domingo, 30 de junho de 2019

Solenidade de São Pedro e São Paulo



Estes santos são considerados “os cabeças dos apóstolos” por terem sido os principais líderes da Igreja Cristã Primitiva, tanto por sua fé e pregação, como pelo ardor e zelo missionários.

Pedro, que tinha como primeiro nome Simão, era natural de Betsaida, irmão do Apóstolo André. Pescador, foi chamado pelo próprio Jesus e, deixando tudo, seguiu ao Mestre, estando presente nos momentos mais importantes da vida do Senhor, que lhe deu o nome de Pedro.

Em princípio, fraco na fé, chegou a negar Jesus durante o processo que culminaria em Sua morte por crucifixão. O próprio Senhor o confirmou na fé após Sua ressurreição (da qual o apóstolo foi testemunha), tornando-o intrépido pregador do Evangelho através da descida do Espírito Santo de Deus, no Dia de Pentecostes, o que o tornou líder da primeira comunidade. Pregou no Dia de Pentecostes e selou seu apostolado com o próprio sangue, pois foi martirizado em uma das perseguições aos cristãos, sendo crucificado de cabeça para baixo a seu próprio pedido, por não se julgar digno de morrer como seu Senhor, Jesus Cristo. Escreveu duas Epístolas e, provavelmente, foi a fonte de informações para que São Marcos escrevesse seu Evangelho.

Paulo, cujo nome antes da conversão era Saulo ou Saul, era natural de Tarso. Recebeu educação esmerada “aos pés de Gamaliel”, um dos grandes mestres da Lei na época. Tornou-se fariseu zeloso, a ponto de perseguir e aprisionar os cristãos, sendo responsável pela morte de muitos deles.

Converteu-se à fé cristã no caminho de Damasco, quando o próprio Senhor Ressuscitado lhe apareceu e o chamou para o apostolado. Recebeu o batismo do Espírito Santo e preparou-se para o ministério.

Tornou-se um grande missionário e doutrinador, fundando muitas comunidades. De perseguidor passou a perseguido, sofreu muito pela fé e foi coroado com o martírio, sofrendo morte por decapitação. Escreveu treze Epístolas e ficou conhecido como o “Apóstolo dos gentios”.

Fonte: https://santo.cancaonova.com/santo/sao-pedro-e-sao-paulo-apostolos-principais-lideres-da-igreja-crista/

sábado, 29 de junho de 2019

Memória do Imaculado Coração de Maria


Tendo celebrado ontem a solenidade do Sagrado Coração de Jesus, a Igreja comemora hoje o Imaculado Coração de Maria. Esta proximidade entre as duas festas litúrgicas busca salientar não só o vínculo estreitíssimo que, na piedade dos fiéis, deve existir entre a devoção ao Coração de Cristo, de um lado, e aquela ao de sua Mãe Santíssima, de outro; mas também, como nos recorda a aparição da Virgem em Tuy, que o Imaculado Coração de Maria não é mais do que o próprio Coração de Jesus. Maria mostrou à Irmã Lúcia o seu Coração puríssimo, não com as características com que ele costuma ser representado, mas cercado de espinhos flamejantes, numa clara alusão ao Coração de seu Filho. Isso não deve levar-nos a pensar que apenas a Maria foi dado o privilégio de ter o seu Coração substituído pelo de Cristo. Trata-se, antes, de uma realidade que os fiéis todos estamos chamados a vivenciar. Temos disto uma prova, em primeiro lugar, na autoridade das Sagradas Escrituras: “Estais mortos”, diz-nos São Paulo, “e a vossa vida está escondida com Cristo em Deus” (Col 3, 3), ou seja, pelo Batismo, fomos crucificados para nós e o mundo, de maneira que já não somos nós que vivemos; é Cristo quem vive em nós (cf. Gl 2, 20). Também a história dos santos nos mostra, sobretudo no caso singular de Santa Catarina de Sena, que quanto mais amamos a Cristo e a Ele nos configuramos, mais o nosso coração vai-se transformando no dele, até ser completa a nossa identidade de afetos e pensamentos, segundo aquilo do mesmo Apóstolo: “Tende em vós os mesmos sentimentos de que Jesus Cristo estava animado” (Fp 2, 5). Mas como, de forma concreta, hemos de chegar a esse grau de configuração a Nosso Senhor? Encontramos no Evangelho de hoje a resposta a esta pergunta: “Sua mãe guardava todas essas coisas no seu coração” (Lc 2, 51), e também nos versículos anteriores, em que São Lucas, repetindo a mesma ideia, acrescenta um pormenor de fundamental importância: “Maria conservava todas essas palavras, meditando-as no seu coração” (Lc 2, 18). Eis aí o caminho que temos a trilhar para que um dia o nosso coração se transforme no de Cristo: à semelhança de Maria, cujo Coração Imaculado — no dizer do Beato Alberto del Corona — foi o primeiro evangelho em que o Espírito Santo imprimiu os mistérios da fé, também nós temos de ouvir, guardar e meditara Palavra de Deus, para que ela, que se fez carne no ventre da Virgem, se encarne também em nossas almas, em nossos costumes, em nossa vida. Que, com a ajuda de nossa Mãe do céu, saibamos anelar a estar junto de Cristo, já aqui na terra, pela fé viva de amor, e depois na pátria celeste, pela caridade alegre de contemplar por todo o sempre a quem tanto esperamos nesta vida.

