sábado, 28 de janeiro de 2017

28 de Janeiro - Dia de Santo Tomás de Aquino



A vida de Santo Tomás de Aquino foi tomada por uma forte espiritualidade eucarística

Neste dia lembramos uma das maiores figuras da teologia católica: Santo Tomás de Aquino. Conta-se que, quando criança, com cinco anos, Tomás, ao ouvir os monges cantando louvores a Deus, cheio de admiração perguntou: “Quem é Deus?”.
A vida de santidade de Santo Tomás foi caracterizada pelo esforço em responder, inspiradamente para si, para os gentios e a todos sobre os Mistérios de Deus. Nasceu em 1225 numa nobre família, a qual lhe proporcionou ótima formação, porém, visando a honra e a riqueza do inteligente jovem, e não a Ordem Dominicana, que pobre e mendicante atraia o coração de Aquino.
Diante da oposição familiar, principalmente da mãe condessa, Tomás chegou a viajar às escondidas para Roma com dezenove anos, para um mosteiro dominicano. No entanto, ao ser enviado a Paris, foi preso pelos irmãos servidores do Império. Levado ao lar paterno, ficou, ordenado pela mãe, um tempo detido. Tudo isto com a finalidade de fazê-lo desistir da vocação, mas nada adiantou.
Livre e obediente à voz do Senhor, prosseguiu nos estudos sendo discípulo do mestre Alberto Magno. A vida de Santo Tomás de Aquino foi tomada por uma forte espiritualidade eucarística, na arte de pesquisar, elaborar, aprender e ensinar pela Filosofia e Teologia os Mistérios do Amor de Deus.
Pregador oficial, professor e consultor da Ordem, Santo Tomás escreveu, dentre tantas obras, a Suma Teológica e a Suma contra os gentios. Chamado “Doutor Angélico”, Tomás faleceu em 1274, deixando para a Igreja o testemunho e, praticamente, a síntese do pensamento católico.
Santo Tomás de Aquino, rogai por nós!

Fonte: Canção Nova

sexta-feira, 6 de janeiro de 2017

6 de Janeiro - Epifania do Senhor, os reis Magos


A festa dos Reis Magos (Epifania – manifestação do Senhor) no Oriente é celebrada com mais ênfase que o próprio dia do Natal, devido a grande devoção que se presta lá a este acontecimento.
Além do Evangelho de São Mateus, há documentos apócrifos no Vaticano, muito antigos e de grande valor, que relatam a visita dos Reis Magos ao Menino Jesus. Há um mosaico sobre eles em Ravenna, Itália, do século 6, com os nomes dos três.
A palavra “mago” era empregado para o “sábio”, especialmente aos sacerdotes da Caldeia que foram os primeiros a estudar a astronomia no mundo. Mago aqui nada tem de esotérico.
O grande doutor da Igreja São Beda, o Venerável (673-735), muito respeitado, que foi monge beneditino na Inglaterra, historiador, pesquisou e escreveu sobre os Reis Magos, e foi o primeiro e escrever seus nomes. Segundo ele, “Melquior tinha setenta anos, de cabelos e barbas brancas, tendo partido de Ur, na Caldeia. Gaspar era jovem de vinte anos, e teria partido de uma distante região montanhosa, perto do Mar Cáspio. E Baltasar era mouro, com quarenta anos, partira do Golfo Pérsico, na Arábia Feliz”. Gaspar significa “aquele que vai inspecionar”; Melquior quer dizer: “Meu Rei é Luz”, e Baltasar “Deus manifesta o Rei”. Nota-se, então, que eles não vieram do mesmo lugar… mas os três viram o sinal misterioso da Estrela de Jesus.
Para São Beda e para os doutores da Igreja, os três representavam as três raças humanas existentes, os reis e os povos de todo o mundo. O nosso Catecismo diz que:
“A epifania é a manifestação de Jesus como Messias Israel, Filho de Deus e Salvador do mundo… Nesses “magos”, representantes das religiões pagãs circunvizinhas, o Evangelho vê as primícias das nações que acolhem a Boa Nova da salvação pela Encarnação. A vinda dos magos a Jerusalém para “adorar ao Rei dos Judeus” mostra que eles procuram em Israel, à luz messiânica da estrela de Davi, aquele que será o Rei das nações. Sua vinda significa que os pagãos só podem descobrir Jesus e adorá-lo como Filho de Deus e Salvador do mundo voltando-se para os judeus e recebendo deles sua promessa messiânica, tal como está contida no Antigo Testamento. A Epifania manifesta que “a plenitude dos pagãos entra na família dos patriarcas” e adquire a “dignidade israelítica”. (n.528)
Algo relevante foi que no século VII, quando os persas dominaram Jerusalém, destruíram as igrejas católicas ali construídas, mas preservaram a basílica da natividade, em Belém, onde Jesus nasceu, porque viram na fachada da basílica um dos Magos representados com roupas persas. É um sinal de onde um deles veio.
Os presentes que ofereceram ao Menino Jesus têm um significado importante. Segundo São Beda, Melquior deu ao Menino Jesus ouro, reconhecimento da realeza; Gaspar ofereceu-Lhe incenso, reconhecimento da divindade; Baltasar ofereceu mirra, reconhecimento da humanidade e símbolo de sofrimento, era usada para embalsamar corpos; simboliza o Cordeiro a ser imolado para tirar o pecado do mundo.
Assim, os Reis Magos, representando os pagãos, reconheciam o Menino Jesus como Rei, Deus e Vítima a ser imolada. A Igreja interpreta essa visita dos Magos como o cumprimento da profecia de Davi:
“Os reis de Társis e das ilhas lhe trarão presentes, os reis da Arábia e de Sabá oferecer-lhe-ão seus dons. Todos os reis hão de adorá-lo, hão de servi-lo todas as nações”. (Sl 71, 10-11)
Segundo São João Crisóstomo (†407), mártir e doutor da Igreja, Patriarca de Constantinopla, os três Reis Magos foram mais tarde batizados pelo Apóstolo São Tomé e trabalharam muito pela expansão da Fé (Patrologia Grega, LVI, 644). Segundo esta tradição, seus restos são venerados na Catedral de Colônia, numa bela urna de ouro e de pedras preciosas. As relíquias deles teriam sido descobertas na Pérsia por Santa Helena, mãe do imperador romano Constantino, e levadas para Constantinopla. Depois foram levadas para a do Império, Milão, e depois transferidas para a Catedral de Colônia, em 1163, e guardadas em riquíssimo relicário (Acta SS., I, 323).

