reunir todos em torno de Deus Pai, do Filho e do Espírito Santo. Conchita, não vais responder a isto?"

Eu disse:

- "Se eu pudesse estar sempre a vê-La, sim, mas de outra forma não posso, porque eu sou muito má..."

- "Tu, faz tudo o que puderes”. Nossa Senhora acrescentou: "E nós te ajudaremos, bem como a minhas filhas Loli, Jacinta e Mari Cruz..."

Ela não ficou muito tempo comigo.

Ela também disse:

- "Esta será a última vez que tu me vais ver aqui, mas Eu sempre estarei com todos os meus filhos." Depois disso, ela acrescentou: "Conchita, por que não vais frequentemente visitar o Meu Filho no Santíssimo Sacramento? Por que te deixas levar pela preguiça e não vais visitar quem está à tua espera noite e dia?"

Como já escrevi anteriormente, estava uma forte chuvada. Nossa Senhora e o Menino não se molharam. Eu não sabia que estava chovendo enquanto Os via, mas quando parei de vê-los, eu estava encharcada. Também Lhe disse:

- "Ó como estou feliz quando eu Vos vejo. Por que não me levais conVosco agora?"

Ela respondeu:

- "Lembra-te do que te disse no dia do teu santo. Quando tu te apresentares diante de Deus, deves mostrar-Lhe as mãos cheias de boas obras feitas por ti para teus irmãos, e para a glória de Deus. Agora, as tuas mãos estão vazias."

Isto é tudo. Passei um momento feliz com a minha Mãe do céu, a minha melhor amiga, e com o Menino Jesus. Eu deixei de Os ver, mas não de os sentir próximos. Novamente eles semearam na minha alma grande paz, alegria e o desejo de vencer os meus defeitos para que eu consiga amar, com todas as minhas forças, o Coração de Jesus e Maria, que tanto nos amam...

Imagem retratando a última aparição da Mãe de Deus com o Menino Jesus em Garabandal

Conchita termina com isto:

A Virgem Maria disse-me antes que Jesus não pretende enviar a punição, a fim de nos entristecer, mas para nos ajudar e nos repreender por não Lhe prestarmos atenção. E o Aviso, será enviado a fim de nos purificar para o Milagre, em que Ele vai nos mostrar o Seu grande Amor, e para que possamos cumprir a Mensagem.

Com esta aparição de Nossa Senhora, o ciclo de aparições em Garabandal fechou-se. Vai ser definitivamente confirmada numa quinta-feira às 08:30 da noite, quando o Milagre acontecer. Isso marcará o início de uma nova era na história da Salvação da humanidade.

Fonte: http://www.amen-etm.org/MensagemdaVirgemMariaemGarabandal.htm

sábado, 2 de novembro de 2019

Comemoração de Todos os Fiéis Defuntos

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A Comemoração de Todos os Fiéis Defuntos, dia em que a Igreja nos exorta a sufragar com especial generosidade, com jejuns, esmolas e orações, as almas dos que padecem no Purgatório, é uma ocasião propícia para recordarmos alguns pontos básicos da fé cristã a respeito dos novíssimos. Antes de tudo, é preciso saber que, logo após a morte, a alma humana apresenta-se diante de Deus para receber a sentença do seu juízo particular, em virtude da qual ela irá, de forma definitiva e irreformável, a) ou para o inferno, caso tenha morrido em pecado mortal, ou, se partiu deste mundo em estado de graça, b) para o céu, se estiver totalmente preparada para a visão beatífica, c) ou para o Purgatório, onde deverá pagar a pena temporal de seus pecados ainda não satisfeita, além de purificar-se das imperfeições que a impedem de entrar na glória eterna. Isso significa que, no Dia de Finados, não rezamos para que os mortos se salvem, uma vez que, depois da morte, já está selado para sempre o destino de cada um deles. Proferida a sentença do juízo particular, de nada adiantam, por exemplo, as orações feitas em favor de um condenado.