Fonte: https://padrepauloricardo.org/episodios/memoria-do-imaculado-coracao-de-maria-mmxix

sexta-feira, 28 de junho de 2019

Solenidade do Sagrado Coração de Jesus


Celebramos hoje com grande alegria a solenidade do Sagrado Coração de Jesus, símbolo concreto do amor que Cristo nos tem e que nós, infelizmente, muitas vezes recompensamos com ingratidões, ultrajes e indiferenças. E para podermos compreender melhor a profundidade da caridade de Cristo para conosco, vale a pena escutar o que diz São Paulo em sua Epístola aos Efésios: “Por esta causa”, escreve ele, “dobro os joe­lhos em presença do Pai” (Ef 3, 14), cujo amor, revelado já no Antigo Testamento, se manifesta em toda a sua plenitude no amor encarnado que Jesus traz dentro de seu Coração. Revelado, pois, em Cristo o amor de Deus aos homens, é agora necessário, conclui o Apóstolo, que sejamos “poderosamente robustecidos pelo seu Espírito em vista do crescimento do nosso homem interior” (Ef 3, 16). Ora, esse fortalecimento interior, que nos torna aptos para conhecer e corresponder ao amor de Cristo, se fundamenta nas duas virtudes teologais mais importantes: “Que Cristo habite pela fé em vossos corações, arraigados e consolidados na caridade” (Ef 3, 17): a fé, princípio da salvação, fundamento e raiz de toda justificação, é a base sobre a qual se há-de erguer o edifício da nossa vida espiritual, porque sem ela é impossível agradar a Deus e chegar à comunhão de seus filhos; a caridade, por seu turno, é a forma que dá a esta mesma fé a sua perfeição última, tornando-a capaz de compreender em verdade “qual seja a largura, o comprimento, a altura e a profundidade”, isto é, de conhecer o amor “de Cristo, que desafia todo o conhecimento” (Ef 3, 18s). É assim, com uma fé firme, fortalecida pela caridade que só o Espírito Santo pode difundir em nossos corações, que poderemos ter hoje uma mais exata noção do quanto nos ama o Sagrado Coração de Jesus e, portanto, experimentar pela ação do mesmo Espírito o desejo de corresponder a tamanho amor com todo o amor de que formos capazes. Que o amantíssimo Coração do nosso divino Redentor nos conceda, do seu tesouro de graças e misericórdias, a graça de uma fé inabalável na verdade do seu amor por nós, e que o Espírito Santo que nos foi dado infunda em nossos corações o dom de uma caridade perfeita, que fará da nossa fé uma realidade viva e operante, que não se contenta em saber-se amada, porque anseia amar de volta, sob os impulsos de uma vontade dócil à graça e cativada pelo amor de Cristo. — Ó Sagrado Coração de Jesus, dá-nos o amor com que queres que te amemos!

Fonte: https://padrepauloricardo.org/episodios/solenidade-do-sagrado-coracao-de-jesus-mmxix

segunda-feira, 24 de junho de 2019

24 de Junho - Solenidade da Natividade de São João Batista


Celebramos hoje a solenidade do nascimento de São João Batista, primo de Nosso Senhor. E para bem aproveitarmos esta celebração, é importante levar em conta as razões por que a Igreja Católica comemora em sua Liturgia apenas três natividades: a) a de Nossa Senhora, b) a de Jesus Cristo e, hoje, c) a do Precursor. Todos os homens, com efeito, estão implicados no pecado de Adão, pai do gênero humano, de sorte que todos herdam uma natureza privada da santidade e da justiça originais que os nossos protoparentes receberam de Deus antes da queda (cf. CIC 404). Ora, é apenas por meio do Batismo que é apagada em nós a mancha do pecado original e nos é conferida a vida da graça (cf. CIC 405). Por isso, todo homem, desde a sua concepção, nasce em estado de pecado e necessita, para ser justificado, do lavatório da regeneração: “Quem não renascer da água e do Espírito não poderá entrar no Reino de Deus” (Jo 3, 5).

Há no entanto três casos especialíssimos em que, por disposição da divina Providência, existe santidade desde o ventre materno: a) em primeiro lugar, Jesus Cristo, que, por ser o próprio Verbo encarnado, não poderia herdar de forma alguma a herança de Adão: Ele, ao assumir a forma de servo, elevou o que é humano sem diminuir o que é divino, passando “pelas mesmas provações que nós, com exceção do pecado” (Hb 4, 15); b) Maria Santíssima, por sua vez, foi preservada do pecado, vencendo-o por sua santa e Imaculada Conceição; c) João Batista, enfim, foi santificado já no seio materno, conforme aquilo de São Lucas: “Apenas Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança estremeceu no seu seio; e Isabel ficou cheia do Espírito Santo” (Lc 1, 41). A Igreja crê, pois, que por ocasião da visitação de Nossa Senhora à sua prima Deus purificou do pecado aquele que, nas palavras de Zacarias, seria “chamado profeta do Altíssimo” (Lc 1, 76).

Justificado, assim, desde o seu primeiro encontro com Cristo, São João Batista foi santificado pelo Pai a fim de poder preparar como convinha as veredas do Filho (cf. Mt 3, 3). Ele, que é com justiça o último e o maior dos profetas (cf. Lc 7, 26), constitui como que a abóbada e o remate do Antigo Testamento: inaugurando o Evangelho (cf. Lc 16, 16; At 1, 22) pela pregação da conversão e da penitência, o Batista quer nos levar a morrer para o pecado, a fim de que Jesus Cristo, “o Cordeiro de Deus” (Jo1, 29), nos faça nascer para a graça e a vida verdadeira. Ouçamos hoje com atenção os apelos do Precursor; convençamo-nos de que, se não morrermos para nós mesmos e para o nosso egoísmo, não poderemos deixar o Cristo ser gerado em nós. Convertamo-nos e façamos penitência, com amor e generosidade, porque o Reino de Deus está mais do que próximo (cf. Mt 3, 2): está já aqui, neste tempo da Igreja, em que por graça nos é dado e ver e viver o que o Precursor anunciou sem ter visto nem vivido a não ser em figura e preparação.

Fonte: https://padrepauloricardo.org/episodios/solenidade-da-natividade-de-sao-joao-batista-mmxix

quinta-feira, 20 de junho de 2019

Solenidade do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo - Corpus Christi


