quinta-feira, 22 de fevereiro de 2018
22 de Fevereiro - Festa da Cátedra de São Pedro
Ao longo da Quaresma, abrimos um pequeno parêntese para contemplar a realidade do ministério petrino. Jesus quer que o seu serviço, ou seja, a sua função de Apóstolo do Pai, continue ao longo dos séculos através da sucessão apostólica, a fim de que sempre brilhe diante dos homens a luz da verdade. Aqui reside, pois, o grande mistério da Igreja: Jesus veio para nos revelar o Pai; ora, ninguém nunca viu a Deus, mas o Filho, que está na intimidade do Pai, no-lo deu a conhecer. Ele é o grande enviado de Deus, encarregado de revelar aos homens o que o Pai tem a dizer de sua própria intimidade. Essa mensagem, mais do que um conjunto de palavras, é a própria pessoa do Filho encarnado, expressão do amor divino, irradiação eterna do esplendor da divindade. Seria, pois, uma tristeza que uma mensagem tão bela e sublime se apagasse com a subida de Cristo aos céus. Foi por isso que o Senhor quis fundar uma Igreja, na qual todo homem de boa vontade pode entrar em contato com as verdades que Deus revelou sobre si mesmo. Essa Igreja, por sua vez, está cimentada nos doze Apóstolos, dos quais o primeiro, São Pedro, resume o ministério de todo o colégio apostólico: ser enviado de Cristo e continuador de sua obra salvífica, mas com um poder recebido. É por isto que dizemos que o Romano Pontífice é vigário de Cristo, ou seja, alguém que detém um poder do qual não pode dispor a seu bel-prazer. Os Papas são constituídos cabeça visívelda Igreja a fim de conservar a presença, a palavra e o poder sacramental que Nosso Senhor exerce providencialmente sobre o seu Corpo Místico. A Cátedra de São Pedro, nesse sentido, é sinal do magistério perpétuo de Cristo; é sinal visível daquela Cabeça invisível que governa a Igreja. Servo dos servos de Deus, o Papa tem o dever de transmitir aquilo que é a palavra revelada por Cristo, Nosso Senhor, para a nossa salvação. Rezemos hoje pelo Pontífice reinante e peçamos a Deus que lhe conceda a graça de reger com prudência a Igreja universal, a fim de que a todos chegue, incorrupta e incontaminada, a doutrina salvífica do Verbo encarnado.
Fonte: Padre Paulo Ricardo
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