Daí também se segue que o Purgatório, ao contrário de que às vezes se pensa, não é um momento de “indecisão” em que a alma, numa última oportunidade, poderia decidir amar a Deus, e assim ir para o céu, ou rejeitá-lo para sempre, e assim precipitar-se no inferno. Os que vão para o Purgatório, com efeito, já estão salvos: têm garantida a sua eterna bem-aventurança, à qual só terão acesso depois de se terem purificado, padecendo sem mérito na outra vida o que poderiam ter lucrado nesta, da pena temporal devida aos seus pecados já perdoados quanto à culpa. Essas almas benditas, que se acham em condição puramente penal e nada são capazes de fazer por si mesmas, podem contudo ser ajudadas pelos sufrágios dos fiéis, na forma de Missas, orações, esmolas, jejuns e outras obras de piedade, sobretudo pelas indulgências.

É a isso que nos exorta hoje a Santa Igreja, é ao cumprimento deste dever sagrado de caridade para com os nossos irmãos mortos na fé que ela hoje nos induz. É verdade que, a não ser por especial revelação, não podemos saber se um nosso parente ou amigo, falecido talvez repentina e tragicamente, sem chance de receber os sacramentos, foi para o inferno ou para o Purgatório. No entanto, essa mesma incerteza, sustentada pela esperança de que Deus não nega a ninguém os auxílios necessários e suficientes à salvação, nos deve impelir a rezar, sim, por todos os fiéis que, mortos na graça divina, necessitam agora do nosso auxílio para que se lhes aliviem as penas que suportam e se lhes abrevie o tempo de padecimento; mas também por todos aqueles que, mesmo sem dar nesta vida sinais visíveis de se terem convertido a Deus, podem muito bem, num ato supremo de misericórdia do nosso dulcíssimo Juiz, estar hoje no Purgatório, onde permanecerão por ainda mais tempo, se não abrirmos nossas mãos para auxiliá-los generosamente. Nossa Mãe Santíssima, que conhece o fim que tiveram os mortos por quem hoje rezarmos, saberá fazer bom uso dos sufrágios que oferecermos, e lhes dará melhor e mais sábia aplicação.

Fonte: Padre Paulo Ricardo

sexta-feira, 1 de novembro de 2019

Solenidade de Todos os Santos

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A Igreja celebra em 1° de novembro a Solenidade de Todos os Santos, que, no Brasil, será celebrada no próximo domingo.

Nesta solenidade, a Igreja exulta pela glória e honra de todos os Santos, que contemplam eternamente o rosto de Deus e vivem plenamente a sua visão beatífica.

Para alguns, na Europa, este dia é chamado também "Páscoa do outono", uma solenidade importante para os membros ativos da Igreja, que olham e aspiram ao Céu.

A santidade é um caminho que todos somos chamados a trilhar, seguindo o exemplo dos nossos irmãos, que nos foram propostos como modelos de vida cristã, por terem encontrado Jesus e a ele confiado sua vida, fraquezas e sofrimentos.

Significado da Solenidade

A memória litúrgica dedica um dia especial a todos aqueles que estão unidos a Cristo na glória eterna e intercedem por nós como nossos protetores.

Os Santos são os filhos de Deus que chegaram à meta da salvação e vivem na eternidade a condição da bem-aventurança; os santos são também aqueles que nos acompanham no caminho da imitação de Jesus, que nos leva a ser pedras angulares na construção do Reino de Deus.

Comunhão dos Santos

Em nossa profissão de fé, afirmamos que cremos na Comunhão dos Santos, uma expressão que nos faz entender a vida e a eterna contemplação de Deus, motivo e finalidade da verdadeira Comunhão, mas também com as "coisas" sagradas.

O dom da Eucaristia permite a antecipação da liturgia que o Senhor celebra no santuário celestial, com todos os Santos. A grandeza da redenção é medida pelos seus frutos, isto é, pelos que foram redimidos pela santidade. Por meio deles, a Igreja contempla a sua vocação e a condição da humanidade transfigurada a caminho do Reino.

Origem e história


A origem desta festa da esperança, objetivo da nossa vida, tem raízes antigas. No século IV, teve início a comemoração dos fiéis mártires. Os primeiros sinais desta celebração encontramos em Antioquia, no domingo após o dia de Pentecostes, sobre os quais fala São João Crisóstomo.

Entre os séculos VIII e IX, esta festa começou a se espalhar pela Europa e em Roma, onde o Papa Gregório III (731-741) escolheu o dia 1º de novembro como a data que coincidia com a consagração de uma capela, na Basílica de São Pedro, dedicada às relíquias "dos santos Apóstolos e de todos os Santos mártires e confessores, e a todos os justos, que descansam em paz no mundo".

Fonte: Vatican News