No sacramento da Santíssima Eucaristia, como ensina a doutrina católica, estão presentes, não em signo, figura ou virtude, mas verdadeira, real e substancialmente o Corpo e o Sangue, a Alma e a Divindade de Nosso Senhor Jesus Cristo e, portanto, o Cristo inteiro (cf. Concílio de Trento, sess. XIII, cân. 1). Assim o quis a caridade de Nosso Senhor, que por nossa salvação assumiu um Corpo como o nosso e, para nos unir a si e a Deus, deixou neste sacramento a verdade de sua presença corporal (cf. Santo Tomás de Aquino, STh III, 75, 1 c.), ainda que só alcançável pelos olhos da fé: “Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e eu nele” (Jo 6, 56). Por isso, embora pela comunhão sejamos realmente unidos à Divindade, objeto e fim primário da nossa adoração, essa íntima união é mediada pela humanidade — Corpo, Sangue e Alma — de Cristo, de maneira que, ao recebermos o Filho de Deus na Eucaristia, entramos em comunhão também com um ser humano: Cristo, como ensina a fé católica e ortodoxa, não é uma pessoa humana, mas divina; no entanto, possui Ele tudo o que tem e compete a um homem íntegro e perfeito, e tudo isso está contido sacramentalmente na hóstia e vinho consagrados. A comunhão eucarística, por esse motivo, não deve ser vivida como uma vaga e, por assim dizer, “vaporosa” união espiritual com um Deus distante, mas como a relação mais estreita, interior, profunda e amorosa que podemos ter com um ser humano que é, ao mesmo tempo, Deus verdadeiro de Deus verdadeiro. Com efeito, por mais que se amem os esposos, por maior que seja o carinho entre os irmãos, por mais firme que seja uma amizade, nenhum outro homem além de Cristo pode fazer o próprio Sangue correr nas nossas veias, a própria Alma penetrar e iluminar a nossa, o próprio Corpo como que fundir-se com cada célula do nosso. Sinal da mais perfeita caridade, a Eucaristia é pois a união com o Deus que se fez homem e com o Homem que é Deus: nela, recebemos não só a graça, mas o autor dela e o instrumento que no-la comunica; nela, recebendo a Cristo, recebemos também, por concomitância, toda a Santíssima Trindade, porque onde está o Filho, aí está o Pai; e onde estão os dois, ali está também o Espírito de amor que os une. Que a nossa comunhão eucarística seja pois cada vez mais devota e fervorosa, como um momento de encontro íntimo com aquele que, de tanto nos amar, não quis destituir-nos de sua presença real, mas unir-nos ao seu próprio ser em uma familiaríssima conjunção de corpo, alma e coração. — Graças e louvores se dêem a todo momento, ao santíssimo e diviníssimo sacramento!

Fonte: https://padrepauloricardo.org/episodios/solenidade-do-santissimo-corpo-e-sangue-de-cristo-mmxix

terça-feira, 18 de junho de 2019

18 de Junho e as aparições em Garabandal



SÃO MIGUEL ARCANJO APARECE PARA AS MENINAS

58º ANIVERSÁRIO DO INÍCIO DAS APARIÇÕES

Uma data muito especial, um dos dias mais importantes na história dos inigualáveis acontecimentos de Garabandal, porque em 1961 apareceu na "Calleja", caminho que leva aos Pinheiros, o Arcanjo São Miguel, ao qual as meninas o viram pela primeira vez. Elas não sabiam quem era no princípio e mesmo depois de saberem, sempre acostumaram chamá-lo de "Anjo", pois criaram uma intimidade com ele.

As quatro meninas, Conchita (12 anos), Jacinta (12 anos), Mari Loli (12 anos) e Mari Cruz (11 anos) estavam sentadas na "Calleja" e estavam mordendo algumas maçãs provindas de seu pequeno "furto inocente" (tomadas a partir da macieira do professor)...Um trovão juntamente com relâmpagos que ziguezagueavam através do céu repentinamente acontece...Eram cerca de 20h30min, assustadas as crianças começaram a se arrepender por suas travessuras, quando de repente um Anjo apareceu...

Conchita foi a primeira a vê-lo, quase um minuto depois que as outras meninas choravam ao ver a amiga daquele jeito extática, achavam que estava doente e quando iam sair para buscar ajuda, todas ao mesmo tempo dizem:

"Olhem o Anjo! "

Então, caindo em êxtase, elas contemplaram ele em silêncio. O Anjo apareceu para as crianças, vestindo uma túnica azul, com olhos e cabelos escuros "asas que pareciam como se elas fossem feitas de fogo", de acordo com o relato de Conchita. "Uma pessoa muito bonita, rodeada por uma luz muito forte que não feria os olhos", a salientou a vidente. De acordo com a Jacinta, "o Anjo aparentava ter uns nove anos de idade, mas sentíamos que ele era 'muito forte'. Ele parecia um garoto, mas diante dele, sentíamos um grande respeito." Estamos quase certo agora que o Anjo que apareceu em Fátima também foi o Arcanjo Miguel. Em Garabandal, temos esta certeza, pois dias depois, em 02 de julho as meninas souberam a sua identidade a partir da própria Nossa Senhora.

Por fim, sabemos que esta "história" ainda não terminou, pois adentramos o predito "período profético" informado detalhadamente pela Santíssima Virgem em Garabandal.

* Em 18 de Junho de 1962 - No primeiro aniversário da sua aparição, São Miguel Arcanjo parece as meninas no mesmo local (Calleja).

* Em 18 de Junho de 1965 - No 4º aniversário de sua primeira visita, o Arcanjo Miguel informa a segunda e mais importante mensagem da Santíssima Mãe:

“Como minha mensagem de 18 de Outubro não tem sido cumprida, nem dada a conhecer ao mundo, advirto-vos, pois, que esta é a última. De inicio, o cálice estava a encher, agora está a transbordar. Muitos cardeais, bispos e sacerdotes estão no caminho da perdição e com eles vão muitas almas. Dá-se cada vez menos importância à Eucaristia, deveis afastar a ira de Deus sobre vós com os vossos esforços. Se Lhe pedirdes perdão com a sinceridade das vossas almas, Ele vos perdoará. Eu, Vossa Mãe, pela intercessão do Arcanjo São Miguel, quero-vos dizer que vos emendeis. Já estais nos últimos avisos. Amo-vos muito e não quero a vossa condenação. Peçam-nos com sinceridade e nós vos daremos. Deveis sacrificar-vos mais. Pensai na Paixão de Jesus.”