Fonte: Professor Felipe Aquino 

domingo, 1 de janeiro de 2017

1° de Janeiro - Solenidade de Santa Maria, Mãe de Deus

 Igreja proclama um único Deus no Pai e no Verbo, por isso, a Santíssima Virgem é a Mãe de Deus

Oitavas de Natal de Nosso Senhor Jesus Cristo. Que graça para nós começarmos o primeiro dia do ano contemplando este mistério da encarnação que fez da Virgem Maria a Mãe de Deus!
Este título traz em si um dogma que dependeu de dois Concílios, em 325 o Concílio de Nicéia, e em 381 o de Constantinopla. Estes dois concílios trataram de responder a respeito desse mistério da consubstancialidade de Deus uno e trino, Jesus Cristo verdadeiro Deus e verdadeiro homem.
No mesmo século, século IV, já ensinava o bispo Santo Atanásio: “A natureza que Jesus Cristo recebeu de Maria era uma natureza humana. Segundo a divina escritura, o corpo do Senhor era um corpo verdadeiro, porque era um corpo idêntico ao nosso”. Maria é, portanto, nossa irmã, pois todos somos descendentes de Adão. Fazendo a relação deste mistério da encarnação, no qual o Verbo assumiu a condição da nossa humanidade com a realidade de que nada mudou na Trindade Santa, mesmo tendo o Verbo tomado um corpo no seio de Maria, a Trindade continua sendo a mesma; sem aumento, sem diminuição; é sempre perfeita. Nela, reconhecemos uma só divindade. Assim, a Igreja proclama um único Deus no Pai e no Verbo, por isso, a Santíssima Virgem é a Mãe de Deus.
No terceiro Concílio Ecumênico em 431, foi declarado Santa Maria a Mãe de Deus. Muitos não compreendiam, até pessoas de igreja como Nestório, patriarca de Constantinopla, ensinava de maneira errada que no mistério de Cristo existiam duas pessoas: uma divina e uma humana; mas não é isso que testemunha a Sagrada Escritura. porque Jesus Cristo é verdadeiro Deus em duas naturezas e não duas pessoas, uma natureza humana e outra divina; e a Santíssima Virgem é Mãe de Deus.
Santa Maria Mãe de Deus, rogai por nós!
Fonte: Canção Nova