Fonte: https://m.facebook.com/alexandre.machado.50702/posts/pcb.2192527034206554/?photo_id=2467951486560000&mds=%2Fphotos%2Fviewer%2F%3Fphotoset_token%3Dpcb.2192527034206554%26photo%3D2467951486560000%26profileid%3D100005987739858%26source%3D48%26refid%3D18%26ref%3Dcontent_filter%26__tn__%3DEH-R%26cached_data%3Dfalse%26ftid%3D&mdp=1&mdf=1

domingo, 16 de junho de 2019

Solenidade da Santíssima Trindade


Só existe um Deus, mas n’Ele há três Pessoas divinas distintas: Pai, Filho e Espírito Santo

Hoje, a Igreja celebra a Solenidade da Santíssima Trindade, o mistério central da fé e da vida cristã. Deus se revelou como Pai, Filho e Espírito Santo. Foi Nosso Senhor Jesus Cristo quem nos revelou esse mistério. Ele falou do Pai, do Espírito Santo e de Si mesmo como Deus. Logo, não é uma verdade inventada pela Igreja, mas revelada por Jesus. Não a podemos compreender, porque o Mistério de Deus não cabe em nossa cabeça, mas é a verdade revelada.

Santo Agostinho (430) dizia que o Espírito Santo procede do Pai, enquanto fonte primeira, e pela doação eterna deste último ao Filho, do Pai e do Filho em comunhão (A Trindade, 15,26,47).

Só existe um Deus, mas n’Ele há três Pessoas divinas distintas: Pai, Filho e Espírito Santo. Não pode haver mais que um Deus, pois este é absoluto. Se houvesse dois deuses, um deles seria menor que o outro, mas Deus não pode ser menor que outro, pois não seria Deus.

Por não dividir a unidade divina, a distinção real das Pessoas entre si reside unicamente nas relações que as referem umas às outras: Nos nomes relativos das Pessoas, o Pai é referido ao Filho, o Filho ao Pai, o Espírito Santo aos dois. Quando se fala dessas três Pessoas, considerando as relações, crê-se todavia em uma só natureza ou substância (XI Conc. Toledo, DS 675).

São Clemente de Roma, Papa no ano 96, ensinava: “Um Deus, um Cristo, um Espírito de graça” (Carta aos Coríntios 46,6). “Como Deus vive, assim vive o Senhor e o Espírito Santo” (Carta aos Coríntios 58,2).

O Concílio de Niceia, ano 325, confirmou toda essa verdade: “Cremos […] em um só Senhor Jesus Cristo, Filho de Deus, nascido do Pai como Unigênito, isto é, da substância do Pai, Deus de Deus, luz da luz, Deus verdadeiro de Deus verdadeiro, gerado, não feito, consubstancial com o Pai, por quem foi feito tudo que há no céu e na terra. […] Cremos no Espírito Santo, Senhor e fonte de vida, que procede do Pai, com o Pai e o Filho é adorado e glorificado, o qual falou pelos Profetas” (Credo de Niceia).

Fonte: https://santo.cancaonova.com/santo/solenidade-da-santissima-trindade/

quinta-feira, 13 de junho de 2019

A aparição de Tuy - 90 anos

A imagem pode conter: área interna


Em 1926 a Irmã Lúcia deixou o convento em Pontevedra para entrar no noviciado
das Dorotéias em Tuy, uma cidade espanhola não longe de Pontevedra. Tomou o hábito
em 26 de Outubro de 1926, e pronunciou os primeiros votos em 3 de Outubro de 1928.

Foi em Tuy que se cumpriu a promessa de Nossa Senhora contida no Segredo de 13 de
Julho de 1917: "Virei pedir a Consagração da Rússia..."

A Irmã Lúcia descreveu assim esta comunicação:

(13 de Junho de 1929). Eu tinha pedido e obtido licença das minhas Superioras e confessor para fazer a Hora Santa das 11 à meia-noite, de quintas para sextas-feiras todas as semanas. Estando uma noite só, ajoelhei-me entre a balaustrada, no meio da capela, a rezar, prostrada, as orações do Anjo ... Sentindo-me cansada, ergui-me e continuei a rezá-las com os braços em cruz. A única luz era a da lâmpada [do altar]. De repente, iluminou-se toda a capela com uma luz sobrenatural, e sobre o altar apareceu uma cruz de luz que chegava até ao teto. Em uma luz mais clara via-se, na parte superior da cruz, uma face de Homem com corpo até à cinta, sobre o peito uma pomba também de luz e, pregado na cruz, o corpo de outro Homem. Um pouco abaixo da cinta [de Cristo crucificado], suspenso no
ar, via-se um Cálice e uma Hóstia grande, sobre a Qual caíam algumas gotas de sangue que corriam pelas faces do Crucificato e de uma ferida do peito.

Escorregando pela Hóstia, essas gotas caíam dentro do Cálice.

Sob o braço direito da cruz estava Nossa Senhora (era Nossa Senhora de Fátima, com o Seu Imaculado Coração na mão esquerda, sem espadas ou rosas, mas com uma coroa de espinhos e chamas) ... Sob o braço esquerdo [de cruz], umas letras grandes, como se fossem de água cristalina que corresse para cima do altar, formavam estas palavras: "Graça e Misericórdia". Compreendi que me era mostrado o mistério da Santíssima Trindade, e recebi luzes sobre este mistério que não me é permitido revelar.

Então Nossa Senhora disse-me:

‘É chegado o momento em que Deus pede para o Santo Padre fazer, em união com todos os Bispos do mundo, a Consagração da Rússia ao Meu Imaculado Coração, prometendo salvá-la por este meio. São tão numerosas as almas que a justiça de Deus condena por pecados cometidos contra Mim, que venho pedir reparação. Sacrifica-te por esta intenção e reza.’

Contei isto ao meu confessor, que me mandou escrever o que Nosso
Senhor queria que se fizesse.

O pedido feito em Tuy distinguiu-se especialmente pelo papel que os Bispos da Igreja, e especificamente o Santo Padre, haviam de ter no plano de Deus para a paz. Os
fiéis tinham sido instruídos sobre o papel da oração e do sacrifício durante as aparições
de Fátima. Em Tuy, porém, foi atribuída ao Papa a primeira responsabilidade para a paz futura: "Deus pede ao Santo Padre ...."

Em 1917 o Santo Padre pedira à Mãe do Céu que obtivesse a paz do mundo e, como uma Mãe amantíssima, Ela acedeu prontamente, mas com a condição da colaboração fiel do Santo Padre e da Igreja com o Seu plano.

Fonte: http://www.fatima.org/port/essentials/facts/pt_tuy.pdf

Segunda aparição de Nossa Senhora em Fátima - 13 de Junho de 1917




A 13 de junho, os pastorinhos não estavam sós, mais 50 pessoas haviam comparecido ao local.
A pequena Jacinta não conseguira guardar o segredo que os três haviam combinado, e se espalhara a notícia da aparição.
Em seguida, conta Lúcia em suas memórias:
Depois de rezar o terço com a Jacinta e o Francisco e mais pessoas que estavam presentes, vimos de novo o reflexo da luz que se aproximava (a que chamávamos relâmpago) e, em seguida, Nossa Senhora sobre a carrasqueira, em tudo igual a Maio. 
– Vossemecê que me quer? – perguntei. 
– Quero que venhais aqui no dia 13 do mês que vem, que rezeis o terço todos os dias e que aprendam a ler. Depois direi o que quero. 
Pedi a cura dum doente. 
– Se se converter, curar-se-á durante o ano. 
– Queria pedir-Lhe para nos levar para o Céu. 
– Sim; a Jacinta e o Francisco levo-os em breve. Mas tu ficas cá mais algum tempo. Jesus quer servir-Se de ti para Me fazer conhecer e amar. Ele quer estabelecer no mundo a devoção a Meu Imaculado Coração
– Fico cá sozinha? – perguntei, com pena. 
– Não, filha. E tu sofres muito? Não desanimes. Eu nunca te deixarei. O meu Imaculado Coração será o teu refúgio e o caminho que te conduzirá até Deus. 
Foi no momento em que disse estas últimas palavras que abriu as mãos e nos comunicou, pela segunda vez, o reflexo dessa luz imensa. Nela nos víamos como que submergidos em Deus. A Jacinta e o Francisco parecia estarem na parte dessa luz que se elevava para o Céu e eu na que se espargia sobre a terra. À frente da palma da mão direita de Nossa Senhora, estava um coração cercado de espinhos que parecia estarem-lhe cravados. Compreendemos que era o Imaculado Coração de Maria, ultrajado pelos pecados da humanidade, que queria reparação.
Eis, Ex.mo e Rev.mo Senhor Bispo, ao que nos referíamos, quando dizíamos que Nossa Senhora nos tinha revelado um segredo em Junho. Nossa Senhora não nos mandou, ainda desta vez, guardar segredo, mas sentíamos que Deus a isso nos movia.
Nossa Senhora, como da primeira vez, elevou-se com majestosa serenidade e foi-se distanciando, rumo ao nascente.

13 de Junho - Memória de Santo Antônio de Lisboa e Pádua, Doutor da Igreja



Neste dia, celebramos a memória do popular santo – doutor da Igreja – que nasceu em Lisboa, no ano de 1195, e morreu nas vizinhanças da cidade de Pádua, na Itália, em 1231, por isso é conhecido como Santo Antônio de Lisboa ou de Pádua. O nome de batismo dele era Fernando de Bulhões y Taveira de Azevedo.
Ainda jovem pertenceu à Ordem dos Cônegos Regulares, tanto que pôde estudar Filosofia e Teologia, em Coimbra, até ser ordenado sacerdote. Não encontrou dificuldade nos estudos, porque era de inteligência e memória formidáveis, acompanhadas por grande zelo apostólico e santidade. Aconteceu que em Portugal, onde estava, Antônio conheceu a família dos Franciscanos, que não só o encantou pelo testemunho dos mártires em Marrocos, como também o arrastou para a vida itinerante na santa pobreza, uma vez que também queria testemunhar Jesus com todas as forças.
Ao ir para Marrocos, Antônio ficou tão doente que teve de voltar, mas providencialmente foi ao encontro do “Pobre de Assis”, o qual lhe autorizou a ensinar aos frades as ciências que não atrapalhassem os irmãos de viverem o Santo Evangelho. Neste sentido, Santo Antônio não fez muito, pois seu maior destaque foi na vivência e pregação do Evangelho, o que era confirmado por muitos milagres, além de auxiliar no combate à Seita dos Cátaros e Albigenses, os quais isoladamente viviam uma falsa doutrina e pobreza. Santo Antônio serviu sua família franciscana através da ocupação de altos cargos de serviço na Ordem, isto até morrer com 36 anos para esta vida e entrar para a Vida Eterna.

segunda-feira, 10 de junho de 2019

O Santo Anjo de Portugal


Anjo da Paz, da Pátria, da Eucaristia. As 3 aparições deste anjo em Portugal compuseram o ciclo angélico da mensagem de Fátima.

Na primavera de 1916, as 3 crianças estavam na Loca do Cabeço (Fátima) a pastorear, quando apareceu-lhes um jovem de mais ou menos 14 ou 15 anos, mais branco que a neve, dizendo: “Não temais, sou o Anjo da Paz, orai comigo: Meu Deus eu creio, adoro, espero e amo-vos. Peço-vos perdão para os que não creem, não adoram, não esperam e não vos amam”. As crianças rezaram por três vezes, com o rosto ao chão. Depois ouviram do anjo: “Orai assim. Os corações de Jesus e de Maria, estão atentos à voz de vossas súplicas”. Esta oração acompanhou os pastorinhos sempre.

A segunda aparição deu-se num dia de verão, no quintal da casa de Lúcia, no Poço do Arneiro. As crianças estavam brincando sobre o poço, quando o anjo apareceu-lhes dizendo: “Que fazeis? Orai, orai muito. Os corações santíssimos de Jesus e de Maria, tem sobre vós desígnios de misericórdia… eu sou o Anjo da sua guarda, o anjo de Portugal”.


Na terceira aparição, outono do mesmo ano, novamente na Loca do Cabeço, as crianças rezavam a oração que aprenderam na primeira aparição, e o Anjo lhes apareceu com o cálice e uma hóstia. A hóstia a pingar gotas de sangue no cálice. Elas ajoelharam, e o anjo ensinou-lhes esta oração profundíssima que diz da essência da mensagem de Fátima: “Santíssima Trindade, Pai, Filho e Espirito Santo, adoro-vos profundamente. E ofereço-vos o Preciosíssimo Corpo, Sangue, Alma e Divindade de Jesus Cristo presente em todos os sacrários da Terra. Em reparação aos ultrajes, sacrilégios e indiferenças com que Ele mesmo é ofendido, e pelos méritos infinitos do Seu Santíssimo Coração e do Coração Imaculado de Maria, peço-vos a conversão dos pobres pecadores”. Depois disso, o Anjo da Eucaristia, entregou a hóstia para Lúcia e o cálice entre Francisco e Jacinta e disse-lhes: “Tomai e bebei o Corpo e o Sangue de Jesus Cristo, horrivelmente ultrajado pelos homens ingratos. Reparai os seus crimes e consolai o vosso Deus.”
Esta oração nos une com Maria, ao reparador Jesus Cristo, no mistério da Eucaristia para a glória da Santíssima Trindade.

Santo Anjo da Guarda de Portugal, rogai por nós!

Memória da Bem-aventurada Virgem Maria, Mãe da Igreja


Instituída em 2018 por decreto do Papa Francisco, a Memória da Bem-aventurada Virgem Maria, Mãe da Igreja, nos ajuda a recordar com especial veneração o papel singular de Nossa Senhora na história da nossa salvação e santificação.

O Evangelho que se nos propõe hoje à consideração, Memória da bem-aventurada Virgem Maria, Mãe da Igreja, contém uma as passagens que mais enchem de doçura o coração dos fiéis: “Eis aí é a tua mãe”, diz o Senhor crucificado ao discípulo amado, que aos pés da cruz, fazendo as vezes de toda a humanidade, ali recebe como sua a Mãe do Criador. Estas palavras de Cristo padecente se devem tomar em sentido próprio e literal, e não meramente acomodatício, já que o Magistério ordinário da Igreja sempre viu nelas uma prova clara da maternidade espiritual de Nossa Senhora. São, com efeito, incontáveis os testemunhos que a este respeito se podem encontrar nos documentos públicos dos Romanos pontífices, na sagrada Liturgia, nas antigas instituições catequéticas, no parecer unânime dos teólogos e nos escritos de exegetas e oradores sacros: Maria é verdadeiramente Mãe dos homens na ordem a graça, e esta é uma verdade católica que, apesar de nunca ter sido expressamente definida pela Igreja, encontra um eco tão universal no coração e na boca do povo fiel que negá-la seria algo não só temerário, mas próximo à heresia. Que Maria seja nossa Mãe significa, em sentido próprio, que foi ela quem nos deu, não só a vida sobrenatural, mas o autor dela; foi ela quem nos concebeu espiritualmente, ao conceber no dia da Anunciação a Cabeça de que somos membros; foi Ela quem nos deu à luz no monte Calvário, quando lá foi consumada por Jesus Cristo a nossa Redenção e a regeneração sobrenatural da humanidade que tivera início em Nazaré. O título de Mãe da Igreja, por conseguinte, não vem senão explicitar o que já está contido no de Mãe dos homens: a Virgem, por ser Mãe de Cristo, é por isso mesmo Mãe do Corpo de Cristo, que é a Igreja, pois seria uma grande monstruosidade que aquela que deu à luz a Cabeça não fosse também Mãe dos membros. Ela esteve, pois, e está sempre presente na história da nossa Salvação, dando o sim que trouxe do céu à terra o Verbo divino; oferecendo ao Pai eterno, no monte Calvário, o fruto bendito que, ao contrário de Eva, ela não quis reter para si; compadecendo enfim com Nosso Senhor, gerado sem dores, pela Redenção dos que, em seu Filho, seriam também filhos seus, gerados na dor que então lhe traspassou o Coração. — Que a memória frequente do sentido e alcance do título Mãe da Igreja nos leve a crescer mais e mais na devoção à Virgem Santíssima, em quem teremos sempre um refúgio seguro nas nossas lutas e uma intercessora poderosa junto a Cristo, Senhor Nosso.


Fonte: https://padrepauloricardo.org/episodios/memoria-da-bem-aventurada-virgem-maria-mae-da-igreja-mmxix

domingo, 9 de junho de 2019

Solenidade de Pentecostes


A Solenidade de Pentecostes encerra o período pascal; foi o grande dom de Cristo ressuscitado, que subiu ao Céu e assumiu seu lugar na glória de Deus. Glorificado à direita do Pai – disse São Pedro – Ele enviou o Espírito Santo para conduzir os Apóstolos e toda a Igreja (At 2).

Jesus havia prometido enviar o Espírito Santo para ser a força e a luz da Igreja: “Quando vier o Paráclito, que vos enviarei da parte do Pai, o Espírito da Verdade, que procede do Pai, ele dará testemunho de mim.” (Jo 15,26)

“Eu vos mandarei o Prometido de meu Pai, entretanto, permanecei na cidade [Jerusalém] até que sejais revestidos da força do alto”. (Lc 24,29)

Jesus sabia que sem esta “força do alto” os discípulos jamais seriam capazes de implantar o Reino de Deus neste mundo através da Igreja. As perseguições seriam muitas em todos os tempos, desde o primeiro século até hoje. E muitas seriam também as heresias que ameaçariam destruir a verdade que salva.  Só na força do Espírito Santo isso seria possível; por isso Jesus, na sua Ascensão, proibiu que os Apóstolos se afastassem do Cenáculo antes de serem revestidos, batizados, no Espírito Santo.

“E comendo com eles, ordenou-lhes que não se afastassem de Jerusalém, mas que esperassem o cumprimento da promessa de seu Pai, que ouvistes, disse ele, da minha boca;  porque João batizou na água, mas vós sereis batizados no Espírito Santo daqui há poucos dias. Assim reunidos, eles o interrogavam: Senhor, é porventura agora que ides instaurar o reino de Israel?  Respondeu-lhes ele: Não pertence a vós saber os tempos nem os momentos que o Pai fixou em seu poder,  mas descerá sobre vós o Espírito Santo e vos dará força; e sereis minhas testemunhas em Jerusalém, em toda a Judéia e Samaria e até os confins do mundo. “ (Atos 1, 4s)

Os Apóstolos, imbuídos ainda de um messianismo terreno, esperavam que Jesus fosse um libertador político que livrasse Israel do jugo de Roma: “…é porventura agora que ides restaurar o reino de Israel?”. Jesus lhes mostra que não, que “seu Reino não é deste mundo”, e que a salvação de cada um acontecerá pela pregação do Evangelho em todo o mundo, no poder do Espírito Santo, poder esse que vence todo obstáculo à evangelização.

A partir de Pentecostes os Apóstolos se encheram de coragem, sabedoria e pregaram sem medo Jesus Cristo ressuscitado, enfrentando toda perseguição dos judeus. E o Espírito Santo estava com eles. É comum essa expressão nos Atos dos Apóstolos: “pareceu bem ao Espírito Santo e a nós…”.

Jesus disse que: “Deus anseia dar a cada um o Seu Espírito “sem medidas” (Jo 3,34); e, ainda antes da sua Paixão e morte, mostrou a importância do Espírito Santo na festa das tendas em Jerusalém:

“Se alguém tiver sede, venha a mim e beba. Quem crê em mim, como diz a Escritura: Do seu interior manarão rios de água viva (Zc 14,8; Is 58,11). Dizia isso, referindo-se ao Espírito Santo que haviam de receber os que cressem nele, pois ainda não fora dado o Espírito, visto que Jesus ainda não tinha sido glorificado” (Jo 7,37-39).

Na santa Ceia, na despedida, Jesus prometeu enviar o Paráclito, o Espírito da Verdade, para conduzir a Igreja sempre à verdade.

“Se me amais, guardareis os meus mandamentos. E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Paráclito, para que fique eternamente convosco. É o Espírito da Verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê nem o conhece, mas vós o conhecereis, porque permanecerá convosco e estará em vós”. (Jo 14, 15-17)

Este Paráclito veio em Pentecostes para assistir e guiar a Igreja e ficar “eternamente convosco”. Por isso a Igreja nunca errou o caminho da verdade que salva (cf. CIC §851).

“Disse-vos estas coisas enquanto estou convosco. Mas o Paráclito, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, ensinar-vos-á todas as coisas e vos recordará tudo o que vos tenho dito.” (Jo 14, 25-26)

O Espírito Santo veio em Pentecostes para ficar para sempre com a Igreja e lhe ensinar “toda a verdade”. Essa é a maior alegria de ser católico. Desde aquele dia no primeiro século ele assiste e guia a Igreja na verdade; por isso a Igreja é infalível quando ensina a doutrina católica (cf. CIC §889 a §891).

Jesus deixou o Espírito Santo como Mestre da Igreja: “Muitas coisas ainda tenho a dizer-vos, mas não as podeis suportar agora.  Quando vier o Paráclito, o Espírito da Verdade, ensinar-vos-á toda a verdade…” (Jo 16,12-13). É impressionante que Jesus repete essa expressão “ensinar-vos-á toda a verdade”, não apenas uma parte da verdade, mas tudo.

Assim, desde Pentecostes – a manifestação da Igreja ao mundo – ela continua sua caminhada feliz, como disse santo Agostinho “entre as perseguições desse mundo e a consolações de Deus”.

É o Espírito Santo quem assiste o Magistério da Igreja na verdade que salva; Ele inspirou os escritores sagrados da Bíblia, acompanhou toda a sagrada Tradição Apostólica, atua na liturgia sacramental, nos carismas, nos ministérios da Igreja, na oração pessoal dos fiéis, na vida apostólica e missionária, no testemunho dos santos e em toda a obra da salvação (cf. CIC § 688). Jesus foi concebido no poder do Espírito Santo e cumpriu sua missão na força do mesmo Espírito.

Fonte: https://cleofas.com.br/pentecostes/

segunda-feira, 3 de junho de 2019

3 de Junho - Memória de São Carlos Lwanga e companheiros


Hoje, a Igreja faz memória de São Carlos Lwanga, que, com outros 21 companheiros, conclui a vida no fim do séc. XIX com a coroa de um duplo martírio: a do pudor e a da religião. Neles, com efeito, se cumpriu o que na Liturgia desta segunda-feira nos diz Jesus Cristo: “No mundo, tereis tribulações. Mas tende coragem! Eu venci o mundo!” O beato Carlos e os que com ele foram martirizados pertenciam à corte de Mwanga II, rei de Buganda de 1884 a 1897 que empreendeu uma feroz perseguição contra os cristãos, vistos como uma ameaça para o reino ugandês. No entanto, não foi apenas o ódio à fé o que os levou à morte; foi também o ódio à santa pureza. Mwanga II, como é sabido, possuía um grande harém masculino, composto pelos pajens de sua corte, que, segundo as tradições do reino, estavam obrigados a satisfazer todos os desejos do monarca. Pagão de mente e coração, Mwanga II não podia compreender a doutrina cristã sobre a moral sexual, eterna pedra de tropeço para o mundo, nem aceitar a menor desobediência de seus súditos. Por isso, em 1886, o rei deu um ultimato a todos os que se professavam católicos: ou renegar a fé, submetendo-se a seus caprichos sexuais, ou a morte. Sem temer as ameaças do rei, e entregando seus corpos antes a Deus que ao pecado, S. Carlos e seus companheiros preferiram suportar quaisquer tribulações e, com enorme coragem, triunfar do mundo com Jesus Cristo. Assim, o beato Carlos, que se recusou a abrasar os vícios do rei, foi queimado vivo, merecendo ser morto primeiro que os outros. — Que a morte destes valorosos heróis da fé, que mereceram, por sua fidelidade a Cristo e pelo testemunho da mais perfeita castidade, as honras triunfais que reserva Deus a seus mártires, nos encha de coragem para fazermos frente, com santa intransigência, aos ataques do mundo à nossa fé e à moral sexual que a Igreja, como fiel guardiã da verdade revelada e mestra das nações, com tanto empenho e paciência busca transmitir às almas.

Fonte: https://padrepauloricardo.org/episodios/memoria-de-sao-carlos-lwanga-e-companheiros-martires-mmxix

domingo, 2 de junho de 2019

Solenidade da Ascensão do Senhor


O evento da ascensão do Senhor aos céus é celebrado na liturgia católica sempre numa quinta-feira, 10 dias antes da solenidade de Pentecostes. No Brasil, porém, por não ser feriado, esta solenidade transfere-se para o domingo seguinte, razão pela qual é aqui, numa homilia dominical, que devemos refletir sobre esse mistério.

1. Consideremos como, ao rezarmos a segunda parte do Credo, relacionado à Pessoa do Filho, depois de inúmeros eventos passados — “foi concebido”, “nasceu”, “padeceu”, “foi crucificado, morto e sepultado”, “desceu”, “ressuscitou”, “subiu aos céus” — e antes de um acontecimento futuro — “há de vir a julgar”, nós professamos que, no presente, Cristo “está sentado à direita de Deus Pai todo-poderoso”.

Ele só está à direita do Pai, no entanto, porque antes subiu aos céus; e Ele só subiu aos céus porque primeiro desceu, encarnando-se no seio da Virgem Maria e fazendo-se um de nós. Tenhamos em mente, pois, antes de mais nada, de quemestamos falando: Jesus de Nazaré é o “único mediador entre Deus e os homens” (1Tm 2, 5), porque Ele mesmo, verdadeiro Deus e verdadeiro homem, é a “ponte” por meio da qual todas as graças descem aos homens e todos os homens vão para Deus; nEle se realizou, de uma vez por todas, o casamento entre a divindade e a humanidade — união à qual a Igreja deu o nome de união hipostática, e que constitui, na expressão do Doutor Angélico, a máxima das uniões (cf. STh III, q. 2, a. 9).

2. Mas não é só isso. Nosso Senhor está nos céus ressuscitado, impassível, imortal, em corpo glorioso, diferentemente de quando assumiu a nossa forma na Encarnação. Todas as provações que Ele experimentou desde o seu nascimento em Belém até a sua morte em Jerusalém, todas as necessidades por que Ele quis passar durante sua estadia neste mundo, todas essas coisas foram vencidas por Ele e, depois de sua Ressurreição, já não mais o podem afetar. Trata-se, sem dúvida, de um grande mistério, como já dito, mas é o destino para o qual todos tendemos: Cristo ressuscitou dentre os mortos para que também nós, no fim dos tempos, ressuscitássemos com Ele. Assim como o corpo físico de Cristo foi transformado e tornou-se incorruptível, também nossos corpos, hoje sujeitos às vicissitudes desta terra, serão transformados e elevados.

Essa glória, entretanto, só se manifestará em nós na vida futura se aprendermos a sobrepôr, nesta vida, os bens espirituais à matéria caduca que acessam nossos sentidos. Afinal, olhando para a natureza, olhando para como “toda carne fenece como a erva” (Eclo 14, 18) — que hoje viceja e amanhã já está seca —, será que somos assim tão tolos para não perceber que “tudo o que é corruptível acabará por ser destruído” (Eclo 14, 20) e que, se existe algo de eterno, esse algo tem de ser espiritual? E se assim é, como não preferirmos ao cuidado deste corpo efêmero, que a terra há de comer, a preocupação com a nossa alma, que já logo após a morte irá experimentar ou a felicidade eterna no Céu ou a desgraça eterna no inferno?

3. Em suma, para sermos elevados com Cristo aos céus, é preciso que nos achemos, desde já, com os olhos voltados para as realidades celestes

“Assim habitemos já nos Céus em espírito”: o mistério que celebramos neste domingo tem a ver com uma pertença, pois o lugar das coisas que passam é este mundo, enquanto o das que não passam é o Céu — e é por isso que Nosso Senhor sobe até lá. A nós, igualmente, se vivermos não para os céus e a terra, que passarão, mas para a Palavra de Deus, que não passará jamais (cf. Mt 24, 35), ser-nos-á concedida a mesma elevação, junto à direita de Deus Pai todo-poderoso.

Jesus Cristo sobe aos céus, portanto, para preparar-nos um lugar, como Ele mesmo anunciara a seus discípulos: Vado parare vobis locum (cf. Jo 14, 2). Nós, se cremos nEle, não temos morada fixa neste mundo, somos estrangeiros aqui, passamos por esta vida como se nosso coração tivesse sido realmente arrancado do peito, pois Aquele a quem amamos deixou-nos nesta terra suspirando por Ele e desejando outra vida que não esta. Só na Eucaristia e no colóquio amoroso com Ele na oração é que encontramos descanso… donec venias, como dizemos na liturgia.

Tudo isso a olhos carnais parecerá inútil, mas, devidamente compreendido, é algo que dá sentidoà nossa existência e muda por completo a orientação que damos às nossas vidas. Enquanto os homens e mulheres deste mundo tratam tão-somente das coisas deste mundo; enquanto as pessoas nesta terra preocupam-se apenas com efemérides, nostra autem conversatio in caelis est, “nós somos cidadãos dos céus” (Fp 3, 20). Ajamos, pois, com a nobreza de filhos de Deus e vivamos à altura desta identidade.

Fonte: https://padrepauloricardo.org/episodios/vou-preparar-vos-um-lugar

sábado, 1 de junho de 2019

Junho, mês do Sagrado Coração de Jesus


A Igreja Católica dedica o mês de junho ao Sagrado Coração de Jesus, para que os fiéis adorem, honrem e imitem mais intensamente o amor generoso e fiel de Cristo por todas as pessoas.

É um mês um qual se demonstra a Jesus, através das obras, o quanto o amam; correspondendo a seu grande amor demonstrado ao se entregar à morte por seus filhos, permanecendo na Eucaristia e ensinando o caminho para a vida eterna.

Sobre esta festa, o Papa Bento XVI afirmou que, “a contemplação do ‘lado transpassado pela lança’, na qual resplandece a vontade infinita de salvação por parte de Deus, não pode ser considerada, portanto, como uma forma passageira de culto ou de devoção: a adoração do amor de Deus, que encontrou no símbolo do ‘coração transpassado’ sua expressão histórico-devocional, continua sendo imprescindível para uma relação viva com Deus”.

A devoção ao Coração de Jesus existe desde o início da Igreja, desde que se meditava no lado e no coração aberto do Senhor.

Conta a história que, em 16 de junho de 1675, o Filho de Deus apareceu a Santa Margarida Maria Alacoque e lhe mostrou seu Coração rodeado por chamas de amor, coroado por espinhos, com uma ferida aberta da qual brotava sangue e, do interior do mesmo, saia uma cruz.

Santa Margarida escutou o Senhor dizer: “Eis o Coração que tanto amou os homens, que não poupou nada até esgotar-Se e consumir-Se, para manifestar-lhes seu amor. E como reconhecimento, não recebo da maior parte deles senão ingratidões, desprezos, irreverências, sacrilégios, friezas que têm para comigo neste Sacramento de amor”.

Fonte: https://www.acidigital.com/noticias/por-que-junho-e-o-mes-do-sagrado-coracao-de-jesus-33343